A palavra altar vem de ardore, porque antigamente as vítimas e holocaustos dos animais que se sacrificavam eram queimados e ardiam no altar, como consta no Levítico. Diz-se araab ariditate, que é o mesmo que secura, porque se queimavam e se sacrificavam aromas no fogo que havia nele. A edificação de altares é anterior à edificação de templos, porque antes de Moisés edificar o tabernáculo na saída do cativeiro de Egito, e antes de Salomão edificar aquele suntuosíssimo templo a mandado de Deus e de seu pai David, já se haviam edificado altares. Altares foram edificados primeiramente por Noé, na saída da arca, depois do dilúvio. Noé ofereceu a Deus sacrifícios de animais e aves limpas. Também Abraão, Isaac e Jacó edificaram altares (Gênesis). Moisés edificou antes de fazer o tabernáculo (Êxodo). Gedeão, idem (livro dos Juízes). Samuel em Ramatha. Elias no monte Carmelo e Judas Macabeu (mesmo livro). Diz Durando que destes Padres antigos tiveram origem os altares e igrejas. Esses altares tinham quatro extremidades, como os nossos.
No começo de nossa Lei, fabricavam-se alguns altares de pedra. Estes — diz São Tomás de Aquino — simbolizavam Cristo, que é pedra: Petra autem erat Christus. O altar-mor significa Deus Uno e Trino; a glória celestial, a alma santa e o coração do homem onde se coloca o Senhor. Os altares inferiores significam a cúria celestial, os coros dos santos mártires e das virgens, etc.
Na Lei da Graça, o primeiro altar foi o da Cruz, e a mesa do altar foi a mesa em que Cristo ceou com os discípulos, quando instituiu a Eucaristia.
(Extraído
da apostila composta pelo Pe. Marciano Gonçalves Siqueira, baseado no livro "El por qué de
todas las ceremonias de la Iglesia y sus misterios" - Belo Horizonte,
29/6/1976).
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