Por João S. de O. Jr.
Poucos temas despertam tanto os anseios humanos quanto o amor entre o homem e a mulher. Neste mensal, refletiremos sobre o Namoro. Mas, o que de fato vem a ser este “estar enamorado” que tanto instiga, desperta ou preocupa, seja para a alegria de complementaridade ou mesmo para a decepção (quando vivido incorretamente) do coração humano?
O namoro é fase de conhecimento recíproco entre a moça e o rapaz a fim de num futuro breve, decidirem ou não, a selar o compromisso definitivo do amor através do matrimônio.
Mas atenção! Este conhecer ao outro é fundamentalmente interior, enxergar além das aparências.
Namorar é sobretudo conhecer a alma da outra pessoa, não ao corpo (íntimo) que é templo do Espírito Santo. Pois, a verdadeira entrega total (corpo e alma) só será plena (portanto lícita) no casamento. Daí, ser fundamental a virtude da Castidade, a qual falaremos em breve e que é vivida tanto na vida de solteiro como na de casado.
Namorar é sobretudo conhecer a alma da outra pessoa, não ao corpo (íntimo) que é templo do Espírito Santo. Pois, a verdadeira entrega total (corpo e alma) só será plena (portanto lícita) no casamento. Daí, ser fundamental a virtude da Castidade, a qual falaremos em breve e que é vivida tanto na vida de solteiro como na de casado.
Namorar não é “ficar”
Namorar será também um “edificar ao outro”, partilhar situações, alegrias, desafios. Um caminhar junto, doar-se a fim de ser sinal de Deus para aquela pessoa. Logo, o namoro não pode ser um “passa tempo”, muito menos um “usufruir” dele ou dela para satisfazer egoisticamente as vontades momentâneas.
Por aí já vemos que o “ficar” é tão prejudicial, pois vamos acostumando apenas a usar do outro, nunca a nos doarmos reciprocamente. Já dizia um sábio que o “ficar” equivale a “prostituir”. Ainda que não seja de relação carnal (genital), será uma troca (venda) de “serviço” a fim de uma satisfação de momento.
“Mas ele(a) não quer nada sério comigo...”
R: Dizer “não” é um grande meio de se valorizar e caso uma pessoa queira apenas um “pedaço de ti”, não te merece como namorado(a).
R: Dizer “não” é um grande meio de se valorizar e caso uma pessoa queira apenas um “pedaço de ti”, não te merece como namorado(a).
“Eu vou ter que casar só por estar namorando?”
R: Necessariamente, não. Mas, você deve ter em mente que namorar é prepararem-se interiormente para a vocação a que Deus os esteja chamando, ainda que não seja você quem casará com sua (seu) atual namorada(o).
R: Necessariamente, não. Mas, você deve ter em mente que namorar é prepararem-se interiormente para a vocação a que Deus os esteja chamando, ainda que não seja você quem casará com sua (seu) atual namorada(o).
“O que fazer então antes de começar um namoro?”
R: O respeito é fundamental no namoro, seja no seu êxito ou no seu término. Portanto, ter uma amizade sincera será um caminho muito melhor do que um “ficar” e será um marco antes, durante ou mesmo depois, caso tenha fim o relacionamento de namoro.
Sobre relacionamentos, sentimentos e espera:
Certamente muitas pessoas devem estar suspirando e dizendo que namoros não são tão simples assim. De fato, não o são. Todo relacionamento envolve sentimentos e emoções, complexidades e diferenças, buscas e decepções, etc. Quem nunca gostou de alguém sem ser correspondido ou “bateu cabeça” em um relacionamento? Quem não anseia achar a pessoa certa para um casamento feliz? Dificuldades são quase inevitáveis, mas serão melhor encaradas quando coloca-se o amor a Deus acima de tudo.
Primeiro, devo lembrar que minha vocação, seja matrimonial, religiosa ou mesmo solteira celibatária, deve me levar a estar mais próximo de Deus, Uno e Trino. Glorificar a Ele e edificar ao próximo, a meta deverá ser a glória celeste.
Segundo, muita gente deseja ter um “namoro santo”, cristão... Ótimo! Mas até que ponto estão dispostos a serem um(a) namorado(a) santo(a)? A serem uma pessoa melhor à sua família, aos seus amigos e aos outros caridosamente?
Talvez, você esteja num momento de espera. Sim, espere, pode ser um ótimo momento a se aprimorar como pessoa, amadurecer, dedicar tempo aos amigos e familiares antes de entrar num namoro, o afeto não vai existir apenas em interesses amorosos. E por mais difícil que lhe seja a vida, espere sempre em Cristo e com Cristo, tangível e real, presente no Santíssimo Sacramento. Confie tudo a Deus.
"(...) Como namorados, vos encontrais a viver uma época única, que abre à maravilha do encontro e faz descobrir a beleza de existir e de ser preciosos para alguém, de poder-vos dizer reciprocamente: tu és importante para mim. Vivais com intensidade, gradualidade e verdade esse caminho. Não renuncieis a perseguir um ideal alto de amor, reflexo e testemunho do amor de Deus!” (...)
Este artigo foi extraído do Pugna Namoro, já publicado em 2011.
Virgem Santíssima, rogai por nós!