segunda-feira, 8 de abril de 2013
A Anunciação por Santo Afonso de Ligório
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
Bento XVI, o Papa dos sonhos de Dom Bosco?
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
Católicos São Idólatras! – Parte II
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Papa sendo louvado pelo povo |
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"Honra a quem deveis honra." |
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Católicos são Idólatras! - Parte I
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"Evangélicos" prostrados perante imagens de anjos |
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Crianças ajoelhadas perante Bispo |
Ajoelhado perante o corpo de José M. Escrivá |
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Ajoelhado perante São Padre Pio |
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Ajoelhados perante o papa |
Segunda parte aqui.
terça-feira, 18 de maio de 2010
Mãe... é mãe
Por João S. de Oliveira Júnior
Pode uma mulher esquecer-se daquele que amamenta? Não ter ternura pelo fruto de suas entranhas? E mesmo que ela o esquecesse, eu não te esqueceria nunca. (Isaías 49,15)
†
Joana, todos os dias, acompanha e leva no colo seu filho Pedro, que tem uma grave patologia congênita, ao hospital. Chances nulas de ele ter uma vida normal, respira só com ajuda de aparelhos e se alimenta por sondas. Dona Euália, todas as semanas vai ao presídio visitar e levar comida ao filho Joaquim, preso por homicídio e tráfico de drogas. Ela tem fé que, quando ele sair, possa arrumar um emprego. A senhora Ana Helena, viúva com cinco filhos, acorda todos os dias às 6:00 horas da manhã para pegar no pesado e garantir o leite da família. Dá duro para que possam estudar e terem um futuro melhor. Ela só volta a dormir à meia noite, quando os mais velhos já retornaram para casa.
Prezado leitor, estes são nomes e situações que foram criados por este autor, mas são casos tão verídicos e corriqueiros, que você certamente também presencia ou identifica semelhanças no seu dia-dia. Poderia imaginar mil e um poemas para representar o amor materno, no entanto parece que apenas citando fatos já o deduzimos.
Não é de estranhar que Deus mostrando seu grande amor e fidelidade aos seus diletos (1), comparou aquele com o de uma mãe. Sim, se tem um Amor Terreno que mais se aproxima do Divino, sem dúvidas, é o Materno. Poucos entenderam, quando Madre Tereza de Calcutá declarou em discurso oficial à ONU que o maior perturbador da Paz Mundial na atualidade é o aborto: _ Por que se uma mãe é capaz de matar o seu próprio filho, o que falta para eu matar você e você me matar? Não falta nada (...) (2). Ela referia que tal ato não é apenas a morte de um indefeso no ventre materno, mas também uma morte da própria mulher que por natureza tem o dom sobretudo de ser mãe (3), ou seja, a morte do potencial de Amor verdadeiro naquela ocasião. Claro que, uma vez dado a luz, ainda que indesejado ou em circunstâncias adversas, dificilmente uma mulher desejaria a morte de seu filho. Sempre recordo que 95 % das mulheres que abortam não abortariam caso tivessem apoio do pai da criança (4) ou tivessem mais ciência do que estariam fazendo. Logo, o maior assassino do mundo atual chama-se “mentalidade abortista” que quer roubar da mulher a consciência de seu dom mais precioso e divino, ser mãe.
A propósito, o próprio Deus quis ter uma mãe! Eis mais uma vez o mistério da encarnação: E o verbo se fez carne e habitou entre nós (...) (5) Como citou são Luiz de Montfort, nosso Senhor Jesus Cristo não quis apenas vir ao mundo por meio de uma Mulher, também quis ser cuidado e ter dependido dela (6). Muito além de carregar Deus Filho nove meses no ventre, Maria Santíssima acompanhou-o por toda a vida terrena, desde o nascimento passando pela vida cotidiana em mais de 30 anos até ao drama da Cruz. Tamanha humildade de nosso Senhor que resplandece a Sabedoria infinita de Deus. Maria, que regozijou como ninguém o mistério da encarnação (7), sentiu naturalmente (por ser mãe) mas, sobrenaturalmente também (pelo Filho que tem) as agonias d’Ele no momento mais difícil(8). Se caso questionássemos se alguma criatura foi tão íntima e próxima de Deus, Uno e Trino, Todo Poderoso, teríamos dúvida ainda de quem fosse? Teríamos dúvida de quem mais amou, de fato, a Deus?
Já dizia dona Ilda, minha genitora: A mãe só quer o bem, mãe é mãe.
Neste mês de maio, dedicado às mães e Àquela que foi o exemplo de mãe, suplicamos a Ela, mais uma vez, que interceda por nós e por nossa Madre Igreja a seu Filho amado.
✠ ✠ ✠
(1) Vide Isaías 49,1 e15.
(2) Vide discurso de Madre Tereza à ONU, dezembro de 1979, quando recebeu o Nobel da Paz: http://www.cleofas.com.br/virtual/texto.php?doc=OPINIAO&id=opi0266
(3) Carta Apostólica Mulieries Dignitatem, vide capítulo VI – Maternidade e Virgindade: http://agnusdei.50webs.com/muldig0.htm
(4) Vide estudo do Prof. Doutor Adriano Vaz: http://www.freewebs.com/somosmedicosporissonao/sadepsquicadamulher.htm
(5) Vide Isaías 7,14 e são João 1,14.
(6) Vide “Tratado de Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”, cap. V, art. II, 139.
(7) Vide São Lucas 1,46-55.
(8) Vide São Lucas 2,34-35 e 51 e São João 19,25.
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Palavras de Jesus à Santa Faustina sobre a Rússia socialista
Capela das Aparições (Santuário de Fátima), construída a pedido de Nossa Senhora do Rosário, que hoje festejamos
Neste dia de Nossa Senhora de Fátima, convém relembrar o precioso conteúdo das suas aparições na Cova da Iria. Entre os pedidos da Virgem Maria está o de rezar para que o Santo Padre consagre a Rússia ao seu Imaculado Coração, porque este país se converta. Na mensagem de Fátima, Maria profetizou a disseminação dos erros da Rússia pelo mundo todo. Este erro é o comunismo ateu e todas suas vertentes e ramificações. Demonstrando como a doutrina comunista é nefasta, colacionamos abaixo um trecho do diário de Santa Faustina Kowalska em que Jesus expõe sua angústia diante da ideologia atéia socialista. Reparemos o ano do escrito (1936), em pleno terror stalinista.
†
"16.12.[1936]. Ofereci este dia pela Rússia; ofereci todos os meus sofrimentos e as minhas orações por esse pobre país. Depois da Comunhão Jesus me disse: 'Não posso suportar por mais tempo esse país; não Me tolhas as mãos, minha filha'. Compreendi que, se não fossem as orações das almas agradáveis a Deus, toda essa nação teria sido reduzida a nada. Oh! como sofro por causa dessa nação que expulsou a Deus das suas fronteiras." (Santa M. Faustina Kowalska, Diário - A Misericórdia Divina em minha alma, 2008, p. 235, § 818).
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domingo, 9 de maio de 2010
A devoção do Santo Rosário - exemplos edificantes
Nossa Senhora do Rosário - Caravaggio
No mês dedicado a Maria Santíssima, excertos sobre a devoção que mais a agrada.
†
Um velho soldado oprimido pelas fadigas e feridas estava no hospital dos incuráveis, em Antuérpia. Envelhecera nas campanhas, porém conservara sua alma sempre pronta a abrir-se às inspirações da piedade.
Um Sacerdote veio visitá-lo, falou-lhe da devoção do Rosário e ensinou-lhe a rezar o Terço. O militar achou tanta consolação nesta prática a ponto de se lamentar por conhecê-la tão tarde. “Se eu tivesse conhecido mais cedo esta devoção, tê-la-ia praticado todos os dias.” No ardor de seus sentimentos, esforçava-se em recuperar o tempo perdido e conforme a expressão de um cronista, rezava seu Terço com o passo acelerado de um viajante que caminha sob os ardores do sol e deseja alcançar a sombra. “Se a Santíssima Virgem” dizia ele, “quisesse conceder-me ainda três anos de vida, eu rezaria tantos Rosários quantos são os dias de minha existência.” Perguntando uma vez que número de dias compreendem 60 anos, responderam-lhe: “em 60 anos há 21.900 dias.” O militar perguntou, ainda, quantos Rosários seriam necessários rezar cada dia para completar esse número em três anos. Disseram-lhe que era preciso rezar 20 Rosários por dia. O velho soldado impôs-se este trabalho com coragem; dia e noite tinha ele seu Rosário na mão e no fim de três anos concluiu os 21.900 Rosários. Porém, a morte esperava-o ali. Sua vida não durou nem um dia, nem uma hora mais; morreu rezando a última Ave-Maria.
A Santíssima Virgem quis mostrar-nos, por este exemplo, o zelo que devemos ter oferecendo-lhe, cada dia, uma homenagem que tanto Lhe agrada.
✠ ✠ ✠
Lê-se na vida da Bem-aventurada Benedita Rancurel, santificada pela devoção do Rosário, que muitas vezes o demônio a transportava para longe e a colocava sobre um rochedo inacessível. Acontecia então que o Anjo Custódio da santa ia buscá-la. Abria-lhe uma passagem através das rochas, dos gelos e dos abrolhos cobertos de neve, trazia-a dos lugares desconhecidos em que estava perdida pela malícia de satanás e ajudava-a a transpor a torrente impetuosa que lhe embaraçava o caminho. Viva imagem do que fazem todos os dias nossos bons Anjos para nos preservarem ou livrarem da astúcias de nossos inimigos invisíveis, que procuram sem cessar fazer-nos cair no pecado e conduzir-nos à nossa perda eterna! Quando a santa camponesa era levada pelo demônio sobre o teto de certa Igreja, o que aconteceu por mais de vinte vezes, um Anjo a ajudava a descer e, abrindo a porta da Igreja, rezava com ela o Rosário. Quando as perseguições do demônio contra esta santa criatura chegavam a seu auge, os Anjos, sob a forma de passarinhos, vinham rezando e cantando, assistir a seus sacrifícios e provas. Ela os via, ora brancos, ora vermelhos, e sempre luminosos. Outras vezes, as duas cores alternavam-se na coroa que eles formavam voando sobre a sua cabeça. O branco, sem dúvida, significava a virgindade tão perfeita dessa santa donzela e o vermelho o martírio causado pelas perseguições que sofria. Mas, o que podia representar a coroa, senão essa coroa mística de Ave-Marias que Benedita oferecia 20 vezes ao dia à Rainha do Santo Rosário?
Eis como os Anjos se comprazem em proteger, fortificar e consolar os verdadeiros servos e fiéis servas da Sua amável Soberana, especialmente aqueles e aquelas que põem todos os dias em Sua fronte o místico diadema do Terço ou do Rosário e se esforçam para caminhar sobre Seus passos no caminho das virtudes.
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Fonte:
Livro: Trinta e uma Meditações Sobre as Excelências do Santo Rosário
Páginas: 39, 40 e 68
Subtítulos: Quanto Maria Ama o Terço (Pág. 38 - 41)
O Rosário Louvado Pelos Demônios (Pág. 66 - 69)
Pelo Padre Luiz Bronchain - Redentorista
Friburgo, Brisgau - Alemanha
1° Edição- 1912
Reedição - 1999
2.000 Exemplares.
domingo, 14 de março de 2010
Maria teve outros filhos além de Jesus?
Por Paulo L. F.
“Quem são os irmãos de Jesus? Os irmãos de Jesus são os parentes de Maria e parentes em todos os graus.” (Santo Agostinho, 354-430)
Essa é uma pergunta muito comum, principalmente entre pessoas que, confundidas pelas seitas enganadoras, se deixam levar por interpretações superficiais da Sagrada Escritura. Inclusive, muitas vezes, por frequentarem durante anos algumas “Catequeses” que se dão por aí, torna-se compreensível que tenham dúvidas marcadas por um espírito contrário à Tradição. Atualmente, fala-se muito de “ajuda ao próximo”, conscientização política, inserção na vida pastoral, “experiência de Deus”, busca de interpretação pessoal e incarnada da Sagrada Escritura... mas não se faz apologia, comumente, à Doutrina Católica propriamente dita, pois, ao final das contas – como se afirma, e com ar de erudição- isso seria partidarismo, ação anti-ecumênica, ou mesmo uma afronta ao sentir da modernidade, e - perdoem-me a expressão - “a Igreja que se exploda !” Bom, na verdade, sejamos sinceros, no mais das vezes os catequistas desconhecem a Doutrina Católica ou sua fundamentação, e ninguém pode ensinar o que ignora .
É obvio que Maria Santíssima concebeu um único filho, Nosso Senhor Jesus Cristo. Ela, sendo virgem antes e durante o parto, permaneceu naquele estado sublime também depois de nascer o Salvador. É isto que nos sugere o Apocalipse[1], pois, narrando-nos que uma mulher vestida de sol – Nossa Senhora - dera à luz um menino que iria governar o mundo, demonstra-nos igualmente que a mesma permanecera completamente envolvida com o drama da vida de seu Filho todo o tempo que lhe restava, e não que, dispensada de sua missão sobrenatural, pudesse entregar-se à ordinariedade da vida ou a outros interesses para além daquele que havia assumido com o Pai celestial.
E, antes de mais nada, sejamos bem diretos, para os membros esclarecidos do Corpo Místico de Cristo basta uma palavra da Igreja e tudo se torna claro como ao meio dia; não digo que se privam do estudo consciencioso de qualquer questão, porém, diante do pronunciamento eclesiástico, no fundo limitam-se a fundamentar tudo aquilo que, pela autoridade infalível da Esposa do Cordeiro, já se apresenta ao seu espírito como dogmático e, portanto, digno de toda confiança.
Comentemos, porém, alguns aspectos do problema. O termo “IRMÃO”, na Bíblia, tem muitos significados. Por exemplo, a palavra “Primo”, por não existir no Hebraico e nem no Aramaico, é por ela substituído. No mais, indo logo à prova cabal daquilo que estamos afirmando basta conferirmos a própria Sagrada Escritura e, de fato, veremos que o termo “irmão” é bastante impreciso e vago na língua falada por Jesus. Ele pode indicar:
Os filhos nascidos dos mesmos pais (Gên. 4, 9)
Os filhos do mesmo pai ou da mesma mãe (Gên.42, 15)
Os parentes (Gên.13, 8 – Lot era sobrinho de Abraão)
Os pertencentes a uma mesma tribo (II Sam.19,12)
Os pertencentes ao mesmo povo (Êx.2,11)
Os pertencentes à mesma natureza humana (Gên. 9,5; Heb.2,11)
E, por fim, os batizados que invocam o mesmo Deus (At,10,23; Col.1,2)
Após havermos alargado nossos horizontes com esta evidência histórica, vamos tocar no ponto central da especulação de todos aqueles que se colocam contra o Dogma católico. Muitos fazem referência a certos textos que apresentariam uma complicação toda particular: a utilização da expressão “irmãos de Jesus” em relação a certos personagens bíblicos. Vejamos alguns:[2]
“Chegaram, então, seus irmãos e sua mãe; e, estando fora, mandaram chama-lo.”[3]
“Não é ele o carpinteiro, o filho de Maria, o irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? Não vivem aqui entre nós também suas irmãs?”[4]
“E não ví a nenhum dos apóstolos, senão Tiago, irmão do Senhor.”[5]
Já de entrada, observemos que todo e qualquer texto que venha a ser citado no tocante a esta questão fala-nos dos “irmãos de Jesus”; nunca de supostos “FILHOS (Plural) de Maria ”. E nem precisaríamos explicar o porque; mas, vamos lá ...
Prestando o mínimo atenção em alguns versículos da Bíblia descobriremos que Tiago, Judas, José e Simão, eram, no máximo, parentes próximos de Jesus, e não filhos da Santíssima Virgem, o que seria um absurdo dado o fato de que Nossa Senhora fizera um voto de virgindade perpétua ao seu Criador, como se depreende de suas próprias palavras ao anjo: “Como se fará isso, pois não conheço homem?”.[6] Ora, é como – grosso modo - por exemplo, uma pessoa respondendo a outra que lhe oferece cigarros: “Não, obrigado, eu não fumo!” Essas palavras, “eu não fumo”, com certeza não significam que o indivíduo em questão fumará depois, mas sim que, anteriormente, havia tomado uma decisão de não fumar.[7] De igual maneira o termo “...eu não conheço homem”, dito por Nossa Senhora, significa, e isso ao lado de outras muitas provas históricas, teológicas e mesmo místicas, que a Virgem havia feito realmente o voto de nunca tocar homem algum por toda a sua vida, o que, com toda certeza, já o sabia São José.[8]
Continuando nossa reflexão, olhemos com cuidado para uma das três citações feitas acima: em Gálatas (1,19), fala-se de Tiago, um dos apóstolos, chamado “irmão do Senhor”; porém, nós sabemos pelo texto de Mateus (10, 2-3), que os dois “Tiagos” do grupo dos Doze eram filhos de Zebedeu e Alfeu, respectivamente. Sendo assim, não poderiam ser filhos de Nossa Senhora, casada com São José.
Através da Carta de São Judas (1,1), por sua vez, descobrimos que ele (Judas, chamadoTadeu) era irmão de Tiago, e consequentemente, também não poderia ter nascido da Virgem Maria. Bem, sobraram José e Simão! Sobre o primeiro, prestemos atenção nestes dois textos abaixo:
“E também alí estavam algumas mulheres, olhando de longe, entre as quais também Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago, o menor, e de José, e Salomé.”[9]
“Entre as quais estavam Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos Filhos de Zebedeu.”[10]
Concluamos:
1- Tiago e José não são filhos de Maria, Mãe de Jesus.
2- Tiago e José são filhos de outra Maria, segundo a própria Bíblia.
3- Tiago e José (e Judas, se levarmos em conta as passagens que indicam que Judas é um dos irmãos de Tiago apóstolo) são irmãos entre si.
4- Tiago, José (e Judas) não são filhos de Zebedeu, pois, a “mãe dos filhos de Zebedeu” (Mat. 27, 56) é citada à parte como mãe de outros filhos e não de Tiago Menor e seus irmãos. Como já afirmamos, segundo Mateus (10, 2-3) é Tiago Maior, junto a João, seu irmão, que eram filhos de Zebedeu, cuja esposa também é citada em outro texto.[11]
Por fim, Simão. Era mui provavelmente um dos doze apóstolos. Não é bastante o que saberemos sobre ele se tomarmos como referência tão somente as citações bíblicas. Um escritor antigo, Egesipo, o dá também como filho de Cléofas, e portanto, como parente próximo da família de Jesus.[12] O seu caso pode ser tomado sob o mesmo aspecto das chamadas “irmãs de Jesus” de que nos fala o texto de São Marcos (6,3); não sabemos delas muitos detalhes, porém, concomitantemente, pode-se concluir de modo cabal que também não eram filhas de Nossa Senhora, pois, como vimos, só Jesus é apresentado como filho daquela Vírgem singular: Não é ele o carpinteiro, o filho de Maria, o irmão (parente) de Tiago, de José, de Judas e de Simão? Não vivem entre nós também suas irmãs?”[13]
Perceba, caro leitor, a distinção clara e evidente que se faz aqui, entre Jesus “O FILHO DE MARIA” (Singular), e Tiago, José, Judas, Simão e algumas mulheres, todos estes personagens tratados como “irmãos de Jesus”, ou seja, seus parentes próximos, e nunca, JAMAIS como “Filhos de Maria ”.
Finalmente, se a Santíssima Virgem tivesse gerado outros filhos – e seriam tantos! – por que Jesus Cristo, ao morrer na cruz, a deixou aos cuidados de um dos apóstolos? Sim, está escrito: “Quando Jesus viu sua Mãe e perto dela a discípulo que amava, disse a sua Mãe: ‘Mulher, eis ai o teu filho.’ Depois disse ao discípulo: ‘Eis ai tua Mãe.’ E dessa hora em diante ele a levou para sua casa.”[14] Ora, se Maria tivesse gerado outros filhos isso não seria necessário ...
Como vemos, não há mais nada a se falar sobre o assunto. Jesus foi, de fato, o único filho gerado por Nossa Senhora. Nós, obviamente, por participarmos de seu Corpo Místico, nos tornamos “filhos de Maria ”, incorporados que fomos em Cristo pela eficácia do Batismo. Peçamos, pois, a graça de vivermos à altura de tão grande dignidade: sermos filhos e filhas amados da Virgem Maria em Cristo Jesus! Virgem Santíssima, rogai por nós!
“Deus Pai transmitiu a Maria sua fecundidade, na medida em que a podia receber uma simples criatura, para que ela pudesse produzir o seu filho e todos os membros do seu Corpo Místico.” (S. Luiz M. Grignion de Montfort – Tratado pg. 26)
[1] Conf. Apoc. 12, 1-17. Aqui, a “descendência da mulher” não são aqueles que nasceram naturalmente de seu ventre, pois Jesus fora seu filho único, mas sim aqueles que guardam os mandamentos de Deus e tem o testemunho de Jesus, ou seja, todos os cristãos verdadeiros.
[2] TANNUS, Roberto Andrade. E os Irmãos de Jesus? São Paulo: Editora Santuário, 2003. Pg. 12-31. O autor, em muitas partes do livro, resvala rumo a ambiguidades, demonstrando pouco espírito apologético e falsa visão ecumênica. (Nota do autor)
[3] Conf. S. Mar. 3, 31
[4] Conf. S. Mar. 6, 3
[5] Conf. Gal. 1, 19
[6] Conf. S. Luc.1, 34. “Conhecer”, na Bíblia, tem o sentido de “relação sexual”; ex.: Gên. 4,1. 25
[7] Obviamente, o exemplo permite outras interpretações, como por exemplo: “...não fumo” (por que não sei tragar) etc. O fato é que a frase como está, “...não fumo” nos demonstra também a possibilidade de que a pessoa em questão tenha feito o propósito de nunca fumar, e se a frase estiver corroborada por outras provas que indiquem o suposto, então teremos forte indício da veracidade do que concluímos. Ora, é isto que se dá no caso de Nossa Senhora.
[8] NEGROMONTE, P.A. A Doutrina Viva. Petrópolis: Vozes, 1939. Pg. 101
[9] Conf. S. Mar. 15, 40
[10] Conf. S. Mat. 27, 56
[11] Conf. Mat. 20, 20-24
[12] Conf. Indice Doutrinal da Bíblia Sagrada, Ave-Maria 104 Ed. Ver: “Irmãos”. Pg. 1586
[13] Conf. S. Mar. 6, 3
[14] Conf. S. Jo. 19, 25-27. Texto interessante, pois, distingue Maria Santíssima das outras “Marias” que estavam junto à Cruz.
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Que lugar devemos dar a Maria?
Não faltam pessoas que, alarmadas, declaram fazermos injúria a Deus ao atribuir a Maria poder tão universal. Mas onde está a injúria à dignidade divina, se quis Deus dispor assim as coisas? Não seria prova de loucura afirmar que a força da gravidade escapa ao poder divino? A lei da gravidade vem de Deus e concorre para o cumprimento dos seus desígnios, em toda a natureza. Por que dizer que ofendemos ao Criador reconhecendo a influência e importância que Maria tem no mundo da graça? Até as leis da natureza manifestam o poder de Deus. Por que, então, sendo Maria a eleita, mais perfeita, Deus não haveria de revelar n’Ela a Sua bondade e onipotência?
Admitida a obrigação de reconhecer as prerrogativas da Santíssima Virgem, resta saber ainda como e até que ponto. “Como devo eu repartir_ dirão alguns_ as minhas orações entre as três Divinas Pessoas, Maria e os Santos? Qual a medida exata, nem demais nem de menos, que lhe devo oferecer?” Outros adotarão uma atitude mais extrema:”Porventura não me afastarei de Deus, se dirigir as minhas orações a Maria?”
Todas estas dificuldades nascem da aplicação da idéias terrenas às coisas do céu. Muitas pessoas acham que se devem separar as orações ao Pai, ao Filho, ao Espírito Santo, a Maria e aos outros Santos. Pensam que essas orações precisam ser feitas separadamente. Temos muitos exemplos que nos mostram ser possível e compatível o culto a Maria, aos Santos e o culto supremo devido a Deus. Para acabar com estas duvidadas e dificuldades, a melhor recomendação é a seguinte: “Devemos entregar tudo a Deus; pois bem: entreguemos tudo a Ele por meio de Maria”. Essa forma de agir, mesmo que possa parecer exagero, nos livra das dúvidas, da preocupação de medir as nossas devoções.
***
Fonte:
Manual Oficial da Legião de Maria, Editora Salesiana Dom Bosco,1ª edição no Brasil, Cap. 39, pág. 275.
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
A Virgem Maria, a Ira, o Ódio... e Deus!
quarta-feira, 20 de maio de 2009
A mensagem de La Salette: os pecados dos maus sacerdotes
Abaixo, trecho da mensagem da aparição de Nossa Senhora de La Salette, aprovada pela Igreja Católica. Seguem-se vídeos intercalando o texto, para melhor ilustrar a atualidade da advertência.
***
“Os sacerdotes, ministros de meu Filho, pela sua má vida,
sua irreverência e impiedade na celebração dos santos mistérios,
pelo amor do dinheiro,
das honrarias e dos prazeres,
tornaram-se cloacas de impureza.
“Sim, os sacerdotes atraem a vingança e a vingança paira sobre suas cabeças. Ai dos sacerdotes e das pessoas consagradas a Deus, que pela sua infidelidade e má vida crucificam de novo meu Filho!
“Os pecados das pessoas consagradas a Deus bradam ao Céu e clamam por vingança. E eis que a vingança está às suas portas, pois não se encontra mais uma pessoa a implorar misericórdia e perdão para o povo. Não há mais almas generosas, não há mais ninguém digno de oferecer a vítima imaculada ao [Pai] Eterno em favor do mundo”.
***
Oração pelo Clero
(Cardeal Leme)
Deixai, ó Jesus, que em vosso Coração Eucarístico, depositemos as mais ardentes preces pelo nosso Clero. Multiplicai as vocações sacerdotais em nossa pátria; atraí ao vosso altar os filhos do nosso Brasil; chamai-os com instância ao vosso ministério.
Conservai na perfeita fidelidade ao vosso serviço aqueles a quem já chamastes, afervorai-os, purificai-os, santificai-os, não permitindo que se afastem do espírito de vossa Igreja.
Não consintais, ó Jesus, nós Vos suplicamos, que debaixo do céu brasileiro, sejam, por mãos indignas, profanados os vossos mistérios de amor. Com instância Vos pedimos: deixai que a misericórdia de vosso Coração vença a vossa Justiça divina por aqueles que se recusaram à honra da vocação sacerdotal, ou desertaram das fileiras sagradas.
Por vossa Mãe, Maria santíssima, Rainha dos sacerdotes, atendei, Jesus, a esta nossa insistente oração!
Ó Maria, ao vosso Coração confiamos nosso Clero: guiai-o, guardai-o, protegei-o, salvai-o! Amém.
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Referencia bibliografica:
http://aparicaodelasalette.blogspot.com/2009/04/inicio-do-segredo-decadencia-do-clero.html