Por Prof. P.M.C.
Um processo permanente
Vivemos tempos confusos, repletos de contradições, malícias. O mundo tem
alcançado tal pérfida configuração que nos interrogamos perplexos sobre o que
terá levado a este sombrio estado de coisas. Entendidos garantem que, não
fossem as consoladoras promessas de nosso divino Redentor e o auxílio maternal
da Santíssima Virgem Maria, estaríamos perdidos. “Maranathá!”
Quantos andam iludidos! Imaginam que a sociedade tenha chegado a esta
triste situação por um movimento cego da história alheio a forças conscientes
que trabalham nas trevas. A Igreja nunca ignorou as maquinações dos maus em seu
velado – mas por vezes, descoberto - intento poder de moldar a humanidade
segundo princípios heterodoxos. Aqui o motivo de sábios Pontífices haver
inculcado reiteradas vezes que “(...) toda a verdadeira felicidade humana
provem de nossa augusta religião, de sua doutrina e exercício”.
É cada vez mais patente que agentes invisíveis labutam por soerguer ou
destruir edificações. As atuais estruturas sociais, políticas, econômicas e
religiosas apresentam marcas de “mãos sujas” que influíram com destreza em sua
organização. Algo disso demonstrado, por exemplo, em “Prometeo: la religión del hombre”
de Padre Álvaro Calderón.
Ainda que a ideia de “conspiração” seja ridicularizada ao extremo por uns
e defendida de forma indevida ou até grotesca por outros – o que só tende a
desacreditá-la – é sempre maior a evidência de que existe por detrás dos
ponteiros todo mecanismo que lhe permite o funcionamento.
Não pretendemos aqui fazer um estudo aprofundado
sobre a gênese do processo revolucionário que sofre a sociedade. Entretanto
segue abaixo esclarecedora citação referente à crise hodierna.
“(...) sou um processo permanente. Eu sou o ódio contra toda e qualquer
ordem social e religiosa que não seja estabelecida pelo homem e na qual ele não
seja rei e deus ao mesmo tempo: eu sou a proclamação dos direitos do homem
contra os direitos de Deus; sou a filosofia da revolta, a religião da revolta
(...) me chamam revolução, isto é, desordem”.
Veremos em artigos
posteriores o início desse processo que atravessa a história. Os que quiserem
estudá-lo em suas em suas manifestações a partir do final da idade média terão nos trabalhos de Plínio Correia de Oliveira excelente instrução. Seu livro
“Revolução e Contra-Revolução” é uma grande síntese deste processo.
Que a Santíssima Virgem Maria seja nosso auxílio e proteção nos caminhos
da vida.
Senhora de Guadalupe, rogai por nós!