domingo, 16 de setembro de 2012

Afinal, quem se diz ateu?

  
Por Felipe da Cruz

Diz o insensato em seu coração: Não há Deus. Corromperam-se os homens, seu proceder é abominável, não há um só que pratique o bem” (Sal. 52,2)

É incrível como nos dia atuais faltam bons livros. Providencialmente caiu em minhas mãos um antigo livro de A. M. Lescure datado do ano de 1940, portanto, anterior ao Concilio Vaticano II. Suas páginas transbordam de ardor apologético e amor à santa Igreja. Como seria bom se em nossos dias os jovens encontrassem ainda livros como esse para estudar e aprofundar seu conhecimento sobre a verdadeira religião.
Transcreverei abaixo uma reflexão que o autor fez a respeito do ateísmo. Prometo, em outras oportunidades, apresentar aos leitores deste blog que sempre tenho a alegria de frequentar outros trechos do mesmo livro. Acredito que ao propor essas reflexões estou entrando em comunhão com o apostolado que é feito por esse universo virtual. Desde já peço à Virgem Maria que abençoe nossos esforços.

2.  Não há Deus

“Quem disse que não há Deus? Os bons, os justos, as pessoas honestas, os homens sensatos?
Não. Os que afirmam que Deus não existe são os assassinos, os ladrões, os perjuros, os adúlteros, os desonestos. Estes não querem que haja Deus, porque Deus os embaraça. Têm medo de que haja Deus...
Quisera encontrar um homem sóbrio, escreveu La Bruyère, um homem casto, justo, moderado e honesto, e ouvi-lo exclamar: Não há Deus. Este homem poderia sem interesse negar a existência de Deus. Mas tal homem não existe.


Leiam os negadores da existência de Deus esta apóstrofe de Richepin:
Se Deus não existe, por que contra ele vos revoltais?
Se Ele é uma sombra, por que vibrais contra Ele os vossos golpes?

Dom Quixote a lutar contra moinhos de vento vá!
Mas lutar contra uma sombra, como vós, isso é ridículo!...
Divertem-se os homens insensatos e exclamam: Deus não existe!
Vem a doença, a morte se aproxima: foi um dia a negação!...
Na hora do perigo, o primeiro grito que sobe do coração aos lábios é a invocação da alma naturalmente cristã: “Meu Deus!”.

Razão tinha J. J. Rousseau de escrever:
“conservai a vossa alma em estado de dizer sempre que há Deus, e nunca duvidareis da sua existência.”
  
Referência Bibliográfica:
LESCURE, A. M. Pró e Contra, Respostas à as objeções contra a Religião. Trad: Cônego Xavier Pedroza. Rio de Janeiro: Cruzada da boa imprensa, 1940. Pg. 6-7