sábado, 6 de março de 2010

Algo sobre a Sociedade Secreta Rosacruz (A.M.O.R.C)

 

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Por Prof. Pedro Maria da Cruz
 
Futuramente alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas diabólicas.” (I Tim.4,1)
“Se alguém vos anunciar um evangelho diferente daquele que recebestes, seja ele excomungado.” (Gál.1,9)
“Há um só Deus, assim como um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo.” (I Tim.2,5)
 
Os textos que se seguem são parte dos “discursos confidenciais” da auto-intitulada Antiga e Mística Ordem Rosae Crucis (A.M.O.R.C). Os mesmos seriam de autoria do chamado Mestre Amatu, que os teria redigido exclusivamente para membros mais adiantados. Segundo a A.M.O.R.C, Amatu ocupa elevada posição no mundo esotérico; porém, se restringe a fazer pouquíssimos comentários sobre este autor por não possuir as devidas permissões. No livreto “Número Dois” dos Discursos Confidenciais (coleção por nós utilizada) chega a afirmar que “... alguns membros já o sentiram algumas vezes...”[1], mas que, de qualquer modo, ainda assim, não devem solicitar novos dados, limitando-se a conhecê-lo em sua expressão esotérica.
Dizendo-se herdeiros de segredos antigos, os “Rosacruz” pretendem contribuir para a evolução do ser humano. Afirmando basear-se em genuínos textos arcaicos, muitas vezes, segundo eles, frutos de um contato direto com hostes invisíveis de mestres superiores, apresentam-se como um movimento humanitário que contribui para a maior felicidade, paz e saúde na vida terrena de toda a humanidade.[2]
Percebamos a paradoxal visão Rosacruz com referência aos judeus. Ao mesmo tempo em que pretendem-se, de alguma forma, herdeiros da tradição hebraica, concomitantemente, esforçam-se por distinguir “hebreus” de “judeus”, como se o fato de identifica-los fosse uma desvantagem. Estranho este amor velado por uma suposta tradição oculta do judaísmo, onde, segundo os mesmos Rosacruz, os hebreus continuariam a se reencarnar[3]...
Queremos chamar a atenção do leitor, inclusive, à coincidência entre o pensamento Rosacruz e a sempre indiscreta especulação gnóstica. Verão presente nos textos um caldeirão de teorias delirantes, “sem pé nem cabeça”, afirmando gratuitamente os maiores absurdos históricos e filosóficos: politeísmo; evolução entre os deuses; Cristo, Moisés, Buda e cia como membros da Ordem Rosacruz etc., etc., etc.
Quem, mesmo após rápida leitura, não verá aqui traços da moderna Nova Era? De fato, a relação ideológica entre as várias sociedades secretas se objetiva na New Age. Mestres invisíveis, textos ocultos, gurus, sociedades perdidas, iniciações secretas... tudo isso sempre causou certo frenesi entre os mais impressionáveis. Druidas, Cientologistas, Maniqueus, Alauítas, Cabalistas, Wicca, Cátaros, Macumbeiros, enfim, todas as exóticas manifestações da ignorância humana trazem em comum promessas fantásticas que enfeitiçam a mente do indivíduo afastando-o da realidade.
Bom, vamos aos textos lançados pela A .M .O .R .C. O leitor verá que não exageramos em nossas colocações:
Sabedoria
dos
Mestres
Os Antigos Mistérios
Pelo Mestre Amatu
“Os hebreus não são judeus. São tão distintos dos judeus como muitas outras raças. Não provieram da mesma origem étnica. Não se empenharam na mesma evolução. É verdade que ocuparam a mesma região, no derradeiro período de sua vida. Todavia, não mais existem como raça, mas, de vez em quando aparecem como reencarnações na raça judaica.
Os ‘Profetas’ eram hebreus, mas não em todos os casos. Os hebreus eram descendentes dos atlantes, embora não muito proximamente. Sua terra de origem se encontra agora sob as águas do oceano (não é mais vista nem conhecida).
A raça hebraica é muito antiga, em séculos de vida; tão antiga que não é conhecida dos historiadores e é confundida com a raça posterior conhecida como judaica.
A raça judaica é uma mistura de muitas raças, semíticas e outras. A hebréia é uma mistura de apenas algumas raças, todas de natureza muito elevada. Essas raças são a Amarela, a Branca e a Negra, mas não a Amarela dos nossos dias, nem a Negra atual , nem a Branca atual. Elas continham a raça Azul, hoje desconhecida dos historiadores que tentam descrever a história das raças.
Durante a época de Cristo, os hebreus ainda existiam, mas em número cada vez menor (e, mesmo nessa época, eram confundidos, na mente de muitos, com a raça judaica). Os hebreus tentaram revelar sua religião aos que a eles se seguiram, porém, ela foi indiferentemente recebida por aqueles que se denominavam hebraicos mas não conseguiam viver segundo o padrão dos hebreus. O Sumo Sacerdote da época era judeu e, não, hebreu. Os hebreus apoiavam o Cristo em tudo o que Ele dizia e fazia.
O Cristo ensinou a fé hebraica, que era, essencialmente, a fé dos mistérios. Algumas das personalidades do Velho Testamento, como são apresentadas na Bíblia, eram hebraicas, mas nem todas.
Os hebreus tinham maior porte dos que os judeus. E tinham grande força de caráter (manifestavam pureza de ação e personalidade, e eram intrépidos); eram justos em todas as coisas, e viviam e trabalhavam ao máximo da grandeza moral e intelectual, no que eram verdadeiros titãs, em muitos aspectos. Seu declínio foi lento, durou muitos séculos. Quando cativos na babilônia, haviam começado a declinar em número e inteligência. A maioria não era então composta de hebreus, mas de judeus. Entre os que eram hebreus, havia aqueles a quem os babilônios dedicavam a máxima consideração. Esses não eram cativos, e sim, hóspedes da terra do sol. Tinham permissão para ir e vir como lhes aprouvesse, e difundiram-se por muitas regiões. Os judeus eram mantidos cativos como raça inferior, e eram antipatizados por muitos e por ninguém respeitados. Os hebreus nunca foram escravos (nunca foram mantidos em servidão); sempre foram respeitados como homens de cultura científica (eram terapeutas altamente eficientes e praticavam muitas outras ciências, pelas quais eram também respeitados). Quando sua história começou a ser registrada, como hoje a conhecemos, eles estavam em declínio, numericamente, e os judeus estavam se destacando fortemente.
Os judeus pararam de decair. Sua dispersão foi um incentivo para eles, pois, pelos contatos que fizeram e pela perseguição que sofreram, foram elevados na escala evolutiva.
Com esta introdução, passamos agora aos ensinamentos dos hebreus (mas não dos judeus, já que os ensinamentos destes últimos estão suficientemente bem apresentados em livros já impressos).
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Os Mistérios Hebraicos

No Princípio, havia um Deus, que era Um mas continha muitos Deuses, e estes eram parte do ABSOLUTO.
Eu vejo abaixo, disse o ABSOLUTO, e eles precisam de assistência. Vai tu a eles, ó EU, e os traz a MIM, através dos muitos procedimentos necessários à redenção, pois, em MIM são eles.
Os Deuses separaram-se do EU e desceram. Desceram verticalmente e se ramificaram para ambos os lados, assim formando as costelas do que mais tarde veio a ser a origem das raças de muitas espécies; Algumas permaneceram eretas; outras, não.
Posteriormente, disseram os Deuses: ‘Não poderemos cumprir a nossa missão, a menos que haja reprodução’. Assim, foi o sexo instituído.
Disse o Sexo que não podemos agir sem uma força propulsora e, assim, a Mente foi instituída, como parte do ser através do qual deveriam atuar as forças. O veículo de atuação da Mente é denominado cérebro; mas, logo foi percebido que, para a Mente atuar com eficiência, seriam necessários subsidiários, que alguns hoje chamam de ‘gânglios nervosos’. E, para manter tais centros em comunicação, era preciso haver transmissão, e os nervos foram criados; e, para fins de proteção e eficiência, outros elementos de estrutura foram instituídos; temos assim, numa pequena escala, a composição de muitas espécies. Algumas são chamadas de seres humanos e, outras, por muitos outros nomes.
Tendo agora a Mente um veículo de atuação, disse: ‘Não consigo praticar atos necessários à realização’. Portanto, acima foi criada a Alma, para permitir à Mente comunicar-se com o Altíssimo; para que isso fosse bem feito e permanente, porém, tornou-se necessário criar algo mais, de modo que a MORTE foi instituída. Pois, a matéria carece de algo a que aspirar. Por isto a MORTE para ela criou, ou havia criado, o Céu e o Inferno; o Inferno, porém, não surgiu até que a humanidade decaiu ainda mais.
A Morte aponta a distância e o tempo entre a Morte e o Céu, e, depois, o Inferno. Disse a Morte: ‘Assim como eu abaixo mato, assim faço nascer acima’. Portanto, a Vida e a Morte permanecem UNAS; não se separam, como foi necessário na instituição do sexo.
Disse a Mente: ‘Não sou capaz de realizar, porque represento uma fase em descensão, e não em adiantamento’. Então, à Alma coube a oportunidade e o dever de extrair da Mente o melhor e mais digno de adiantamento. Agora, a Mente rege o descendente, e, a Alma, o ascendente.
Assim ficam os amados irmãos conhecendo a origem de muitas espécies, e passamos a apresentar o sistema com que devemos agir.”[4]
(Aqui termina o texto lançado pela A.M.O.R.C com a promessa de ser continuado em outro livreto confidencial para o Nono Grau)
* * *
O que se segue é do “Número Dois” dos Livretos “Sabedoria dos Mestres[5] para o Nono Grau que contém parte dos ensinamentos do chamado Mestre Amatu.
“A origem dos Rosacruzes remonta a uma antiguidade que poucos conhecem, exceto aqueles que detêm os segredos da Vida e da Morte. Seus ensinamentos eram transmitidos à humanidade muito antes da formação das raças hoje conhecidas.”
“O ‘Templo da Concórdia’, construído para Iniciação Superior, perdurou por vários séculos, e a seus Santuários compareceu aquele que era conhecido como o poderoso governante a que já nos referimos (Faraó Amenemhet Terceiro)[6]. Numa época posterior, também ali esteve Cristo. Também Ele recebeu e, depois, deu daquilo que ali recebeu, pois, conforme aprendeu, assim ensinou. Também Ele foi Rosacruz, assim como o Buda, que o antecedeu. Assim, mencionamos apenas destacadas personalidades históricas, e, neste particular, é às vezes conveniente sermos cautelosos com as palavras.”
* * *
Igualmente o que se segue é parte do Discurso Confidencial (Nono Grau) agora, “Número Cinco”, dos livretos “Sabedoria dos Mestres[7] que contém em parte os ensinamentos de Amatu.
“Os hebreus, vendo que as raças estavam declinando, a elas enviaram esta mensagem: ‘A vós damos líderes que vos guiarão, mas, se os executardes, tereis de passar à Escravidão, e, então, nós vos enviaremos Redentores, de muitos modos’.
O Cristo foi a aspiração hebraica ao aprimoramento dos homens inferiores. Essa aspiração tomou a forma corpórea do Cristo, e Ele se deu àqueles para quem os hebreus oravam – O Cristo foi prece do Passado manifesta em forma humana e ações humanas, para redenção desses homens inferiores; mas, como não houve compreensão, eles sacrificaram o Superior ao Inferior, e, assim fazendo, executaram o Eu – uma auto-imolação, inconsciente, do seu Melhor ao seu Pior.”
* * *
Também de Sabedoria dos Mestres (Nono Grau), agora o livreto Confidencial Número Quatro.[8]
“O Corpo físico é apenas uma imagem imatura da mente e, a mente, apenas uma imagem imatura da Alma, que é apenas uma imagem imatura do Supremo.”
Como os Deuses que partiram do ABSOLUTO eram diferentes em suas funções, criaram diferentemente. Assim, temos muitos em um e Um em tudo. A união de Deuses em tudo torna evidente que necessariamente haverá tantas diferenças quantas diferenças existem nos Deuses; e as partes que se combinem serão influenciadas pela evolução dos Deuses, de modo que sejam diferentes num ser em relação a todos os demais; assim temos muitas, extremamente muitas diferenças, não apenas nos muitos, mas, no um da terra.”
Deixemos para outro momento maiores informações sobre esta perniciosa “fraternidade secreta”. O pouco que vimos já nos dá uma idéia dos absurdos que ela pretende como verdade. Supliquemos, pois, a Nossa Senhora que venha em nosso socorro, a fim de que não vivamos como crianças ao sabor das ondas, agitados por qualquer sopro de doutrina, ao capricho da malignidade dos homens e de seus artifícios enganadores. Que Nossa Senhora de Guadalupe, libertadora das Américas, seja nosso auxílio e proteção contra os erros e as mentiras da serpente demoníaca. Amém.
* (Os negritos são nossos)


[1] Sabedoria dos Mestres. E a Inspiração dos Illuminati. Nono Grau – Discurso Confidencial. Número Dois. Ordem Rosacruz - AMORC.
[2] LEWIS, H. Spencer. Manual Rosacruz. 17º Edição norte americana. Coordenação: Maria A. Moura, F.R.C . 6º Edição brasileira . Biblioteca Rosacruz, Volume especial. Rio de janeiro: Editora Renes. Pg. 43
[3] Sabedoria dos Mestres. E a Inspiração dos Illuminati. Nono Grau – Discurso Confidencial. Número Cinco. Ordem Rosacruz - AMORC.
[4] Sabedoria dos Mestres. E a Inspiração dos Illuminati. Nono Grau – Discurso Confidencial. Número Três. Ordem Rosacruz - AMORC.
[5] Sabedoria dos Mestres. E a Inspiração dos Illuminati. Nono Grau – Discurso Confidencial. Número Dois. Ordem Rosacruz - AMORC.
[6] Nota do Blog
[7] Sabedoria dos Mestres. E a Inspiração dos Illuminati. Nono Grau – Discurso Confidencial. Número Cinco. Ordem Rosacruz - AMORC.
[8] Sabedoria dos Mestres. E a Inspiração dos Illuminati. Nono Grau – Discurso Confidencial. Número Quatro. Ordem Rosacruz - AMORC.

























































terça-feira, 2 de março de 2010

Música e sua influência moral (atualizado)




Autor: Prof. Pedro M. da Cruz.

A música é muito mais que uma simples combinação artística dos sons, ela é uma linguagem, e como tal comunica ao homem, além de estados de alma, idéias. Com efeito, a arte musical possui a esplêndida capacidade de entrar em contato direto com a sede de nossas emoções mais íntimas, expressando os mais inefáveis matizes da alma humana, inacessíveis à palavra.
A partir de disposições emocionais como alegria, tristeza, excitação erótica, melancolia ou entusiasmo causado pela música, somos levados, quase que imperceptivelmente, a conceber idéias congêneres, terminando por agirmos em conformidade com os pensamentos dali adquiridos. Como vemos, a música, começando por encontrar licença nas almas, modifica as idéias, moldando uma nova mentalidade que exigirá, gradativamente, uma rede de novos costumes para validá-la.
As leis e os modos de vida de uma sociedade são frutos de uma visão de mundo, senão coletiva, pelo menos de uma classe dominante. Muitos gostariam de legitimar sua forma de vida, criando leis que os auxiliassem mesmo numa prática errônea. Os abortistas, devido à mentalidade que possuem, querem assassinar seus filhos às claras, sem que por isso sejam reprovados legalmente. Os delinqüentes querem acreditar que, na consciência das pessoas de bem, coexista, ao lado da lei positiva que condene suas arbitrariedades, uma espécie de “sub-lei” que leve os cidadãos a compreenderem a conveniência de seus atos condenáveis, devido à sua situação, por exemplo, de pobreza.
Não foram idéias liberais, de livre exame, hedonistas e modernistas, negadoras do teocentrísmo, que geraram leis anti-Cristãs, e uma permissividade moral que não satisfaz o coração do homem? Em grande medida os homens são o que são a partir do que pensam. Pensamentos torpes geram homens péssimos.
Não queremos afirmar que a atual situação de injustiças contra Deus e o ser humano seja o resultado, pura e simplesmente, duma chamada “conspiração musical”, porém, não podemos deixar de ver na música uma espécie de “cavalo de tróia”, portador, quase sempre, de idéias contrárias a Deus e a seu Cristo.
Evidencia-se entre a música e a atualidade - numa relação de mão dupla - um, como que, círculo vicioso insaciável. Vejamos uma questão, por exemplo: existem tantas letras imorais por causa da promiscuidade em que vivem os pecadores, ou será o contrário, muitos vivem no pecado induzidos por letras musicais desprezíveis? Reconheçamos que ambas as alternativas são verdadeiras. De fato, os devassos cantam as impurezas que praticam ou gostariam de praticar; enquanto outros, devido a esta mesmas letras escandalosas, ainda que possuindo certa pureza de alma e unção da graça, são envenenadas gradativamente pelo vômito dos inimigos da virtude. O demônio não tem tanta pressa quanto imaginamos, apesar da grande ira que o atormenta... (Apoc.12,12)
Um jovem começa por ouvir certo tipo de Rock; com o tempo, é compreensível a convivência entre “amigos” que partilhem dos mesmos interesses. Sendo natural que o gostar nos leve à identificação, aquele jovem põe-se a vestir e falar nos moldes daqueles que admira; daí por diante, muitas coisas que lhe pareciam absurdas, agora, apresentam-se a ele compreensíveis, depois aceitáveis, e por fim praticáveis...
Outro rapaz, embebedado com a indecência imunda de certos Funks, Axés... Tem a imaginação invadida por formas obscenas e imagens eróticas delirantes; o que a princípio lhe parecia repulsivo, como indigno dum filho da Igreja Católica, agora, o arrasta veementemente às práticas mais abomináveis. A imaginação, tomada pelo desregramento da imoralidade, desvia-nos da realidade que é o Cristo e sua doutrina revelada, enfeitiça-nos com devaneios interiores, predispôe-nos ao pecado.
No começo, todo entretenimento musical não parece passar de inocente diversão; tem-se a sensação de que aquele fundo musical só embala algumas divagações mentais, ou sirva para criar meramente um ambiente festivo numa “balada”, e nada mais. Entretanto um germe de permissidade e euforia começam por dominar o coração sem discernimento, deixando o indivíduo numa atmosfera de aceitação e desligamento moral; a conivência como o espírito liberal dos que o rodeia, alimentado pelo fascínio das luzes frenéticas, gelo seco e lusco-fusco, seduzem a pessoa em tal intensidade, que as fantasias mais maliciosas terminam por abafar a voz da consciência; então, um clamor tão sofístico quanto satânico, brotando das desordens mais recônditas do coração rebelde, acaba por convencer ao pecado. Bem disse nosso Senhor: “... é do interior do coração que procedem os maus pensamentos, devassidões, adultérios, cobiças, orgulho e insensatez, todos estes vícios procedem de dentro...” (Marcos 7, 21-22)
Aqui, há de se ter muito cuidado! “Guarda, pois teu coração acima de todas as outras coisas, porque é dele que brotam todas as fontes da vida” (Provérbios 4,23). Certos ambientes, quando bombardeados com algumas espécies musicais, são  capazes de, dado o ritmo das músicas, alterarem, além de nossa respiração e pulsação, todo um amaranhado de realidades interiores. Estes ambientes criam um todo enfeitiçado levando o indivíduo a sensações fortes e distanciadoras do uso sóbrio e equilibrado da razão.
Somente um insensato freqüentaria tais lugares nestas condições, julgando-se forte. Muitos são, de fato, os que  não têm propensão para a inteligência e  discernimento, mas que, ainda assim, se gabam de satisfazerem, tão somente, os desejos desregrados do seu coração. (Provérbios 18,2) Nestes lugares, são os jogos de imagens, provocados pelo piscar desconexo de luzes coloridas, os movimentos sensuais dos que dançam ao som de ritmos malfazejos, e a emergência de desejos mesquinhos, que, de repente, nos tornam, como que, uma gota a mais no oceano, perdida na massa indômita dos que buscam a felicidade onde a mesma não se pode encontrar. Portanto, há que se atentar ao perigo ocultado em tais situações. Além do mais, São Paulo já nos advertia quanto ao perigo das más companhias; elas corrompem os bons costumes. Estas evidências, ao lado de tantas outras, que espíritos esclarecidos poderiam apresentar, levam-nos à certeza de tudo quanto afirmamos neste artigo. No mais, que a Virgem Maria ilumine nossas almas. Amém.