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quarta-feira, 12 de junho de 2013

Namoro - muito além das aparências...

Por João S. de O. Jr.

Poucos temas despertam tanto os anseios humanos quanto o amor entre o homem e a mulher. Neste mensal, refletiremos sobre o Namoro. Mas, o que de fato vem a ser este “estar enamorado” que tanto instiga, desperta ou preocupa, seja para a alegria de complementaridade ou mesmo para a decepção (quando vivido incorretamente) do coração humano? 
O namoro é fase de conhecimento recíproco entre a moça e o rapaz a fim de num futuro breve, decidirem ou não, a selar o compromisso definitivo do amor através do matrimônio. 

Mas atenção! Este conhecer ao outro é fundamentalmente interior, enxergar além das aparências.
Namorar é sobretudo conhecer a alma da outra pessoa, não ao corpo (íntimo) que é templo do Espírito Santo. Pois, a verdadeira entrega total (corpo e alma) só será plena (portanto lícita) no casamento. Daí, ser fundamental a virtude da Castidade, a qual falaremos em breve e que é vivida tanto na vida de solteiro como na de casado.

Namorar não é “ficar” 

 

Namorar será também um “edificar ao outro”, partilhar situações, alegrias, desafios. Um caminhar junto, doar-se a fim de ser sinal de Deus para aquela pessoa. Logo, o namoro não pode ser um “passa tempo”, muito menos um “usufruir” dele ou dela para satisfazer egoisticamente as vontades momentâneas. 

Por aí já vemos que o “ficar” é tão prejudicial, pois vamos acostumando apenas a usar do outro, nunca a nos doarmos reciprocamente. Já dizia um sábio que o “ficar” equivale a “prostituir”. Ainda que não seja de relação carnal (genital), será uma troca (venda) de “serviço” a fim de uma satisfação de momento. 

 “Mas ele(a) não quer nada sério comigo...”
R: Dizer “não” é um grande meio de se valorizar e caso uma pessoa queira apenas um “pedaço de ti”, não te merece como namorado(a). 

“Eu vou ter que casar só por estar namorando?”
R: Necessariamente, não. Mas, você deve ter em mente que namorar é prepararem-se interiormente para a vocação a que Deus os esteja chamando, ainda que não seja você quem casará com sua (seu) atual namorada(o).
 
“O que fazer então antes de começar um namoro?” 
R: O respeito é fundamental no namoro, seja no seu êxito ou no seu término. Portanto, ter uma amizade sincera será um caminho muito melhor do que um “ficar” e será um marco antes, durante ou mesmo depois, caso tenha fim o relacionamento de namoro.

Sobre relacionamentos, sentimentos e espera:


Certamente muitas pessoas devem estar suspirando e dizendo que namoros não são tão simples assim. De fato, não o são. Todo relacionamento envolve sentimentos e emoções, complexidades e diferenças, buscas e decepções, etc. Quem nunca gostou de alguém sem ser correspondido ou “bateu cabeça” em um relacionamento? Quem não anseia achar a pessoa certa para um casamento feliz? Dificuldades são quase inevitáveis, mas serão melhor encaradas quando coloca-se o amor a Deus acima de tudo. 

Primeiro, devo lembrar que minha vocação, seja matrimonial, religiosa ou mesmo solteira celibatária, deve me levar a estar mais próximo de Deus, Uno e Trino. Glorificar a Ele e edificar ao próximo, a meta deverá ser a glória celeste. 

Segundo, muita gente deseja ter um “namoro santo”, cristão... Ótimo! Mas até que ponto estão dispostos a serem um(a) namorado(a) santo(a)? A serem uma pessoa melhor à sua família, aos seus amigos e aos outros caridosamente? 

Talvez, você esteja num momento de espera. Sim, espere, pode ser um ótimo momento a se aprimorar como pessoa, amadurecer, dedicar tempo aos amigos e familiares antes de entrar num namoro, o afeto não vai existir apenas em interesses amorosos. E por mais difícil que lhe seja a vida, espere sempre em Cristo e com Cristo, tangível e real, presente no Santíssimo Sacramento. Confie tudo a Deus.

                "(...) Como namorados, vos encontrais a viver uma época única, que abre à maravilha do encontro e faz descobrir a beleza de existir e de ser preciosos para alguém, de poder-vos dizer reciprocamente: tu és importante para mim. Vivais com intensidade, gradualidade e verdade esse caminho. Não renuncieis a perseguir um ideal alto de amor, reflexo e testemunho do amor de Deus!” (...)

Bento XVI a jovens namorados no XXV Congresso Eucarístico em set./2011; Ancona, Itália. Mensagem completa pode ser vista em http://www.opusdei.org.br/art.php?p=45446.

 Este artigo foi extraído do Pugna Namoro, já publicado em 2011.

Virgem Santíssima, rogai por nós!

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Carnaval: Crucificar novamente a Jesus Cristo

Por João S. de O. Jr 

A semana mal terminou e já se fala tanto no malfadado Carnaval, na mídia, nas ruas, nas músicas. Mas não é uma festa popular brasileira? Não, é uma festa pagã e em prol do paganismo. Não que esperaríamos coisa diferente do mundão, só que, "se calarmos, as pedras falarão". Infelizmente, é um tempo de pecados e ofensas contra Nosso Senhor, e o pior, sob aspecto de "normalidade" numa suposta "alegria" sem causa, tudo pela satifação da carne, como se nos outros dias já não sofressemos de natureza corrompida pelo Pecado Original. Não julgamos que todas as pessoas que vão para o carnaval, o façam por malícia conscientemente. Mas é inegavel o quão ofensivo para as almas é este tempo de embriagues coletiva. Pedimos que quem for fazer um Retiro Espiritual, não deixe de fazer ou ofertar uma oração em desagravo ao Nosso Senhor por tantos ultrages e indiferenças dos homens. Segue, também, uma publicação anterior do blog mas sempre atual para refletirmos neste tempo.
Virgem Santíssima, rogai por nós.

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Tendo em vista que muitas pessoas - entre eles, vários cristãos - usam dos dias de carnaval como pretexto para darem vazão à prática de uma infinidade de pecados, achamos por bem publicarmos aqui uma pequena coletânea sobre este tempo nefasto, tirada de relatos e escritos da vida de santos e de pessoas piedosas. Intentamos assim levar os verdadeiros católicos a se dedicarem de maneira especial a nesses dias, reparar de alguma forma as ofensas cometidas contra Deus, que já está por demais ofendido pelos pecados do mundo. Que seja para nós o tempo do carnaval um período de oração e sacrifício. E que usemos todo o nosso tempo, ainda que dispendido em ocupações que não sejam propriamente a oração, em oferecermo-nos -juntamente com o que temos, somos e fazemos -, em reparação pela conversão dos pecadores.
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“Numa outra vez, no tempo de carnaval, apresentou-me (Jesus), após a santa comunhão, sob a forma de Ecce Homo, carregando a cruz, todo coberto de chagas e ferimentos. O Sangue adorável corria de toda parte, dizendo com voz dolorosamente triste: Não haverá ninguém que tenha piedade de mim e queira compadecer-se e tomar parte na minha dor no lastimoso estado em que me põem os pecadores, sobretudo, agora?” (Santa Margarida Maria Alacoque, Escritos Espirituais).
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São Francisco de Sales dizia: “O carnaval: tempo de minhas dores e aflições”.
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São Vicente Ferrer dizia: “O carnaval é um tempo infelicíssimo, no qual os cristãos cometem pecados sobre pecados, e correm à rédea solta para a perdição”.
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Santa Catarina de Sena, referindo-se ao carnaval, exclamava entre soluços: “Oh! Que tempo diabólico!"
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Santo Afonso Maria de Ligório escreve: “Não é sem razão mística que a Igreja propõe hoje à nossa meditação, Jesus Cristo predizendo a sua dolorosa Paixão. Deseja a nossa boa Mãe que nós, seus filhos, nos unamos a ela na compaixão de seu divino Esposo, e o consolemos com os nossos obséquios; porquanto, os pecadores, nestes dias mais do que em outros tempos, lhe renovam os ultrajes descritos no Evangelho. Nestes tristes dias os cristãos, e quiçá entre eles alguns dos mais favorecidos, trairão, como Judas, o seu divino Mestre e o entregarão nas mãos do demônio. Eles o trairão, já não às ocultas, senão nas praças e vias públicas, fazendo ostentação de sua traição! Eles o trairão, não por trinta dinheiros, mas por coisas mais vis ainda: pela satisfação de uma paixão, por um torpe prazer e por um divertimento momentâneo. Uma das baixezas mais infames que Jesus Cristo sofreu em sua Paixão, foi que os soldados lhe vendaram os olhos e, como se ele nada visse, o cobriram de escarros, e lhe deram bofetadas, dizendo: Profetiza agora, Cristo, quem te bateu? Ah, meu Senhor! Quantas vezes esses mesmos ignominiosos tormentos não Vos são de novo infligidos nestes dias de extravagância diabólica? Pessoas que se cobrem o rosto com uma máscara, como se Deus assim não pudesse reconhecê-las, não têm vergonha de vomitar em qualquer parte palavras obscenas, cantigas licenciosas, até blasfêmias execráveis contra o Santo Nome de Deus. Sim, pois se, segundo a palavra do Apóstolo, cada pecado é uma renovação da crucifixão do Filho de Deus. Nestes dias Jesus será crucificado centenas e milhares de vezes” (Meditações).
 
São Pedro Claver e o carnaval
Um oficial espanhol viu um dia São Pedro Claver com um grande saco às costas.
— Padre, aonde vai com esse saco?
— Vou fazer carnaval; pois não é tempo de folgança?
O oficial quer ver o que acontece: acompanha-o.
O Santo entra num hospital. Os doentes alvoroçam-se e fazem-lhe festa; muitos o rodeiam, porque o Santo, passando com eles uma hora alegre, lhes reparte presentes e regalos até esvaziar completamente o saco.
— E agora? – pergunta o oficial.
— Agora venha comigo; vamos à igreja rezar por esses infelizes que, lá fora, julgam que têm o direito de ofender a Deus livremente por ser tempo de carnaval.
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Crucifixo
Santo Afonso Maria de Ligório e o carnaval
“ Jesus Cristo, (...) especialmente nestes dias de carnaval é deixado sozinho pelos homens ingratos e como que reduzido à extrema penúria. Se um só pecado, como dizem as Escrituras, já desonra a Deus, o injuria e o despreza, imagina quanto o divino Redentor deve ficar aflito neste tempo em que são cometidos milhares de pecados de toda a espécie, por toda a condição de pessoas, e quiçá por pessoas que lhe estão consagradas. Jesus Cristo não é mais suscetível de dor; mas, se ainda pudesse sofrer, havia de morrer nestes dias desgraçados e havia de morrer tantas vezes quantas são as ofensas que lhe são feitas.
É por isso que os santos, a fim de desagravarem o Senhor de tantos ultrajes, aplicavam-se no tempo de carnaval, de modo especial, ao recolhimento, à penitência, à oração, e multiplicavam os atos de amor, de adoração e de louvor para com o seu Bem-Amado. No tempo do carnaval, Santa Maria Madalena de Pazzi passava as noites inteiras diante do Santíssimo Sacramento, oferecendo a Deus o sangue de Jesus Cristo pelos pobres pecadores. O Bem-aventurado Henrique Suso guardava um jejum rigoroso a fim de expiar as intemperanças cometidas. São Carlos Borromeu castigava o seu corpo com disciplinas e penitências extraordinárias. São Filipe Néri convocava o povo para visitar com ele os santuários e realizar exercícios de devoção. O mesmo praticava São Francisco de Sales, que, não contente com a vida mais recolhida que então levava, pregava ainda na igreja diante de um auditório numerosíssimo. Tendo conhecimento que algumas pessoas por ele dirigidas, que se relaxavam um pouco nos dias de carnaval, repreendia-as com brandura e exortava-as à comunhão frequente.
Numa palavra, todos os santos, porque amaram a Jesus Cristo, esforçaram-se por santificar o mais possível o tempo de carnaval. Meu irmão, se amas também este Redentor amabilíssimo, imita os santos. Se não podes fazer mais, procura ao menos ficar, mais do que em outros tempos, na presença de Jesus Sacramentado ou bem recolhido em tua casa, aos pés de Jesus crucificado, para chorar as muitas ofensas que lhe são feitas.
O meio para adquirires um tesouro imenso de méritos e obteres do céu as graças mais assinaladas, é seres fiel a Jesus Cristo em sua pobreza e fazer-lhe companhia neste tempo em que é mais abandonado pelo mundo. Como Jesus agradece e retribui as orações e os obséquios que nestes dias de carnaval lhe são oferecidos pelas suas almas prediletas!” (Meditações).


sábado, 14 de julho de 2012

Convite: 'O Sentido Cristão do Casamento e da Sexualidade'

A Sociedade da Santíssima Virgem Maria - SSVM convida a todos os amigos de Montes Claros - MG para:


Dúvidas? Entre em contato conosco.
Virgem Santíssima, ora pro nobis!

quinta-feira, 26 de março de 2009

Bento XVI, AIDS e preservativos

 

UM DOS MAIORES ESPECIALISTAS DO MUNDO NO COMBATE À AIDS DIZ: “O PAPA ESTÁ CERTO”. MAS ESSA NOTÍCIA FOI DEVIDAMENTE SONEGADA DOS LEITORES

Há coisas que você jamais vai ler na imprensa brasileira porque, dada a sua “isenção” de propaganda, às vezes letal para a inteligência e a verdade, pouco importa a consideração de uma autoridade científica ou religiosa se o que elas dizem não coincide com a metafísica politicamente correta. Aceita-se a chamada pluralidade, mas sem exageros, é claro. Querem ver?
Vocês se lembram que, em Camarões — e, de fato, foi uma mensagem para o continente africano —, o papa Bento 16 afirmou que a distribuição maciça de camisinhas não era o melhor programa de combate à AIDS. E disse que o problema poderia até se agravar. A estupidez militante logo entendeu, ou fingiu entender, que Sua Santidade contestara a eficiência do preservativo para barrar a transmissão do vírus. Bento 16 não tratava desse assunto, mas de coisa mais ampla. Referia-se a políticas públicas de combate à expansão da doença. Apanhou de todo lado. De todo mundo. No Brasil, noticiou-se a coisa com ares de escândalo. Os valentes nem mesmo investigaram os números no Brasil — a contaminação continua alta e EM ALTA em alguns grupos — e no mundo. Adiante.
Se você pesquisar um pouco, vai saber que o médico e antropólogo Edward Green (foto) é uma das maiores autoridades mundiais no estudo das formas de combate à expansão da AIDS. Ele é diretor do
Projeto de Investigação e Prevenção da AIDS (APRP, na sigla em inglês), do Centro de Estudos sobre População e Desenvolvimento de Harvard. Pois bem. Green concedeu uma entrevista sobre o tema. E o que ele disse? O PAPA ESTÁ CERTO. AS EVIDÊNCIAS EMPÍRICAS CONFIRMAM O QUE DIZ SUA SANTIDADE. Ora, como pode o papa estar certo? Vamos sonegar essa informação dos leitores.
Em entrevista aos sites
National Review Online (NRO) e Ilsuodiario.net, Green afirma que as evidências que existem apontam que a distribuição em massa de camisinha não é eficiente para reduzir a contaminação na África. Na verdade, ao NRO, ele afirmou que não havia uma relação consistente entre tal política e a diminuição da contaminação. Ao Ilsuodiario, assumiu claramente a posição do papa — e, notem bem!, ele fala como cientista, como estudioso, não como religioso: “O que nós vemos de fato é uma associação entre o crescimento do uso da camisinha e um aumento da AIDS. Não sabemos todas as razões. Em parte, isso pode acontecer por causa do que chamamos ‘risco compensação” — literalmente, nas palavras dele ao NRO: “Quando alguém usa uma tecnologia de redução de risco, freqüentemente perde o benefício (dessa redução) correndo mais riscos do que aquele que não a usa”.
Pois é… Green também afirma que o chamado programa ABC — abstinência, fidelidade e, sim, camisinha (se necessário), que está em curso em Uganda — tem-se mostrado eficiente para diminuir a contaminação. E diz que o grande fator para a queda é a redução de parceiros sexuais. Que coisa, não?
NÃO É MESMO INCRÍVEL QUE SEXO MAIS RESPONSÁVEL CONTRIBUA PRA DIMINUIR OS CASOS DE CONTAMINAÇÃO? Pois é... Critico as campanhas de combate à aids no Brasil desde o Primeira Leitura, como sabem. E, aqui, desde o primeiro dia. Há textos às pencas no arquivo. A petralhada que se pensa cheia de veneno e picardia erótica gritava: “Você quer impor seu padrão religioso ao país...” Ou então: “Você não gosta de sexo...” Pois é. Vai ver Harvard escolheu um idiota católico e sexofóbico para dirigir o programa...
Bento 16 apanhou que deu gosto. E apanhou pelo que não disse — e ele jamais disse que a camisinha facilita a contaminação de um indivíduo em particular — e pelo que disse: a AIDS é, sim, uma doença associada ao comportamento de risco e, pois, às escolhas individuais. Sem que se mude esse compartamento, nada feito.
Pois é... O mundo moderno não aceita que as pessoas possam ter escolhas. Como já escrevi aqui certa feita, transformaram a camisinha numa nova ética. E, como tal, ela é de uma escandalosa ineficiência.

Autor: Reinaldo Azevedo

Fonte:http://veja.abril.com.br/blogs/reinaldo/

segunda-feira, 9 de março de 2009

Big Brother Brasil*

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Miguel Reale Júnior **

 

     Programas como Big Brother indicam a completa perda do pudor, ausência de noção do que cabe permanecer entre quatro paredes. Desfazer-se a diferença entre o que deve ser exibido e o que deve ser ocultado. Assim, expõe-se ao grande público a realidade íntima das pessoas por meios virtuais, com absoluto desvelamento das zonas de exclusividade. A privacidade passa a ser vivida no espaço público.

     O Big Brother Brasil, a Baixaria Brega do Brasil, faz de todos os telespectadores voyeurs de cenas protagonizadas na realidade de uma casa ocupada por pessoas que expõem publicamente suas zonas de vida mais íntima, em busca de dinheiro e sucesso. Tentei acompanhar o programa. Suportei apenas dez minutos: o suficiente para notar que estes violadores da própria privacidade falam em péssimo português obviedades com pretenso ar pascaliano, com jeito ansioso de serem engraçadamente profundos.

     Mas o público concede elevadas audiências de 35 pontos e aciona, mediante pagamento da ligação, 18 milhões de telefonemas para participar do chamado "paredão", quando um dos protagonistas há de ser eliminado. Por sites da internet se pode saber do dia-a-dia desse reino do despudor e do mau gosto. As moças ensinam a dança do bumbum para cima. As festas abrem espaço para a sacanagem geral. Uma das moças no baile funk bebe sem parar. Embriagada, levanta a blusa, a mostrar os seios. Depois, no banheiro, se põe a fazer depilação. Uma das participantes acorda com sangue nos lençóis, a revelar ter tido menstruação durante a noite. Outra convivente resiste a uma conquista, mas depois de assediada cede ao cerco com cinematográfico beijo no insistente conquistador que em seguida ridiculamente chora por ter traído a namorada à vista de todo o Brasil. A moça assediada, no entanto, diz que o beijo superou as expectativas. É possível conjunto mais significativo de vulgaridade chocante?

     Instala-se o império do mau gosto. O programa gera a perda do respeito de si mesmo por parte dos protagonistas, prometendo-lhes sucesso ao custo da violação consentida da intimidade. Mas o pior: estimula o telespectador a se divertir com a baixeza e a intimidade alheia. O Big Brother explora os maus instintos ao promover o exemplo de bebedeiras, de erotismo tosco e ilimitado, de burrice continuada, num festival de elevada deselegância.

     O gosto do mal e mau gosto são igualmente sinais dos tempos, caracterizados pela decomposição dos valores da pessoa humana, portadora de dignidade só realizável de fixados limites intransponíveis de respeito a si própria e ao próximo, de preservação da privacidade e de vivência da solidariedade na comunhão social. O grande desafio de hoje é de ordem ética: construir uma vida em que o outro não valha apenas por satisfazer necessidades sensíveis.

     Proletários do espírito, uni-vos, para se libertarem dos grilhões da mundialização, que plastifica as consciências.

     ________________________

  

* Publicado em 02.02.2009 no jornal O ESTADO DE SÃO PAULO.

* * Miguel Reale Júnior, advogado, professor titular da Faculdade de Direito da USP, membro da Academia Paulista de Letras.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

O governo Lula e o combate à castidade

"Vamos fazer o combate à hipocrisia no país. Preservativo tem que ser doado e ensinado como usar. Sexo tem que ser feito e ensinado como fazer."

A vida deve ser respeitada ainda antes da concepção. O respeito à vida deve começar pelo respeito à sexualidade, que é a fonte e a raiz da vida. A cultura da vida coincide com a cultura da castidade. O aborto é o fundo de um abismo que se inicia com o desregramento sexual.

No governo Lula, a causa pró-aborto — que ataca diretamente a vida humana — anda de mãos dadas com a causa pró-homossexualismo — que ataca frontalmente a virtude da castidade, sobre a qual se funda a família. Desde o início de 2003, o governo vem fazendo todo o possível, seja internamente, seja perante a comunidade internacional (ONU e OEA), para glorificar o homossexualismo e tratar como criminosos (“homofóbicos”) os que se opõem à conduta homossexual.

Ao mesmo tempo em que oferece aos pobres a chamada “bolsa-família”, o governo investe pesadamente em destruir os valores da família. Nas escolas, os alunos são convidados a escrever, às ocultas de seus pais, suas experiências sexuais na cartilha de pornografia chamada “O caderno das coisas importantes – confidencial”, uma iniciativa dos Ministérios da Saúde e da Educação[1]. Segundo anúncio do Ministro José Gomes Temporão de 26/06/2008, as primeiras 400 máquinas de distribuição de preservativos estão para ser instaladas em escolas públicas participantes do programa “Saúde e Prevenção nas Escolas” [2].

Examinemos a seguir a cronologia da promoção do homossexualismo durante os dois períodos de governo do atual presidente:

Abril 2003 – A delegação do governo Lula apresenta à Comissão de Direitos Humanos da ONU uma proposta de resolução proibindo a discriminação com base na “orientação sexual”. A discussão é adiada, por decisão da maioria dos países.

7 e 8 dez. 2003 — O governo Lula, pelo Secretário Especial dos Direitos Humanos Nilmário Miranda, lança o “Brasil sem Homofobia: Programa de Combate à Violência e à Discriminação contra GLTB e de Promoção da Cidadania Homossexual[3].

30 mar. 2004 – O governo Lula, em um “recuo estratégico”, desiste de reapresentar na ONU a proposta apresentada em 2003.[4]

22 maio 2006 – O Partido dos Trabalhadores, em seu 13º Encontro Nacional, aprova as “Diretrizes para a Elaboração do Programa de Governo do Partido dos Trabalhadores (Eleição presidencial de 2006)”, contendo como propósito para o segundo mandato a “descriminalização do aborto e a criminalização da homofobia” (item 35).[5]

27 set. 2006 – Atendendo às propostas do 13º Encontro Nacional do PT, o presidente Lula inclui em seu programa de governo 2007- 2010 a legalização do aborto: “Criar mecanismos nos serviços de saúde que favoreçam a autonomia das mulheres sobre o seu corpo e sua sexualidade e contribuir na revisão da legislação(Programa Setorial de Mulheres, p. 19).[6] À promoção do homossexualismo é dedicado um caderno de 14 páginas: “Lula presidente: construindo um Brasil sem homofobia: Programa Setorial Cidadania GLBT 2007 / 2010 . Sem o menor escrúpulo, o presidente se compromete a aprovar a “união civil entre pessoas do mesmo sexo, estendendo aos casais homossexuais os mesmos direitos que os casais heterossexuais possuem. Inclusive o reconhecimento e proteção de suas famílias, garantindo o direito à adoção” (p. 13).[7]

28 nov. 2007 – O Presidente Lula assina um decreto[8] convocando a I Conferência Nacional de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (GLBT), sob os auspícios da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, com o tema: “Direitos Humanos e Políticas Públicas: O caminho para garantir a cidadania de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais”.

3 jun. 2008 – Em Medellín, Colômbia, a Assembléia-Geral da OEA, por iniciativa do Brasil, aprova a resolução “Direitos Humanos, Orientação Sexual e Identidade de Gênero” (AG/RES. 2435 (XXXVIII-O/08))[9].

5 jun. 2008 – Em Brasília, participando da abertura da I Conferência GLBT, o presidente Lula, segurando uma bandeira com o arco-íris, afirma que a oposição ao homossexualismo “talvez seja a doença mais perversa impregnada na cabeça do ser humano[10]. Essa conferência pró-homossexualismo “é a primeira do Brasil e do mundo realizada com apoio governamental”.[11]


Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

PLC 122/2006: podar ou extirpar?
(com o apoio do governo Lula e com a omissão dos cristãos,
uma nefanda lei “anti-homofobia” pode ser aprovada)

Suponhamos que alguém fizesse a proposta de uma lei em defesa dos fumantes. A injúria – que já é crime – seria um crime especial, com pena maior, se fosse cometida contra alguém em razão de ser fumante. O crime de constrangimento ilegal – por exemplo, impedir alguém de se locomover em um local público – teria uma pena agravada se o fosse praticado em razão do tabagismo da pessoa constrangida. A dispensa de um empregado sem justa causa – que não é crime – passaria a ser crime se o empregado fosse tabagista e se fosse dispensado em razão do fumo.

Certamente surgiriam objeções a essa proposta legislativa. Afinal – diriam – os direitos das pessoas, fumantes ou não, já estão elencados na Constituição Federal. O fumante, na qualidade de fumante, não tem direitos. O tabagismo é um vício que não pode acrescentar direito algum a alguém.

* * *

Está para ser apreciado no Senado Federal um projeto (PLC 122/2006) que pretende defender os que praticam atos de homossexualismo. A injúria – que já é crime – será um crime especial, punível com reclusão de 1 a 3 anos e multa, se cometida contra alguém em razão de seu comportamento homossexual (cf. art. 10). A dispensa de um empregado sem justa causa – que não é crime – passará a ser crime punível com 2 a 5 anos de reclusão se o empregado for homossexual e se for dispensado em razão de atos de homossexualismo (cf. art. 4º). A proibição de ingresso ou permanência de alguém em um estabelecimento aberto ao público será crime punível com 1 a 3 anos de reclusão se a pessoa impedida for homossexual e se a causa do impedimento for sua conduta homossexual (cf. art. 5º).

Que significa isso? Que além dos direitos fundamentais garantidos pela Constituição Federal a todas as pessoas, os praticantes do homossexualismo terão direitos em virtude do homossexualismo por eles praticado. O projeto pretende dar aos homossexuais direitos, não na qualidade de pessoa, mas na qualidade de homossexuais. Ora, o homossexualismo (entendido como prática da conjunção carnal entre pessoas do mesmo sexo) é um vício contra a natureza, que não pode acrescentar direito algum a alguém.

* * *

O PLC 122/2006, que recebeu parecer favorável da relatora Senadora Fátima Cleide (PT/RO), tem sido alvo de inúmeras críticas. Fala-se da perseguição que sofrerão aqueles que, comentando passagens bíblicas, condenarem o homossexualismo; da punição que sofrerá uma mãe de família ao dispensar a babá que cuida de suas crianças, após descobrir que ela é lésbica; da sanção penal que sofrerá o reitor de um seminário ao não admitir um candidato homossexual. Tudo isso é verdadeiro, mas não constitui o cerne da questão.

Fala-se também que as penas propostas para os novos crimes (chamados crimes de “homofobia”) serão enormes, o que também é verdade. Mas também isso não é o ponto central do problema.

O núcleo do PLC 122/2006 é que ele, pela primeira vez na história legislativa brasileira, pretende dar direitos ao vício. Em nosso país isso é inédito, embora já existam coisas semelhantes em leis estrangeiras, com efeitos desastrosos.

* * *

Os pecadores têm um lugar especial no Cristianismo. Jesus disse textualmente: “Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. [...] Com efeito, eu não vim chamar justos, mas pecadores” (Mt 9,12-13). Ele, que acolheu a mulher adúltera que estava para ser apedrejada (Jo 8,2-11) e o ladrão que fora crucificado ao seu lado (Lc 23,39-43), não rejeitaria um homossexual penitente. Certamente, Ele o perdoaria dizendo: “Vai, e de agora em diante, não peques mais” (Jo 8,11).

O auxílio que Jesus veio trazer aos pecadores é libertá-los do pecado. Afinal, disse Ele, “quem comete pecado é escravo” (Jo 8,34).

O PLC 122/2006 pretende, não libertar os homossexuais, mas consolidar sua escravidão. Longe de estimular uma verdadeira mudança de conduta (“conversão”), o projeto pretende glorificar o vício contra a natureza. Numa total inversão de valores, ele pretende que sejam punidos como criminosos aqueles que censuram o comportamento antinatural.

Ora, orgulhar-se do pecado cometido e exigir que seja reconhecido o “direito de pecar” é uma das atitudes que se chamam pecados contra o Espírito Santo.[12] É um endurecimento do coração, que fecha o pecador à misericórdia de Deus. É justamente esse pecado que o PLC 122/2006 pretende prestigiar.

O PLC 122/2006 não é uma árvore, em si boa, mas com alguns ramos muito altos, que precisam ser podados. É uma erva daninha, que precisa ser extirpada pela raiz.

O erro do PLC 122/2006 não está nos meios que pretende usar para defender uma boa causa. O erro do projeto está em seu próprio fim: dar direitos ao vício. Por isso, é inútil fazer emendas para tentar aproveitar alguma coisa. É preciso rejeitá-lo totalmente.

Anápolis, 2 de julho de 2008.

Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz

Presidente do Pró-Vida de Anápolis



[1] SUWWAN, Leila. Cartilha escolar compara beijo a chocolate. Folha de São Paulo, São Paulo, Caderno Cotidiano, p. 27, 7 fev. 2007. Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0702200727.htm

[2] ESCOLAS públicas terão 400 máquinas de preservativos. UOL Noticias. São Paulo, 26 jun. 2008. Disponível em http://educacao.uol.com.br/ultnot/2008/06/26/ult4528u392.jhtm

[3] Disponível em http://www.mj.gov.br/sedh/ct/004_1_3.pdf Acesso em: 9 jun. 2006. A sigla GLTB significa “Gays, Lésbicas, Transgêneros e Bissexuais”.

[4] Cf. CIMIERI, Fabiana. Brasil recua e não reapresentará na ONU proposta antidiscriminação. Folha de S. Paulo. São Paulo, Caderno Cotidiano, p. 12, 30 mar. 2004.

[5] Disponível em http://www.pt.org.br/site/resolucoes/resolucoes_int.asp?cod=30

[6] Disponível em http://www.lulapresidente.org.br/site/download/militante/cartilha/Mulheres_205x265.zip

[7] Disponível em http://www.lulapresidente.org.br/site/download/militante/cartilha/GLBT_205x265.zip

[8] Publicado no Diário Oficial da União em 29 nov. 2007.

[9] Disponível em inglês em http://www.oas.org/dil/AGRES_2435.doc

[10] BORGES, Laryssa. Lula: preconceito contra gays é 'doença perversa'. Brasília. Terra Notícias. 5 jun. 2008. Disponível em http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI2931692-EI306,00.html

[11] CONFERÊNCIA GLBT é a primeira a receber apoio governamental. Agência Brasil. 6 jun. 2008. Disponível em http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2008/06/05/materia.2008-06-05.0316692978/view

[12] Cf. Catecismo do Papa Pio X, que enumera seis “pecados contra o Espírito Santo”.

Fonte: http://www.providaanapolis.org.br/govlucas.htm

quinta-feira, 15 de maio de 2008

O Homossexualismo segundo o Catecismo da Igreja Católica

CASTIDADE E HOMOSSEXUALIDADE

2357 A homossexualidade designa as relações entre homens e mulheres que sentem atração sexual, exclusiva ou predominante, por pessoas do mesmo sexo. A homossexualidade se reveste de formas muito variáveis ao longo dos séculos e das culturas. Sua gênese psíquica continua amplamente inexplicada. Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves, a tradição sempre declarou que "os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados". São contrários à lei natural. Fecham o ato sexual ao dom da vida. Não procedem de uma complementaridade afetiva e sexual verdadeira. Em caso algum podem ser aprovados.

2358 Um número não negligenciável de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais profundamente enraizadas. Esta inclinação objetivamente desordenada constitui, para a maioria, uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á para com eles todo sinal de discriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar a vontade de Deus em sua vida e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar por causa de sua condição.

2359 As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes de autodomínio, educadoras da liberdade interior, às vezes pelo apoio de uma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem se aproximar, gradual e resolutamente, da perfeição cristã.

Para saber mais sobre o assunto, clique nos links abaixo:

Bíblia e Homossexualismo
http://www.cleofas.com.br/virtual/texto.php?doc=ESTEVAO&id=deb0042


A Psicologia Subjacente das Tendências Homossexuais
http://www.cleofas.com.br/virtual/texto.php?doc=ENTREVISTA&id=ent0019

A Igreja e o Homossexualismo
http://www.veritatis.com.br/article/1580

Angustiado, leitor com tendência homossexual pede ajuda
http://www.veritatis.com.br/article/4979

Católico com tendência homossexual pede auxílio
http://www.veritatis.com.br/article/4918