terça-feira, 3 de agosto de 2010

Bíblia, inspiração e Revelação Divina

 

 

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  A Bíblia ou Sagrada Escritura é a colecção de livros que, escritos sob inspiração do Espírito Santo, têm Deus por autor e como tais livros divinos e inspirados foram entregues à Igreja [1].

Portanto, se quisermos entender o que são os livros sagrados, o primeiro que há a ter em conta é que esses livros, ao contrário de todos os outros que existem no mundo, têm duas características próprias e exclusivas: a primeira é que são de origem divina, devido a uma acção peculiar que é a inspiração divina da Sagrada Escritura; a segunda é que a Bíblia foi entregue por Deus à Sua Igreja como um depósito sagrado e dom divino, que Ela há-de guardar, interpretar e expor aos homens para que estes, conhecendo e amando a Deus nesta vida, possam receber a bem-aventurança eterna.

Devemos ter diante dos olhos que a leitura da Sagrada Escritura, além de nos dar um conhecimento do que é Deus em Si mesmo, deve produzir em nós um aumento do amor de Deus e do próximo; mais ainda, pode afirmar-se que se não se consegue este aumento da caridade não se entendeu totalmente a Sagrada Escritura: “Todo aquele que conhecer que o fim da Lei é a caridade que procede de um coração puro, de uma consciência boa e de uma fé não fingida [2], preferindo todo o conhecimento da Escritura divina a outras coisas, dedique-se com confiança a expor os livros divinos. O que julga ter entendido as Escrituras divinas ou alguma parte delas e com esta inteligência não edifica o duplo amor de Deus e do próximo, ainda não as entendeu” [3].

Depois explicaremos mais detidamente essas duas características; agora queremos, como um passo prévio, expor algumas noções acerca da Revelação divina.

 

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A Revelação Divina

 

Literalmente a palavra “revelação” significa tirar o véu que oculta algo. Na linguagem religiosa quer dizer a manifestação que Deus faz aos homens do Seu próprio ser e das verdades necessárias ou convenientes para a salvação. Deus dá-Se a conhecer ao homem de duas maneiras: uma é através das Suas criaturas, à maneira como um artista através da sua obra; este é o nosso conhecimento natural de Deus, descrito com grande força poética no Antigo Testamento no livro da Sabedoria: “Eram insensatos por natureza todos os homens que desconheciam Deus, e que, pelos bens visíveis, não chegaram a conhecer Aquele que é, nem, pela consideração das Suas obras, reconheceram o Artista. Pelo contrário, tomaram o fogo, ou o vento, ou o ar agitável, ou o circulo dos astros, ou a água impetuosa, ou os luzeiros dos céus, por deuses, governadores do mundo. Se, encantados pela beleza de tais coisas, as tomaram por deuses, deviam reconhecer quanto é melhor do que elas o seu Senhor, porque foi o criador da beleza que fez todas estas coisas. Se o que os impressionou foi a sua força e o seu poder, deviam compreender, por meio delas, que o seu criador é muito mais poderoso. Com efeito, pela grandeza e beleza das criaturas pode-se, por analogia, chegar ao conhecimento do seu Autor” [4]. Isto é o que o Apóstolo São Paulo recordava aos Romanos, quando escrevia que as perfeições invisíveis de Deus, em concreto, o Seu eterno poder e a Sua divindade, se tornam visíveis à inteligência através das coisas criadas [5].

Mas Deus não Se contentou com esse conhecimento natural: Ele próprio deu-Se a conhecer de uma maneira directa: “Tendo Deus falado outrora aos nossos pais, muitas vezes e de muitas maneiras, pelos Profetas, agora falou-nos nestes últimos tempos pelo Filho, a Quem constituiu herdeiro de tudo e por Quem igualmente criou o mundo” [6]. Esta acção de Deus é a Revelação sobrenatural ou divina.

Com uma sábia pedagogia Deus escolheu o povo de Israel para Se manifestar gradualmente, por meio dos Profetas, no Antigo Testamento. Esta Revelação tem a sua plenitude em Jesus Cristo, o Filho de Deus feito homem, que nos comunicou toda a verdade. “Deus dispôs amorosamente que permanecesse íntegro e fosse transmitido a todas as gerações tudo quanto tinha revelado para a salvação de todos os povos. Por isso, Cristo Senhor, em Quem toda a revelação do Deus altíssimo se consuma, mandou aos Apóstolos que pregassem a todos, como fonte da toda a verdade salutar e de toda a disciplina de costumes, o Evangelho prometido antes pelos profetas e por Ele cumprido e promulgado pessoalmente, comunicando-lhes assim os dons divinos. Isto foi realizado com fidelidade, tanto pelos Apóstolos que, na sua pregação oral, exemplos e instituições, transmitiram aquilo que tinham recebido dos lábios, intimidade e obras de Cristo, e o que tinham aprendido por inspiração do Espírito Santo, como por aqueles Apóstolos e varões apostólicos que, sob a inspiração do mesmo Espírito Santo, escreveram a mensagem da salvação” [7].

Assim na Igreja, junto à Sagrada Escritura, existe a Sagrada Tradição. Ambas constituem o depósito da Revelação de Deus relativa à fé e aos costumes, entregue por Cristo aos Apóstolos e por estes aos seus sucessores até chegar a nós.

Desta forma a Sagrada Tradição e a Sagrada Escritura constituem o meio pelo qual nos chega a Revelação salvadora de Deus: “A Sagrada Tradição, portanto, e a Sagrada Escritura estão intimamente unidas e compenetradas entre si. Com efeito, derivando ambas da mesma fonte divina, fazem como que uma coisa só e tendem ao mesmo fim” [8].

Graças à Tradição, a Igreja conhece o cânon dos livros sagrados e compreende-os cada vez com mais profundidade. Por esta razão, a Sagrada Escritura não pode ser compreendida sem a Sagrada Tradição.

Esta Sagrada Tradição está contida principalmente nos ensinamentos do Magistério Universal da Igreja, nos Escritos dos Santos Padres, e nas palavras e usos da Sagrada Liturgia.

Tanto a Tradição como a Escritura foram confiadas à Igreja e, dentro dela só ao Magistério compete interpretá-las autenticamente e pregá-las com autoridade. E assim, ambas devem ser recebidas e interpretadas com o mesmo espírito de devoção [9].

 

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A Inspiração Divina da Bíblia

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Como actua essa acção divina da inspiração sobre os  autores humanos dos Livros Sagrados?

A inspiração divina ilustra a sua inteligência para que possam conceber com rectidão tudo aquilo e só aquilo que Deus quer que escrevam; é também uma moção infalível, ainda que sem menoscabo da liberdade do escritor sagrado, que move a vontade deste para escrever fielmente o que concebeu na sua inteligência; por último consiste também numa ajuda eficaz para que o hagiógrafo encontre a linguagem e os modos apropriados para exprimir aptamente e com infalível verdade tudo o que concebeu e quis escrever [10].

Deste modo Deus é o autor principal da Sagrada Escritura, e os escritores sagrados (hagiógrafos) também são verdadeiros autores, ainda que subordinados, à maneira de instrumento inteligente e livre, nas mãos de Deus [11].

De acordo com isto, o livro inspirado é o fruto de uma acção de Deus e do hagiógrafo, de modo que todos os conceitos e todas as palavras do texto sagrado se devem simultaneamente a Deus e ao Seu instrumento, o hagiógrafo. Nada há na Bíblia, pois, que não esteja inspirado por Deus.

 

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Notas:

[1]- Cfr Dei Filius. Cap. 2.

[2]- Cfr 1 Tim 1,5

[3]- De doctrina christiana, 1,36,40; 1,40,44

[4] Sap 13, 1-5

[5] Cfr Rom 1,20

[6] Heb 1, 1-2

[7] Dei Verbum, n. 7.

[8] Dei Verbum, n. 9.

[9] Cfr De libris sacris.

[10] Providentissimus Deus.

[11] Cfr Ibid. e Dei Verbum, n. 11.

 

-Dados Gerais-


Bíblia Sagrada
Anotada pela Faculdade de Teologia da Universidade de Navarra
Santos Evangelhos
Reimpressão corrigida
Tradução portuguesa das Introduções e notas de comentário de José A. Marques
Com a colaboração de Augusto Ascenso Pascoal e Pio Gonçalo Alves de Sousa
EDIÇÕES THEOLOGICA BRAGA - 1994
Título: Introdução geral à Bíblia
Páginas: 25-26;26-28;28-29

A estranha Lei da palmada e os verdadeiros males para as crianças

 

 

 

 

 

Por João S. de Oliveira Júnior

 


  Uma importante característica do ser humano é sua inteligência e conseqüentemente sua capacidade de distinção. Sim, 'DISTINGUIR', eis um verbo que escapa ao exercício de muitos.
Se por um lado é grande erro um adulto agredir e maltratar uma criança  ou se exceder à força - ainda que na intenção de corrigí-la -, por outro, é outro equívoco um Estado determinar e impor a maneira como os pais devem educar os filhos moralmente. Não distinguindo o que seria umas boas palmadas educativas e colocando tudo como rol de violência doméstica ou agressão a menores.
  Nem é preciso ir muito longe para ver que é quase uma unanimidade a opinião dos pais contrária ao projeto de lei, independente da classe social ou formação. As medidas das palmadas pedagógicas são reconhecidas como corretas por quem já levou. Evidente que outras formas de correção podem ser incentivadas, mas sempre variará de situação pra situação, família pra família. O projeto de lei visa piorar o Estatuto da Criança e Adolescente, que já contém muitas falhas que deveriam ocupar o governo. Não demora para o Estado querer impor como as crianças devem ser orientadas nos mais diversos assuntos.
  O mais inusitado nesta polêmica é agüentar a demagogia política do nosso Presidente da República, mas, em se tratando dele, demagogia não poderia faltar(aqui). Interessante é ele falando de “corrupção neste país” como se não tivesse nada a haver com a impunidade.
Vejamos o que Lula supostamente já deixou para nossas crianças:
   *
Deixou passar no PNDH-III a omissão em medidas contra a pedofilia e até o incentivo a prostituição infantil, nem sequer prevendo punição aos aliciadores.
   * Incentivo a promiscuidade com os programas de "use e abuse da camisinha" e declarações como "vamos ensiná-las a fazer sexo". Uma das conseqüências da prática da sexualidade precoce e desregrada são os milhares de pais e mães solteiras. Quem mais sofre são as mães que têm que se virarem sozinhas e as crianças que não têm pais em famílias cada vez mais desestruturadas.
   * Apoio ao casamento homossexual e adoção de crianças por esses "casais". O governo petista é gayzista. Uma criança tem direito a ter uma mãe e um pai. Ser criada em um lar por homossexuais fica confuso na cabeça dela.
   * Aborto, aborto, aborto... Nunca na história desteimage país houve tantas medidas visando a descriminalização e aumento do número de abortos. A última do PT é querer expandir a nível de América Latina este mal às crianças mais indefesas.

Que Maria Santíssima olhe por nosso Brasil e por nossas famílias.

 

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