sexta-feira, 23 de julho de 2010

Mórmons, Igreja de Jesus Cristo? Vejamos...

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Desconfieis daqueles que causam divisões, separando-se da doutrina que recebestes. Afastai-vos deles!”[1]
“... falsos profetas. Vem a vós disfarçados com peles de ovelhas, mas por dentro são lobos vorazes.[2]
 
 
 
 

Por Prof. Pedro M. da Cruz 
 
“Cremos em ser honestos, verdadeiros, castos, benevolentes, virtuosos e em fazer o bem a todos os homens (...) se houver qualquer coisa virtuosa, amável ou louvável, nós a procuraremos.”[3] O que pensar de um grupo seguidor de tais regras? Nada parece se contrapor a que um bom cristão se inscreva em suas fileiras.
Eis o perigo! Serpentes venenosas também se encontram por entre flores de jardins. Patinhas delicadas, macias e cuidadas, escondem unhas pontiagudas, armas afiadas. Esta é uma tática do Demônio: ocultar, por entre cores alegres, formas agradáveis, músicas festivas e sorrisos joviais, o veneno mortal, sua malícia discreta e operosa; semear em meio ao bom trigo, o joio infernal, o lodo da mentira, da perfídia e da revolta.
Aqui, fala-se de honestidade, ali busca-se jogar por terra toda grandeza do Evangelho. Seria isto honestidade para com Deus? Diz-se pregar a verdade, porém, mais adiante, não se furta a proclamar a mais aberrante mentira, esdrúxula e perniciosa. “Benevolentes”, “virtuosos”, fazedores do bem? Quem? Estes que defendem o aborto? [4] Que reduzem Deus a um mero homem no auge de seu progresso? [5] Que negam a transubstanciação? Que fazem do pecado um passo necessário para o avanço da humanidade? [6]
Está claro: temos, novamente, ante os olhos, o ser diabólico a disfarçar-se em “Anjo luminoso”; o Anticristo, arvorando-se, astutamente, em defensor da verdade com o firme propósito de perder os “filhos de Deus”. Cuidado cristãos! Pois, os Mórmons tem a Jesus Cristo apenas como enfeite estratégico no nome de sua seita; com efeito, pretendem chamar-se enganosamente “Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias”. Lembremo-nos, porém: nem todo aquele que se afirma discípulo de Cristo o é de fato; para sê-lo, é necessário seguir fielmente a vontade do Pai, e não, simplesmente, repetir seu santo nome. Afinal, “falar” por “falar” também o faz os papagaios; que nem inteligência possuem...[7]
Ora, que Jesus Cristo seria este divulgado pelos seguidores de Joseph Smith, fundador do grupo? Com toda certeza, não é o mesmo pregado pelo Cristianismo. Basta estudarmos, um pouco que seja, a estranha doutrina desta seita anti-católica, para descobrirmos que, o ensino dos mesmos sobre Nosso Senhor não coincide com aquilo que, desde sempre, tem sido propagado sobre Ele. Para os Mórmons, Jesus, ou Jeová, seria, simplesmente, um dos filhos do Pai Celestial, ao lado de Lúcifer, e tantos outros; portanto, nega-se dele a divindade como é concebida pelo cristianismo tradicional.
O fato é que, realmente, pregam um “cristo” falsificado; e, esta já era uma das muitas preocupações de São Paulo, como se pode conferir nas Sagradas Escrituras: “... do modo como estão as coisas, se alguém vem a vós, e vos prega um Jesus diferente do que nós apresentamos (...) vós o aceitais muito bem.”[8]
Este tem sido, caro leitor, o estratagema do Demônio. Como certas almas encontram-se intensamente ligadas a Cristo, Satanás, com sua manha diabólica, usa um método mais fino e sofisticado de enganação. Ao apresentar um “cristo” diferente, faz com que pessoas inocentes obedeçam seus intentos, pensando, assim, estar agradando a Deus. Acreditando seguir o Cristo verdadeiro, estas almas ludibriadas, na verdade, o atacam; pensando ajudá-lo, somente atrapalham seu projeto de amor. Esta triste situação só se explica por, muitas pessoas, apesar de bem intencionadas, haverem se esquecido daquele princípio importantíssimo da Escritura que diz:
Ainda que alguém – nós, ou, até mesmo, um anjo baixado do céu – vos anunciasse um evangelho diferente do que vos temos anunciado, que ele seja excomungado.”[9]
O mesmo fato se dá no Espiritismo. Acaso, o “Cristo espírita” é o mesmo apresentado pelo Evangelho? Óbvio que não. E o “Cristo protestante”, que nega a transubstanciação, condena a doutrina sobre o Purgatório, além da Virgindade perpétua da Nossa Senhora, sua Imaculada Conceição, para não falarmos de sua intercessão universal? Seria o mesmo do Evangelho? A menos que aceitemos um “Cristo esquizóide”, um “Cristo contraditório”, ou, um “Cristo louco”, acreditamos que não. Só há um Cristo genuíno; aquele pregado por sua Igreja verdadeira desde o primeiro século do cristianismo. Sobre este triste estado de coisas já havia nos precavido o Consolador divino quando profetizara que, alguns iriam apostatar da fé, dando ouvidos a espíritos embusteiros e a doutrinas diabólicas, de hipócritas e impostores.[10]
Esperamos haver conseguido, com esta curta reflexão abrir os olhos de tantos que se tem deixado enganar pelas manobras do Demônio. Ao lado do Espiritismo, da Macumba, do Protestantismo, das Testemunhas de Jeová, da Maçonaria... enfim, de todo movimento anti-católico, o mormonismo tem se apresentado como mais uma das muitas artimanhas do maligno. É, também, sobre os propagadores desta seita que já nos falava profeticamente o apóstolo São Paulo quando escrevia: “Tais homens são falsos apóstolos, trabalhadores fraudulentos, apresentando-se como apóstolos de Cristo. E não é de se admirar, pois o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz.” [11]
Nossa Senhora do Bom Conselho, ora pro nobis!
 
 
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[1] Conf.: Rom. 16,17
[2] Conf.: Mat. 7,15-16
[3] Princípios do Evangelho. Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias; 1995. Pg. 307
[4] Idem. Pg. 251
[5] Idem Pg. 9
[6] Conf.: 2 Néfi 2,14-29; Alma 12, 21-26. (Estes textos encontram-se no chamado Livro de Mórmon)
[7] Conf.: Mat.7,21-23
[8] Conf.: II Cor. 11, 4
[9] Conf.: Gál. 1, 8
[10] Conf.: Tim. 4,1
[11] Conf. II Cor.11,13-14