terça-feira, 24 de julho de 2012

Sobre a "Marcha das Vadias"

                                                                                                                Por R. G. dos Santos

Auto intituladas "vadias"em início de manifestação


As linhas que se seguem têm como objetivo compreender a chamada“marcha das vadias”, movimento de degradação das mulheres que, tendo origem nos países liberais e desenvolvidos, tem se alastrado desgraçadamente por todo o orbe, atingindo inclusive o Brasil.

Tal fato não é o primeiro na ordem de desmoralização do feminino. Além disso, esta tendência não nasceu “hoje”. Há alguns meses temos percebido essa pérfida tendência de desmoralização da mulher.  O projeto é o de afastá-la do projeto de Deus que nos é ensinado por Cristo e por sua Igreja. Afastá-la, para atingir toda a sociedade.

Em contrapartida é mister ressaltar que, no catolicismo, a mulher sempre foi valorizada (1). Isso se dá porque a ela foi confiada uma missão lapidar: ser guarda da vida humana que vem ao mundo e, ao mesmo tempo, zelar pela sociedade primordial que é a família.

Estes insignes privilégios se dão, em primeiro lugar, na ordem natural, onde Eva no paraíso é posta diante do homem como sua auxiliar (2) para ser a “mãe de todos os viventes”. Em segundo lugar, na ordem da graça, onde a Virgem Maria é posta por Deus Nosso Senhor como Mãe bem aventurada dos viventes na graça (3).

Do que expusemos, decorre outro privilégio admirável. É este exclusivo:somente as mulheres podem experimentar. Trata-se de imitar, de certo modo, a Deus Nosso Senhor, na atitude fundamental de gerar a vida e zelar por ela. Tal elevação, expressa na vocação à maternidade, atinge alturas insuperáveis com a encarnação do filho de Deus. Ela se dá numa Mulher, Sublime Mulher, a Virgem Maria.

Conservando a pureza, dom do eterno Pai, antes, durante e depois do parto, bem como no decorrer de toda a sua fecunda permanência neste vale de lágrimas, Maria Santíssima é assunta ao Céu e coroada rainha dos anjos e santos. Esta constelação de prerrogativas, que estão longe de esgotar existência tão admirável, faz de Nossa Senhora modelo e exemplo de mulher. Logo, deve a Virgem ser imitada.

As mulheres devem assumir e adaptar à sua vocação específica as virtudes e modos da mãe de Deus...Ou melhor, deveriam... Mas infelizmente não é a Virgem mãe de Deus o paradigma da postura feminina para muitas na atualidade. Ao contrário. Um pseudo-modelo, vigente, tem levado muitas de nossas senhoras e moças a ficar à margem do porte da Rainha dos Anjos e assim assumem o modelo da banalidade, ou melhor, da vadiagem. Isso mesmo, vadiagem! E este rótulo medonho não é nosso.

Muitas se orgulham desse inglorioso e catastrófico adjetivo. As auto intituladas “vadias” vêm ganhando peso enquanto movimento a cada dia. Há alguns meses, víamos pulular em algumas cidades brasileiras esse cortejo satânico, mulheres que se diziam vadias. Sob o pretexto de uma discutível e equivocada noção de liberdade, saíam às ruas clamando por independência e, vejam só, pelo “direito” de não serem santas.
Acompanhando esse desastroso direito, clamavam por outro, igualmente terrível: o de exclusividade sobre seus próprios corpos. Tal discurso, consagrado no meio feminista, redunda na faculdade de dispor e investir o físico em qualquer atividade, sem peso de consciência. É esse o argumento que vai legitimar o aborto como um direito de a mulher permitir ou não a continuidade da geração de uma vida em seu ventre. Esse esquema já vem sendo denunciado por nós faz muito tempo (4).

Reivindicando uma pretensa liberdade... para assassinar!
                                       

Tais projetos e iniciativas devem ser rejeitados e combatidos pelos católicos. Afinal, todos, homens e mulheres, são chamados a glorificar a Deus em nossos corpos, que são templos do espírito de Deus. E a degradação da família começa pela degradação da vocação e da missão da mulher. E dessa maneira o questionamento de Salomão se torna sempre vigente: “quem encontrará uma mulher talentosa? Vale muito mais do que pérolas” (5).

Combatamos essa explosão de sensualidade que grassa em nosso meio para nos afastar do projeto de Deus Nosso Senhor. Maria sempre!
NOTAS

(1)  Cf. A propósito, ensina a Igreja em seu Catecismo, no número 2334 que “Ao criar o ser humano homem e mulher, Deus dá a dignidade pessoal de modo Igual ao homem e a mulher. O homem é uma pessoa, e isto na mesma medida para o homem e para a mulher, pois ambos são criados à imagem de um Deus pessoal”.

(2)  Cf. Gn II, 20

(3)  Cf. Lc I, 28

(4)  Este blog tem sempre se posicionado perante a sanha feminista que, guiada por Satanás, tenta postergar os direitos de Deus. Para maior aprofundamento, favor conferir nossas postagens relativas ao "aborto" no índice das matérias.

(5)  Prov XXXI, 10