quinta-feira, 26 de novembro de 2009

"Leve-me aonde Jesus está!"

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X. Recordo-me, a esse propósito, da graciosa anedota contada pelo ilustre Cardeal Perraud no Congresso Eucarístico de Paray-Le-Monial, a 22 de Setembro de 1987 e que ele próprio ouvira na Inglaterra.

Um protestante, movido pela curiosidade, entra com o filhinho numa igreja católica. À vista da criança é atraída pela lamparina, a arder diante do altar. - Papai - indaga - para que é aquela lâmpada ali? - É porque dentro do Tabernáculo está Jesus - respondeu o pai.

Saem, dão algumas voltas e vão acabar num templo protestante. Aí entrando, a criança indaga logo pelo objetivo que tanto a impressiona... seus olhinhos vagueiam por aqui e por ali... E nada descobre a inocente.

- Papai - inquire - porque não há lâmpada aqui?

- É porque Jesus não está aqui, filhinho.

- Então, vamos embora, papaizinho, vamos embora. Leve-me aonde Jesus está, leve-me aonde Jesus está!

Afirmou o Cardeal que, diante do ocorrido, a família toda protestante, se converteu e passou para Igreja Católica Apostólica Romana, onde somente se encontra Jesus e sua lâmpada sempre acesa.

 

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Livro: A Alma Eucarística
Autor: Fr. Antonino de Castellammare, O.F.M. Cap.
Páginas: 362 - 363

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Que lugar devemos dar a Maria?

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Não faltam pessoas que, alarmadas, declaram fazermos injúria a Deus ao atribuir a Maria poder tão universal. Mas onde está a injúria à dignidade divina, se quis Deus dispor assim as coisas? Não seria prova de loucura afirmar que a força da gravidade escapa ao poder divino? A lei da gravidade vem de Deus e concorre para o cumprimento dos seus desígnios, em toda a natureza. Por que dizer que ofendemos ao Criador reconhecendo a influência e importância que Maria tem no mundo da graça? Até as leis da natureza manifestam o poder de Deus. Por que, então, sendo Maria a eleita, mais perfeita, Deus não haveria de revelar n’Ela a Sua bondade e onipotência?

Admitida a obrigação de reconhecer as prerrogativas da Santíssima Virgem, resta saber ainda como e até que ponto. “Como devo eu repartir_ dirão alguns_ as minhas orações entre as três Divinas Pessoas, Maria e os Santos? Qual a medida exata, nem demais nem de menos, que lhe devo oferecer?” Outros adotarão uma atitude mais extrema:”Porventura não me afastarei de Deus, se dirigir as minhas orações a Maria?”

Todas estas dificuldades nascem da aplicação da idéias terrenas às coisas do céu. Muitas pessoas acham que se devem separar as orações ao Pai, ao Filho, ao Espírito Santo, a Maria e aos outros Santos. Pensam que essas orações precisam ser feitas separadamente. Temos muitos exemplos que nos mostram ser possível e compatível o culto a Maria, aos Santos e o culto supremo devido a Deus. Para acabar com estas duvidadas e dificuldades, a melhor recomendação é a seguinte: “Devemos entregar tudo a Deus; pois bem: entreguemos tudo a Ele por meio de Maria”. Essa forma de agir, mesmo que possa parecer exagero, nos livra das dúvidas, da preocupação de medir as nossas devoções.

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Fonte:

Manual Oficial da Legião de Maria, Editora Salesiana Dom Bosco,1ª edição no Brasil, Cap. 39, pág. 275.