domingo, 3 de agosto de 2008

CD de monges cistercienses entre maiores sucessos da Inglaterra




.- O álbum musical "Chant. Music for paradise", do coro de monges cistercienses austríacos se encontra entre os dez discos de maior sucesso da Inglaterra.

Os monges, que concorrem em listas musicais de seu país e da Inglaterra com cantores como Amy Winehouse e Madonna, pertencem à Abadia da Santa Cruz localizada a 15 quilômetros de Viena, e foram partícipes de uma mudança radical que ocorreu "graças à providência divina", sustentou o Padre Karl Wallner, porta-voz da abadia e encarregado de promover o disco, em entrevista à agência EFE.

Os músicos responderam através do YouTube a um anúncio que convocava cantores de música medieval. Os monges superaram a mais de cem concursantes dos Estados Unidos, Itália, Irlanda e Canadá, o que os levaram a assinar um contrato com a Universal Music.

Para os religiosos, seu êxito é produto de uma "intervenção divina". "Só podem nos escutar em vivo os que nos visitam no mosteiro. É o entorno ideal para esta música, mas terão que vir às 5h, que é quando cantamos", asseverou o Pe. Wallner.

Do mesmo modo, recordou que a música de seu disco pode escutar-se em seu sítio Web (www.chantmusicforparadise.com ), que eles mesmos habilitaram.

Depois de assegurar que o coro "nunca quis fama ou dinheiro", o religioso indicou que "nós gostaríamos que a nossa música curasse às pessoas, que leve riqueza à alma das pessoas, que na sociedade atual está vazia em muitos casos".

Notícias compiladas das páginas: http://www.acidigital.com/noticia.php?id=13702 e http://www.acidigital.com/noticia.php?id=12959

quarta-feira, 30 de julho de 2008

As provas científicas das falhas da camisinha


Por Prof. Felipe Aquino

Não existe o tal “sexo seguro”. Infelizmente, até as autoridades públicas enganam os jovens perigosa e irresponsavelmente. Veja as provas científicas claríssimas que mostram que a camisinha não previne 100% o contágio da AIDS.

1 – Do Lexicon (Dicionário) do Vaticano sobre termos ambíguos:

Há muitos estudos publicados que fazem surgir dúvidas fundamentadas em respeito à segurança do uso do preservativo. Jacques Suaudeau, doutor em Medicina, que seguiu de perto o debate e problema da AIDS na África, tem um importante artigo em no “Lexicon” cheio de anotações bibliográficas acerca do tema.

Um relatório de grupos que representam 10.000 médicos acusam o «Centre for Disease Control» (CDC) nos Estados Unidos de ocultar a pesquisa do próprio governo, a qual mostrava a «ineficácia dos preservativos para prevenir a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis». Este informe do «Catholic Family and Human Rights Insitut» (um grupo em Nova York que controla os temas da ONU em relação à família e à vida) manifesta além disso que a rejeição do CDC de reconhecer este fato «contribuiu para a epidemia de doenças sexualmente transmissíveis».

2 – FDA – Food and Drugs Administration – Comité que aprova remédios e alimentos para serem consumidos nos EUA

Segundo o Departamento de Saúde e Serviços Humanos do Centro para Dispositivos e Saúde Radiológica, (Center for Devices and Radiological Health) pertencente ao FDA, órgão do governo americano que regula medicamentos, conforme publicado em seu folheto informativo "Condoms and Sexually Trasmitted Diseases ... specially AIDS" que pode ser encontrado em http://www.fda.gov/cdrh/consumer/condom-brochure.pdf diz o seguinte:

”A maneira mais segura de evitar estas doenças (sexualmente transmissíveis) é não praticar o sexo (abstinência). Outra maneira é limitar o sexo a somente um parceiro que também se compromete a fazer o mesmo (monogamia). As camisinhas não são 100% seguras, mas se usadas devidamente, irão reduzir o risco de doenças sexualmente transmissíveis, inclusive AIDS.

3 – Outros pesquisadores

A revista Seleções (dezembro de 1991, pg. 31-33), trouxe um artigo do Dr. Robert C. Noble, condensado de “Newsweek” de Nova Iorque (1/4/91), que mostra como é ilusória a crença no tal “sexo seguro” com a camisinha.

A pesquisadora Dra. Susan C. Weller, no artigo A Meta-Analysis of Condom Effectiveness in Reducing Sexually Transmitted HIV, publicado na revista Social Science and Medicine, (1993, vol. 36, issue 12, pp. 1635-1644), afirma:

“Presta desserviço à população quem estimula a crença de que o condom (camisinha) evitará a transmissão sexual do HIV. O condom não elimina o risco da transmissão sexual; na verdade só pode diminuir um tanto o risco”.

“As pesquisas indicam que o condom é 87% eficiente na prevenção da gravidez. Quanto aos estudos da transmissão do HIV, indicam que o condom diminui o risco de infecção pelo HIV aproximadamente em 69%, o que é bem menos do que o que normalmente se supõe” (PR, nº 409/1996, pp. 267-2274).

Isto significa que, em média, três relações sexuais com camisinha têm o risco equivalente a uma relação sem a camisinha. Convenhamos que é um alto risco, já que a AIDS não tem cura. É como uma “roleta russa”.

Pesquisas realizadas pelo Dr. Richard Smith, um especialista americano na transmissão da AIDS, apresenta seis grandes falhas do preservativo, entre as quais a deterioração do látex devido às condições de transporte e embalagem. Afirma o Dr. Richard que:

“O tamanho do vírus HIV da AIDS é 450 vezes menor que o espermatozóide. Estes pequenos vírus podem passar entre os poros do látex tão facilmente em um bom preservativo como em um defeituoso” (Richard Smith, The Condom: Is it really safe saxe?, Public Education Commitee, Seattle, EUA, junho de 1991, p. 1-3).

O Dr. Leopoldo Salmaso, médico epidemiologista no Hospital de Pádua, na Itália, afirma que: “O preservativo pode retardar o contágio, mas não acabar com ele” (idem).

A Rubler Chemistry Technology, Washington, D.C., junho de 1992, afirma que :

“Todos os preservativos têm poros 50 a 500 vezes maiores que o vírus da AIDS”.

4 – Do site www.vidahumana.org

1) Percentagem de falha da “camisinha” para evitar a gravidez:

a) 9.8 a18.5%: Harlap et al. “Preventig Pregnancy, Protecting Health” ,Alan Guttmacher Institute, 1991, p.35.
b) 14 a 16%: Jones
Forrest. “Contraceptive Failure in the United States” Family Planning Perspectives 21(3): 103-109. 1989.
c) 12%: U.S. Dept. HHS. “Your Contraceptive Choices For Now, For later”, Family Life Information Exchange, Bethesda, MD.
d) 18.4%: Mulher menor de 18 anos no primeiro ano de uso do preservativo. Grady et al. “Contraceptive Failure in the U.S.” Family Plannig Perspectives 18(5): 204-207. 1986.
e) 10 a 20%: McCoy
Wibblesman. “The New Teenage Body Book”. The Body Press, Los Angeles, 1987, p.210.
f) 10%: Seligman
Gesnell. “A Warning to Women on AIDS” Newsweek, 31 de agosto, 1987, p.12.
g) 3 a15%: Kolata. “Birth Control” New York Times Health, 12 de janeiro, 1989.
Se se considera que a mulher é fértil de 6 a 10 dias por ciclo, a percentagem de falha é de 21 a 36%.

2) Índice de falha do preservativo em homossexuais:

a) 26%: 11% se rompe, 15% se solta. “Wegersna
Oud.”, “Safety and Acceptability of Condoms for Use by Homosexual Man as a Prophylactic Against Transmission of HIV During Anogenital Sexual Intercourse”. British Medical Journal. 11 de julio, 1987, p.94.
b) 30%: Pollner. “Experts Hedge on Condom Value”, Medical World News, 28 de agosto, 1988, p.60.
3) Percentagem de falha do preservativo em usuários habituais:

a) 10%: 1/10 esposas de portadores de HIV que reportam o uso habitual do preservativo ficaram infectadas. Fischl. “Evaluation of Heterosexual Partners, Children and Household Contacts of Adults with AIDS”, “Journal of the American Medical Association”, 257: 640-644, 1987.
b) 17%: Goerdent. “What Is Safe Sex?” New England Journal of Medicine, 316 (21): 1339-1342, 1987.

4) Impacto da estratégia nos adolescentes, segundo “Olsen
Weed”, “Instituto de Pesquisa e Avaliação”, Salt Lake City, EUA:

a) Aumento de 50 a 120 gravidezes/1000 atendidas em programas de “Educacion anticonceptiva” aumenta a freqüência de sexo em adolescentes.
b) Em 14 anos: aumento de 1.5%. Em nenhuma clínica se obteve menores índices de gravidez.

5) Percentagem de mulheres menores de 18 anos que ficaram grávidas durante o primeiro ano de uso de anticonceptivos, segundo o método:
a) Pílula 11,0%; DIU 10,5%; Preservativo 18,4%; Espermicidas 34,0%; Diafragma 31,6% (Grady. “Contraceptive Failure in the U.S.”, “Family Planning Perspectives”, 28(5): 207, 1986).

Os adolescentes são os piores usuários do preservativo: 83% dos adolescentes entre os 14 e 15 anos informam que sua primeira experiência sexual foi inesperada.

b) Usuários ocasionais: 21% porque foi inesperado, 39% “não tiveram tempo”, ou não quiseram usar. (Harris. Conduzido por IPPF, 1986).

Aumento de casos de infecção pela AIDS:

Se a ‘camisinha’ falha para prevenir a AIDS em 10% e se expõem ao perigo 100.000 adolescentes temos 10.000 infectados. Se a propaganda para o uso do preservativo aumenta o índice de atividade sexual em 15%, se exporão ao perigo 115.000 adolescentes: 11.500 infectados.

O presidente da Cruz Vermelha Mexicana, José Barroso Chávez, reabriu o debate no país sobre a eficácia dos preservativos na luta contra a Aids, reconhecendo que não são 100% seguros contra o vírus. Barroso criticou a campanha do governo lançada para combater a doença a partir da distribuição de preservativos. Barroso Chávez explicou que vários estudos científicos em nível internacional provam que em 40% dos casos, os preservativos falham, tornando-se, assim, um método ineficiente para evitar o contágio do vírus HIV e argumentou que todas as campanhas de prevenção da doença deveriam proclamar “a verdade completa e não a mentira” (Cidade do México, 11 fev 1998 - SN)

O descobridor do HIV, Luc Montagnier, disse como deveriam ser as campanhas contra a AIDS: “são necessárias campanhas contra práticas sexuais contrárias à natureza biológica do homem. E, sobretudo, há que educar a juventude contra o risco da promiscuidade e o vagabundeio sexual”. (Luc Montagnier. “AIDS Natureza do Vírus”, em Atas da IV Reunião Internacional da AIDS, 1989, p.52.)

“A Food and Drug Administration (FDA) estudou 430 marcas com 102.000 preservativos; 165 fabricadas nos EUA com 38.000 preservativos e 265 marcas estrangeiras com 64.000 preservativos. O resultado da pesquisa verificou que 12% das marcas de estadunidenses e 21% das estrangeiras não tinha um nível suficiente de qualidade”. “Aceitando essa taxa de defeitos, a probabilidade de falha no caso do preservativo seria de 20,8% anual se mantivessem relações uma vez por semana e de 41,6% se fossem duas vezes por semana”.

“Em 1992 o Dr. Ronald F. Carey, pesquisador da FDA, introduziu microesferas de poliestireno do diâmetro do HIV em preservativos que tinham superado positivamente o teste da FDA e os submeteu a variações de pressão similares às que se produzem numa relação sexual: um terço deles perdeu entre 0,4 e 1,6 nanolitros. Numa relação sexual de dois minutos, com um preservativo que perde um nanolitro por segundo, passariam 12.000 vírus de HIV”. Como se observa, a porosidade do látex pode permitir a passagem de milhares de vírus da AIDS, com toda a sua carga mortífera, apenas numa breve relação. Este vírus é 450 vezes menor que o espermatozóide.

O Dr. Ronald F. Carey, pôs a prova 89 preservativos em uma máquina simuladora da relação sexual, e encontrou que pelo menos 29 deixaram passar partículas do tamanho do vírus da AIDS. A falha foi de 33% (Ronald F. Carey, William A. Herman, Stephen M. Retta, Jean E. Rinaldi, Bruce A. Herman e T. Whit; Eficácia dos Preservativos de Látex corno Barreira a Partículas do Tamanho de Athey – A um Vírus da Imunodeficiência Humana sob condições de Uso Simulado - Doenças Sexualmente transmissíveis, julho-agosto, 1992, pp. 230-234).

O Centro de Controle de Doenças de Atlanta (EEUU), o que mais informações possuem na luta contra AIDS, reconhece que “o uso apropriado dos preservativos em cada ato sexual pode reduzir, mas não eliminar, o risco de doenças de transmissão sexual” e acrescenta: “a abstinência e a relação sexual com um parceiro(a) mutuamente fiel e não infectado (a) são as únicas estratégias preventivas totalmente eficazes”. Nestes mesmos termos, a OMS, paradoxalmente, em algum momento já afirmou que “só a abstinência ou a fidelidade recíproca perdurável entre os parceiros sexuais não infectados, elimina completamente o risco de infecção do vírus HIV”.

The Wall Street Journal, em 14 de outubro 2006, declarou que que 25% dos doentes de AIDS no mundo são atendidos por instituições católicas. E, igualmente, afirmou que os estudos científicos – um deles a cargo do Serviço de Saúde dos Estados Unidos e outro à responsabilidade da Universidade de Harvard – coincidiam em alertar sobre os decepcionantes resultados da prevenção da AIDS baseados no preservativo.

Menciona-se o caso de Uganda que em 1991 contava com uma taxa de infecção de 20%, enquanto que no ano de 2002 tinha descido aos 6%, em virtude de uma política sanitária centrada na fidelidade e na abstinência, não no preservativo, (à diferença de Botsuana e Zimbábue que ainda ocupam os primeiros lugares nos contágios) .

Com base nesses dados o Presidente Bush disse aos participantes do Encontro Internacional sobre Abstinência em Miami 26-28 de julho de 2001: “A abstinência é a única maneira eficaz e infalível de eliminar o risco de infecção por HIV, doença de transmissão sexual e gravidez indesejada. A abstinência não somente quer dizer não, implica em dizer sim a um futuro mais saudável e feliz. A abstinência é 100% segura, 100% eficaz e em 100% do tempo”.

Segundo informe das Nações Unidas, publicado no dia 23 de junho de 2002, o esforço massivo da ONU para prover o mundo de preservativos, com o intento de frear a expansão do HIV/AIDS, fracassou. Depois de exaustiva análise dos dados dos países em desenvolvimento em todo o mundo, a Divisão de População do Departamento da ONU para Assuntos Econômicos e Sociais chegou a conclusão de que a disponibilidade atual dos preservativos não alterou significativamente a conduta sexual. (Nova York, 28 de junho de 2002 (ZENIT.org).

O Dr. William Blattner, Diretor do Departamento de Epidemiologia Viral de Bethesda, E.E.U.U.; na Reunião Internacional em Roma, em 13-15/X/1989, disse: “Favorecer o uso de preservativos se revelaria um erro, porque só aumenta os comportamentos arriscados, exatamente como por seringas a disposição dos toxicodependentes”.

Da mesma forma o Dr. Aquilino Polaino, catedrático de Psiquiatria, em Ver. Palabra, Madrid, IV/90, p. 33, afirma: “Tenho tratado a muitos pacientes que padecem de AIDS, que haviam utilizado preservativos. Provavelmente, se não os tivessem usado não teriam essas relações sexuais e agora não teriam AIDS”.

Vale lembrar que os poros da camisinha são de 50 a 500 vezes maiores que o vírus da AIDS. (Rubber Chemistry
Technology, Washington, D.C., junho de 1992): O vírus passa por esses poros com tanta facilidade como passaria um gato pela porta de uma garagem. Quando enchemos um balão e depois de poucos dias ele já está bem vazio, não é porque foi mal amarrado e sim porque o látex tem poros por onde passam as moléculas de ar.

A Dra. Susan C. Weller, da Escola Médica de Galveston, Universidade do Texas, depois de 11 estudos sobre a efetividade do preservativo, encontrou uma falha de 31 % na proteção contra a transmissão da AIDS. Diz ela: “Estes resultados indicam que os usuários do preservativo terão cerca de um terço de chance de se infectar em relação aos indivíduos praticando sexo ‘desprotegido’... O público em geral não pode entender a diferença entre ‘os preservativos podem reduzir o risco de que “os preservativos impedirão” a transmissão do HIV. Presta desserviço à população quem estimula a crença de que a camisinha evitará a transmissão sexual do HIV. A camisinha não elimina o risco da transmissão sexual; na verdade só pode diminuir um tanto o risco.” (Susan C. Weller, “A Meta-analysis of Condom Effectiveness in Reducing Sexually Transmitted IUV” Soc Sci Med 36:12 - 1993, pp. 16351644).

Outros estudos mostraram as mesmas falhas:

K. Abril e W. Schreiner e colaboradores indicaram uma percentagem de 8% falhas no uso dos preservativos. (“Quale é il grado effetivo di protezione dalé HIV Del profilattico?” In Medicina e Morale, 44 (1994) 5, 903-904). “Differences in HIV Spread in four sub-Saharar African Cities”, UNAIDS, Lusaka, 13 setembre 1999.

L. M. Wen - C. S. Estcourt - 3. M. Simpson - A Mindel, “Risk Factors for the Acquisition of Genital Warts: Are Condoms Protective?” in Sexually Transmitted Infections 75(1999)5, 312316. Scientific Evidence of Codom Effectiveness for Sexually Transmited Desease (STD) Prevention, 12-13 de junho 2000, Hyatt Dulles Airport Herndom, Virginia, Summary Report, National Institute of Alergy and Infections Deseases, National Institutes of Heaith, 20 de julho, de 2001, http://www.niaid.nih.gov/dmid/stds/ condomreprot.pdf

A. Mitchei - A. Smidt. “Safe Sex Messages for Adolescents. Do They Work” in Australian Family Physician 29(2000)1, 31-34. “Evaluating Safe Sex Efforts”, in JAMA 286(2001)2, 159. Segundo K. R. Davis e S. C. Weller a percentagem de falha é de 13%. “The effectiviness of Condoms in Reducing Heterossexually Transmission of HIV. In Fan Plan Perspectives”. 31(1999) 6, 272-279.

J. Mann - T.C. Quinn P. Piot - N. Bosenge Nzilambi - M. Kalala H. Francis - R.L. Colebunders - R. Byers. Kma Azila - N. Kabeya J.W Curran, “Condom Use and HIV Infection among Prostitutes in Zaire”, in NEJM 316(1987)6, 325; N. Nzila - M. Laga - M.A. Thiam - K. Mayimona - B. Edidi - E. Van Dyck - F. Behets - S. Hassig A. Nelson - K. Mokwa - R.L. Ashley - P. Piot - R.W. Ryder, “HIV and Other Sexually Transmitted Diseases among Female Prostitutes in Kinshasa”, in AIDS 5(1991)6, 715-721. A. Johnson, “Feedback from the Six International AIDS Conference, San Francisco 1990”, in Genitourinary Medicine 67(1991)2, 162-171, in particolare 162-163; M. Laga - M. Alary - N. Nzila - A.T. Manoka - M. Tuliza - F. Behets - J. Goemm - M . STLouis - P. Piot, “Condom Promotion, Sexually Transmitted Diseases Treatment, and Declining Incidence of HIV-1 Infection in Female Zairian Sex Workers”, in Lancet 344(1994)8917, 246-248; E.N. Ngugi - J.N. Simonsen – M. Bosire - A.R. Ronald - F.A. Plummer D.W Cameron - P. Waiyaki - J.O. Ndinya-Achola, “Prevention of Transmission of Human Immunodericiency Virus in Africa: “Effectiveness of Condom Promotion and Health Education among Prostitutes”, in Lancet 2(1988)8616, 887-890.

R.S. Hannenberg- W Rojanapithayakorn - P. Kunasol - D.C. Sokal., “Impact of Thailand´s HIV Control Programme as Indicated by the Decline of Sexually Transmitted Diseases”, in Lancet 344 (1994) 8917.

Fonte: http://www.cleofas.com.br/virtual/texto.php?doc=FAMILIA&id=fam0002

quarta-feira, 23 de julho de 2008

O governo Lula e o combate à castidade

"Vamos fazer o combate à hipocrisia no país. Preservativo tem que ser doado e ensinado como usar. Sexo tem que ser feito e ensinado como fazer."

A vida deve ser respeitada ainda antes da concepção. O respeito à vida deve começar pelo respeito à sexualidade, que é a fonte e a raiz da vida. A cultura da vida coincide com a cultura da castidade. O aborto é o fundo de um abismo que se inicia com o desregramento sexual.

No governo Lula, a causa pró-aborto — que ataca diretamente a vida humana — anda de mãos dadas com a causa pró-homossexualismo — que ataca frontalmente a virtude da castidade, sobre a qual se funda a família. Desde o início de 2003, o governo vem fazendo todo o possível, seja internamente, seja perante a comunidade internacional (ONU e OEA), para glorificar o homossexualismo e tratar como criminosos (“homofóbicos”) os que se opõem à conduta homossexual.

Ao mesmo tempo em que oferece aos pobres a chamada “bolsa-família”, o governo investe pesadamente em destruir os valores da família. Nas escolas, os alunos são convidados a escrever, às ocultas de seus pais, suas experiências sexuais na cartilha de pornografia chamada “O caderno das coisas importantes – confidencial”, uma iniciativa dos Ministérios da Saúde e da Educação[1]. Segundo anúncio do Ministro José Gomes Temporão de 26/06/2008, as primeiras 400 máquinas de distribuição de preservativos estão para ser instaladas em escolas públicas participantes do programa “Saúde e Prevenção nas Escolas” [2].

Examinemos a seguir a cronologia da promoção do homossexualismo durante os dois períodos de governo do atual presidente:

Abril 2003 – A delegação do governo Lula apresenta à Comissão de Direitos Humanos da ONU uma proposta de resolução proibindo a discriminação com base na “orientação sexual”. A discussão é adiada, por decisão da maioria dos países.

7 e 8 dez. 2003 — O governo Lula, pelo Secretário Especial dos Direitos Humanos Nilmário Miranda, lança o “Brasil sem Homofobia: Programa de Combate à Violência e à Discriminação contra GLTB e de Promoção da Cidadania Homossexual[3].

30 mar. 2004 – O governo Lula, em um “recuo estratégico”, desiste de reapresentar na ONU a proposta apresentada em 2003.[4]

22 maio 2006 – O Partido dos Trabalhadores, em seu 13º Encontro Nacional, aprova as “Diretrizes para a Elaboração do Programa de Governo do Partido dos Trabalhadores (Eleição presidencial de 2006)”, contendo como propósito para o segundo mandato a “descriminalização do aborto e a criminalização da homofobia” (item 35).[5]

27 set. 2006 – Atendendo às propostas do 13º Encontro Nacional do PT, o presidente Lula inclui em seu programa de governo 2007- 2010 a legalização do aborto: “Criar mecanismos nos serviços de saúde que favoreçam a autonomia das mulheres sobre o seu corpo e sua sexualidade e contribuir na revisão da legislação(Programa Setorial de Mulheres, p. 19).[6] À promoção do homossexualismo é dedicado um caderno de 14 páginas: “Lula presidente: construindo um Brasil sem homofobia: Programa Setorial Cidadania GLBT 2007 / 2010 . Sem o menor escrúpulo, o presidente se compromete a aprovar a “união civil entre pessoas do mesmo sexo, estendendo aos casais homossexuais os mesmos direitos que os casais heterossexuais possuem. Inclusive o reconhecimento e proteção de suas famílias, garantindo o direito à adoção” (p. 13).[7]

28 nov. 2007 – O Presidente Lula assina um decreto[8] convocando a I Conferência Nacional de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (GLBT), sob os auspícios da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, com o tema: “Direitos Humanos e Políticas Públicas: O caminho para garantir a cidadania de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais”.

3 jun. 2008 – Em Medellín, Colômbia, a Assembléia-Geral da OEA, por iniciativa do Brasil, aprova a resolução “Direitos Humanos, Orientação Sexual e Identidade de Gênero” (AG/RES. 2435 (XXXVIII-O/08))[9].

5 jun. 2008 – Em Brasília, participando da abertura da I Conferência GLBT, o presidente Lula, segurando uma bandeira com o arco-íris, afirma que a oposição ao homossexualismo “talvez seja a doença mais perversa impregnada na cabeça do ser humano[10]. Essa conferência pró-homossexualismo “é a primeira do Brasil e do mundo realizada com apoio governamental”.[11]


Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

PLC 122/2006: podar ou extirpar?
(com o apoio do governo Lula e com a omissão dos cristãos,
uma nefanda lei “anti-homofobia” pode ser aprovada)

Suponhamos que alguém fizesse a proposta de uma lei em defesa dos fumantes. A injúria – que já é crime – seria um crime especial, com pena maior, se fosse cometida contra alguém em razão de ser fumante. O crime de constrangimento ilegal – por exemplo, impedir alguém de se locomover em um local público – teria uma pena agravada se o fosse praticado em razão do tabagismo da pessoa constrangida. A dispensa de um empregado sem justa causa – que não é crime – passaria a ser crime se o empregado fosse tabagista e se fosse dispensado em razão do fumo.

Certamente surgiriam objeções a essa proposta legislativa. Afinal – diriam – os direitos das pessoas, fumantes ou não, já estão elencados na Constituição Federal. O fumante, na qualidade de fumante, não tem direitos. O tabagismo é um vício que não pode acrescentar direito algum a alguém.

* * *

Está para ser apreciado no Senado Federal um projeto (PLC 122/2006) que pretende defender os que praticam atos de homossexualismo. A injúria – que já é crime – será um crime especial, punível com reclusão de 1 a 3 anos e multa, se cometida contra alguém em razão de seu comportamento homossexual (cf. art. 10). A dispensa de um empregado sem justa causa – que não é crime – passará a ser crime punível com 2 a 5 anos de reclusão se o empregado for homossexual e se for dispensado em razão de atos de homossexualismo (cf. art. 4º). A proibição de ingresso ou permanência de alguém em um estabelecimento aberto ao público será crime punível com 1 a 3 anos de reclusão se a pessoa impedida for homossexual e se a causa do impedimento for sua conduta homossexual (cf. art. 5º).

Que significa isso? Que além dos direitos fundamentais garantidos pela Constituição Federal a todas as pessoas, os praticantes do homossexualismo terão direitos em virtude do homossexualismo por eles praticado. O projeto pretende dar aos homossexuais direitos, não na qualidade de pessoa, mas na qualidade de homossexuais. Ora, o homossexualismo (entendido como prática da conjunção carnal entre pessoas do mesmo sexo) é um vício contra a natureza, que não pode acrescentar direito algum a alguém.

* * *

O PLC 122/2006, que recebeu parecer favorável da relatora Senadora Fátima Cleide (PT/RO), tem sido alvo de inúmeras críticas. Fala-se da perseguição que sofrerão aqueles que, comentando passagens bíblicas, condenarem o homossexualismo; da punição que sofrerá uma mãe de família ao dispensar a babá que cuida de suas crianças, após descobrir que ela é lésbica; da sanção penal que sofrerá o reitor de um seminário ao não admitir um candidato homossexual. Tudo isso é verdadeiro, mas não constitui o cerne da questão.

Fala-se também que as penas propostas para os novos crimes (chamados crimes de “homofobia”) serão enormes, o que também é verdade. Mas também isso não é o ponto central do problema.

O núcleo do PLC 122/2006 é que ele, pela primeira vez na história legislativa brasileira, pretende dar direitos ao vício. Em nosso país isso é inédito, embora já existam coisas semelhantes em leis estrangeiras, com efeitos desastrosos.

* * *

Os pecadores têm um lugar especial no Cristianismo. Jesus disse textualmente: “Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. [...] Com efeito, eu não vim chamar justos, mas pecadores” (Mt 9,12-13). Ele, que acolheu a mulher adúltera que estava para ser apedrejada (Jo 8,2-11) e o ladrão que fora crucificado ao seu lado (Lc 23,39-43), não rejeitaria um homossexual penitente. Certamente, Ele o perdoaria dizendo: “Vai, e de agora em diante, não peques mais” (Jo 8,11).

O auxílio que Jesus veio trazer aos pecadores é libertá-los do pecado. Afinal, disse Ele, “quem comete pecado é escravo” (Jo 8,34).

O PLC 122/2006 pretende, não libertar os homossexuais, mas consolidar sua escravidão. Longe de estimular uma verdadeira mudança de conduta (“conversão”), o projeto pretende glorificar o vício contra a natureza. Numa total inversão de valores, ele pretende que sejam punidos como criminosos aqueles que censuram o comportamento antinatural.

Ora, orgulhar-se do pecado cometido e exigir que seja reconhecido o “direito de pecar” é uma das atitudes que se chamam pecados contra o Espírito Santo.[12] É um endurecimento do coração, que fecha o pecador à misericórdia de Deus. É justamente esse pecado que o PLC 122/2006 pretende prestigiar.

O PLC 122/2006 não é uma árvore, em si boa, mas com alguns ramos muito altos, que precisam ser podados. É uma erva daninha, que precisa ser extirpada pela raiz.

O erro do PLC 122/2006 não está nos meios que pretende usar para defender uma boa causa. O erro do projeto está em seu próprio fim: dar direitos ao vício. Por isso, é inútil fazer emendas para tentar aproveitar alguma coisa. É preciso rejeitá-lo totalmente.

Anápolis, 2 de julho de 2008.

Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz

Presidente do Pró-Vida de Anápolis



[1] SUWWAN, Leila. Cartilha escolar compara beijo a chocolate. Folha de São Paulo, São Paulo, Caderno Cotidiano, p. 27, 7 fev. 2007. Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0702200727.htm

[2] ESCOLAS públicas terão 400 máquinas de preservativos. UOL Noticias. São Paulo, 26 jun. 2008. Disponível em http://educacao.uol.com.br/ultnot/2008/06/26/ult4528u392.jhtm

[3] Disponível em http://www.mj.gov.br/sedh/ct/004_1_3.pdf Acesso em: 9 jun. 2006. A sigla GLTB significa “Gays, Lésbicas, Transgêneros e Bissexuais”.

[4] Cf. CIMIERI, Fabiana. Brasil recua e não reapresentará na ONU proposta antidiscriminação. Folha de S. Paulo. São Paulo, Caderno Cotidiano, p. 12, 30 mar. 2004.

[5] Disponível em http://www.pt.org.br/site/resolucoes/resolucoes_int.asp?cod=30

[6] Disponível em http://www.lulapresidente.org.br/site/download/militante/cartilha/Mulheres_205x265.zip

[7] Disponível em http://www.lulapresidente.org.br/site/download/militante/cartilha/GLBT_205x265.zip

[8] Publicado no Diário Oficial da União em 29 nov. 2007.

[9] Disponível em inglês em http://www.oas.org/dil/AGRES_2435.doc

[10] BORGES, Laryssa. Lula: preconceito contra gays é 'doença perversa'. Brasília. Terra Notícias. 5 jun. 2008. Disponível em http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI2931692-EI306,00.html

[11] CONFERÊNCIA GLBT é a primeira a receber apoio governamental. Agência Brasil. 6 jun. 2008. Disponível em http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2008/06/05/materia.2008-06-05.0316692978/view

[12] Cf. Catecismo do Papa Pio X, que enumera seis “pecados contra o Espírito Santo”.

Fonte: http://www.providaanapolis.org.br/govlucas.htm

terça-feira, 22 de julho de 2008

Hino da Jornada Mundial da Juventude - Sidney 2008





Hino em inglês i


Hino em versão internacional


Hino - Videoclipe em inglês


Hino - Videoclipe em versão internacional


Letra em português


Letra em inglês


Partitura (PDF)


Fonte: http://jmjbrasil.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=37&Itemid=30

domingo, 20 de julho de 2008

Espírito Santo, alma da Igreja




L’OSSERVATORE ROMANO Nº 28, 11/07/98


1. "Se o Cristo é a cabeça da Igreja, o Espírito Santo é a sua alma”. Assim afirmava o meu venerado predecessor Leão XIII na Encíclica Divinum illud munus (1897: DS 3328). E depois dele, Pio XII explicitava: o Espírito Santo no Corpo místico de Cristo é “o princípio de toda a ação vital e verdadeiramente salvífica em cada um dos diversos membros do Corpo” (Enc. Myst. Corp., 1943: DS 3808).

Queremos hoje refletir sobre o mistério do Corpo de Cristo que é a Igreja, enquanto vivificada e animada pelo Espírito Santo.

Depois do evento do Pentecostes, o grupo que dá origem à Igreja muda profundamente: primeiro, trata-se dum grupo fechado e estático, de “cerca de cento e vinte pessoas” (Act 1,15); depois, trata-se dum grupo aberto e dinâmico ao qual, após o discurso de Pedro, “se uniram cerca de três mil pessoas” (Act. 2,41). A verdadeira novidade não é constituída tanto por este embora extraordinário crescimento, quanto pela presença do Espírito Santo. Para que haja de fato a comunidade cristã, não basta um grupo de pessoas. A Igreja nasce do Espírito do Senhor. Ela apresenta-se para usar uma feliz expressão do saudoso Card. Congar – “inteiramente suspensa no céu” (La Pentecoste, trad. it., Bréscia 1986, pág. 60).

2. Ele nascimento no Espírito, ocorrido para a Igreja inteira no Pentecostes, renova-se para cada crente no batismo, quando somos imergidos “num só Espírito” para sermos inseridos “num só corpo” (1 Cor 12,13). Lemos em Santo Ireneu: “Assim como da farinha não se pode fazer, sem água, nenhum pão, assim também nós, que somos muitos, não nos podíamos tornar um em Cristo Jesus, sem a água que vem do céu” (Adv. Haer. 3, 17,1). A água que vem do céu e transforma a água do batismo é o Espírito Santo.

Santo Agostinho afirma: “Aquilo que o nosso espírito, a saber, a nossa alma, é para os nossos membros, o mesmo é o Espírito Santo para os membros de Cristo, para o Corpo de Cristo que é a Igreja” (Serm. 267,4).

O Concílio Ecumênico Vaticano II, na Constituição dogmática sobre a Igreja, retorna a esta imagem, desenvolve-a e precisa-a: “deu-nos do Seu Espírito, o qual, sendo um e o mesmo na cabeça e nos membros, unifica e move o corpo inteiro, a ponto de os Santos Padres compararem a Sua ação àquela que o princípio vital, ou alma, desempenha no corpo humano” (LG, 7).

Esta relação do Espírito com a Igreja orienta-nos para a compreender, sem cairmos nos dois erros opostos, que já a Mystici Corporis indicava: o naturalismo eclesiológico que se detém de maneira unilateral no aspecto visível até considerar a Igreja como uma simples instituição humana; ou então, ao contrário, o misticismo eclesiolótico que ressalta a unidade da Igreja com Cristo, a ponto de considerar Cristo e a Igreja como uma espécie de pessoa física. São dois erros que têm uma analogia – como já punha em relevo Leão XIII na Encíclica Satis cognitum – com duas heresias cristológicas: o nestorianismo, que separava as duas naturezas em Cristo, e o monofisismo, que as confundia. O Concílio Vaticano II ofereceu-nos uma síntese que nos ajuda a captar o verdadeiro sentido da unidade mística da Igreja, apresentando-a “como única realidade complexa, formada pelo duplo elemento humano e divino” (LG, 8).

3. A presença do Espírito Santo na Igreja faz com que ela, embora marcada pelo pecado dos seus membros, seja preservada da defecção. Com efeito, a santidade não só substitui o pecado, mas supera-o. Também neste sentido se pode dizer com São Paulo, que onde abunda o pecado, superabunda a graça (cf. Rm 5,20).

O Espírito Santo habita na Igreja não como um hóspede que, em todo o caso, permanece estranho, mas como a alma que transforma a comunidade em “templo santo de Deus” (1 Cor 3,17; cf. 6, 19; Ef. 2,21) e a assimila continuamente a Si por meio do Seu dom específico, que é a caridade (cf. Rm 5,5; Gl. 5,22). A caridade – ensina o Concílio Vaticano II na Constituição dogmática sobre a Igreja – “dirige todos os meios de santificação, informa-os e leva-os ao seu fim” (LG, 42). A caridade é o “coração” do Corpo místico de Cristo, como lemos na esplêndida página autobiográfica de Santa Teresa do Menino Jesus: “Compreendi que, se a Igreja apresenta um corpo formado por membros diferentes, não lhe falta o mais necessário e mais nobre de todos: compreendi que a Igreja tem coração, um coração ardente de amor; compreendi que só o amor fazia atuar os membros da Igreja e que, se o amor viesse a extinguir-se, nem os Apóstolos continuariam a anunciar o Evangelho, nem os mártires a derramar o seu sangue; compreendi que o amor encerra em si todas as vocações, que o amor é tudo e abrange todos os tempos e lugares, numa palavra, que o amor é eterno” (Manuscr. Autobiogr. B 3v).

4. O Espírito que habita na Igreja, mora também no coração de cada fiel: é o dulcis hospes animae. Seguir um caminho da conversão e de santificação pessoal significa, então, fazer-se “conduzir” pelo Espírito (cf. Rm 8,14), deixá-l’O agir, orar, amar em nós. É possível “tornarmo-nos santos” se nos deixarmos santificar por Aquele que é o Santo, colaborando com docilidade na Sua ação transformadora. Por este motivo, sendo o revigoramento da fé e do testemunho dos cristãos o objetivo prioritário do Jubileu, “é necessário suscitar em cada fiel um verdadeiro anseio de santidade, um forte desejo de conversão e renovamento pessoal num clima de oração cada vez mais intensa e de solidário acolhimento do próximo, especialmente do mais necessitado” (Tertio millennio adveniente, 42).

Podemos considerar que o Espírito Santo é como que a alma da nossa alma, e portanto o segredo da nossa santificação. Deixemo-nos habitar pela Sua presença forte e discreta, íntima e transformadora!

5. São Paulo ensina-nos que a inabitação do Espírito Santo em nós, intimamente ligada à ressurreição de Jesus, é também o fundamento da nossa ressurreição final: “Se o Espírito d’Aquele que ressuscitou a Jesus dos mortos habita em vós, Ele, que ressuscitou a Jesus Cristo dos mortos, há-de dar igualmente a vida aos vossos corpos mortais por meio do Seu Espírito, que habita em vós” (Rm 8,11).

Na bem-aventurança eterna viveremos na jubilosa convivência que agora é prefigurada e antecipada pela Eucaristia. então, o Espírito levará à plena maturação todos os gérmes de comunhão, de amor e de fraternidade, que floresceram ao longo da nossa peregrinação terrena. Como afirma São Gregório de Nissa, “circundados pela unidade do Espírito Santo como pelo vínculo da paz, todos serão um só Corpo e um só Espírito” (Hom. 15 in Cant.).

Fonte:http://www.cleofas.com.br/virtual/texto.php?doc=DOUTRINA&id=dou0022

quarta-feira, 16 de julho de 2008

"Os maus não são bons porque os bons não são melhores"

Por D. Estêvão Bettencourt

 

Este título exprime uma grande verdade, que nunca se considerará demais.

Pergunta-se porém: os maus precisam dos bons para se converter? - respondemos que a sua conversão depende da graça de Deus (que nunca lhes falta) e da sua fidelidade a essa graça. Mas Deus quer servir-se de instrumentos. E isso em dois planos: no meramente humano e no da fé.

No plano meramente humano... É notória a influência do exemplo ou do testemunho apregoado não só com palavras, mas também com gestos concretos. As palavras voam, mas os exemplos arrastam. O homem de hoje, em muitos casos, dá mais importância à sinceridade ou à coerência de vida do que à própria verdade. São tantas as "verdades" proclamadas por quem não as vivencia que muitos não lhes dão crédito. E há tantos erros traduzidos em atos concretos que arrastam multidões. Daí a importância do testemunho de vida em favor do Evangelho. Essa coerência, porém, exige coragem e brio... Coragem para que eu me adapte à Verdade e não queira adaptar a Verdade a mim, coragem para sair do meu pequeno mundo egoísta e pulsar com valores objetivos, que interessam aos meus semelhantes. Quantos têm sempre essa coragem?

No plano da fé... São Paulo nos diz que somos membros de um Corpo cuja Cabeça é Cristo e que nesse Corpo há muitas interdependências:

"Como o corpo, sendo um, consta de muitos membros e os membros sendo muitos, formam o corpo, assim é Cristo... Não pode o olho dizer à mão: ‘Não preciso de ti’, nem a cabeça aos pés: ‘Não preciso de vós’... Mais ainda: os membros do corpo considerados mais fracos são indispensáveis e, os que consideramos menos nobres, cercamos de maior honra" (1Cor 12,12-23).

Um membro doentio ou anêmico transmite menos vitalidade do que outro plenamente sadio. Por isto se diz com razão que Deus quer salvar a uns mediante outros, Cristo quer comunicar sua ação redentora aos membros do seu Corpo Místico, para que, de um modo ou de outro, colaborem (por graça de Deus) na mais importante de todas as obras, que é a santificação e a salvação dos homens. A consciência desta verdade desperta em todo cristão o elevado senso de responsabilidade que lhe toca. Aliás os documentos mais recentes da Igreja têm observado que o ateísmo se propaga no mundo de hoje porque nem sempre é lúcido o testemunho que os fiéis cristãos deveriam dar à Verdade. A decepção causada por não poucos afugenta os indecisos. A natureza humana tende a acomodar-se e cair na mornura de vida. Diz-se em latim "Quotidiana vilescunt. - A realidade repetida cada dia perdendo o seu significado". Donde a importância de sacudir o véu da rotina, de modo que "os homens, vendo nossas boas obras, glorifiquem o Pai que está nos céus" (Mt 5,16).

Sabiamente disse Jesus: "'Vós sois o sal da terra'. E acrescentou:'Se o sal perder o seu sabor, não haverá quem o substitua'" (Mt 5,13).

O bom cristão jamais poderá esquecer a nobre função que o Senhor assim lhe confiou.

Fonte: http://www.materecclesiae.com.br/em21.htm

quarta-feira, 9 de julho de 2008

REGRAS PARA DISCERNIMENTO DOS ESPÍRITOS

 


Por Santo Inácio de Loyola

1ª regra

Às pessoas que vão de pecado mortal em pecado mortal, costuma normalmente o inimigo propor-lhes prazeres aparentes, fazendo com que imaginem deleites e prazeres sensuais para que mais se conservem e cresçam nos seus vícios e pecados.

Com tais pessoas o bom espírito usa de um método oposto: punge-lhes e remorde-lhes a consciência pela sindérese (1) da razão.

2ª regra

Nas pessoas que se vão purificando intensamente dos seus pecados e caminham no serviço de Deus nosso Senhor de bem a melhor, o bom e o mau espírito operam em sentido inverso ao da regra precedente. Porque neste caso é próprio do mau espírito causar tristeza e remorsos de consciência, levantar obstáculos e perturbá-las com falsas razões para as deter no seu progresso.

E é próprio do bom espírito dar-lhes coragem, forças, consolações e lágrimas, inspirações e paz, facilitando-lhes o caminho e desembaraçando-o de todos os obstáculos, para as fazer avançar na prática do bem.

3ª regra

A consolação espiritual. Chamo consolação quando na alma se produz alguma moção interior, pela qual ela vem a se inflamar no amor do seu Criador e Senhor e, conseqüentemente, quando a nenhuma cousa criada sobre a face da terra, pode amar em si, senão no Criador de todas elas.

Do mesmo modo, quando derrama lágrimas que a movem ao amor do seu Senhor, seja pela dor dos seus pecados ou por causa da Paixão de Cristo nosso Senhor ou por outras coisas diretamente ordenadas ao serviço e louvor dEle.

Finalmente, chamo consolação a todo aumento de esperança, fé e caridade e a toda alegria interior que eleva e atrai a alma para as coisas celestiais e para sua salvação, tranqüilizando-a e pacificando-a em seu Criador e Senhor. (2)

4ª regra

A desolação espiritual. Chamo desolação todo o contrário da terceira regra: como escuridão da alma, perturbação, incitação a coisas baixas e terrenas, inquietação proveniente de várias agitações e tentações que levam à falta de fé, de esperança e de amor; achando-se a alma toda preguiçosa, tíbia, triste e como se separada do seu Criador e Senhor.

Porque, assim como a consolação é contrária à desolação, assim os pensamentos provenientes da consolação são opostos aos provenientes da desolação.

5ª regra

No tempo da desolação não se deve fazer mudança alguma, mas permanecer firme e constante nos propósitos e determinações em que se estava no dia anterior a esta desolação, ou nas resoluções tomadas antes, no tempo da consolação.

Porque, assim como na consolação é o bom espírito que nos guia e aconselha mais eficazmente, assim na desolação nos procura conduzir o mau espírito, sob cuja inspiração é impossível achar o caminho que nos leve a acertar.

6ª regra

Uma vez que na desolação não devemos mudar os primeiros propósitos, muito aproveita reagir intensamente contra a mesma desolação, por exemplo, insistindo mais na oração, na meditação, em examinar-se muito e em aplicar-se nalgum modo conveniente de fazer penitência.

7ª regra

O que está em desolação considere como o Senhor, para o provar, o deixou entregue às suas potências naturais, a fim de resistir aos diversos impulsos e tentações do inimigo.

Porque pode resistir-lhes com o auxílio divino, que nunca lhe falta, embora não o sinta distintamente, por lhe ter tirado o Senhor o seu muito fervor, o grande amor (3) e  graça intensa, restando-lhe contudo a graça suficiente para a salvação eterna.

8ª regra

O que está em desolação esforce-se por se manter na paciência, virtude oposta às aflições que lhe sobrevêm. E pense que bem depressa será consolado, empregando contra tal desolação as diligências explicadas na sexta regra.

9ª regra

Três são as causas principais da desolação:

Primeiramente, a nossa tibieza, preguiça e negligência nos exercícios de piedade afastam de nós, por culpa própria, a consolação espiritual.

Em segundo lugar, para mostrar-nos quanto valemos e até que ponto somos capazes de avançar no serviço e louvor de Deus, sem tanta recompensa de consolações e maiores graças.

Em terceiro lugar, para nos ensinar e fazer conhecer em verdade, sentindo-o interiormente, que não depende de nós conseguir ou conservar uma grande devoção, um intenso amor, lágrimas, nem qualquer outra consolação espiritual, mas que tudo isso é um dom e uma graça de Deus nosso Senhor. E também para que não façamos ninho em casa alheia, permitindo que o nosso espírito se exalte com qualquer movimento de orgulho ou vanglória, atribuindo-nos a nós os sentimentos da devoção ou os outros efeitos da consolação espiritual.

10ª regra

Quem está em consolação preveja como se há de portar no tempo de desolação, que depois virá, tomando novas forças para esse tempo.

11ª regra

Quem está em consolação procure humilhar-se e abater-se tanto quanto possível, lembrando-se de quão pouco é capaz no tempo da desolação, quando privado dessa graça ou consolação.

Pelo contrário, quem está desolado lembre-se que muito pode com a graça que lhe basta para resistir a todos os seus inimigos, procurando forças em seu Criador e Senhor.(4)

12ª regra

O inimigo procede como uma mulher, sendo fraco quando lhe resistimos, e forte no caso contrário.

Pois é próprio da mulher, quando disputa com algum homem, perder a coragem e pôr-se em fuga, quando este lhe resiste francamente. Pelo contrário, se o homem começa a temer e a recuar, crescem sem medida a cólera, a vingança e a ferocidade dela.

Do mesmo modo, é próprio do inimigo enfraquecer-se e perder o ânimo, retirando suas tentações, quando a pessoa que se exercita nas coisas espirituais enfrenta sem medo as suas tentações, fazendo diametralmente o oposto.

Ao invés, se a pessoa que se exercita começa a ter medo e a perder o ânimo ao sofrer tentações, não há animal tão feroz sobre a face da terra como o inimigo da natureza humana, na prossecução de sua perversa intenção com tão grande malícia.

13ª regra

Também age como um sedutor, em querer ficar oculto e não ser descoberto.

Pois o homem corrupto, quando solicita por palavras para um fim mau a filha de um pai honrado ou a mulher de um bom marido, quer que suas palavras e insinuações fiquem em segredo. Ao contrário muito se descontenta, quando a filha revela ao pai ou a mulher ao marido suas palavras sedutoras e intenção depravada, pois facilmente conclui que não poderá levar a termo o empreendimento começado.

Da mesma forma, quando o inimigo da natureza humana apresenta suas astúcias e insinuações à alma justa, quer e deseja que sejam recebidas e guardadas em segredo. Mas, quando a pessoa tentada as descobre a seu bom confessor ou a outra pessoa espiritual, que conheça seus enganos e malícias, isso lhe causa grande pesar, porque conclui que não poderá realizar o mal que começara, uma vez que foram descobertos seus enganos evidentes.

14ª regra

Procede também como um caudilho, para vencer e roubar o que deseja.

Pois assim como um capitão ou comandante de uma tropa, acampando e examinando as forças ou disposição de um castelo, ataca-o pelo lado mais fraco, da mesma maneira, o inimigo da natureza humana, rondando à volta de nós, observa de todos os lados nossas virtudes teologais, cardeais e morais. Onde nos encontra mais fracos e mais necessitados quanto à nossa salvação eterna, por ali nos combate e procura tomar-nos.


(1) Faculdade natural de julgar com retidão.

(2) A consolação é um dom gratuito de Deus, mas nós o experimentamos através de seus efeitos.

(3) O amor de Deus a nós permanece imenso, mas somos nós que não sentimos mais o fervor o amor e a graça.

(4) Nem a consolação, nem a desolação são estados definitivos aos quais nos possamos abandonar. Devemos sempre a respeito deles conservar um recuo que permita julgá-los e recolocá-los na trama de nossa experiência espiritual.


Fonte: Livro "Exercícios Espirituais", Santo Inácio de Loyola, p. 169-176.

terça-feira, 1 de julho de 2008

A maneira cristã de viver as férias

Por Pe. Marcial Maciel, L.C.

 

Muito estimados em Cristo,

Nesta época, muitos de vocês têm a mente e o coração voltados para a preparação das férias de verão, sempre muito saudáveis e necessárias. Pensei, por isso, que seria de utilidade refletir um pouco sobre o sentido do tempo de descanso e sobre a maneira cristã de viver as férias, procurando fazer algumas considerações práticas que nos ajudem a aproveitá-las de maneira mais frutífera.

Para muitas pessoas, as férias são uma espécie de evasão, um tempo neutro, livre de compromissos, cuja única finalidade, como se costuma dizer, é se divertir. Passar boas férias quer dizer realizar, com o mínimo possível de sobressaltos e inconvenientes, o projeto de descanso que tinha sido traçado. Talvez alguns considerem este tema pouco relevante. Mas, se vocês analisarem, o nosso tempo de descanso tem mais transcendência do que pode parecer à primeira vista. A maior parte das pessoas dedica uma porção significativa da vida ao descanso: férias de verão, Natal e Páscoa, fins de semana, festividades...

(Continue a ler aqui).

sábado, 28 de junho de 2008

Qual o destino dos que morrem?

"O Juízo Final", de Michelangelo (Capela Sistina - Vaticano)

Org.: Paulo Oliveira


ESCATOLOGIA: ESTUDO DAS REALIDADES DO ALÉM

O estudo da Escatologia individual diz respeito aos acontecimentos que afetarão cada indivíduo no fim de sua jornada terrestre. São eles: Morte, Juízo Particular, Purgatório, Inferno e Céu. E a Escatologia coletiva trata dos acontecimentos relacionados com o fim dos tempos, a saber: Parousia (2a. vinda de Cristo), Ressurreição da Carne, Juízo Final ou Universal e os "Novos Céus e Nova Terra". A MORTE é onde se dá a separação entre o corpo e a alma.(...)”(1)

“Nesta partida que é a morte, a alma é separada do corpo.Ela será reunida no seu corpo no dia da ressurreição dos mortos.”(2)

”O JUÍZO PARTICULAR ocorre imediatamente após a morte, e define se a alma vai para o Céu, inferno ou purgatório. Não há uma ação violenta de Deus, mas simplesmente a alma terá nítida consciência do que foi sua vida terrestre, e assim, se sentirá irresistivelmente impelida para junto de Deus (Céu), ou para longe da presença de Deus (Inferno) ou ainda para um estágio de purificação (Purgatório).”(1)

Neste primeiro Juízo,”cada um em função de suas obras e de sua fé”(3), “recebe em sua alma imortal a retribuição eterna”, “que coloca sua vida em relação à vida de Cristo...”(4)

Uma fundamentação bíblica a respeito da doutrina do Juízo Particular temos na parábola do rico e Lázaro:

“Havia um homem rico que se vestia de púrpura e linho fino e que fazia diariamente brilhantes festins. Um pobre chamado Lázaro jazia coberto de úlceras no pórtico de sua casa. Ele bem quisera saciar-se do que caía da mesa do rico, mas eram antes os cães que vinham lamber suas úlceras. O pobre morreu e foi levado pelos anjos para um lugar de honra junto de Abraão. O rico morreu também e foi enterrado. Na morada dos mortos, em meio às torturas, ergueu os olhos e viu de longe Abraão com Lázaro a seu lado. Ele exclamou: "Abraão, meu pai, tem compaixão de mim e manda que Lázaro venha molhar a ponta do dedo na água para me refrescar a língua, pois eu sofro um suplício nestas chamas". Abraão lhe disse: "Meu filho, lembra-te de que recebeste tua felicidade durante a vida, como Lázaro, a infelicidade. E agora, ele encontra aqui a consolação, e tu, o sofrimento. Além disso, entre vós e nós foi estabelecido um grande abismo, para que os que quisessem passar daqui para vós não o possam e que também de lá não se atravesse até nós". O rico disse: "Eu te rogo, então, pai, que envies Lázaro à casa de meu pai, pois eu tenho cinco irmãos. Que ele os advirta para que não venham, também eles, para este lugar de tortura". Abraão lhe disse: "Eles têm Moisés e os profetas, que os ouçam". O outro replicou: "Não, meu pai Abraão, mas se alguém dentre os mortos for a eles, se converterão". Abraão lhe disse: "Se eles não escutam Moisés nem os profetas, mesmo que alguém ressuscite dos mortos, não ficarão convencidos". (Lc 16,19-31)

Esta parábola nos leva a concluir que cada indivíduo, ao deixar este mundo, recebe uma sentença. Lázaro é levado ao "seio de Abraão" e o rico aos tormentos do inferno. Isto pressupõe uma sentença de Deus logo após a morte. E sentença definitiva, pois o mau não pode passar para o lugar do justo nem vice-versa. E ainda, sentença anterior ao Juízo Final, pois os irmãos do rico ainda vivem na terra.”(5)

Mas como responder as pessoas que dizem estarem dormindo, esperando a ressurreição, os que morreram?Os que erroneamente defendem esta tese vão contra artigos da fé católica, como a Comunhão dos santos, e verdades da Sagrada Escritura.

“Ora, é muita contradição defender que os santos estão dormindo, mesmo porque, Deus, voltando-se ao bom ladrão, disse: "Em verdade, em verdade vos digo, ainda hoje estarás comigo no paraíso". Ora, ele não disse que após adormecer e após a ressurreição dos corpos S. Dimas estaria no paraíso. Ele estava 'no tempo', vivo, quando disse essas palavras, indicando a morte próxima de S. Dimas e a entrada deste primeiro santo canonizado da Igreja.

Mais: em Ap. 6, 9s, os mártires, junto ao altar de Deus nos céus, clamam em alta voz: "Até quando, ó Senhor Santo e verdadeiro, tardarás a fazer justiça, vingando nosso sangue contra os habitantes da terra?" Como se vê, os justos estão conscientes após a morte!

A palavra "dormir" é utilizada na Sagrada Escritura(6) em sentido figurado, como eufemismo, significando aqueles que morreram. Em outro trecho, a palavra 'despertar' significa 'ressuscitar'. Quando Nosso Senhor fala, por exemplo: "Pelos frutos conhecereis a árvore". A qual árvore Ele está se referindo? É claro que é uma expressão em sentido figurado. Ele está dizendo que pelos "frutos" (boas obras) conhecereis a "árvore" (quem, de fato, é a pessoa, a instituição etc).(7)

"E como está determinado que os homens morram uma só vez, e depois vem o julgamento..."(Hb 9,27)

”O PURGATÓRIO é o estado em que as almas dos fiéis que morrem no amor a Deus, mas ainda com tendências pecaminosas, se libertam delas através de uma purificação do seu amor. Ou seja, são almas justificadas, mas que ainda precisam ser santificadas.Todas as almas do Purgatório, posteriormente, irão para o Céu. O INFERNO é um estado de total infelicidade. É viver eternamente sem Deus, sem amar, sem ser amado. A alma percebe que Deus é o Bem Maior, mas sua livre vontade o rejeita e sabe que estará para sempre incompatibilizada com Deus. Isso gera um imenso vazio na alma que passa a odiar a Deus e às suas criaturas. Só vai para o inferno quem faz uma recusa a Deus consciente, livre e voluntária. O CÉU não é um lugar acima das nuvens, mas sim, um estado de total Felicidade capaz de realizar todas as aspirações do ser humano. No Céu participamos da Vida de Deus. E quanto maior for o amor que a pessoa desenvolveu neste mundo, mais penetrante será a participação na Vida de Deus. Assim, no Céu todos são felizes, mas em graus variados, pois cada um é correspondido na medida exata do seu amor. Deus é Amor, amor que se dá a conhecer a quem ama. Não há monotonia no Céu, mas sim, uma intensa atividade de Conhecer e Amar. (1)

É bom lembrar que todos os habitantes do Céu, excetuando Jesus e Maria, lá estão apenas com suas almas, pois os corpos estão na terra aguardando a ressurreição do último dia.(6)

“Cristo, com Sua morte, venceu o pecado e a morte; e sobre esta e sobre aquele alcançará também vitória pelos merecimentos de Cristo quem for regenerado sobrenaturalmente pelo batismo.Mas por lei natural Deus não quer conceder aos justos o completo efeito dessa vitória sobre a morte, senão quando chegar o fim dos tempos.Por isso os corpos dos justos se dissolvem depois da morte, e somente no último dia tornarão a unir-se, cada um com sua própria alma gloriosa.” (7)

"Sei que meu irmão há de ressurgir na ressurreição que haverá no último dia" (S. Jo. 11, 24)

“Veremos agora a Escatologia coletiva que trata dos acontecimentos relacionado com o fim dos tempos, a saber: Parousia (2a. vinda de Cristo), Ressurreição da Carne, Juízo Final ou Universal e os "Novos Céus e Nova Terra". A PAROUSIA é a volta gloriosa de Jesus no fim do mundo. Neste dia, Deus reunirá todos os povos de todos os tempos para o Juízo Final. A RESSURREIÇÃO DA CARNE se dará no dia da Parousia. As almas que aguardavam esse dia no Céu, no Inferno ou no Purgatório, ressuscitarão e comparecerão, juntamente com os que estiverem no mundo, diante de Jesus para o Juízo Final. Então uns irão com corpo e alma para o inferno, e outros irão com corpo e alma para Novos Céus e Nova Terra (Paraíso). Portanto, justos e ímpios ressuscitarão e terão um corpo imortal e íntegro, mas somente os dos justos estarão isentos dos sofrimentos e irão refletir a glória da alma.“(8)

"Virá uma hora em que todos os que se acham nos sepulcros ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que obraram bem, sairão para a ressurreição da vida; mas os que obraram mal, sairão para a ressuscitados para a condenação" (S. Jo. 5, 28)

"O que come a minha carne e bebe o meu sangue, tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia" (S. Jo. 6, 55)

“A ‘ressurreição da carne’ significa que após a morte não haverá somente a vida da alma imortal, mas que mesmo os nosso ‘corpos mortais’ (Rm 8,11) readiquirirão vida”(9)

“Cristo ressuscitou com seu próprio corpo: ‘Vede as minhas mãos e os meus pés: sou eu!’(Lc 24,39).Mas ele não voltou a uma vida terrestre.Da mesma forma, nele ‘todos ressuscitarão com seu próprio corpo, que têm agora’; porém, este corpo será ‘transfigurado em corpo de glória’, em ‘corpo espiritual’ (1Cor 15,44).(10)

“Vou ainda revelar-vos um mistério: nem todos morreremos, mas todos seremos transformados.Num instante, num piscar de olhos, ao soar da trombeta final – pois a trombeta soará - , não só os mortos ressuscitarão incorruptíveis, mas nós também seremos transformados” (1Cor 15,51s.)

“Pois o Senhor mesmo, à voz do arcanjo e ao som da trombeta de Deus, descerá do céu.E então acontecerá, em primeiro lugar, a ressurreição dos que morreram em Cristo; depois, nós os vivos, que ainda estivermos aqui na terra,seremos arrebatados, juntos com eles, sobre as nuvens, ao encontro do Senhor, nos ares.”(1Ts 4, 16-17b)

O JUÍZO FINAL ou UNIVERSAL é a tomada de consciência, do indivíduo e de todos os homens, das obras boas e más que cada um realizou.(1) Este segundo juízo será de todos e na presença de todos os homens, ao final dos tempos, e por isto é chamado de juízo final ou juízo universal.(11)

Então Cristo “virá em sua glória, e todos os anjos com Ele. (...) E serão reunidas em sua presença todas as nações, e Ele há de separar os homens uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos, e porá as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. (...) E irão estes para o castigo eterno, e os justos irão para a Vida Eterna”(Mt 25,31-33.46).

“Uma interrogação que pode ter passado pelo espírito de vários leitores: a maior parte dos homens já terá sido julgada logo após a sua morte (excetuam-se aqueles que estiverem vivos, quando chegar a hora do fim do mundo), por que, então, passar de novo por um juízo?

A Suma Teológica (Suppl 88 I ad 1), bem como o Catecismo Romano, fazem compreender melhor a razão desses dois tribunais. De fato, no Juízo particular, cada homem é julgado privadamente por Deus, permanecendo o seu foro íntimo, bem como todas as conseqüências dos seus pecados, ocultos aos outros homens. Para a plena glorificação da justiça divina é indispensável que haja um outro juízo, público e universal, no qual fiquem patentes aos olhos de todos a inocência dos bons e a torpeza dos maus.”(12)

“Note que o Juízo Final é diferente do Juízo Particular. Neste, Deus revela a cada um, em foro privado, a pureza de intenção que definiu sua sorte no além. Já o Juízo Universal não se trata de uma segunda instância, pois o julgamento individual já ocorreu no Juízo Particular, mas simplesmente revelará a todos os homens os mistérios da história da humanidade e todos os efeitos positivos ou negativos das atitudes de cada um. Tudo será manifesto a todos. Dia de triunfo da Verdade e da Justiça. Após o Juízo Final segue-se o Tanque de Enxofre (Inferno) para os ímpios e o Paraíso para os justos.”(1)

“O juízo final não mudará em nada a sentença estabelecida no juízo particular, mas servirá para que resplandeça a sabedoria e a justiça divina, para prêmio dos bons e castigo dos maus, também em relação ao corpo. Perante Cristo, que é a Verdade, será revelada definitivamente a verdade em relação a cada homem com Deus. O juízo final revelará até suas ultimas conseqüências o que cada um fez -bom ou mal - ou tenha deixado de fazer durante sua vida terrena.(11)

”Os NOVOS CÉUS E NOVA TERRA ou PARAÍSO é a renovação do mundo inteiro no fim dos tempos, após o Juízo Final. O mundo atual não será aniquilado, mas sim, restaurado e consumado. O homem ressuscitado habitará num mundo de Paz e Amor.”(1)

“No fim dos tempos, o Reino de Deus chegará à sua plenitude. Então, os justos reinarão com Cristo para sempre, glorificados em corpo e alma, e o próprio universo material será transformado. Então Deus será “tudo em todos” (1Cor 15,28), na Vida Eterna.”(13)


Referências Bibliográficas:

(1) Dom Estêvão Bettencourt, OSB, Apostila do Mater Ecclesiae – Escatologia – www.veritatis.com.br/artigo.asp?pubid=1038 – página acessada dia 12/07/03
(2) Cf. Catecismo da Igreja Católica, página 283, parágrafo 1005
(3) Cf. Catecismo da Igreja Católica, página 288, parágrafo 1021
(4) Cf. Catecismo da Igreja Católica, página 288, parágrafo 1022
(5) Dom Estêvão Bettencourt, OSB, Revista Pergunte e Responderemos Mar/01, pag 119 - www.veritatis.com.br/artigo.asp?pubid=599 - página acessada dia 12/07/03
(6) Cf. exemplo 14,12
(7) www.veritatis.com.br/agnusdei/div351 – página acessada dia 12/07/03
(8) Cf. AQUINO,Felipe.A Mulher do Apocalipse.Edições Loyola,4 ed, São Paulo,1997.
(9) Constituição Apostólica “Munificientissimus Deus”.Ed. Vozes,Petrópolis,1954,DP 78.
(10) Dom Estêvão Bettencourt, OSB, Apostila do Mater Ecclesiae – Escatologia – www.veritatis.com.br/artigo.asp?pubid=598 - página acessada dia 12/07/03
(11) Cf. Catecismo da Igreja Católica, página 279, parágrafo 990
(10)Cf. Catecismo da Igreja Católica, páginas 281,282, parágrafo 999
(11)Jayme Pujoll e Jesus Sanches Biela, livro "Curso de Catequesis" da Editora Palabra, España. Pe. Antonio Carlos Rossi Keller - www.veritatis.com.br/artigo.asp?pubid=1028 - página acessada dia 12/07/03
(12) Revista Arautos do Evangelho,número 11, Novembro de 2002, página 9.(13) Cf. Catecismo da Igreja Católica, página 297, parágrafo 1060.