segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Para Ordenar a Vida Sabiamente


Sao Tomás de Aquino, priorato de São Domingos em Londres.



Por São Tomás de Aquino.

        
Concedei, Deus misericordioso, que tudo o que vos agrada, eu ardentemente o deseje, prudentemente o busque, verdadeiramente o reconheça e perfeitamente o conclua, para louvor e glória da minha alma.
Ordenai, Deus meu, aminha vida.
Concedei que eu reconheça o que de mim desejais. Atribuí-me o poder para cumprir a vossa vontade, como é necessário e conveniente para a salvação da minha alma.
Concedei-me, Senhor Deus meu, que eu não fraqueje nos momentos de prosperidade ou de adversidade, para que não seja exaltado nos primeiros, nem abatido nos segundos.
Que eu não me alegue em nada, a não ser que me conduza a Vós, nem me entristeça de nada, a não ser que me afaste de Vós. Que eu não deseja agradar a ninguém, nem tema desagradar a alguém, senão Vós.
Que todas as coisas transitórias, Senhor sejam inúteis para mim,e que todas as coisas eternas sejam sempre estimadas por mim. Que toda a alegria sem Vós seja pesada, e que eu não deseja nada mais fora de Vós. Que me delicie, Senhor, todo o trabalho por Vós e me aborreça todo o repouso sem Vós.
Concedei-me, meu Deus que dirija meu coração para Vós. E que, nos meus falhanços, eu sinta remorso pelos meus pecados, sempre com propósito de emenda.
Fazei-me Senhor Deus meu, submisso sem contradição, pobre sem desânimo, casto sem corrupção, paciente sem murmuração, humilde sem fingimento, alegre sem frivolidade, maduro sem melancolia, ágil sem insolência, temente sem desespero, verdadeiro sem duplicidade, activo nas boas ações sem presunção, corretor do próximo sem arrogância e que, sem hipocrisia, o edifique pela palavra e pelo exemplo.
           Concedei-me Senhor Deus, um coração vigilante, que nenhum pensamento caprichoso afaste de Vós; um coração nobre, que nenhum desejo indigno possa degradar; um coração reto, que nenhuma intenção vil possa desviar; um coração firme, que nenhuma tribulação possa vencer; um coração temperante, que nenhuma paixão violenta possa escravizar.
          Concedei-me, Senhor Deus meu, inteligência para Vos conhecer, diligência para Vos buscar, sabedoria para Vos encontrar, conversação que Vos agrade, perseverança para Vos esperar e confiança de finalmente Vos abraçar.
         Concedei-me as vossas penas para que agora me aflijam por penitência, as Vossas bênçãos para que no caminho me segurem por graça, e as Vossas alegrias para que na pátria eu as desfrute por glória. Vós que viveis e reinais, Deus, pelos séculos dos séculos. Amém.

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Fonte: Opuscula Theologica, Vol II, De Re Spirituali, Roma, Marietti, 1954, p.285


sábado, 3 de setembro de 2011

Boletins Pugna para Download


Caros leitores,
comunicamos que estamos disponibilizando para download, os boletins que fazemos para evangelização cristã católica e defesa intransigente da verdadeira fé.
Além de poder lê-los, o leitor poderá baixá-los, imprimi-los e usá-los como forma de apostolado.
Basta acessar o link da página que se encontra no canto superior direito do blog.


Gaude Maria Virgo! Gaude Millies!

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Em Honra a Santíssima Virgem Maria



          Por Lisa Mary

 A Igreja, durante todo o ano litúrgico, celebra com fervor e sincera devoção os fatos memoráveis da vida de Maria. Entre festas e solenidades recordamos o magnífico plano de Deus realizado em sua vida e louvamos a sua exemplar adesão ao mesmo.
Por ser Ela a criatura mais perfeita de toda a face da Terra e acima dela está somente Jesus Cristo, Seu Divino e Único Filho, quero dedicar-lhe essas palavras, que não se prenderão as datas a Ela dedicadas, mas que objetiva louvá-la por seus insuperáveis méritos e virtudes teologais.
Deus pensou Maria Santíssima desde sempre, Ela é a Sabedoria que estava presente desde a criação do mundo. Ela nasceu para gerar a forma humana de Deus, Jesus Cristo-Homem e levar a salvação a toda humanidade. Difere-se e é superior a toda e qualquer criatura, pois que, Deus a cumulou de toda sorte de graças desde a sua Conceição Imaculada até a sua Assunção Gloriosa.
Ela foi preservada da mancha do pecado original porque Deus habitava a sua alma e onde está Deus o pecado não pode subsistir. É o que professa o dogma da imaculada Conceição, proclamado em 1854 pelo papa Pio IX:

“A beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua Conceição, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha do pecado original”. (DS 2803).

Ela é a única criatura perfeita que encontrou plena graça diante de Deus e que teve o mérito de ser a Mãe do Redentor. Disse-lhe o anjo Gabriel: “Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus”. (Lc 1,30).
Ela é a Esposa do Espírito Santo, não mãe solteira como alguns ignorantes já ousaram dizer, mas é Aquela que foi envolvida com a sombra da força do Altíssimo e que teve sua santa virgindade preservada por Deus antes durante e depois do parto.
Maria recebeu toda a espécie de graças, exceto a hipostática, não só porque devia ser a Mãe de Deus, mas também porque havia de ser a Medianeira de todas as graças. “Tudo quanto foi graça existiu em Maria”, diz São Lourenço Justiniano. A Bulla Iniffabillis confirma este ponto quando afirma que “... Deus cumulou a virgem Maria da abundância dos bens celeste do tesouro de Sua Divindade, mais que a todos os outros espíritos angélicos e todos os santos, de tal forma que ficaria absolutamente isenta de toda e qualquer mancha do pecado...” “... esta inocência original da Augusta Virgem harmoniza perfeitamente com sua admirável santidade...”.
As graças necessárias para nossa salvação nos são concedidas pela Virgem Maria porque como Boa Mãe que é, sabe o que precisamos. “Por isso Ela recebeu a plenitude de graças não só para si, mas para outros também”. (Teólogo Gerson).
No episódio das bodas em Caná da Galiléia, Maria interveio e alcançou de Seu Filho Jesus o Seu primeiro milagre público, que servira para que os discípulos cressem Nele. (João 2).
A Virgem Maria esteve presente em momentos primordiais da vida de Jesus que obediente cumpria o plano de Deus de salvar a humanidade: a Paixão e o Sacrifício de Cristo na Cruz. Foi Ela quem tornou possível o Sacrifício de Cristo em favor da humanidade. “Maria – diz S. Pio X – tinha por missão preparar uma Vítima para a salvação dos homens, nutrí-La e apresentá-La no dia querido por Deus, ao altar dos holocaustos”. (Encíclica no Jubileu da imaculada). “... Junto a cruz de Jesus estavam de pé sua Mãe...”(João 19,25).
Em Pentecostes o Espírito santo repousou em sua plenitude sobre a Santíssima Virgem Maria e dela partiu até os discípulos que se encontravam ali, desanimados. Este episódio perdura sempre, mesmo após Ela ter sido Assunta ao Céu pelos anjos de corpo e alma em sua assunção Gloriosa, pois esteve presente na igreja desde a sua instituição e continuará até o fim dos tempos, gerando, nutrindo e formando os filhos de Deus para que um dia possam gozar da vida eterna em Deus.
“Quantos motivos para nos alegrarmos e para amarmos a Maria Santíssima vendo-a tão bela, ornada de todos os dons de Deus”. São Gregório papa.
A Virgem Maria deve ser amada, venerada e exaltada sempre por seus filhos, porque dela advêm a salvação.
“A plenitude de todo bem, colocou-a Deus em Maria; de tal modo que se em nós algo existe de esperança, de graça, de salvação, reconheçamos que isto d’Ela procede”. São Bernardo.
Que essas singelas palavras agradem a Grande Mãe de Deus Maria Santíssima, que de tão puríssima, belíssima e digníssima alcançou insuperáveis graus de santidade e virtude tornando-se superior aos anjos e santos do Céu e a todas as criaturas da Terra sendo inferior apenas, a Seu Filho, Jesus Cristo, que é Deus.

LAUS DEO VIRGINIQUE MARIAE

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Referencias:
Sagrada Escritura
Catecismo da Igreja Católica
Livro “Nossa Senhora das Graças”, de Padre Antônio Miranda, editora Paulinas.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Marxismo e catolicismo – Incompatibilidade em todos os domínios


Por Guido Manacorda


     No domínio teórico: A imanência integral do materialismo histórico-dialético, (Tudo é um e um é tudo), choca inevitável e irreparavelmente contra a transcendência e a personalidade do Deus cristão-católico. Para o catolicismo, Deus existe nos seres, mas nem os seres são Deus, nem Deus é os seres. Deus existe na natureza: mas nem a natureza é Deus, nem Deus é a natureza. Deus existe no homem: mas nem o homem é Deus, nem Deus é o homem. Para o catolicismo, Deus, Ser, Espírito, Pessoa, Razão, Amor, criou o universo do nada. Nenhum, absolutamente nenhum vestígio de um tal Deus se encontra no materialismo histórico-dialético.
Além disso, negada a imortalidade da alma, aquele paraíso católico “que só tem por limites amor e luz, converte-se num grotesco paraíso terrestre, povoado por homens reduzidos à condição de térmites. Quanto a paródia da Igreja sem Deus (idem pág. 187), essa fala por si bastante eloquente.
A pessoa humana: No marxismo – [apenas como a realidade humana: o corpo social, por outro lado, o indivíduo não tem realidade alguma em si ou para si. Para Marx o indivíduo separado do coletivo social tem a mesma serventia que um dente fora de uma roda metálica, que separado dela, se lança com desinteresse para outras coisas inúteis.] O aniquilamento total da pessoa humana” no corpo social choca, não menos inexoravelmente, com a granítica afirmação do catolicismo, para quem essa pessoa é o fulcro de toda a atividade espiritual prática. [Para o catolicismo] No além, salva-se ou condena-se, não uma classe, não uma raça, não uma elite, mas sim a pessoa individual, e essa somente.
O mesmo trágico choque se verifica quando o marxismo afirma que o Catolicismo “justifica todas as infâmias e prega todas as qualidades da canalha”(Marx)[irônico e sínico]. Com tudo, isto há entre nós quem recentemente tenha declarado, com inefável candura, que o Comunismo “possui tudo o que de justiça, humanidade e espirito cristão existe ainda sobre a terra”. [O que dizer da história de um país durante um governo comunista?]
Domínio cultural: São superestruturas destinadas a desaparecer a arte, a ciência, a filosofia e, numa palavra, todas as mais altas atividades do espírito. Apenas poderão “ser salvas” se se tornarem partidária, isto é, instrumentos do partido, vítimas dóceis e destinadas ao suicídio. A intransponível distância entre o comunismo e o catolicismo pode ser facilmente observada ao confrontar-se o atual neoclassicismo da arquitetura soviética, mistura de estilo 1900 e de folclore russo, com nossas catedrais; ou o realismo pictórico e escultural da Rússia hodierna com toda a nossa milenar tradição sagrada e profana nas duas artes. O mesmo se verifica quanto às restantes superestruturas.
No domínio prático (moral e social): A luta de classes é claramente condenada pelo catolicismo. Em lugar é estatuído o princípio de que as divergências sociais devem ser resolvidas mediante uma obra legislativa e jurídica. Meta final: a concórdia e a colaboração das classes, depois de rejeitado, como manifestamente absurdo e radicalmente anticristão, o postulado de uma infalibilidade racional, e a superioridade radical de qualquer classes sobre as outras.
Trabalho: “Quem não trabalha não come”. Esta grande advertência de S. Paulo (2 Tess.,10) é introduzida na Primeira Constituição Soviética (art. 18), certamente sem a mínima consciência da sua origem cristã. São ainda diametralmente opostos os conceitos, embora sejam idênticas as palavras. Para o Comunismo, o trabalho é o homem, todo o homem (Panlaborismo). Trabalho, logo existo. Trata-se de trabalho material, é claro, já que todo o trabalho meramente espiritual é superestrutura, ídolo, fetiche.
Para o catolicismo, o trabalho é meio necessário e, por isso mesmo, nobilíssimo, da subsistência do indivíduo e da daqueles por quem é responsável. É considerado como instrumento de purificação, de elevação e de aperfeiçoamento moral. Trata-se, sem dúvida, de um primado do espírito, mas que não tira nada ao valor intrínseco do mais humilde e material dos trabalhos. Muito pelo contrário, fundamenta e unifica os dois tipos de trabalho num equilíbrio harmônico e num recíproco apoio.
Propriedade: No comunismo é praticamente destruída. Com efeito, uma propriedade sobre o que o indivíduo tem apenas um puro direito abstrato, sendo-lhe rigorosamente negado todo o uso e gozo pessoal, é uma paródia de propriedade e um escárnio cruel.
No catolicismo, porém, a propriedade privada é claramente prescrita como direito natural e característica da dignidade humana, como dom ou recompensa de Deus. O proprietário deve reconhecer-se devedor dela a Deus, e usá-la retamente para vantagem da comunidade. O desejo constante do catolicismo, embora se não divise ainda a sua realização, é que “todos sejam proprietários”. É essa a única solução digna e radical do pauperismo. A meta do comunismo, ao contrário, por infelicidade rapidamente alcançada, é estourada: “nenhum proprietário”. Consequência inevitável: uma pequena minoria riquíssima, bem alimentada, viciada, luxuosa, de altos jerarcas (políticos, diplomatas, funcionários, técnicos, escritores e artistas de partido, etc.), embora com o espectro de uma destituição imprevista sempre diante dos olhos, com a consequente confissão, arrependimento, trabalhos forçados, ou tiros de pistola na nuca; e uma maioria enorme de pobres párias, tiranizados, ludibriados, esfomeados e embrutecidos.
A este propósito, duas importantes observações se impõem. Primeira: todas as comunidades cristãs que puseram como fundamento da sua doutrina social a negação da propriedade privada _ joaquimitas, albigenses, valdenses, cátaros, anabaptistas, etc._incorreram, por esta ou outras razões, na condenação forma da Igreja católica. Segunda: a aproximação feita por tantos espíritos, que entre a comunhão de bens nos primitivos cristãos de Jerusalém, quer entre a doutrina e prática das ordens mendicantes ou de outras ordens religiosas católicas, e a doutrina e prática comunista, de modo nenhum é defensável. Num e noutro caso, tratou-se e trata-se, com efeito, de renúncia espontânea a uma propriedade particular completamente legítima, e de uma oferta da própria renúncia a Cristo _ Deus transcendente_ em espírito de caridade e de fraternidade no mesmo Cristo e no mesmo Deus; numa palavra, trata-se de um sacrifício e de um dom recíproco. O comunismo, pelo contrário, sob a pressão de uma lei inexorável e por uma imposição violenta da autoridade, que se afirma intérprete infalível desta lei, não só destrói a propriedade privada, mas constrói uma sociedade mecanizada, que nada tem de humana.
Na realidade, como se não pode servir a dois senhores, assim também se não pode admitir compromisso algum entre o ateísmo integral e a fé católica, nem entre as respectivas morais que daí resultam. Foi isto mesmo que sempre testemunharam os mártires e ainda hoje testemunham, nestes nossos tempos tão negros. A Igreja recolheu esse testemunho heroico, selando-o com o seu magistério. Aqueles que encontram “pontos de contato entre o Comunismo e o Catolicismo, no que se refere a uma maior justiça social” (Oh! Humana e cristã “justiça social” aplicada aos pobres da União Soviética!), e não veriam com maus olhos “compromissos práticos” entre duas partes, não diversos dos atualmente existentes na U.R.S.S. (isto é, um cigalho de vigiadíssima liberdade de culto, não apostolado nem de educação, pago com as mais baixas adulações ao Ditador e com o desfile do Chefe Supremo da Igreja diante de sua pessoa, juntamente com outras autoridades soviéticas, na Praça Vermelha), esses deveriam, a meu ver, antes de tomarem posições tão ligeiras sobre problemas de tal complexidade e gravidade, procurar-se uma preparação algo mais sólida. Deveriam ler, estudar e meditar as obras, ensaios e discursos de Marx, Engels, Lenine e Estaline, que evidentemente ainda não conhecem, a não ser por qualquer fragmento em segunda ou terceira mão; e tomar consciência (que evidentemente lhes falta) das Constituições, dos Códigos, dos decretos, das providências efetivas do regime soviético, dos textos oficias por ele mesmo regularmente enviados às revistas do partido espalhadas por todo o mundo, inclusive na Itália.
Então, o seu espírito, já não ofuscado por uma propaganda conscientemente mentirosa ou por uma capciosa sofística, se abriria em franca, plena e imperiosa adesão às palavras inequívocas da Divine Redemptoris: O Comunismo é intrinsecamente perverso. Não se pode admitir, em nenhum campo, a colaboração com ele, se se deseja salvar a civilização cristã. E se alguns, induzidos em erro, colaborem na vitória do Comunismo em seus países, cairão entre as primeiras vítimas do seu erro. Quanto mais as regiões, onde o Comunismo consegue penetrar, se distinguem pela antiguidade e grandeza da sua civilização cristã, tanto mais devastador aí se manifestará o ódio dos “sem Deus”.

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Tirado do Livro: Heresias de nosso tempo – Capítulo: Marxismo e Catolicismo, páginas 194 a 199.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Sob o pêndulo, um mistério...



Kadafi e Lula


 Por Prof. Pedro Maria da Cruz.


“Por que conspiram as nações e tramam planos vãos?” (Sal. 2)



No meio islâmico, atentados contra supostas conspirações do ocidente. Na Europa, focos de protestos contra extremismos e complôs orientais.  Anders Behring Breivik, Noruega, foi mais um exemplo desta preocupante realidade, porém de modo condenável.

Vimos chover por noticiários declarações contraditórias de ditadores como Bem Ali, Tunísia, Mubarak, Egito, e agora Kadafi, na Líbia, afirmando haver diabólicos conchavos de potências cristãs (Sic) inimigas veladas da soberania de seus povos. Quem não se recordaria do entusiasmo “binladiano” do Al Qaeda ao denunciar tramas do capitalismo liberal norte-americano? Ações ultra-secretas no Paquistão prometeram afogar tais acusações, sem prévio julgamento... Igualmente, cordas desejaram sufocar o mal estar de revoltosos na pele de Saddam Hussein...

Quem estará com a razão? Conjecturas surgem aos montes.

E mais, haveria somente esses dois lados da questão? E, se não quisermos nos colocar totalmente ao lado de um ou de outro? Posso não estar com a ideologia islâmica sem cair automaticamente nos “planos” do ocidente pseudo-cristão e liberal democrático, entre outras coisas mais? Qual a Terceira Via?

A nós cabe o catolicismo, baseado na Tradição e seus desdobramentos orgânicos e necessários. Não preciso estar ao lado de Anders Behring Breivik, maçom, com seu falso cristianismo fundamentalista de extrema direita (mesmo que pró-europa e maquiagem conservadora), e, nem mesmo, ao lado de extremistas orientais que vêem confusamente manobras de organizações secretas gnóstico-panteístas num ocidente moribundo e pretensamente cristão.

A mídia anticlerical, progressista e liberal insiste em apresentar (conscientemente?) a realidade numa perspectiva pendular malsã. Ora, não é verdade que esta prática tem deixado inúmeros católicos confusos e desnorteados? No afã de manter sua fidelidade ao evangelho, sentem-se forçados a defender maçons extremistas como Anders B. Breivik, uma vez que, o contrário, supostamente, seria militar nas hostes inimigas do relativismo. Ledo engano...

O mesmo se dá no tocante a outras questões: capitalismo liberal norte-americano, versus socialismo comunista; ou mesmo, CEB’s versus RCC. Ao acessar os vários instrumentos midiáticos, somos quase convencidos de que, por exemplo, ao contrariar projetos de leis como a da “homofobia”, nos tornamos monstros horrendos e desprezíveis, inimigos cegos dos Direitos Humanos...
CEBs e RCC
Nesta traiçoeira lógica pendular se alguém não for da RCC, será, necessariamente, das CEB’s. Se não estiver ao lado do capitalismo liberal, será, automaticamente, um comunista. Caso não apóie determinadas ações ocidentais estará, consequentemente, ao lado de extremistas do Islã. Porém, onde estariam aqueles que vêem erros tanto nas CEB’s quanto na RCC, como é o caso do Magistério eclesiástico e, portanto, de nosso Blog? Onde estariam os que pretendem um sistema de coisas baseado no evangelho – Cristandade – e não os excessos do comunismo, ou mesmo, do capitalismo atual? Porque não falar das propostas genuinamente cristãs para uma Europa ideal, em vez de fitar tão acentuadamente duas visões, ambas malsãs e cruentas, para forjar o futuro da humanidade?  

Rezemos pela conversão dos homens. Apoiemos todos aqueles que labutam pela conscientização das “massas”. Armemo-nos contra estas mídias que, ao que tudo indica, seguem uma cartilha pré-determinada, falam a linguagem dos poderosos e conspiram por certa “New World Order” de origem esotérica e ocultista. Nesses meios, o que dita o passo é o Capital. Muitos, “inocentes úteis” nas mãos de maquinadores, promovem verdadeiras desordens nas mentes pelo lucro e bem estar pessoal que “forças ocultas” lhes conferem.

Possa a Santíssima Virgem Maria nos guiar nas trevas da atualidade. Sua Intercessão seja fonte de ânimo nas lutas contra os erros e complôs dos inimigos da Cruz de Cristo.  


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sexta-feira, 22 de julho de 2011

SOBRE O CONHECIMENTO NA PERSPECTIVA KANTIANA E INFLUÊNCIA DE DESCARTES


Immanuel Kant


Por Fr. R. G. dos Santos

INTRODUÇÃO
O presente texto tem como objetivo instaurar uma compreensão acerca do modo Kantiano de conceber a possibilidade do conhecimento. Para isso, iremos nos deter no que se convencionou chamar “revolução copernicana na filosofia”. Nela, iremos perceber a valorização da noção de sujeito na aventura epistemológica e chegar a uma explicação plausível da realidade. Nessa perspectiva, vamos estabelecer uma relação entre a proposta kantiana e aquela forjada por Descartes, percebendo, então, como foi a influência do pensador do “cogito”, na reflexão do ilustre prussiano”.
Ao final, teremos instaurado uma compreensão acerca da proposta kantiana do processo de conhecimento que marcará profundamente o pensamento hodierno.
REVOLUÇÃO COPERNICANA E SUA TRANSPOSIÇÃO PARA A FILOSOFIA
Para entendermos o que foi a revolução copernicana na filosofia, faz-se mister remetermo-nos ao que foi, pelo menos em seus aspectos gerais, a “originária” revolução copernicana.
Copérnico, ao analisar os fenômenos da realidade física e propor uma explicação adequada para eles, propôs uma inversão radical na dinâmica da relação entre a terra e o sol. Ao contrário do aceito naquele tempo, ele considerou que o sol era fixo no cosmos, enquanto a terra gira ao seu redor. Tal concepção “desalojou”, por assim, dizer, as teorias de cunho geocêntrico que eram então tidas como certas.
Analogamente, a “revolução copernicana na filosofia” vai produzir um efeito de semelhantes proporções. Como? “Desalojando” uma noção de conhecimento que até então se erguia como factual: o sujeito deve adequar-se ao objeto no processo epistêmico. Tal noção, que toma vigor em Aristóteles e é assumida no medievo, começa a ser abalada já em fins da Idade Média.
No início da Idade Moderna, com Descartes, há sinais mais evidentes de abalo no “equilíbrio” da relação sujeito e objeto. Embora não demonstre em suas reflexões um menosprezo tácito pela possibilidade de o objeto evidenciar-se a, Descartes acentua com alguma ênfase, a importância do sujeito para a percepção da realidade como algo concreto. Afinal, é a partir do “cogito” realizado pelo sujeito que se passa à consideração das demais coisas.
Em Kant, a idéia de sujeito, já levantada por Descartes, embora não aprofundada por ele bem como sua importância, é redimensionada e quiçá, radicalizada. Ele chega à conclusão de que o sujeito é a instância norteadora no processo de conhecimento. Em outros termos, propõe que não é o homem que deve se deixar conduzir pelo que o objeto é em si. Ao contrário, são os objetos que devem subordinar-se às determinações e intuições do sujeito.
Dito de outra forma, os objetos aqui passam a ser regulados pela natureza da prerrogativa intuitiva do homem, que possui categorias à priori do entendimento e da sensibilidade, por exemplo, para dar cabo à aventura cognitiva.
Eis mostrada, grosso modo, o que seja a revolução copernicana na filosofia. A relação entre sujeito e objeto é, como vimos, “re-feita” em seus aspectos essenciais. O acento no sujeito cognoscente é evidente. Mais do que isso, há claro acento na noção de subjetividade, ou dito de outra forma, naquilo que seja o homem de fato, entendido,  sobretudo, como autonomia e liberdade.
A esse respeito, surge o questionamento. Até que ponto podemos perceber, nesse processo de “intervenção cognitiva” desenvolvido por Kant, uma influência de Descartes? Vemos que há aqui duas notações de relevância a serem feitas.
Em primeiro lugar, é nítido que Kant parte da idéia cartesiana relativa ao sujeito enquanto instância capaz de conhecer. Afinal, foi o ilustre e controvertido filósofo francês que abriu à filosofia essa perspectiva com certa ênfase. Entrementes, Kant irá desenvolver e radicalizar a noção de sujeito e até de subjetividade. 
René Descartes
Desse modo, se em Descartes a idéia de sujeito enquanto ser pensante parece estar posta em função de comprovar a realidade dos objetos, em Kant ela tem status de determinante dos mesmos, pelo menos em seus delineamentos essenciais.
Aqui, o sujeito que se define como, autoconsciência e liberdade, passa a tematizar as coisas. É, portanto, um acento radical no mesmo (sujeito) que supera em larga medida a proposta cartesiana embora dela seja como que uma conseqüência lógica.
CONCLUSÃO
São estas, portanto, as considerações a serem feitas a respeito da reviravolta kantiana na filosofia, sob a égide da questão do sujeito e de seu papel no processo de conhecimento. Há aí uma ênfase no “eu” que produzirá marcas profundas no pensar filosófico que se seguirá até a contemporaneidade.
OBRAS CONSULTADAS
DESCARTES, René. Meditações Metafísicas. Trad. J. Gunsburg e Bento Jr. São Paulo: Abril Cultural, 1973.
KANT.  Immanuel. Crítica da razão pura. Trad. Valério Rodhen e Udo Moosburguer. São Paulo: Abril Cultural, 1980
REALE,Giovanni, ANTISSERI, Dário. História da Filosofia- vol. 4 de Espinosa a Kant. São Paulo: Paullus, 2004.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

O CASO EMBÚ DAS ARTES: AMOSTRA DE UMA CONSPIRAÇÃO?


Por Fr. R.G. dos Santos


     O fato novo de Embu das Artes, na grande São Paulo, choca. O material com conteúdo altamente imoral e pornográfico sendo posto ante os olhos ainda inocentes de crianças entre nove e dez anos de uma escola municipal na cidade supracitada revolta. E aos poucos conscientes desse contexto doentio em que vivemos, faz também pensar... em escala micro e macro.
Comecemos pelo pensamento em “escala micro”. Tal situação na região metropolitana da capital paulista nos remete como que num “estalo de figueira” a alguns ditos pontuais de Nosso Senhor. Em primeiro lugar elas, as crianças, são bem quistas pelo Redentor. Ele as acolhia com puro e são afeto, próprios de um homem perfeito, conforme podemos conferir em certas passagens do evangelho (1).
Em outra parte do texto bíblico, o Senhor é ainda mais assertivo. Referindo-se a lastimável realidade do escândalo no seio da comunidade de fé, o Filho de Deus Encarnado diz o seguinte: “(...) todo aquele que levar ao pecado um destes pequeninos que crêem teria melhor sorte se lhe amarrassem uma grande pedra ao pescoço e o jogassem no mar” (2).
Partindo dessa realidade do escândalo (que pelo menos ainda “desconserta” a alguns... graças a Deus), que infelizmente está para além do caso abordado acima, pode ser levantada uma questão lapidar: há em nossa realidade hodierna uma conspiração anti cristã organizada? Em outros termos, existe uma “estrutura habilmente forjada” que legitime tais ações (como no caso de Embu das Artes e também no das profanações da “gaystapo” aos ícones católicos, dentre outras...)?
A julgar pela configuração política atual em escala nacional e global, sim. Afinal, desde que assumiram o governo brasileiro, por exemplo, os “PTralhas” labutam no intuito de rascunhar um “novo homem tupiniquim”. E muitos governos estaduais e municipais seguem sua nefasta linha, mesmo não sendo petistas (3).
Este novo homem, na concepção da corja “marcuseano-habermasiana”, deve ser “democrático”, “maleável”, aberto às diferenças (mesmo que sejam negativas, erradas, antinaturais, “inconstitucionais” e quiçá pecaminosas), aberto também aos desejos e pulsões, além de  manobrável. Dialógico, para fazermos jus ao “habermasiano” da expressão. Por isso não vemos grandes manifestações das massas defendendo a moralidade na política e nas ações governamentais de escala sobretudo nacional.
 Já profetizando os perigos que uma maioria trouxa e “rasa”  oferece, diz-nos (1991, p. 24) que “nada é pior que escutar a fala da sociedade – considerando justo o que a maioria aprova, e imitar o modelo do comportamento da massa, vivendo não segundo a razão, mas pelo conformismo”.
Como tem valência ainda o dito do ilustre estóico que, já fato aceito mesmo para a história eclesiástica, era amigo de São Paulo. E Não queremos evocar aqui apenas a letargia do vulgo quanto ao caos do material pornográfico nas mãos de nossas crianças. Há o desperdício do dinheiro público tácito nesses materiais e campanhas errôneas.
Mais. Há uma indústria que, ao fim e ao cabo, advertida e/ou inadvertidamente, ganha com isso. Referimo-nos aqui àquelas que fabricam preservativos e anticoncepcionais, além daquelas que produzem a pornografia para um público já conscientizado e amaciado pelas campanhas “educativas” referentes à “naturalidade” da vida sexual ativa” tomada de qualquer forma.
Para além da legitimação da imoralidade sexual, temos ainda outros fatos - os quais gostaríamos de aprofundar-  mas que por aqui não nos é possível, referentes à conspiração claramente existente em favor de uma ordem de coisas anti cristã, direita e/ou indiretamente.
Porque ninguém para pra pensar seriamente, por exemplo, na razão pela qual a “tradicional” coroa britânica financia o MST, grupo esquerdista que leva o terror no campo com seus conhecidos saques(4)? Porque o The New York Times fez e continua a fazer apologia ao criminoso regime de ditadura castrista, opressor do povo cubano há décadas e inimigo político do país ao qual pertencem?
Che, tomando uma Coca-Cola.
Porque o mesmo jornal, a exemplo do Washingthom Post e de muitos outros, propagandeia e “apologiza” o cândido assassino e covarde Che Guevara(5), o homem que deu as linhas mestras em 1961 para que, quarenta anos mais tarde, as torres gêmeas fossem sucumbidas matando milhares de pessoas? E porque muitos intelectualoides da chamada esquerda católica entronizam esta escória da humanidade (6)?
Ao que parece, produzimos uma salada mista de informações aparentemente desconexas nestas linhas que acabamos de escrever. Entrementes se em meio a esta “zuada” (7) de informações conseguirmos filtrar a essência das desordens reinantes e entendermos um pouco do estado de coisas em que vivemos, nos daremos por satisfeitos.


 NOTAS
(1)  Cf. Mt 19, 13 e SS
(2) Cf. Mc 9, 42
(3) Por “ironia do destino” descobrimos que, por mera casualidade, a cidade de Embu das Artes é governada por um petista. Mero acaso?
(4) Cf. http://comunismoassassino.wordpress.com/2009/11/22/comunismo-x-capitalismo/ - Apresenta boas informações fundamentadas a respeito do fato e de outros mais.
(5) A respeito da verdadeira manipulação midiática que fizeram de Ernesto Guevara, vale a leitura do excelente texto de Humberto Fontova, listado ao final deste texto.
(6) http://www.youtube.com/watch?v=m1Qgi65bLnk Vale a pena assistir a este micro documentário a respeito do verdadeiro Che, assassino cruel e inveterado. O título: Guevara: Anatomia de um mito.
(7) Expressão tipicamente piauiense que significa bagunça, desordem.

REFERÊNCIAS
FONTOVA, Humberto. O verdadeiro Che Guevara e os idiotas úteis que o idolatram. Trad. Érico Nogueira. São Paulo: É realizações, 2009.
SÊNECA.  A vida Feliz. Trad. André Bartholomeu. Campinas: Pontes Editores, 1991.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Corra que a Gaystapo vem aí

 
Por João Soares Jr.

     Tempos difíceis em que vivemos, nesta semana dois fatos que aconteceram exemplificam bem o que há algum tempo vem se passando. Um assunto delicado, mas que urge a cada dia nossa atenção: a discrepância da militância da Gay (Gaystapo). Creio que, a exemplo do Reinaldo Azevedo, cabe-nos fazer distinção de uma pessoa homossexual, que como toda pessoa merece nosso respeito e os militantes das causas Gays (incluído héteros em sua maioria) que há muito tempo tem fortes influências na mídia, nas novelas, em partidos políticos, em ONGs. Militância dita das minorias mas que vem  programando e impondo sua agenda intolerante e abertamente anticristã na sociedade. Um lobby bem notável.
Aos fatos, neste domingo, dia 26/06 na Avenida Paulista, São Paulo, ocorrera a parada gay com o tema "amai-vos uns aos outros", clara distorção das palavras do Evangelho, pois Cristo dissera "amai-vos uns aos outros como Eu vos amei" não no sentido malicioso do eroticismo. Forte influência de meios de comunicação, apoio de órgãos públicos, inclusive do dinheiro publico, muita bagunça como qualquer festa carnavalesca em massa. Até aí, nada de inesperado, se não fosse a (des)organização trazer pôsteres com modelos homoeróticos como imagens de santos católicos sob o pretexto de campanha contra a AIDS, "use camisinha pois nem santo te protege". Uma clara provocação e desrespeito aos católicos que são atacados e vilipendiados em sua fé. A militância gay faria o mesmo em um país mulçumano?
     Outro fato, a ex-atriz e deputada estadual do Rio de Janeiro, Myrian Rios, criticou na câmara a PEC 23/2007, versão estadual da PL 122, projeto da mordaça gay que mesmo sendo contrários a população, projetos do tipo estão sendo empurrados vez ou outra com tramites políticos que insistem em colocá-lo em votação. Na fala de Myrian, ela cita um exemplo da situação da lei que proibiria um cidadão de demitir o empregado gay, ao contestar para si própria, cita sobre a liberdade e supõe caso o(a) empregado(a) fosse pedófilo também, mas pelo fato de ser gay, não poderá ser demitido sob pena do empregador ser criminoso caso o faça. Por outro lado, caso seja um empregado hétero, nada de errado, fatos assim são bem implícitos nos projetos da mordaça gay.



     Evidente que qualquer um pode ser livre para concordar ou não com o questionamento de Myrian, mas aconteceu foi uma distorção das palavras da mesma. Desviando da questão, disse o patrulhamento gay, que ela estaria associando homossexualismo a pedofilia. Fizeram o já conhecido patrulhamento ideológico para denegrir o opositor moralmente, na mídia, no twytter, no meio artístico, como sempre ocorrido nestes casos. Sempre fugindo do foco da questão que seria o que, de fato, o bendito projeto estaria impondo. Alguma palavra de esclarecimento? Assim tem trabalhado a militância gay, taxar e denegrir seus questionadores de "homo fóbicos" e esconder a clareza dos seus projetos e objetivos. Felizmente, com a denuncia de Mirian Rios, no mesmo dia o projeto perdeu a votação por 39 votos contra e 2 a favor. O que explica também a fúria gaystapo contra a pessoa da deputada.

     No caso da parada gay de São Paulo, o cardeal Dom Odilo Sherer se pronunciou a respeito. Boa resposta, mas pouco, muito pouco em vista da agenda gaystapo. A deputada Myrian, emitiu uma nota de esclarecimento e se desculpando. Ficou evidente que foi mais por ser caluniada, o que naturalmente gerara medo. Deputados que defendem a vida e a família poderiam sim ficar mais atentos e se prepararem melhor em palavras e ações contra o que vem acontecendo contra os valores da família. Uma verdadeira guerra que se passa.

     Quanto aos cristãos católicos, façamos nossa parte, corra!
    Corra para reclamar por seus princípios, não se cale. Entre no link seguinte e saiba como reclamar aos órgãos públicos e empresas patrocinadoras da parada:


Nossa Senhora Auxiliadora, Rogai por nós!

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Vinho, remédio contra a degradação.


“Ele me introduziu em sua adega...” (Cantares 2,4)


Por Prof. Pedro M. da Cruz

     O vinho evoca majestosamente caracteres sublimes da alma cristã; e mais, forma com a Igreja um binômio indissolúvel. Basta-nos recordar, por exemplo, sua rubra imagem ligada a um tesouro da cristandade: o Sacratíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Elemento cheio de significados, o vinho foi estimado por todas as nações cultas do passado como alimento, remédio, ou mesmo, matéria de sacrifício (Conf. Lc. 10,34; Gn. 14,18). Tomá-lo como objeto de reflexão é, de fato, mergulhar em universos de luzes e possibilidades.

No homem de verdadeiro espírito católico a simples tez da bebida será, no mínimo, agradável convite para adoração; a conformação do vinho ao feitio da taça, referência singela à docilidade espiritual; e, finalmente, no odor por ele exalado, terá qualquer vestígio da cerimônia sacrifical cumulando-o de gozo e alegria.  Com efeito, quantas vezes em pequenas capelas não somos tomados pelo cheiro tão característico do vinho que se espalha como arauto de Nosso Senhor...  
     Elevar a mente pelos “degraus das coisas criadas” (São Roberto Belarmino) é prática eficaz contra todo mau cheiro naturalista e antimetafísico da modernidade. Indivíduos deformados pela cultura malsã poderão encontrar numa simples taça, movidos pela graça, “remédios” para sua degradação.
Talvez, por ser tão pródigo em significação é que o vinho tenha sido introduzido pelo Mestre como parte integrante da Santa Missa. Ele é matéria essencial no sacrifício eucarístico. Ali, no aconchego do altar, o próprio Salvador nos dá de beber o “vinho aromático” e “estreita-nos com seu braço direito” (Conf. Cant. 8,2-3).
Portanto, brindemos!
Sem receio e com alegria!
Tomar um cálice de vinho em nossas mãos é carregar por entre os dedos um mundo de altas considerações. Saboreá-lo é, simbolicamente, assimilar a verdade do Corpo Místico, pois, uma vez composto do sumo de muitos bagos, representa, não só a totalidade da vida humana, mas também, a união de todos os fiéis com Cristo.
Brindemos!
Brindemos por nossa união com o Filho de Deus!
Brindemos por nossa união com todos os seres humanos!
Brindemos por nossa união com Maria Santíssima! Vinho de nossa alegria.

Maria Santíssima, Rogai por nós!

terça-feira, 21 de junho de 2011

Pensamentos de Chesterton

G. K. Chesterton



"Tornar-se católico, não significa que se deixe de pensar, mas que se aprende a pensar”

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“Somente a ortodoxia católica fez o homem feliz: é como os muros postos ao redor de um precipício onde pode brincar uma porção de crianças”

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“Uma coisa morta pode seguir a correnteza, mas somente uma coisa viva pode contrariá-la.”

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“A verdade integral é, geralmente, a aliada da virtude; a meia verdade é sempre aliada de algum vício”

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“O círculo é perfeito e infinito por natureza, mas ele está para sempre amarrado a suas dimensões, não podendo crescer ou diminuir, já que na sua definição o raio é constante. Mas a cruz, embora tenha no centro uma colisão e uma contradição, pode sempre estender os braços sem modificar sua forma. Pelo fato de abrigar um paradoxo em seu centro, a cruz pode crescer sem mudar. O círculo volta-se sobre si mesmo como prisioneiro. A cruz abre seus braços aos quatro ventos e serve de marco indicador aos viajantes livres.»
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“A dificuldade em explicar “Por que eu sou Católico” é que há dez mil razões para isso, todas se resumindo a uma única: o catolicismo é verdadeiro”
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“Nove dentre dez do que chamamos novas idéias são simplesmente erros antigos. A Igreja Católica tem como uma de suas principais funções prevenir que os indivíduos comentam esses velhos erros; de cometê-los repetidamente, como eles fariam se deixados livres”.

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“Não há nenhum outro caso de uma instituição inteligente e contínua que tenha pensado sobre o pensamento por dois mil anos. Sua experiência cobre naturalmente quase todas as experiências; e especialmente quase todos os erros. O resultado é um mapa no qual todas as ruas sem saída e as estradas ruins estão claramente marcadas, todos os caminhos que se mostraram sem valor pela melhor de todas as evidências: a evidência daqueles que os percorreram.”

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“A Igreja não é um movimento e sim um lugar de encontro, um lugar de encontro para todas as verdades do mundo”

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“Somente a Igreja Católica pode salvar o homem da destrutiva e humilhante escravidão de ser filho de seu tempo. Já faz muito, entretanto, que a Igreja Católica tenha provado não ser ela uma invenção de seu tempo: é a obra de seu Criador, e continua sendo capaz de viver o mesmo em sua velhice como em sua primeira juventude: e seus inimigos, no mais profundo de suas almas, perderam já a esperança de vê-la morrer algum dia”

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"Uma espécie de teósofo me disse: "O bem e o mal, a verdade e a mentira, a loucura e a sanidade, são apenas aspectos do mesmo movimento ascendente do Universo". Já nessa época me ocorreu perguntar: "Supondo que não exista diferença entre o bem e o mal, ou entre a verdade e a mentira, qual é a diferença entre ascendente e descendente?"

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“A Igreja não pode mudar com os tempos [...]. Sua missão é salvar toda a luz e toda a liberdade que podem salvar-se, opor-se ao arrastre descendente do mundo e esperar dias melhores [...]. Não necessitamos de uma Igreja que se mova com os tempos. Necessitamos de uma Igreja que mova ao mundo. Necessitamos de uma Igreja que o aparte de muitas das coisas para as quais agora se inclina [...]. Para qualquer Igreja será esta a prova histórica de se é ou não a verdadeira Igreja”.(G. K. Chesterton, The New Witness)


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“A Igreja tem o que o mundo não tem. A própria vida não atende tão bem como a Igreja à todas as necessidades do viver. A Igreja pode orgulhar-se de sua superioridade sobre todas as religiões e todas as filosofias. Aonde tem os estóicos um Menino Jesus? Aonde está Nossa Senhora dos muçulmanos, a mulher que não foi feita para nenhum homem, e que está sentada acima de todos os anjos? Qual é o São Miguel de Buda, cavaleiro e soldado, que tem preparada uma espada [...]? Que poderia fazer Santo Tomás de Aquino na mitologia do bramanismo, ele que estabeleceu a ciência e o racionalismo da Cristandade?[...] Como teria sido Francisco Trovador entre os calvinistas [...]? Como teria vivido Joana D’arc, uma mulher, esgrimindo a espada que conduzia a guerra, entre os quackers e os pacifistas[...]?”(G.K.Chesterton,O Homem Eterno).

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Fonte: http://advhaereses.blogspot.com