segunda-feira, 24 de junho de 2013

As artimanhas de Satanás - parte III



Por prof. P.M.C.

Sociedades Secretas

Olhando para a história da humanidade observamos que amantes de pensamentos exóticos – com o a gnose ou o panteísmo, que diviniza a matéria com otimismo exacerbado – organizaram-se em sociedades, muitas vezes, secretas. Afirmava São João Bosco, apóstolo da juventude que os maus se ajuntam com facilidade...

É bem compreensível (se bem que não aceitável) o surgimento dessas associações; indivíduos com a mesma mentalidade tendem a formar, ainda que de modo embrionário, uma espécie de corpo social. Daí a consubstanciarem-se numa estrutura, por sua vez, torna-se molde, uma fôrma para novos membros, incutindo-lhes hábitos e promovendo a crença. 

Os vínculos e a coesão entre os adeptos facultada pela estrutura – desde a relação da autoridade com os súditos, como dos membros entre si - estabelece tal grau de identificação grupal que todo corpo estranho pode ser tido como inimigo mortal a ser destruído.


Para destruir as fortificações de seus inimigos utilizam-se de recursos, os mais funestos, diametralmente opostos aos princípios do Evangelho. Lembremo-nos que sociedades esotéricas, ocultistas, gnósticas e anticristãs em geral, nos seus níveis mais secretos, usam da mentira, do suborno e do terror, pois, segundo creem, os fins justificam os meios, principio condenado pela moral.

“(...) hoje esses inimigos de toda verdade e de toda justiça adversários encarniçados de nossa santíssima religião, por meio de venenosos livros, libelos e periódicos, espalhados por todo o mundo, enganam os povos, mentem maliciosamente e propagam outras doutrinas ímpias das variadas espécies[1]

Para termos ideia de quanto tramam contra a fé ortodoxa basta lembrarmo-nos de livros como “Conjuração Anti- Cristã” e “Complô contra a Igreja”, para não citarmos a encíclica “Pascendi” de São Pio X, que atraindo nossos olhares rumo às veias da Igreja afirma o grau de infiltração que temos sofrido ao longo dos tempos.

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Consumidos por um espírito liberal, os opositores da verdade avançam contra todas as barreiras, submissos tão somente à autoridade de suas próprias consciências deturpadas e paixões desregradas. “O liberal é um fanático por independência, proclamado-a em tudo e para tudo, chegando aos raios do absurdo”[2]

As sociedades secretas são deste modo, o canteiro das mais diversos pensamentos heterodoxos, e por isso, sua clara e, muitas vezes velada, oposição aos dogmas católicos. Os princípios liberais desses grupos, promotores do espírito pseudo-humanista e personalista de nosso tempo, são, por si só, a prova de seu veneno e malícia. Que Maria Santíssima nos proteja em seu Imaculado Coração de toda maldade dos inimigos de Deus, Nosso Senhor.

Rainha dos Anjos, rogai por nós!


[1] Quanta Cura, Pio IX,1864. 
[2] Citado por: LEFEBVRE, Marcel. A ordem natural e o liberalismo. Revista Semper.FSSPX.N° 37. Lisboa,1998. Pg. 21.

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