sexta-feira, 17 de maio de 2013

Santa Catarina e a reforma na Igreja

Santa Catarina de Sena (1347-1380)

"Caríssimo Pai, revesti-vos de fortaleza na doce esposa de Cristo. Quanto mais ela sofre dificuldades e amarguras, tanto mais a verdade divina promete enchê-la de felicidade e conforto. Sua felicidade será esta: a reforma mediante pastores santos e bons, autênticas flores a dar perfume e glória a Deus pelas virtudes. Essa é a reforma necessária, ou seja, a dos sacerdotes e pastores. A essência dessa esposa [a Igreja] não carece de reforma, pois não decresce nem é prejudicada pelos defeitos dos ministros. Alegrai-vos, portanto, na amargura! Deus prometeu dar-nos a paz depois da angústia. "


(Carta 172 – De Santa Catarina de Sena a Fr. Raimundo de Cúpua, ano de 1377. Carta que deu origem ao livro O DIÁLOGO).

terça-feira, 14 de maio de 2013

As artimanhas de Satanás - parte I


     

     Por Prof. P.M.C.

      Um processo permanente

Vivemos tempos confusos, repletos de contradições, malícias. O mundo tem alcançado tal pérfida configuração que nos interrogamos perplexos sobre o que terá levado a este sombrio estado de coisas. Entendidos garantem que, não fossem as consoladoras promessas de nosso divino Redentor e o auxílio maternal da Santíssima Virgem Maria, estaríamos perdidos. “Maranathá!
Quantos andam iludidos! Imaginam que a sociedade tenha chegado a esta triste situação por um movimento cego da história alheio a forças conscientes que trabalham nas trevas. A Igreja nunca ignorou as maquinações dos maus em seu velado – mas por vezes, descoberto - intento poder de moldar a humanidade segundo princípios heterodoxos. Aqui o motivo de sábios Pontífices haver inculcado reiteradas vezes que “(...) toda a verdadeira felicidade humana provem de nossa augusta religião, de sua doutrina e exercício”.[1]
É cada vez mais patente que agentes invisíveis labutam por soerguer ou destruir edificações. As atuais estruturas sociais, políticas, econômicas e religiosas apresentam marcas de “mãos sujas” que influíram com destreza em sua organização. Algo disso demonstrado, por exemplo, em “Prometeo: la religión del hombre de Padre Álvaro Calderón.
Ainda que a ideia de “conspiração” seja ridicularizada ao extremo por uns e defendida de forma indevida ou até grotesca por outros – o que só tende a desacreditá-la – é sempre maior a evidência de que existe por detrás dos ponteiros todo mecanismo que lhe permite o funcionamento.
Não pretendemos aqui fazer um estudo aprofundado sobre a gênese do processo revolucionário que sofre a sociedade. Entretanto segue abaixo esclarecedora citação referente à crise hodierna.

“(...) sou um processo permanente. Eu sou o ódio contra toda e qualquer ordem social e religiosa que não seja estabelecida pelo homem e na qual ele não seja rei e deus ao mesmo tempo: eu sou a proclamação dos direitos do homem contra os direitos de Deus; sou a filosofia da revolta, a religião da revolta (...) me chamam revolução, isto é, desordem”.[2]

           Veremos em artigos posteriores o início desse processo que atravessa a história. Os que quiserem estudá-lo em suas em suas manifestações a partir do final da idade média terão nos trabalhos de Plínio Correia de Oliveira excelente instrução. Seu livro “Revolução e Contra-Revolução” é uma grande síntese deste processo.
Que a Santíssima Virgem Maria seja nosso auxílio e proteção nos caminhos da vida.

Senhora de Guadalupe, rogai por nós!




[1] Quanta Cura, S. S. Pio IX,1864.
[2] DE MATTEI, Roberto. Pio IX. Trad. Antonio de Azevedo. Porto, editora civilização. Pg. 227.