segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Sob o pêndulo, um mistério...



Kadafi e Lula


 Por Prof. Pedro Maria da Cruz.


“Por que conspiram as nações e tramam planos vãos?” (Sal. 2)



No meio islâmico, atentados contra supostas conspirações do ocidente. Na Europa, focos de protestos contra extremismos e complôs orientais.  Anders Behring Breivik, Noruega, foi mais um exemplo desta preocupante realidade, porém de modo condenável.

Vimos chover por noticiários declarações contraditórias de ditadores como Bem Ali, Tunísia, Mubarak, Egito, e agora Kadafi, na Líbia, afirmando haver diabólicos conchavos de potências cristãs (Sic) inimigas veladas da soberania de seus povos. Quem não se recordaria do entusiasmo “binladiano” do Al Qaeda ao denunciar tramas do capitalismo liberal norte-americano? Ações ultra-secretas no Paquistão prometeram afogar tais acusações, sem prévio julgamento... Igualmente, cordas desejaram sufocar o mal estar de revoltosos na pele de Saddam Hussein...

Quem estará com a razão? Conjecturas surgem aos montes.

E mais, haveria somente esses dois lados da questão? E, se não quisermos nos colocar totalmente ao lado de um ou de outro? Posso não estar com a ideologia islâmica sem cair automaticamente nos “planos” do ocidente pseudo-cristão e liberal democrático, entre outras coisas mais? Qual a Terceira Via?

A nós cabe o catolicismo, baseado na Tradição e seus desdobramentos orgânicos e necessários. Não preciso estar ao lado de Anders Behring Breivik, maçom, com seu falso cristianismo fundamentalista de extrema direita (mesmo que pró-europa e maquiagem conservadora), e, nem mesmo, ao lado de extremistas orientais que vêem confusamente manobras de organizações secretas gnóstico-panteístas num ocidente moribundo e pretensamente cristão.

A mídia anticlerical, progressista e liberal insiste em apresentar (conscientemente?) a realidade numa perspectiva pendular malsã. Ora, não é verdade que esta prática tem deixado inúmeros católicos confusos e desnorteados? No afã de manter sua fidelidade ao evangelho, sentem-se forçados a defender maçons extremistas como Anders B. Breivik, uma vez que, o contrário, supostamente, seria militar nas hostes inimigas do relativismo. Ledo engano...

O mesmo se dá no tocante a outras questões: capitalismo liberal norte-americano, versus socialismo comunista; ou mesmo, CEB’s versus RCC. Ao acessar os vários instrumentos midiáticos, somos quase convencidos de que, por exemplo, ao contrariar projetos de leis como a da “homofobia”, nos tornamos monstros horrendos e desprezíveis, inimigos cegos dos Direitos Humanos...
CEBs e RCC
Nesta traiçoeira lógica pendular se alguém não for da RCC, será, necessariamente, das CEB’s. Se não estiver ao lado do capitalismo liberal, será, automaticamente, um comunista. Caso não apóie determinadas ações ocidentais estará, consequentemente, ao lado de extremistas do Islã. Porém, onde estariam aqueles que vêem erros tanto nas CEB’s quanto na RCC, como é o caso do Magistério eclesiástico e, portanto, de nosso Blog? Onde estariam os que pretendem um sistema de coisas baseado no evangelho – Cristandade – e não os excessos do comunismo, ou mesmo, do capitalismo atual? Porque não falar das propostas genuinamente cristãs para uma Europa ideal, em vez de fitar tão acentuadamente duas visões, ambas malsãs e cruentas, para forjar o futuro da humanidade?  

Rezemos pela conversão dos homens. Apoiemos todos aqueles que labutam pela conscientização das “massas”. Armemo-nos contra estas mídias que, ao que tudo indica, seguem uma cartilha pré-determinada, falam a linguagem dos poderosos e conspiram por certa “New World Order” de origem esotérica e ocultista. Nesses meios, o que dita o passo é o Capital. Muitos, “inocentes úteis” nas mãos de maquinadores, promovem verdadeiras desordens nas mentes pelo lucro e bem estar pessoal que “forças ocultas” lhes conferem.

Possa a Santíssima Virgem Maria nos guiar nas trevas da atualidade. Sua Intercessão seja fonte de ânimo nas lutas contra os erros e complôs dos inimigos da Cruz de Cristo.  


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sexta-feira, 22 de julho de 2011

SOBRE O CONHECIMENTO NA PERSPECTIVA KANTIANA E INFLUÊNCIA DE DESCARTES


Immanuel Kant


Por Fr. R. G. dos Santos

INTRODUÇÃO
O presente texto tem como objetivo instaurar uma compreensão acerca do modo Kantiano de conceber a possibilidade do conhecimento. Para isso, iremos nos deter no que se convencionou chamar “revolução copernicana na filosofia”. Nela, iremos perceber a valorização da noção de sujeito na aventura epistemológica e chegar a uma explicação plausível da realidade. Nessa perspectiva, vamos estabelecer uma relação entre a proposta kantiana e aquela forjada por Descartes, percebendo, então, como foi a influência do pensador do “cogito”, na reflexão do ilustre prussiano”.
Ao final, teremos instaurado uma compreensão acerca da proposta kantiana do processo de conhecimento que marcará profundamente o pensamento hodierno.
REVOLUÇÃO COPERNICANA E SUA TRANSPOSIÇÃO PARA A FILOSOFIA
Para entendermos o que foi a revolução copernicana na filosofia, faz-se mister remetermo-nos ao que foi, pelo menos em seus aspectos gerais, a “originária” revolução copernicana.
Copérnico, ao analisar os fenômenos da realidade física e propor uma explicação adequada para eles, propôs uma inversão radical na dinâmica da relação entre a terra e o sol. Ao contrário do aceito naquele tempo, ele considerou que o sol era fixo no cosmos, enquanto a terra gira ao seu redor. Tal concepção “desalojou”, por assim, dizer, as teorias de cunho geocêntrico que eram então tidas como certas.
Analogamente, a “revolução copernicana na filosofia” vai produzir um efeito de semelhantes proporções. Como? “Desalojando” uma noção de conhecimento que até então se erguia como factual: o sujeito deve adequar-se ao objeto no processo epistêmico. Tal noção, que toma vigor em Aristóteles e é assumida no medievo, começa a ser abalada já em fins da Idade Média.
No início da Idade Moderna, com Descartes, há sinais mais evidentes de abalo no “equilíbrio” da relação sujeito e objeto. Embora não demonstre em suas reflexões um menosprezo tácito pela possibilidade de o objeto evidenciar-se a, Descartes acentua com alguma ênfase, a importância do sujeito para a percepção da realidade como algo concreto. Afinal, é a partir do “cogito” realizado pelo sujeito que se passa à consideração das demais coisas.
Em Kant, a idéia de sujeito, já levantada por Descartes, embora não aprofundada por ele bem como sua importância, é redimensionada e quiçá, radicalizada. Ele chega à conclusão de que o sujeito é a instância norteadora no processo de conhecimento. Em outros termos, propõe que não é o homem que deve se deixar conduzir pelo que o objeto é em si. Ao contrário, são os objetos que devem subordinar-se às determinações e intuições do sujeito.
Dito de outra forma, os objetos aqui passam a ser regulados pela natureza da prerrogativa intuitiva do homem, que possui categorias à priori do entendimento e da sensibilidade, por exemplo, para dar cabo à aventura cognitiva.
Eis mostrada, grosso modo, o que seja a revolução copernicana na filosofia. A relação entre sujeito e objeto é, como vimos, “re-feita” em seus aspectos essenciais. O acento no sujeito cognoscente é evidente. Mais do que isso, há claro acento na noção de subjetividade, ou dito de outra forma, naquilo que seja o homem de fato, entendido,  sobretudo, como autonomia e liberdade.
A esse respeito, surge o questionamento. Até que ponto podemos perceber, nesse processo de “intervenção cognitiva” desenvolvido por Kant, uma influência de Descartes? Vemos que há aqui duas notações de relevância a serem feitas.
Em primeiro lugar, é nítido que Kant parte da idéia cartesiana relativa ao sujeito enquanto instância capaz de conhecer. Afinal, foi o ilustre e controvertido filósofo francês que abriu à filosofia essa perspectiva com certa ênfase. Entrementes, Kant irá desenvolver e radicalizar a noção de sujeito e até de subjetividade. 
René Descartes
Desse modo, se em Descartes a idéia de sujeito enquanto ser pensante parece estar posta em função de comprovar a realidade dos objetos, em Kant ela tem status de determinante dos mesmos, pelo menos em seus delineamentos essenciais.
Aqui, o sujeito que se define como, autoconsciência e liberdade, passa a tematizar as coisas. É, portanto, um acento radical no mesmo (sujeito) que supera em larga medida a proposta cartesiana embora dela seja como que uma conseqüência lógica.
CONCLUSÃO
São estas, portanto, as considerações a serem feitas a respeito da reviravolta kantiana na filosofia, sob a égide da questão do sujeito e de seu papel no processo de conhecimento. Há aí uma ênfase no “eu” que produzirá marcas profundas no pensar filosófico que se seguirá até a contemporaneidade.
OBRAS CONSULTADAS
DESCARTES, René. Meditações Metafísicas. Trad. J. Gunsburg e Bento Jr. São Paulo: Abril Cultural, 1973.
KANT.  Immanuel. Crítica da razão pura. Trad. Valério Rodhen e Udo Moosburguer. São Paulo: Abril Cultural, 1980
REALE,Giovanni, ANTISSERI, Dário. História da Filosofia- vol. 4 de Espinosa a Kant. São Paulo: Paullus, 2004.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

O CASO EMBÚ DAS ARTES: AMOSTRA DE UMA CONSPIRAÇÃO?


Por Fr. R.G. dos Santos


     O fato novo de Embu das Artes, na grande São Paulo, choca. O material com conteúdo altamente imoral e pornográfico sendo posto ante os olhos ainda inocentes de crianças entre nove e dez anos de uma escola municipal na cidade supracitada revolta. E aos poucos conscientes desse contexto doentio em que vivemos, faz também pensar... em escala micro e macro.
Comecemos pelo pensamento em “escala micro”. Tal situação na região metropolitana da capital paulista nos remete como que num “estalo de figueira” a alguns ditos pontuais de Nosso Senhor. Em primeiro lugar elas, as crianças, são bem quistas pelo Redentor. Ele as acolhia com puro e são afeto, próprios de um homem perfeito, conforme podemos conferir em certas passagens do evangelho (1).
Em outra parte do texto bíblico, o Senhor é ainda mais assertivo. Referindo-se a lastimável realidade do escândalo no seio da comunidade de fé, o Filho de Deus Encarnado diz o seguinte: “(...) todo aquele que levar ao pecado um destes pequeninos que crêem teria melhor sorte se lhe amarrassem uma grande pedra ao pescoço e o jogassem no mar” (2).
Partindo dessa realidade do escândalo (que pelo menos ainda “desconserta” a alguns... graças a Deus), que infelizmente está para além do caso abordado acima, pode ser levantada uma questão lapidar: há em nossa realidade hodierna uma conspiração anti cristã organizada? Em outros termos, existe uma “estrutura habilmente forjada” que legitime tais ações (como no caso de Embu das Artes e também no das profanações da “gaystapo” aos ícones católicos, dentre outras...)?
A julgar pela configuração política atual em escala nacional e global, sim. Afinal, desde que assumiram o governo brasileiro, por exemplo, os “PTralhas” labutam no intuito de rascunhar um “novo homem tupiniquim”. E muitos governos estaduais e municipais seguem sua nefasta linha, mesmo não sendo petistas (3).
Este novo homem, na concepção da corja “marcuseano-habermasiana”, deve ser “democrático”, “maleável”, aberto às diferenças (mesmo que sejam negativas, erradas, antinaturais, “inconstitucionais” e quiçá pecaminosas), aberto também aos desejos e pulsões, além de  manobrável. Dialógico, para fazermos jus ao “habermasiano” da expressão. Por isso não vemos grandes manifestações das massas defendendo a moralidade na política e nas ações governamentais de escala sobretudo nacional.
 Já profetizando os perigos que uma maioria trouxa e “rasa”  oferece, diz-nos (1991, p. 24) que “nada é pior que escutar a fala da sociedade – considerando justo o que a maioria aprova, e imitar o modelo do comportamento da massa, vivendo não segundo a razão, mas pelo conformismo”.
Como tem valência ainda o dito do ilustre estóico que, já fato aceito mesmo para a história eclesiástica, era amigo de São Paulo. E Não queremos evocar aqui apenas a letargia do vulgo quanto ao caos do material pornográfico nas mãos de nossas crianças. Há o desperdício do dinheiro público tácito nesses materiais e campanhas errôneas.
Mais. Há uma indústria que, ao fim e ao cabo, advertida e/ou inadvertidamente, ganha com isso. Referimo-nos aqui àquelas que fabricam preservativos e anticoncepcionais, além daquelas que produzem a pornografia para um público já conscientizado e amaciado pelas campanhas “educativas” referentes à “naturalidade” da vida sexual ativa” tomada de qualquer forma.
Para além da legitimação da imoralidade sexual, temos ainda outros fatos - os quais gostaríamos de aprofundar-  mas que por aqui não nos é possível, referentes à conspiração claramente existente em favor de uma ordem de coisas anti cristã, direita e/ou indiretamente.
Porque ninguém para pra pensar seriamente, por exemplo, na razão pela qual a “tradicional” coroa britânica financia o MST, grupo esquerdista que leva o terror no campo com seus conhecidos saques(4)? Porque o The New York Times fez e continua a fazer apologia ao criminoso regime de ditadura castrista, opressor do povo cubano há décadas e inimigo político do país ao qual pertencem?
Che, tomando uma Coca-Cola.
Porque o mesmo jornal, a exemplo do Washingthom Post e de muitos outros, propagandeia e “apologiza” o cândido assassino e covarde Che Guevara(5), o homem que deu as linhas mestras em 1961 para que, quarenta anos mais tarde, as torres gêmeas fossem sucumbidas matando milhares de pessoas? E porque muitos intelectualoides da chamada esquerda católica entronizam esta escória da humanidade (6)?
Ao que parece, produzimos uma salada mista de informações aparentemente desconexas nestas linhas que acabamos de escrever. Entrementes se em meio a esta “zuada” (7) de informações conseguirmos filtrar a essência das desordens reinantes e entendermos um pouco do estado de coisas em que vivemos, nos daremos por satisfeitos.


 NOTAS
(1)  Cf. Mt 19, 13 e SS
(2) Cf. Mc 9, 42
(3) Por “ironia do destino” descobrimos que, por mera casualidade, a cidade de Embu das Artes é governada por um petista. Mero acaso?
(4) Cf. http://comunismoassassino.wordpress.com/2009/11/22/comunismo-x-capitalismo/ - Apresenta boas informações fundamentadas a respeito do fato e de outros mais.
(5) A respeito da verdadeira manipulação midiática que fizeram de Ernesto Guevara, vale a leitura do excelente texto de Humberto Fontova, listado ao final deste texto.
(6) http://www.youtube.com/watch?v=m1Qgi65bLnk Vale a pena assistir a este micro documentário a respeito do verdadeiro Che, assassino cruel e inveterado. O título: Guevara: Anatomia de um mito.
(7) Expressão tipicamente piauiense que significa bagunça, desordem.

REFERÊNCIAS
FONTOVA, Humberto. O verdadeiro Che Guevara e os idiotas úteis que o idolatram. Trad. Érico Nogueira. São Paulo: É realizações, 2009.
SÊNECA.  A vida Feliz. Trad. André Bartholomeu. Campinas: Pontes Editores, 1991.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Corra que a Gaystapo vem aí

 
Por João Soares Jr.

     Tempos difíceis em que vivemos, nesta semana dois fatos que aconteceram exemplificam bem o que há algum tempo vem se passando. Um assunto delicado, mas que urge a cada dia nossa atenção: a discrepância da militância da Gay (Gaystapo). Creio que, a exemplo do Reinaldo Azevedo, cabe-nos fazer distinção de uma pessoa homossexual, que como toda pessoa merece nosso respeito e os militantes das causas Gays (incluído héteros em sua maioria) que há muito tempo tem fortes influências na mídia, nas novelas, em partidos políticos, em ONGs. Militância dita das minorias mas que vem  programando e impondo sua agenda intolerante e abertamente anticristã na sociedade. Um lobby bem notável.
Aos fatos, neste domingo, dia 26/06 na Avenida Paulista, São Paulo, ocorrera a parada gay com o tema "amai-vos uns aos outros", clara distorção das palavras do Evangelho, pois Cristo dissera "amai-vos uns aos outros como Eu vos amei" não no sentido malicioso do eroticismo. Forte influência de meios de comunicação, apoio de órgãos públicos, inclusive do dinheiro publico, muita bagunça como qualquer festa carnavalesca em massa. Até aí, nada de inesperado, se não fosse a (des)organização trazer pôsteres com modelos homoeróticos como imagens de santos católicos sob o pretexto de campanha contra a AIDS, "use camisinha pois nem santo te protege". Uma clara provocação e desrespeito aos católicos que são atacados e vilipendiados em sua fé. A militância gay faria o mesmo em um país mulçumano?
     Outro fato, a ex-atriz e deputada estadual do Rio de Janeiro, Myrian Rios, criticou na câmara a PEC 23/2007, versão estadual da PL 122, projeto da mordaça gay que mesmo sendo contrários a população, projetos do tipo estão sendo empurrados vez ou outra com tramites políticos que insistem em colocá-lo em votação. Na fala de Myrian, ela cita um exemplo da situação da lei que proibiria um cidadão de demitir o empregado gay, ao contestar para si própria, cita sobre a liberdade e supõe caso o(a) empregado(a) fosse pedófilo também, mas pelo fato de ser gay, não poderá ser demitido sob pena do empregador ser criminoso caso o faça. Por outro lado, caso seja um empregado hétero, nada de errado, fatos assim são bem implícitos nos projetos da mordaça gay.



     Evidente que qualquer um pode ser livre para concordar ou não com o questionamento de Myrian, mas aconteceu foi uma distorção das palavras da mesma. Desviando da questão, disse o patrulhamento gay, que ela estaria associando homossexualismo a pedofilia. Fizeram o já conhecido patrulhamento ideológico para denegrir o opositor moralmente, na mídia, no twytter, no meio artístico, como sempre ocorrido nestes casos. Sempre fugindo do foco da questão que seria o que, de fato, o bendito projeto estaria impondo. Alguma palavra de esclarecimento? Assim tem trabalhado a militância gay, taxar e denegrir seus questionadores de "homo fóbicos" e esconder a clareza dos seus projetos e objetivos. Felizmente, com a denuncia de Mirian Rios, no mesmo dia o projeto perdeu a votação por 39 votos contra e 2 a favor. O que explica também a fúria gaystapo contra a pessoa da deputada.

     No caso da parada gay de São Paulo, o cardeal Dom Odilo Sherer se pronunciou a respeito. Boa resposta, mas pouco, muito pouco em vista da agenda gaystapo. A deputada Myrian, emitiu uma nota de esclarecimento e se desculpando. Ficou evidente que foi mais por ser caluniada, o que naturalmente gerara medo. Deputados que defendem a vida e a família poderiam sim ficar mais atentos e se prepararem melhor em palavras e ações contra o que vem acontecendo contra os valores da família. Uma verdadeira guerra que se passa.

     Quanto aos cristãos católicos, façamos nossa parte, corra!
    Corra para reclamar por seus princípios, não se cale. Entre no link seguinte e saiba como reclamar aos órgãos públicos e empresas patrocinadoras da parada:


Nossa Senhora Auxiliadora, Rogai por nós!

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Vinho, remédio contra a degradação.


“Ele me introduziu em sua adega...” (Cantares 2,4)


Por Prof. Pedro M. da Cruz

     O vinho evoca majestosamente caracteres sublimes da alma cristã; e mais, forma com a Igreja um binômio indissolúvel. Basta-nos recordar, por exemplo, sua rubra imagem ligada a um tesouro da cristandade: o Sacratíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Elemento cheio de significados, o vinho foi estimado por todas as nações cultas do passado como alimento, remédio, ou mesmo, matéria de sacrifício (Conf. Lc. 10,34; Gn. 14,18). Tomá-lo como objeto de reflexão é, de fato, mergulhar em universos de luzes e possibilidades.

No homem de verdadeiro espírito católico a simples tez da bebida será, no mínimo, agradável convite para adoração; a conformação do vinho ao feitio da taça, referência singela à docilidade espiritual; e, finalmente, no odor por ele exalado, terá qualquer vestígio da cerimônia sacrifical cumulando-o de gozo e alegria.  Com efeito, quantas vezes em pequenas capelas não somos tomados pelo cheiro tão característico do vinho que se espalha como arauto de Nosso Senhor...  
     Elevar a mente pelos “degraus das coisas criadas” (São Roberto Belarmino) é prática eficaz contra todo mau cheiro naturalista e antimetafísico da modernidade. Indivíduos deformados pela cultura malsã poderão encontrar numa simples taça, movidos pela graça, “remédios” para sua degradação.
Talvez, por ser tão pródigo em significação é que o vinho tenha sido introduzido pelo Mestre como parte integrante da Santa Missa. Ele é matéria essencial no sacrifício eucarístico. Ali, no aconchego do altar, o próprio Salvador nos dá de beber o “vinho aromático” e “estreita-nos com seu braço direito” (Conf. Cant. 8,2-3).
Portanto, brindemos!
Sem receio e com alegria!
Tomar um cálice de vinho em nossas mãos é carregar por entre os dedos um mundo de altas considerações. Saboreá-lo é, simbolicamente, assimilar a verdade do Corpo Místico, pois, uma vez composto do sumo de muitos bagos, representa, não só a totalidade da vida humana, mas também, a união de todos os fiéis com Cristo.
Brindemos!
Brindemos por nossa união com o Filho de Deus!
Brindemos por nossa união com todos os seres humanos!
Brindemos por nossa união com Maria Santíssima! Vinho de nossa alegria.

Maria Santíssima, Rogai por nós!

terça-feira, 21 de junho de 2011

Pensamentos de Chesterton

G. K. Chesterton



"Tornar-se católico, não significa que se deixe de pensar, mas que se aprende a pensar”

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“Somente a ortodoxia católica fez o homem feliz: é como os muros postos ao redor de um precipício onde pode brincar uma porção de crianças”

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“Uma coisa morta pode seguir a correnteza, mas somente uma coisa viva pode contrariá-la.”

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“A verdade integral é, geralmente, a aliada da virtude; a meia verdade é sempre aliada de algum vício”

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“O círculo é perfeito e infinito por natureza, mas ele está para sempre amarrado a suas dimensões, não podendo crescer ou diminuir, já que na sua definição o raio é constante. Mas a cruz, embora tenha no centro uma colisão e uma contradição, pode sempre estender os braços sem modificar sua forma. Pelo fato de abrigar um paradoxo em seu centro, a cruz pode crescer sem mudar. O círculo volta-se sobre si mesmo como prisioneiro. A cruz abre seus braços aos quatro ventos e serve de marco indicador aos viajantes livres.»
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“A dificuldade em explicar “Por que eu sou Católico” é que há dez mil razões para isso, todas se resumindo a uma única: o catolicismo é verdadeiro”
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“Nove dentre dez do que chamamos novas idéias são simplesmente erros antigos. A Igreja Católica tem como uma de suas principais funções prevenir que os indivíduos comentam esses velhos erros; de cometê-los repetidamente, como eles fariam se deixados livres”.

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“Não há nenhum outro caso de uma instituição inteligente e contínua que tenha pensado sobre o pensamento por dois mil anos. Sua experiência cobre naturalmente quase todas as experiências; e especialmente quase todos os erros. O resultado é um mapa no qual todas as ruas sem saída e as estradas ruins estão claramente marcadas, todos os caminhos que se mostraram sem valor pela melhor de todas as evidências: a evidência daqueles que os percorreram.”

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“A Igreja não é um movimento e sim um lugar de encontro, um lugar de encontro para todas as verdades do mundo”

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“Somente a Igreja Católica pode salvar o homem da destrutiva e humilhante escravidão de ser filho de seu tempo. Já faz muito, entretanto, que a Igreja Católica tenha provado não ser ela uma invenção de seu tempo: é a obra de seu Criador, e continua sendo capaz de viver o mesmo em sua velhice como em sua primeira juventude: e seus inimigos, no mais profundo de suas almas, perderam já a esperança de vê-la morrer algum dia”

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"Uma espécie de teósofo me disse: "O bem e o mal, a verdade e a mentira, a loucura e a sanidade, são apenas aspectos do mesmo movimento ascendente do Universo". Já nessa época me ocorreu perguntar: "Supondo que não exista diferença entre o bem e o mal, ou entre a verdade e a mentira, qual é a diferença entre ascendente e descendente?"

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“A Igreja não pode mudar com os tempos [...]. Sua missão é salvar toda a luz e toda a liberdade que podem salvar-se, opor-se ao arrastre descendente do mundo e esperar dias melhores [...]. Não necessitamos de uma Igreja que se mova com os tempos. Necessitamos de uma Igreja que mova ao mundo. Necessitamos de uma Igreja que o aparte de muitas das coisas para as quais agora se inclina [...]. Para qualquer Igreja será esta a prova histórica de se é ou não a verdadeira Igreja”.(G. K. Chesterton, The New Witness)


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“A Igreja tem o que o mundo não tem. A própria vida não atende tão bem como a Igreja à todas as necessidades do viver. A Igreja pode orgulhar-se de sua superioridade sobre todas as religiões e todas as filosofias. Aonde tem os estóicos um Menino Jesus? Aonde está Nossa Senhora dos muçulmanos, a mulher que não foi feita para nenhum homem, e que está sentada acima de todos os anjos? Qual é o São Miguel de Buda, cavaleiro e soldado, que tem preparada uma espada [...]? Que poderia fazer Santo Tomás de Aquino na mitologia do bramanismo, ele que estabeleceu a ciência e o racionalismo da Cristandade?[...] Como teria sido Francisco Trovador entre os calvinistas [...]? Como teria vivido Joana D’arc, uma mulher, esgrimindo a espada que conduzia a guerra, entre os quackers e os pacifistas[...]?”(G.K.Chesterton,O Homem Eterno).

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Fonte: http://advhaereses.blogspot.com

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Giovanni Pierluigi da Palestrina

Palestrina


“O Príncipe da Música”

     Conhecido pelo nome de sua cidade de origem, Palestrina, Giovanni Pierluigi, Compositor Italiano, nasceu em 3 de Fevereiro de 1525. Precocemente, conseguiu ser o primeiro mestre da Capella Julia (do papa Julio III) e, em seguida, diretor da Capela Sistina.
O sucessor de Julio III foi o papa Marcelo II, que governou a Igreja por apenas vinte e dois dias. Em sua memória, Palestrina compôs a mais famosa de suas obras: a Missa do papa Marcelo, a seis vozes. Depois de escutá-la, o Cardeal Borromeu (São Carlos Borromeu, 1538-1584) disse: “Esses são os cânticos que o apóstolo João ouviu na alegre Jerusalém celestial e que outro João nos traz como fruto de sua inspiração.
Devido às grandes epidemias que se seguiram às guerras, Palestrina perdeu sua mulher, Lucrezia Gori, dois de seus três filhos e seus três irmãos. Pediu então autorização para tornar-se padre, mas ao final de um ano abandonou esse caminho para casar-se com uma viúva rica, Virginia Dormoli, ocupando-se do comércio de peles. A situação econômica confortável lhe permitiu compor e publicar suas obras mais belas.
Se os papas anteriores haviam tolerado a presença de casados em suas capelas, o mesmo não ocorreu com Paulo IV. Por essa razão, Palestrina teve de afastar-se do Vaticano, mas seguiu vinculado às capelas de São João de Latrão e de Santa Maria Maior. Foi em São João de Latrão que compôs seus imortais Impropérios.
     A fama de Palestrina fez-se universal. Ele foi convidado para servir à corte imperial de Viena, mas suas pretensões financeiras foram excessivas ao imperador Maximiliano II. Em 1571, recuperou seu cargo na Igreja de São Pedro, no Vaticano, onde permaneceu até a morte, em 2 de fevereiro de 1594. Sua polifonia marcou todas as épocas posteriores. Para muitos suas obras alcançaram a perfeição absoluta do estilo eclesiástico.

Referência bibliográfica:
Enciclopédia do Estudante. Nº 13.Música.1º Ed. São Paulo : Moderna, 2008.

sábado, 4 de junho de 2011

Um Cristianismo Mole...



“Deus odeia a paz naqueles que destinou para a guerra...”

“... estamos destinados à guerra contra tudo o que é vil e podre em nós mesmos.”

 Por Prof. Pedro M. da Cruz
Católicos moles, frouxos, tristes, cabisbaixos... Eis o que vemos se arrastando por nossas igrejas.

E o mundo grita por socorro!
Quem mais poderia socorrê-lo devidamente senão os enviados de Cristo, Nosso Senhor? No entanto, estes dormem...

Uns fogem de responsabilidades, outros se vendem por quase nada, finalmente, há os que se acham em tal estado de apatia espiritual que se o próprio Cristo, visivelmente, lhes suplicasse por ajuda, talvez, nem mesmo assim o atenderiam.

Maria Santíssima, Mãe e Mestra de nossas almas, dai a vossos filhos, por sua intercessão, força e entusiasmo nas lutas contra o mal. É triste vermos tantos jovens desanimados, cedendo à preguiça e ao egoísmo. Robustecei, pois, nosso espírito, adestrai nossas mãos para a batalha, e ficai ao nosso lado nas agruras desta vida. Amém.

***


“Porque o cristianismo ocidental aceitou Cristo sem a cruz, pôs em equação o cristianismo com a doçura.
Não deseja ver as mãos trespassadas de chagas, pregando o sacrifício; só que ver as mãos liriais, cor de neve, de um Mestre (...) O nosso cristianismo ocidental deseja um sofá, e não uma cruz; um soporífico, não um desafio; enfim, deseja um cristianismo sem lágrimas. Trata-se pois de uma religião que não acorda oposição, porque não pode sentir-se hostilidade contra uma actínea ou contra uma cobertura de penas (...) Um Cristo sem cruz é  cristianismo sem sacrifício e sem autodisciplina; é romantismo, sentimentalismo, uma mão-cheia de sensaborias com fraca resistência para o mal, absolutamente desprovidas daquela indignação moral, que pega no azorrague e expulsa compradores e vendedores dos templos. Não admira que na torrente de uma falsa amplitude de visão, o mundo ocidental tenha identificado Cristo com Buda, pois Buda também não conhecia a cruz (...) Se o nosso mundo ocidental recuperasse a autodisciplina no lar, ou seja a integridade na vida da família, na educação e na vida pessoal, prepararia a paz, que só pode ser alcançada por meio da guerra (...) A paz é fruto da guerra – guerra não contra os outros, mas contra o pecado, o egoísmo e o egotismo; o salário da guerra é a cruz (...) Deus odeia a paz naqueles que destinou para a guerra, e nós todos estamos destinados à guerra contra tudo o que é vil e podre em nós mesmos.”

“O salário da guerra é a cruz”


(O negrito é nosso)

Referência Bibliográfica:

SHEEN, Fulton. A Vida Faz Pensar. Trad.: Maria Henriques Osswald.  Porto: Editora Educação Nacional, 1956. 280 pg.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Pio XII e o Holocausto - 2º Parte

A Fé resiste ao holocausto. Missa celebrada em Igreja atingida pela guerra.
2ª Parte
(...)A edição de 23 de Dezembro de 1940 da revista Time contém um interessante artigo sobre os cristãos moradores da Germânia, tanto católicos como evangélicos, que se opuseram e sofreram sob o regime nazista. Na página 38, esse artigo afirma que, pelo fim do ano de 1940, mais de 200.000 cristãos foram prisioneiros em campos de concentração, com algumas estimativas em mais de 800.000. Na página 40, o artigo informa sobre o Arcebispo de Munique, o Cardeal Michael Von Faulhaber, o qual liderou a oposição católica na Alemanha contra os nazistas. Em um sermão do advento de 1933, ele pregou em resposta ao racismo nazista: “Não nos esqueçamos que fomos salvos não pelo sangue alemão, mas pelo sangue de Cristo”. Em 1934 o Cardeal M. von Faulhaber “por pouco se salva de uma bala nazista”, e em 1938 um grupo nazista quebra as janelas de sua residência.Mesmo ele estando com mais de 70 anos e com a saúde fraca,ele ainda assim liderou a resistência católica contra Hitler.
    Não confiando no novo regime, o Vaticano assinou uma concordata com o “Terceiro Reich” em 20 de julho de 1933, numa tentativa de proteger os direitos da Igreja na Alemanha. Mas os nazistas rapidamente violaram os artigos dessa concordata. Na quaresma de 1937, o Papa Pio XI escreveu a Encíclica “Mit Brennender Sorge” com a ajuda dos bispos alemães e do cardeal Pacelli (futuro Papa Pio XII)¹. Essa encíclica foi levada ilegalmente, às escondidas,  para a Alemanha e foi lida em todas as Igrejas Alemães na mesma hora durante a celebração do domingo de Ramos.Ela não mencionou explicitamente Hitler ou o nazismo,mas firmemente condenou as doutrinas nazistas.Em 20 setembro de 1938,Pio XI disse a peregrinos alemães que nenhum cristão pode ter parte no anti-semitismo,uma vez que espiritualmente todos os cristãos são semitas. 
    A recente calúnia contra a Igreja e o Papa Pio XII pode ter tido seu início em 1963 com a peça de Rolf Hochhuth, “O Vigário”. Nessa peça, Hochhuth critica Pio XII por ter, supostamente, ficado em silêncio e apresenta seu silêncio como uma fria indiferença. Contudo, mesmo sendo ficção, as pessoas tomaram isso como um fato.
O Papa Pio XII foi um diplomata e não um orador radical. Ele sabia que primeiro precisava preservar a neutralidade do Vaticano, assim a cidade do Vaticano poderia ser um refúgio para as vítimas da Guerra. A cruz vermelha internacional também se manteve neutra. Segundo, ele sabia quão impotente era perante Hitler. Mussolini poderia rapidamente cortar o fluxo de energia elétrica para a Radio Vaticano durante seu pronunciamento (Lapide, p.256). Finalmente, os nazistas não toleravam qualquer protesto e respondiam severamente. Como exemplo, o Arcebispo Católico de Utrecht, em Julho de 1942, protestou numa carta pastoral contra a perseguição aos judeus na Holanda. Imediatamente os nazistas reuniram, quanto foi possível, judeus e católicos não arianos e os deportaram para os campos de concentração, incluindo Santa Tereza Benedita da Cruz (Edith Stein) (Lapide,p.246). Pio XII sabia que se ele falasse diretamente contra Hitler, os nazistas poderiam revidar contra os prisioneiros. Seu melhor ataque contra os Nazistas foi a serena diplomacia e a ação “por de trás dos bastidores”. A Enciclopédia multimídia Grolier 1996(V8. 01), citando Pio XII, diz: “Desejando preservar a neutralidade do Vaticano, temendo represálias e percebendo sua impotência para deter o holocausto, Pio XII, apesar de tudo, agiu de maneira singular para salvar Judeus e outros com os resgates, documentos e asilo da Igreja”.²

Como já foi dito, o Papa Pio XII não estava completamente em silêncio, especialmente nas suas mensagens de natal. Suas mensagens de Natal de 1941 e 1942 foram ambas traduzidas e publicadas no Jornal The New York Times (edição de 25 de Dezembro de 1941, pg.20; e edição de 25 de Dezembro de 1942, pg. 10). Para evitar uma retaliação, ele não se referiu explicitamente ao nazismo , mas as pessoas daquela época ainda assim o entenderam, incluindo os nazistas. De acordo com o editorial do The New York Times de 25 de Dezembro de 1941(última edição do dia, pg.24):

 “A voz de Pio XII é uma voz solitária no silêncio e nas trevas que envolvem a Europa neste Natal... ele é quase que o único governante de toda a Europa ocidental que se atreve a elevar a voz aos quatro cantos da terra... ele não deixou nenhuma dúvida que os objetivos nazistas são também irreconciliáveis com a concepção cristã de paz.”

Também o editorial do The New York Times de 25 de dezembro de 1942(última edição do dia, pg.16), declara:

“Neste natal mais do que nunca, ele é uma solitária voz clamando do silêncio de um continente... O Papa Pio XII se expressa tão apaixonadamente como qualquer líder que está do nosso lado na guerra  pela liberdade,quando ele diz que  aqueles que visam a construção de um mundo novo devem lutar pela livre escolha do estado e da opção religiosa. Eles devem recusar o estado que faz dos indivíduos um rebanho do qual dispõe o estado como se fossem coisas sem vida.”
Ambos os editorias reconhecem e elogiam as palavras de Pio XII contra Hitler e o totalitarismo.
Agora, de fato existiram traidores na Igreja, os quais eram nazistas ou ajudaram Hitler. Existiram católicos que foram anti-semitas. Existiram também católicos que, por medo ou indiferença, pecaram pelo silêncio. A Igreja está cheia de pecadores pelos quais Nosso Senhor Jesus Cristo morreu. “Mas ele foi castigado por nossos crimes, e esmagado por nossas iniqüidades; o castigo que nos salva pesou sobre ele; fomos curados graças às suas chagas.” (Is. 53,5). Mas o papa Pio XII e vários católicos não ficaram em silêncio. Poderiam ser salvas 860.000 vidas com um silêncio indiferente?Nos nossos dias, existem pessoas que afirmam ser católicas, mas promovem e participam do aborto, do suicídio assistido e no controle artificial de natalidade. No próximo século, o mundo também irá perfidamente acusar a Igreja e o Papado de permanecer em silêncio durante o holocausto da “cultura de morte”?
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1) “A oposição ao nazismo tornou-se clara e, em 1936, uma missiva conjunta do episcopado pediu ao Papa uma Carta Encíclica. Pio XI convocou a Roma os três Cardeais alemães (Adolf Bertram, Michael von Faulhaber e Karl Joseph Schulte) e os dois Bispos mais contrários ao regime, precisamente D. Clemens von Gallen e D. Konrad von Preysing. Com a ajuda determinante do Cardeal Pacelli e dos seus colaboradores alemães da máxima confiança (Mons. Ludwig Kaas e os Padres jesuítas Robert Leiber e Augustin Bea), chegou-se deste modo à Mit brennender Sorge ("Com profunda preocupação"), a Carta Encíclica que em 1937 condenava a ideologia racista e pagã, que já se tinha afirmado no Reich alemão(...).” (Discurso do Secretário de Estado Cardeal Tarcísio Bertone na Pontifícia Universidade Gregoriana por ocasião do 50ºaniversário de morte de S. S. Papa Pio XII) 
2)Para elucidar o supracitado: A caridade e o trabalho do Papa Pio XII durante a segunda guerra mundial também impressionou o grande Rabino de Roma, Israel Zoller, que se abriu à graça de Deus, a qual o guiou para a fé católica em 1944. Zoller adotou como nome de batismo, por si próprio, o mesmo nome de batismo de Pio XII, Eugênio. Mais tarde Eugênio Zolli escreveu um livro intitulado “Porque me tornei um Católico”.³
 3)A esse respeito, ou seja, sobre a conversão do grão-rabino de Roma e a caridade do Papa Pio XII para com os judeus, pretendemos, caso julguemos oportuno, postar outro texto que estou traduzindo de autoria do citado grão-rabino.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Pio XII e o Holocausto


 
 “Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro, me odiou a mim...
Lembrai-vos da palavra que vos disse: O servo não é maior que seu Senhor.
Se eles me perseguiram também vos perseguirão; se guardaram minha palavra, também guardaram a vossa.”(Jo 15, 18.20)


Por: A Catholic Response, Inc

Tradução: Rafael R. C.


     Nos últimos anos, a mídia tem acusado a Igreja Católica de ter ajudado os nazistas ou de ter silenciado durante o holocausto. Como exemplo, a edição de 26 de janeiro de 1998 da revista Time afirma, na página 20, que a Igreja Católica lamenta “por ter colaborado com os Nazistas durante a II Guerra Mundial”. Mesmo o novo museu do holocausto em Nova Iorque, injustamente, criticou o Papa Pio XII por supostamente ter silenciado durante a II Guerra Mundial. A Igreja recentemente tem falado sobre este tópico.

O embaixador de Israel Pinchas E. Lapide, no seu livro “Três Papas e os Judeus” (New York: Hawthorn Books, Inc., 1967), com um olhar crítico examina o Papa Pio XII. De acordo com sua pesquisa, a Igreja Católica sob o pontificado de Pio XII foi essencial na salvação de 860.000 Judeus dos campos de concentração nazista (p.214).

Mas poderia Pio XII ter salvado mais vidas dirigindo-se contra o nazismo com mais força? De acordo com Lapide, os prisioneiros dos campos de concentração não desejavam Pio XII falando abertamente (247). Como um jurista dos tribunais de Nuremberg disse na WNBC em Nova Iorque (Fev. 28, 1964):

"Quaisquer palavras de Pio XII dirigidas diretamente contra um louco como Hitler causariam uma catástrofe ainda pior... e acelerariam o massacre dos judeus e sacerdotes.” (Ibid.).

Ainda assim Pio XII não estava totalmente em silêncio. Lapide cita um livro de um historiador Judeu, Jeno Levai, intitulado “A Igreja não ficou em silêncio” (p. 256). Ele admite que todos, incluindo ele próprio, poderiam ter feito mais. “Se nós condenássemos Pio XII, então a justiça exigiria a condenação de todos, sem exceção.” Ele conclui, citando o Talmude, que "todo aquele que preserva uma vida, é contabilizado para ele pelas Escrituras como se tivesse preservado um mundo inteiro". Ele afirma ainda que Pio XII merece uma floresta memorial de 860 mil árvores nas colinas da Judéia¹(pp. 268-9).

Isto deve ser notado: seis milhões de judeus e três milhões de católicos foram mortos no Holocausto.

Devemos nos lembrar que o holocausto foi também anticristão. Depois de Hitler revelar suas verdadeiras intenções, a Igreja Católica se opôs a ele. Mesmo o famoso Albert Einstein testemunhou isso. De acordo com a edição de 23 de dezembro de 1940 da revista Time, precisamente na página 38, Einstein disse:


    “Sendo um amante da liberdade,quando a revolução iniciou-se na Alemanha,eu olhei para as universidades para as defender, sabendo que elas sempre se vangloriaram de sua dedicação à causa da verdade; mas não, as universidades imediatamente foram silenciadas.Então eu olhei para os editores dos grandes jornais,  os quais inflamaram suas edições passadas pela publicação de seu amor a liberdade;mas eles,como as universidades,foram silenciados em poucas semanas....”


   “Somente a Igreja posicionou-se, do início ao fim, contra a campanha Hitleriana pela supressão da verdade. Eu nunca tivera qualquer especial interesse pela Igreja, mas agora eu sinto uma grande afeição e admiração, porque a Igreja sozinha tem tido a coragem e persistência de posicionar-se pela verdade intelectual e pela liberdade moral. Logo, eu sou forçado a confessar que o que eu outrora desprezava, agora, eu louvo sem reservas.”

    Em outra similar afirmação, Einstein referiu-se explicitamente à Igreja Católica (Lapide,p.251).Este é um extraordinário testemunho de um cientista agnóstico alemão de origem judaica.Ainda que houvesse traidores em suas fileiras, a Igreja se opôs ao movimento nazista.


Continua(...)

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 1)Uma árvore por cada vida salva, visto que a estimativa é a de que a Igreja, sob o pontificado de Pio XII, teria sido determinante na salvação de 860.000 judeus

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NIHIL OBSTAT:
Revmo. P.e John T. Folda, S.T.L.
Censor Librorum

IMPRIMATUR:
Exmo. e Revmo. Dom Fabian W. Bruskewitz, D.D., S.T.D.
Bispo de Lincoln

27 de Maio, 1998

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Fonte:A Catholic Response, Inc
Link original: http://users.binary.net/polycarp/piusxii.html