Por Lisa Mary
A Igreja, durante todo o ano litúrgico, celebra com fervor e sincera devoção os fatos memoráveis da vida de Maria. Entre festas e solenidades recordamos o magnífico plano de Deus realizado em sua vida e louvamos a sua exemplar adesão ao mesmo.
Por ser Ela a criatura mais perfeita de toda a face da Terra e acima dela está somente Jesus Cristo, Seu Divino e Único Filho, quero dedicar-lhe essas palavras, que não se prenderão as datas a Ela dedicadas, mas que objetiva louvá-la por seus insuperáveis méritos e virtudes teologais.
Deus pensou Maria Santíssima desde sempre, Ela é a Sabedoria que estava presente desde a criação do mundo. Ela nasceu para gerar a forma humana de Deus, Jesus Cristo-Homem e levar a salvação a toda humanidade. Difere-se e é superior a toda e qualquer criatura, pois que, Deus a cumulou de toda sorte de graças desde a sua Conceição Imaculada até a sua Assunção Gloriosa.
Ela foi preservada da mancha do pecado original porque Deus habitava a sua alma e onde está Deus o pecado não pode subsistir. É o que professa o dogma da imaculada Conceição, proclamado em 1854 pelo papa Pio IX:
“A beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua Conceição, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha do pecado original”. (DS 2803).
Ela é a única criatura perfeita que encontrou plena graça diante de Deus e que teve o mérito de ser a Mãe do Redentor. Disse-lhe o anjo Gabriel: “Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus”. (Lc 1,30).
Ela é a Esposa do Espírito Santo, não mãe solteira como alguns ignorantes já ousaram dizer, mas é Aquela que foi envolvida com a sombra da força do Altíssimo e que teve sua santa virgindade preservada por Deus antes durante e depois do parto.
Maria recebeu toda a espécie de graças, exceto a hipostática, não só porque devia ser a Mãe de Deus, mas também porque havia de ser a Medianeira de todas as graças. “Tudo quanto foi graça existiu em Maria”, diz São Lourenço Justiniano. A Bulla Iniffabillis confirma este ponto quando afirma que “... Deus cumulou a virgem Maria da abundância dos bens celeste do tesouro de Sua Divindade, mais que a todos os outros espíritos angélicos e todos os santos, de tal forma que ficaria absolutamente isenta de toda e qualquer mancha do pecado...” “... esta inocência original da Augusta Virgem harmoniza perfeitamente com sua admirável santidade...”.
As graças necessárias para nossa salvação nos são concedidas pela Virgem Maria porque como Boa Mãe que é, sabe o que precisamos. “Por isso Ela recebeu a plenitude de graças não só para si, mas para outros também”. (Teólogo Gerson).
No episódio das bodas em Caná da Galiléia, Maria interveio e alcançou de Seu Filho Jesus o Seu primeiro milagre público, que servira para que os discípulos cressem Nele. (João 2).
A Virgem Maria esteve presente em momentos primordiais da vida de Jesus que obediente cumpria o plano de Deus de salvar a humanidade: a Paixão e o Sacrifício de Cristo na Cruz. Foi Ela quem tornou possível o Sacrifício de Cristo em favor da humanidade. “Maria – diz S. Pio X – tinha por missão preparar uma Vítima para a salvação dos homens, nutrí-La e apresentá-La no dia querido por Deus, ao altar dos holocaustos”. (Encíclica no Jubileu da imaculada). “... Junto a cruz de Jesus estavam de pé sua Mãe...”(João 19,25).
Em Pentecostes o Espírito santo repousou em sua plenitude sobre a Santíssima Virgem Maria e dela partiu até os discípulos que se encontravam ali, desanimados. Este episódio perdura sempre, mesmo após Ela ter sido Assunta ao Céu pelos anjos de corpo e alma em sua assunção Gloriosa, pois esteve presente na igreja desde a sua instituição e continuará até o fim dos tempos, gerando, nutrindo e formando os filhos de Deus para que um dia possam gozar da vida eterna em Deus.
“Quantos motivos para nos alegrarmos e para amarmos a Maria Santíssima vendo-a tão bela, ornada de todos os dons de Deus”. São Gregório papa.
A Virgem Maria deve ser amada, venerada e exaltada sempre por seus filhos, porque dela advêm a salvação.
“A plenitude de todo bem, colocou-a Deus em Maria; de tal modo que se em nós algo existe de esperança, de graça, de salvação, reconheçamos que isto d’Ela procede”. São Bernardo.
Que essas singelas palavras agradem a Grande Mãe de Deus Maria Santíssima, que de tão puríssima, belíssima e digníssima alcançou insuperáveis graus de santidade e virtude tornando-se superior aos anjos e santos do Céu e a todas as criaturas da Terra sendo inferior apenas, a Seu Filho, Jesus Cristo, que é Deus.
LAUS DEO VIRGINIQUE MARIAE
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Referencias:
Sagrada Escritura
Catecismo da Igreja Católica
Livro “Nossa Senhora das Graças”, de Padre Antônio Miranda, editora Paulinas.