Que mais? As genuflexões, sim, bastam elas, por vezes, para revelar-nos a fé, o amor, o respeito de quem passa diante do Santíssimo.
Que repararam os pérfidos pagãos quando, através da via Ápia, se encontraram com o jovem acólito, São Tarcísio? Repararam na angélica atitude do menino. Sendo ele um anjo, foi dignamente escolhido para levar o Pão dos Anjos; fora menos angélico, menos azo daria para suspeitas! Passou-se tudo num momento: vê-lo, entendê-lo, lapidá-lo... Tudo uma coisa só.
Numa Sexta-feira da Paixão, São Alexandre Sauli, barnabita, e então bispo de Pavia, antes de começar as funções próprias de tão Santo dia, ajoelha-se diante do Sepulcro, a fim de adorar o Santíssimo. Passam quartos de hora, passam horas, e não se desprende o Bispo da sua contemplação. O clero está pronto, já faz tempo; a igreja apinha-se de fiéis, esperando ansioso o início da cerimônia. Foi então que um cônego se aproximou do piedoso prelado, e disse-lhe baixinho ao ouvido: Excelência, está ficando tarde.
- Tarde? responde o Santo. Quanto tempo faz que entrei em adoração?
- Já se foram horas e meia!...
Confuso o bispo, levanta-se no mesmo instante, paramenta-se e começa o ato.
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Livro: A Alma Eucarística
Autor: Fr: Antonino de Castellammare, O.F.M. Cap.
Capítulo VIII
Páginas: 353 - 366