São José e o seu Filho |
Pensemos com que ternura terá levado ao colo Aquele que o criou. Que cena! A criatura osculando o Criador. E esse, recostando a cabeça no ombro do humilde carpinteiro, demonstra o valor que deposita nos Homens. É como se dissesse a cada um de nós: “Veja. Quero necessitar de ti. Ajudai-me!”.
Perguntemo-nos, se um dia fora revelado a São José o que estava reservado ao seu filho adotivo no Calvário. Talvez, quando Lhe ensinava a domar os pregos na carpintaria quisesse ir acostumando-o àquela imagem assustadora que Ele veria na Cruz: suas mãos rasgadas, impiedosamente, pelos algozes. E, ao mesmo tempo, Nosso Senhor, ao meditar sobre o silêncio da madeira ao ser perfurada, talvez reforçasse em seu peito augustíssimo a convicção de portar-se como ovelha que não reluta ao ser levada ao matadouro.E assim, aqueles dois, nos mais altos píncaros da meditação: à frente, o Cristo. Depois, levado pela força de seu filho, o pai escolhido. Desse modo, de altura em altura, sumindo à capacidade de nossa especulação. Mas, de todo modo, encantando-nos pela sublimidade daquela inexprimível convivência. É a lei da reciprocidade; própria daqueles que amam...
Ah, Senhor! Dá-nos também essa graça: de algum modo, mesmo que misterioso e secreto, ter, recostado em nosso ombro, Aquele que nos criou...
Alcança-nos, São José, ao menos o mínimo daquilo que lhe fora concedido: estar na intimidade mais intima do Verbo Encarnado, e partilhar de Sua Vida Divina em perfeita fidelidade. Mas, ainda que nossos muitos pecados nos impeçam de obter os frutos de tão imensa graça, ficai ao nosso lado, e levantai-nos ao colo a fim de sermos curados pela ternura do Redentor.
Ali, tão distantes do impiedoso julgamento humano.Sim, ter José é ter Maria, e ter Maria é ter Jesus, o Senhor. Que mais poderíamos querer?
Maria Santíssima, esposa de São José, rogai por nós.
2 comentários:
Amém!
São José, valei-nos.
Maravilhosa meditação.
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