segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Sob o pêndulo, um mistério...



Kadafi e Lula


 Por Prof. Pedro Maria da Cruz.


“Por que conspiram as nações e tramam planos vãos?” (Sal. 2)



No meio islâmico, atentados contra supostas conspirações do ocidente. Na Europa, focos de protestos contra extremismos e complôs orientais.  Anders Behring Breivik, Noruega, foi mais um exemplo desta preocupante realidade, porém de modo condenável.

Vimos chover por noticiários declarações contraditórias de ditadores como Bem Ali, Tunísia, Mubarak, Egito, e agora Kadafi, na Líbia, afirmando haver diabólicos conchavos de potências cristãs (Sic) inimigas veladas da soberania de seus povos. Quem não se recordaria do entusiasmo “binladiano” do Al Qaeda ao denunciar tramas do capitalismo liberal norte-americano? Ações ultra-secretas no Paquistão prometeram afogar tais acusações, sem prévio julgamento... Igualmente, cordas desejaram sufocar o mal estar de revoltosos na pele de Saddam Hussein...

Quem estará com a razão? Conjecturas surgem aos montes.

E mais, haveria somente esses dois lados da questão? E, se não quisermos nos colocar totalmente ao lado de um ou de outro? Posso não estar com a ideologia islâmica sem cair automaticamente nos “planos” do ocidente pseudo-cristão e liberal democrático, entre outras coisas mais? Qual a Terceira Via?

A nós cabe o catolicismo, baseado na Tradição e seus desdobramentos orgânicos e necessários. Não preciso estar ao lado de Anders Behring Breivik, maçom, com seu falso cristianismo fundamentalista de extrema direita (mesmo que pró-europa e maquiagem conservadora), e, nem mesmo, ao lado de extremistas orientais que vêem confusamente manobras de organizações secretas gnóstico-panteístas num ocidente moribundo e pretensamente cristão.

A mídia anticlerical, progressista e liberal insiste em apresentar (conscientemente?) a realidade numa perspectiva pendular malsã. Ora, não é verdade que esta prática tem deixado inúmeros católicos confusos e desnorteados? No afã de manter sua fidelidade ao evangelho, sentem-se forçados a defender maçons extremistas como Anders B. Breivik, uma vez que, o contrário, supostamente, seria militar nas hostes inimigas do relativismo. Ledo engano...

O mesmo se dá no tocante a outras questões: capitalismo liberal norte-americano, versus socialismo comunista; ou mesmo, CEB’s versus RCC. Ao acessar os vários instrumentos midiáticos, somos quase convencidos de que, por exemplo, ao contrariar projetos de leis como a da “homofobia”, nos tornamos monstros horrendos e desprezíveis, inimigos cegos dos Direitos Humanos...
CEBs e RCC
Nesta traiçoeira lógica pendular se alguém não for da RCC, será, necessariamente, das CEB’s. Se não estiver ao lado do capitalismo liberal, será, automaticamente, um comunista. Caso não apóie determinadas ações ocidentais estará, consequentemente, ao lado de extremistas do Islã. Porém, onde estariam aqueles que vêem erros tanto nas CEB’s quanto na RCC, como é o caso do Magistério eclesiástico e, portanto, de nosso Blog? Onde estariam os que pretendem um sistema de coisas baseado no evangelho – Cristandade – e não os excessos do comunismo, ou mesmo, do capitalismo atual? Porque não falar das propostas genuinamente cristãs para uma Europa ideal, em vez de fitar tão acentuadamente duas visões, ambas malsãs e cruentas, para forjar o futuro da humanidade?  

Rezemos pela conversão dos homens. Apoiemos todos aqueles que labutam pela conscientização das “massas”. Armemo-nos contra estas mídias que, ao que tudo indica, seguem uma cartilha pré-determinada, falam a linguagem dos poderosos e conspiram por certa “New World Order” de origem esotérica e ocultista. Nesses meios, o que dita o passo é o Capital. Muitos, “inocentes úteis” nas mãos de maquinadores, promovem verdadeiras desordens nas mentes pelo lucro e bem estar pessoal que “forças ocultas” lhes conferem.

Possa a Santíssima Virgem Maria nos guiar nas trevas da atualidade. Sua Intercessão seja fonte de ânimo nas lutas contra os erros e complôs dos inimigos da Cruz de Cristo.  


***

12 comentários:

João disse...

Muito bem observado professor!
Excelente reflexão dos dias contemporãneos. Parabéns!

Grande abraço.

Thiago Fontes disse...

Durante muito tempo acreditei que ser católico era ser carismático ou membro de CEBs.Graças a Deus tem Blogs que ajudam as pessoas a perceber como é traiçoeiro pensar assim.

Eduardo disse...

É assim que eu penso.

Leonel B. Fagundes disse...

Ocidente não só liberal em seu sentido filosófico como disse o autor mas também neo liberal em seu aspecto econômico,o que demonstra o grau de erro a que chegou o nosso mundo.Creio que esse texto pode ajudar as pessoas confundiodas pela trama midiática da atualidade.Uma reflexão séria, profunda e cheia de inteligência e substância.Muito bom mesmo.

Pedro disse...

Essa é boa, agora a RCC é errada.Se tirar ela o que sobra filho?

João disse...

Pedro, seu comentário só denota o que o autor do texto dissera... Pense bem... Pense.

Ao que parece só está enchergando rcc e cebs na Igreja, não percebeu?

Paulla D. disse...

O que mais me surpreende no Espirito paráclito é a infinita capacidade de sucitar movimentos e carismas... todos membros de um mesmo corpo que é a igreja amantes da mesma cabeça que é Cristo. RCC,apostolados,magistérios, ordens...poderíamos ficar horas a citar exemplos.Ser igreja católica não nos obriga a sermos fiéis a este ou aquele movimento, somos sim livres para deixarmos ser guiados por DEUS e acolher com amor os dons que Ele sopra onde quer e como quer.Erros e lamentos vamos encontrar em todo movimento e em toda ordem não por culpa dos mesmos mas por culpa nossa.

Pedro disse...

Falo de RCC e CEBs como movimentos e se temos somente estes movimentos então devemos nos ater a um dos dois para trabalharmos dentro da Igreja.É que podemos ser conservadores dentro deles e não temos um que causar mais divisão dentro da igreja.Se tem erro é por caussa das pessoas e não dos movimentos.Eu concordo com a autor que devemos ser da Igreja só acho que devemos nos ater aos grupos da igreja.

Leonardo Fernades disse...

Cara Paulo D.

Sua postagem é um poco estranha, para não dizer: muito estranha...

Fiquei pensando sobre uma sua colocação: "Ser igreja católica não nos obriga a sermos fiéis a este ou aquele movimento..."

Como assim? Então, segundo sua postagem "Ser Igreja Católica" (Sic.)nos permitiria sermos fiéis a erros de doutrina professados por movimentos que - por um motivo ou outro - se afastaram da multissecular doutrina da Igreja? Se for isso creio que estejas distante da verdade.

É o que parece, pois nos falas de "MAGISTÉRIOS" suscitados pelo Espírito Santo...

Lembre-se que o único Magistério a ser seguido é o do Santo Padre e dos bispos submetidos a ele, nada mais.

Paulla D. disse...

Caro Leonardo,
creio ter sido pouco compreendida em meus argumentos.NUNCA se é Igreja católica quando se segue doutrinas falsas.E o ÚNICO magistério é sim o magistério de Pedro.O que acredito é que movimentos como RCC, nascidos no seio da Igreja e amparados pelo selo papal são dignos e não bastardos. Erros existem por culpa dos homens.A Igreja católica não se resumi a RCC ou outro e ser fiel a um deles, legítimos e não meros usurpadores de legítimidade não é sinônimo de fidelidade a erros cometidos por membros.O que queria comentar é que não podemos negar os méritos de determinados movimentos da igreja quando eles tem a benção de Roma como é o caso da RCC.Concordo que existem erros e enganos mas o Espírito é MAIOR. Que DEUS te abençoe e espero não ter deixado dúvidas.
Maria medianeira de TODAS as graças rogai por nós!!!!!!!!

Luiz Eduardo disse...

1.A Igreja pode condenar aberta e explicitamente um movimento.
2.A condenação pode ser subetendida por reiteradas críticas a usos e práticas que destoam da Tradição.
3.Para não causar "barulho" a Igreja pode "dar tempo ao tempo" a fim de que movimentos percebam a insustentabilidade de seus princípios, ou mesmo a nescessidade de reformulá-los.
4.O ponto de referência é o ensina constante da Igreja.

Sinceramente:

É evidente que muitos "pensamentos" da RCC (Oração em Linguas-como se entende lá-, repouso no E.S.;Batismos;sentimentalismo;práticas paralitúrgicas etc etc etc) estão em desarmonia com o ensimo constante do Magistério.

A Igreja pode não declará-la abertamente anti-católica (Afinal aceita princípios católicos ao lado de tantos desmandos) mas basta ter um pouco de percepção para detectar como é pouco parecido com a Igreja de sempre posturas da RCC, assim como seu parentesco e identificação com o pentecostalismo protestante.

Não pude deixar de comentar.

Vanderley disse...

Ser Igreja Católica? Mas, nós não somos Igreja Católica, nós somos membros (pecadores) da Igreja Católica.

Certos termos pdem criar dificuldades muito grandes.