Por Helmer Ézion de Souza
O Beato José de Anchieta nasceu na Ilha de Tenerife, uma das Ilhas Canárias pertencente à Espanha, em 19 de março de 1534. Estudou na Universidade de Coimbra (Portugal) em meio à efervescência cultural do século XVI (período da pseudo reforma-protestante e do surgimento do iluminismo). Embarcou rumo ao Brasil em 1553 com apenas 19 anos como missionário jesuíta. Ao desembarcar, passou a dedicar parte do seu tempo a estudar tupi e latim a fim de catequizar os índios e instruir os colonos. Com efeito, possuía grande facilidade com línguas; chegou, inclusive, a confeccionar uma gramática tupi. Dessa forma Anchieta ficava como que intermediador entre os nativos, os demais missionários e a corte, sendo assim quase que um diplomata, o que lhe valia grande estima por parte de todos (algo difícil de se conseguir devido à hostilidade reinante na época entre algumas partes).
Os jesuítas fundaram muitos colégios, o que serviu de base para a evangelização do novo mundo. José de Anchieta trabalhou lecionando nesses institutos, mesmo quando mero seminarista. De fato, sua ordenação só ocorreria em 1566.
Anchieta valia-se dos seus conhecimentos lingüísticos para catequização dos nativos. Escreveu diversos poemas, sermões, cartas, e autos (foi muito influenciado por Gil Vicente e o teatro medieval). Os teatros produzidos por Anchieta tinham o objetivo principal de evangelizar, porém os mesmos eram sempre inseridos em festas e/ou acontecimentos, como, por exemplo, a chegada de oficiais da Ordem.
O teatro era escrito e representado em várias línguas, além de ser às vezes inseridos elementos das culturas indígenas para que todos que assistissem entendessem a mensagem. Diz-se que o teatro Anchietano tinha estilo otimista, com constante temática do bem contra o mal (benéfica influência medieval) e presença de várias línguas e adaptações de divindades indígenas. A primeira produção teatral de Anchieta se deu por encomenda de seu superior, o Padre Manoel de Nóbrega para os festejos natalinos, foi o “Auto da Pregação Universal” (1561) que seria apresentado repetidas vezes em toda costa brasileira, sofrendo alterações em cada apresentação. Além deste auto, Anchieta escreveu diversas peças: “Auto de São Sebastião” (1584)/ “Diálogo de P. Pero Dias Mártir”(1585)“Auto de São Lourenço” (1587)/”Dia da Assunção”(1590)/”Recebimento do P. Marcos da Costa”(1596)/”Auto de Santa Ursula”(1595)/”O Auto de São Maurício”(1595)/”Na Visitação de Santa Isabel”(1597)... E vários outros.
Mesmo estando em Leito de Morte ainda escrevia seus autos para atender pedidos da população. Anchieta veio a falecer em 09 de junho de 1597, deixando seu legado e sua forte influência para a formação cultural brasileira.
Referências bibliográficas:
- João Paulo II. Carta de João Paulo II aos artistas. N. 167. S. Paulo: Paulinas, 32 pgs.
- QUEVEDO, Luiz González. Manoel da Nóbrega. O enamorado do Brasil. Coleção Heroes, N. 51. São Paulo: Editora Salesiana, 1988. 52 pgs.
Se anchieta foi tão bom pro Brasil por que será que a Igreja ainda não o tornou santo.Tenho ouvido falar muito sna história do bem feito por anchieta e é uma pena que a Igreja não reconhece também.
ResponderExcluirHoje não se fala tanto deste aopóstolo do bRASIL PARA NOSSOS ESTUDANTES. qUE PENA.
ResponderExcluirMuito bom mesmo.
ResponderExcluirJosé de anchieta ainda sera mais lembrado pelo ingrato povo brasileiro.
ResponderExcluirOpaaaaa falaram de Anchieta.Parabéns.
ResponderExcluirO Beato Anchieta está demorando a ser canonizado, e creio que isto deva ser melhorado, porque o beato anchieta é um sinbolo de cultura nacional além de ser um grande catolico que soube testemunar a verdade.
ResponderExcluirGostaria de parabenizar o blog e o autor pelo trabalho em favor deste apóstolo do brasil que soube valorizar a terra nacional.
minha igreja é dedicado a ele e sou devota dele desde pequena.
Suzana Veloso
O texto só demonstra aquilo que os professores se recusam a ensinar.O autor soube defender bem o que todos deveriam saber a pesar das omissões do estado e da história que se ensina nas escolas,tudo que é catolico parece sem importancia pa o ensino na atualidade.Estudantes de todo brasil devferiam fazer o mesmo que o auotr fez etestemunhar o valor dos grandes catolicos.
ResponderExcluirAinda tem gente equilibrada no curso de Artes.heheheheheheheehe
ResponderExcluirViver procurando só coisas positivas torna-nos cegos como vcs deste blog que se tapa o olho para ver que Anchieta impedio o ecumenismo e impediu que os nativos vivessem sua fé também verdadeira, a cegueira do catolicismo fechouas portas de uma cultura brilhante que existia aqui como se só jesus fosse verdade ou se só o cristianismo fosse o caminho.
ResponderExcluirHoje o mundo esta livre dessas minimizações e ´podemos valorizar todas as culturas.
Chegará o dia, e ele já caminha a passos largos, em que as escamas cairão. E muitos verão a luz de seus olhos desnudos a face bendita, santa e imaculada de uma igreja que tem muito mais de invisível que visível.Viverás , pela graça de DEUS para ver esse sublime dia caro Samuel.Que Nosso Senhor, cabeça da única igreja que salva, seja a sua luz e as mãos a desnudar seus olhos.
ResponderExcluirEstou com o anônimo.
ResponderExcluirVc é o mesmo que deu uma entrevista em um blog catolico chamado escritos catolicos? Parabéns pela postagem. Gostaria de algumas indicações de leitura pois também faço curso de artes e me senti tocado por sua posição a favor da igreja neste curso que tanto bem pode fazer para a igreja.
ResponderExcluirFavor enviar o e-mail, por favor.
ResponderExcluirO autor tem livro lançado sobre o tema?Reconheço que este assunto é de interesse para se entender melhor a cultura católica brasileira.Parabéns.
ResponderExcluirLi a carta de J.P.II o enfoque é muito bom,e os jovens universitários deveriam ler como fez o autor com muito bom nivel.
ResponderExcluirPeixe fora da água.
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