sábado, 1 de outubro de 2011

“Evangélicos”: Em Constante Degradação

Reuniões Pentecostais


“Prostituíste-te com eles, mas não te saciaram.” (Ez. 16,28)
“Ela multiplicou a sua prostituição, em recordação de sua juventude.” (Ez. 23,19)



Por Prof. Pedro M. da Cruz

Deturpação do Evangelho
“O movimento evangélico está visceralmente em colapso”. Esta é uma afirmação insuspeita do pastor Ricardo Gondin (“Igreja Betesda”).[1] Por exemplo, segundo pesquisa do IBGE[2]mais de quatro milhões de evangélicos se declararam sem vínculo institucional com sua igreja” [3]. Foi um crescimento de 4% para 14%, incluindo nesse “balaio de gato”, além de multi-evangélicos, pessoas que não se sentem ligadas a nenhuma seita específica, mas que, nem por isso, deixam de declararem-se “evangélicas”.
 
 Uma entrevistada pela Folha de São Paulo, Verônica de Oliveira, 31, moradora do Rio de Janeiro, disse freqüentar três igrejas diferentes: Católica, Deus é Amor e Nova Vida. Um verdadeiro “supermercado da fé”, para citarmos expressão utilizada por S.S. Bento XVI. Questionada sobre essa estranha situação, ela dispara: “Nem eu sei explicar direito. Acho que Deus é um só.” Como sempre, um Show de superficialidades! Próprio de alguns no Rio de Janeiro que, por exemplo, elegeram Sérgio Cabral[4], político relativista, pró-aborto e simpatizante da causa homossexual. Entretanto, esse é outro assunto; deixemo-lo para depois. Caso contrário, teremos de abordar também os “vôos” suspeitos do governador “mente aberta” que (mesmo erro de Sarney, Office Boy do PT) sambou nas costas da Justiça pegando carona com seu amigo Eike Batista[5]. Voltemos, portanto à nossa reflexão:
 
Jovens roqueiros
A Revista Época[6] fez abordagem interessante que muito contribui para nosso artigo: “É entre os evangélicos que surgem mais propostas de igrejas flexíveis. Eles têm igrejas para metaleiros, para garotas de programa e até para lutadores de Jiu-jítsu.Na matéria intitulada “Deus é Pop” conta-se, inclusive, a história do Ator Gabriel Anésio, então com 19 anos. Ele foi evangélico, católico e freqüentou terreiros de Umbanda, todavia couberam ainda mais coisas em seu “embrulho moderninho”... 

“Hoje Gabriel freqüenta a Igreja Cristã Contemporânea (Sic.), na Lapa, reduto de travestis no Rio. Fundada pelo Pastor Marcos Gladstone, também saído de uma igreja que não aceitava homossexuais, a Contemporânea virou um refúgio para jovens gays que querem ser evangélicos, mas não são acolhidos noutros lugares.[7]
 
Entretanto, o que explica tal nível de confusão entre os irmãos separados? Ora, o fato é tangível: um abismo atrai outro abismo[8]. Prova dessa verdade é a observação do próprio grau de horrores que tem alcançado o protestantismo, sempre “Flex” em seu processo de degradação... 
 
Aliás, para a Modernidade (na pena de alguns, ultra-modernidade ou mesmo pós- modernidade, entre outros epítetos...), tudo deve ser “Flex”, não só a religião.

A cantora Preta Gil, à imagem de Lady Gaga e da bela Angelina Jolie, declarou-se “Flex”. Afinal, ser “bi” está na moda[9]! Só os “caretas” não entendem.

Gilberto Kassab declarou “Flex” o PSD, novo filho da política nacional: antes, nem de esquerda, direita ou de centro, mas, agora, declaradamente, centrista (leia-se: de lugar nenhum...)

Mesmo o Rock in Rio agora é “Flex”! Claudia Leite e Shakira validam nossa afirmação. Tony Bellotto rendeu-se ao espírito de nossa época; para ele Rock in Rio passou a significar, “(...) coisas diferentes e até antagônicas.” Choram os tradicionais do Rock...  nós, entretanto, damos boas gargalhadas.


E o PT? Não é “Flex” sua postura? Afinal, petistas já afirmam sem peso de consciência: “Privatizamos Também!”... Devem ter aprendido algo com seus antigos inimigos, agora, aliados do governo “Big Brother” (cinco ministros já foram eliminados...)
 
Por fim, que dizer de certo pluralismo religioso defendido por padres da nova geração pós conciliar? É “Flex” sua postura! Segundo ele, pode-se freqüentar tanto o Espiritismo quanto “Missas Ecumênicas” onde auto-intitulados “pastores evangélicos” estendem a mão sobre o altar, como, a propósito, já o fazem alguns ministros extraordinários.


O Protestantismo[10] só demonstra, lenta e gradativamente, as maléficas conseqüências dos princípios por ele professados desde o século XVI. Que se poderia esperar de uma revolta contra o papado? Negar a Pedro é negar o Cristo! Entre os revoltosos tornaram-se reais as palavras de Karl Marx que ligava religião à idéia de “Ópio do povo”. Melhor seria, porém, dadas as coisas como estão, trocarmos o termo “Ópio” por outro mais acertado: “Veneno”.


Rezemos por todos os irmãos separados. A medida de nosso amor por eles é bom termômetro de nosso amor pelo Filho de Deus. Em meio a uma sociedade marcada pela degradação, torna-se, em alguns casos, cada vez mais difícil a conversão dos homens à verdade.


 A feiúra de um mundo distante de Deus aborrece as almas famintas, então, essas, fugindo do horror, tomam o amargo pelo doce abraçando a Heresia. O fato é que ninguém lhes mostrara os esplendores da verdade. A alma obnubilada pelo demônio afunda-se de requinte em requinte nas trevas da escravidão. Caríssimos, Lutemos pela salvação de nossos irmãos que claudicam separados da única Igreja Verdadeira: Católica, Apostólica e, mil vezes, Romana.

Maria, Mãe da Igreja, rogai por nós!









[1] Revista Época. 9 de Agosto 2010, p. 86
[2] Pesquisa realizada de 2003 a 2009
[3] Folha de São Paulo. Poder A4, 15 de Agosto 2011
[4] Segundo Eduardo Paes, RJ: “Cabral é um desses quadros raros que surgem na vida pública nacional”. Se irônica a declaração, plenamente de acordo! (risos)
[5] Empresário, um dos homens mais ricos do mundo, foi indicado na Revista Época entre os cem brasileiros mais influentes de 2010, ao lado de Antônio Palocci e Sérgio Cabral... Conf. Época 13 de Dezembro de 2010, p. 82
[6] Revista Época. 15 de Julho de 2009, p. 64-71
[7] Revista Época. 15 de Julho de 2009, p. 68
[8] Conf. Sal. 41,8
[9] Revista Época. 15 Julho 2009, p.76
[10] Chamamos aqui de Protestantes, tanto os tradicionais (Luteranos, Anglicanos etc.) quanto os auto intitulados Evangélicos e Neo-pentecostais.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Controvérsias esquerdistas – Criminalidade Social



O rico também está sujeito à violência e ao crime
Por João Soares O. Júnior

      Alguns argumentos marxistas viraram chavões e muitas vezes são tidos como "dogmas" no meio acadêmico (ou mesmo na Igreja em meios influenciados pela famigerada TL). Ao mesmo tempo, aqueles são sempre incompatíveis com o mundo real. Talvez, algum leitor possa ficar incomodado com a crítica excessiva ao marxismo. Mas, como não incomodar também com a doutrinação esquerdista empurrada por alguns professores e "intelectuais" sendo que a tese sempre contradiz a práxis?

Buscaremos uma purificação quanto a lavagem cerebral em vários assuntos, hoje, vejamos a argumentação:

"A violência é apenas uma consequência da exclusão social"

Em outras palavras, algumas pessoas roubam e matam porque a sociedade (burguesa e excludente) a forçaram a isto. Nada mais que falso.

Primeiro, pesquisas mostram que boa parte da criminalidade envolve pessoas de todas as classes e níveis de renda. Tanto o furto, tráfico, estelionato como outros crimes mais hediondos ocorrem em todas as camadas sociais.

Também, está comprovado que nem é necessariamente a escolaridade que vai impedir crimes por parte de uma pessoa. A Educação pode oferecer alternativas que não o mundo do crime a um indivíduo mas o que seria esta Educação? Ler e escrever para ter um diploma e ganhar dinheiro? Resumindo uma visão materialista daquela.

Observemos que um bandido que enriquece (exemplo de um traficante) não vai deixar de praticar os mesmos crimes após estar “favorecido”. Outro exemplo, há de se lembrar que a corrupção própria do mundo da política, que deixa um rombo de prejuízos aos cofres públicos, pode ser comum em diversos setores profissionais, não apenas na política. Mas a propósito, seriam os políticos corruptos “excluídos” também?

Todavia, o argumento esquerdista denota um preconceito contra os mais humildes. Não é porque o indivíduo ou uma família é desfavorecida economicamente que ela vai roubar ou praticar crimes automaticamente para sobreviver. Vários exemplos podem ser observados facilmente. Particularmente, me sinto ofendido quando induzem pensar que uma pessoa por ser de baixa renda terá tendência a criminalidade. Com toda a simplicidade e dificuldade passada por meus pais, nunca fora motivo para eliminarem o dever ético e moral na conduta social.

Na contrapartida, a argumentação esquerdista poderá está sendo um motivo para relaxamento moral de culpa por parte de muitos grupos. Vejam: Vários terroristas justificam algumas de suas atrocidades pela “causa maior social” do grupo contra os adversários (sempre opressores nos pontos de vista daqueles). Na guerrilha do tráfico no Rio de Janeiro, traficantes distribuíram panfletos fazendo um lobby com chavões comumente esquerdistas contra o governo local conclamando apoio da população e organizando as quadrilhas.

A verdade é que, o que leva uma pessoa a praticar ou não um delito é um algo complexo, pois são vários fatores (não apenas o social-econômico). Contudo, o elemento ético e moral é um fator essencial para o mesmo indivíduo se abdicar de cometer o delito. Lastimavelmente, tais elementos não importam tanto para a doutrinação esquerdista. Pelo contrário, há alguns anos está sendo implantada uma programação contra valores da família tradicional e uma banalização desta instituição, célula da sociedade. Dentre as várias consequências, ao que parece, a Inglaterra está colhendo alguns frutos. Aquí.

Observando em um estudo mais minucioso, veremos que a moral é fator secundário nos fundamentos do marxismo. Daí, o único verdadeiro crime seria "ser favorecido" (burguês). E, lembremos que o marxismo ignora as condições do homem como indivíduo, ou seja, as peculiaridades de sua natureza. Logo, pouco importará que aquele traga, ou não, qualidades ou defeitos em si, desde que sirva a "classe oprimida" para a “revolução do corpo social".
A Família é o berço da virtude e da harmonia social
O fortalecimento dos valores de família e na família é o melhor remédio contra os males sociais. Eis a bandeira que deve ser levantada para uma sociedade mais liberta da criminalidade.

Que a Virgem Santíssima rogue a Deus por nossas famílias.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

O ser humano e suas múltiplas influências

Tentação no deserto.

Por Prof. Pedro M. da Cruz


     O ser humano é porta aberta para o mundo; o “outro” exerce diversas influências sobre ele. Quem convive com os bons tende a tornar-se bom; igualmente, os que se acomodam à mesa de escarnecedores possuem grande probabilidade de modelar-se à imagem deles. São Paulo afirmara categoricamente: “Más companhias pervertem os bons costumes” (I Cor. 15,33).
     Ambientes, mídias, parentes, amigos, livros, “ídolos”, obras de arte... tudo, enfim, exerce múltiplas influências sobre nossa personalidade. Caracteres pessoais são o resultado de complexas sínteses interiores, silenciosas, porém, decisivas para a configuração individual. O fato é que toda criatura humana adquiriu uma estrutura psicológica que o diferencia dos demais. É interessante observarmos a maneira peculiar em que cada alma organiza-se à luz da Divina Sabedoria. A partir das várias influências internas e externas (sociais), num amplexo de heranças biológicas e espirituais, o ser humano sabe mostrar-se de tal modo singular que encanta pelo simples fato de ser como é: irrepetível; porém, maravilhosamente aberto para o “mais”. 
     Saber-nos assim, tão sensíveis ao diferente, deveria fazer-nos repensar a forma como nos dispomos a cada relação vivenciada ao longo dos anos. Pode acontecer – digamos assim - que tratando por demais com o “feio” sem a crítica devida, passemos a tê-lo como o mais belo, senão o único. Não é verdade que começamos por tolerar, para, logo mais, não nos incomodar, e, por fim, validar o que combatíamos? O continente americano, por exemplo, iludido por falsa sabedoria, transfigurou-se em sociedade neopagâ graças também à admiração nutrida por ideologias européias distantes do Evangelho. Esse processo foi alimentado pela apatia dos bons que toleraram quase inertes, em nome do Respeito Humano, o caminho errôneo de seus irmãos, e, ao final, alguns acabaram por validá-lo em muitos pontos. A simples admiração pelos traços belos de um “tigre” pode tornar-nos presas fáceis para sua truculência. Enquanto nos deleitamos no que há de bom em sua aparência, nem percebemos a perigosa proximidade, então, caímos pelo Canto da Sereia.
Arte Moderna.
     O homem está aberto; toda sua corporeidade é qual antena que capta, pelos sentidos, as mais diferentes “vibrações” que lhe circundam. O mundo entra pelos olhos, invade os ouvidos... forma um amálgama no cadinho das almas, pôe-se ao crivo das consciências (tantas vezes, mau formada), e, finalmente, no encontro misterioso com o mundo das realidades interiores que borbulham, sintetiza no indivíduo “forças”, digamos assim,  que moldarão, aqui e acolá, suas “variações diferenciais”, isso, sem perda dos traços gerais. Maximiza-os, degradando ainda mais suas danificações (conseqüências do Pecado Original), ou estimulando, para a plenitude no bem, seus caracteres providenciais.
     A depender dos ambientes que freqüentarmos, teremos boas ou más influências; essas, muitas vezes, subliminares. Que tendências serão alimentadas em um jovem que ouve músicas imorais, mesmo que, sem o querer, pelas ruas? Poderá, claro, “negá-las” em seu coração, porém, as letras trazem à mente imagens correspondentes, e, estas, por sua vez, solicitam as mais variadas fantasias...  Que sensibilidade artística adquirirá um rapaz que vive atropelado pela Arte Moderna, amante do feio e surreal? Será, no final das contas, terreno fértil para manobras do gnosticismo, um pessimista atordoado com o mundo material que mira incorretamente. Por fim, citemos nossas crianças: elas, por verem seus modelos exemplares – pais e mestres - afogados em erros e indiscrição, não têm mais o imoral e despudorado como absurdo e pecaminoso. Infelizmente, são vestidas, desde o colo, com péssimas roupas que as predispõe ao mau gosto e vulgaridade. No passado, certos estilos, próprios de palhaços e prostitutas, eram símbolo de ironia e depravação, agora, todavia, tornaram-se: “uniformes dos tempos modernos”. Quem não os usar será tido por anacrônico e “careta”; um peixe fora do oceano, onde muitos tem se afogado...
 
 Contraste entre o feio e o belo.

     Portanto, vigiemos nossos sentidos. Guardemos o coração de todo erro e descompasso. Algumas vezes, será melhor baixar as vistas, sob pena de “cegarmos” nossas almas; outras vezes, será melhor abandonarmos companheiros para não tornar-nos pecadores. Porque não adquirirmos, aos poucos que seja, boas obras de arte, ao invés de infestarmos nossas casas com certos trabalhos, cuja ideologia está fundada numa visão equivocada do real? Façamos uma varredura em nossas vidas! Submetamo-nos ao Evangelho! Que Cristo seja nosso escopo. Ouçamo-lo através de sua Igreja. É impossível que alguém, pensando assim, se vista como os filhos dessa geração adúltera, ou, mesmo, use de suas gírias degradantes. Cristo é nosso “ídolo”! Vivamos à sua imagem e semelhança.
     Maria, Virgem Santíssima, estende vossa mão para nós que buscamos a honra de vosso Filho. Auxilia-nos neste mundo de lutas e provações. E, quando, sozinhos, sentirmo-nos fracos ou “deslocados” nas lutas pela causa do Evangelho, reacende em nós a chama dos antigos mártires para que resistamos heroicamente pela glória da cristandade. Amém.


segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Para Ordenar a Vida Sabiamente


Sao Tomás de Aquino, priorato de São Domingos em Londres.



Por São Tomás de Aquino.

        
Concedei, Deus misericordioso, que tudo o que vos agrada, eu ardentemente o deseje, prudentemente o busque, verdadeiramente o reconheça e perfeitamente o conclua, para louvor e glória da minha alma.
Ordenai, Deus meu, aminha vida.
Concedei que eu reconheça o que de mim desejais. Atribuí-me o poder para cumprir a vossa vontade, como é necessário e conveniente para a salvação da minha alma.
Concedei-me, Senhor Deus meu, que eu não fraqueje nos momentos de prosperidade ou de adversidade, para que não seja exaltado nos primeiros, nem abatido nos segundos.
Que eu não me alegue em nada, a não ser que me conduza a Vós, nem me entristeça de nada, a não ser que me afaste de Vós. Que eu não deseja agradar a ninguém, nem tema desagradar a alguém, senão Vós.
Que todas as coisas transitórias, Senhor sejam inúteis para mim,e que todas as coisas eternas sejam sempre estimadas por mim. Que toda a alegria sem Vós seja pesada, e que eu não deseja nada mais fora de Vós. Que me delicie, Senhor, todo o trabalho por Vós e me aborreça todo o repouso sem Vós.
Concedei-me, meu Deus que dirija meu coração para Vós. E que, nos meus falhanços, eu sinta remorso pelos meus pecados, sempre com propósito de emenda.
Fazei-me Senhor Deus meu, submisso sem contradição, pobre sem desânimo, casto sem corrupção, paciente sem murmuração, humilde sem fingimento, alegre sem frivolidade, maduro sem melancolia, ágil sem insolência, temente sem desespero, verdadeiro sem duplicidade, activo nas boas ações sem presunção, corretor do próximo sem arrogância e que, sem hipocrisia, o edifique pela palavra e pelo exemplo.
           Concedei-me Senhor Deus, um coração vigilante, que nenhum pensamento caprichoso afaste de Vós; um coração nobre, que nenhum desejo indigno possa degradar; um coração reto, que nenhuma intenção vil possa desviar; um coração firme, que nenhuma tribulação possa vencer; um coração temperante, que nenhuma paixão violenta possa escravizar.
          Concedei-me, Senhor Deus meu, inteligência para Vos conhecer, diligência para Vos buscar, sabedoria para Vos encontrar, conversação que Vos agrade, perseverança para Vos esperar e confiança de finalmente Vos abraçar.
         Concedei-me as vossas penas para que agora me aflijam por penitência, as Vossas bênçãos para que no caminho me segurem por graça, e as Vossas alegrias para que na pátria eu as desfrute por glória. Vós que viveis e reinais, Deus, pelos séculos dos séculos. Amém.

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Fonte: Opuscula Theologica, Vol II, De Re Spirituali, Roma, Marietti, 1954, p.285


sábado, 3 de setembro de 2011

Boletins Pugna para Download


Caros leitores,
comunicamos que estamos disponibilizando para download, os boletins que fazemos para evangelização cristã católica e defesa intransigente da verdadeira fé.
Além de poder lê-los, o leitor poderá baixá-los, imprimi-los e usá-los como forma de apostolado.
Basta acessar o link da página que se encontra no canto superior direito do blog.


Gaude Maria Virgo! Gaude Millies!

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Em Honra a Santíssima Virgem Maria



          Por Lisa Mary

 A Igreja, durante todo o ano litúrgico, celebra com fervor e sincera devoção os fatos memoráveis da vida de Maria. Entre festas e solenidades recordamos o magnífico plano de Deus realizado em sua vida e louvamos a sua exemplar adesão ao mesmo.
Por ser Ela a criatura mais perfeita de toda a face da Terra e acima dela está somente Jesus Cristo, Seu Divino e Único Filho, quero dedicar-lhe essas palavras, que não se prenderão as datas a Ela dedicadas, mas que objetiva louvá-la por seus insuperáveis méritos e virtudes teologais.
Deus pensou Maria Santíssima desde sempre, Ela é a Sabedoria que estava presente desde a criação do mundo. Ela nasceu para gerar a forma humana de Deus, Jesus Cristo-Homem e levar a salvação a toda humanidade. Difere-se e é superior a toda e qualquer criatura, pois que, Deus a cumulou de toda sorte de graças desde a sua Conceição Imaculada até a sua Assunção Gloriosa.
Ela foi preservada da mancha do pecado original porque Deus habitava a sua alma e onde está Deus o pecado não pode subsistir. É o que professa o dogma da imaculada Conceição, proclamado em 1854 pelo papa Pio IX:

“A beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua Conceição, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha do pecado original”. (DS 2803).

Ela é a única criatura perfeita que encontrou plena graça diante de Deus e que teve o mérito de ser a Mãe do Redentor. Disse-lhe o anjo Gabriel: “Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus”. (Lc 1,30).
Ela é a Esposa do Espírito Santo, não mãe solteira como alguns ignorantes já ousaram dizer, mas é Aquela que foi envolvida com a sombra da força do Altíssimo e que teve sua santa virgindade preservada por Deus antes durante e depois do parto.
Maria recebeu toda a espécie de graças, exceto a hipostática, não só porque devia ser a Mãe de Deus, mas também porque havia de ser a Medianeira de todas as graças. “Tudo quanto foi graça existiu em Maria”, diz São Lourenço Justiniano. A Bulla Iniffabillis confirma este ponto quando afirma que “... Deus cumulou a virgem Maria da abundância dos bens celeste do tesouro de Sua Divindade, mais que a todos os outros espíritos angélicos e todos os santos, de tal forma que ficaria absolutamente isenta de toda e qualquer mancha do pecado...” “... esta inocência original da Augusta Virgem harmoniza perfeitamente com sua admirável santidade...”.
As graças necessárias para nossa salvação nos são concedidas pela Virgem Maria porque como Boa Mãe que é, sabe o que precisamos. “Por isso Ela recebeu a plenitude de graças não só para si, mas para outros também”. (Teólogo Gerson).
No episódio das bodas em Caná da Galiléia, Maria interveio e alcançou de Seu Filho Jesus o Seu primeiro milagre público, que servira para que os discípulos cressem Nele. (João 2).
A Virgem Maria esteve presente em momentos primordiais da vida de Jesus que obediente cumpria o plano de Deus de salvar a humanidade: a Paixão e o Sacrifício de Cristo na Cruz. Foi Ela quem tornou possível o Sacrifício de Cristo em favor da humanidade. “Maria – diz S. Pio X – tinha por missão preparar uma Vítima para a salvação dos homens, nutrí-La e apresentá-La no dia querido por Deus, ao altar dos holocaustos”. (Encíclica no Jubileu da imaculada). “... Junto a cruz de Jesus estavam de pé sua Mãe...”(João 19,25).
Em Pentecostes o Espírito santo repousou em sua plenitude sobre a Santíssima Virgem Maria e dela partiu até os discípulos que se encontravam ali, desanimados. Este episódio perdura sempre, mesmo após Ela ter sido Assunta ao Céu pelos anjos de corpo e alma em sua assunção Gloriosa, pois esteve presente na igreja desde a sua instituição e continuará até o fim dos tempos, gerando, nutrindo e formando os filhos de Deus para que um dia possam gozar da vida eterna em Deus.
“Quantos motivos para nos alegrarmos e para amarmos a Maria Santíssima vendo-a tão bela, ornada de todos os dons de Deus”. São Gregório papa.
A Virgem Maria deve ser amada, venerada e exaltada sempre por seus filhos, porque dela advêm a salvação.
“A plenitude de todo bem, colocou-a Deus em Maria; de tal modo que se em nós algo existe de esperança, de graça, de salvação, reconheçamos que isto d’Ela procede”. São Bernardo.
Que essas singelas palavras agradem a Grande Mãe de Deus Maria Santíssima, que de tão puríssima, belíssima e digníssima alcançou insuperáveis graus de santidade e virtude tornando-se superior aos anjos e santos do Céu e a todas as criaturas da Terra sendo inferior apenas, a Seu Filho, Jesus Cristo, que é Deus.

LAUS DEO VIRGINIQUE MARIAE

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Referencias:
Sagrada Escritura
Catecismo da Igreja Católica
Livro “Nossa Senhora das Graças”, de Padre Antônio Miranda, editora Paulinas.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Marxismo e catolicismo – Incompatibilidade em todos os domínios


Por Guido Manacorda


     No domínio teórico: A imanência integral do materialismo histórico-dialético, (Tudo é um e um é tudo), choca inevitável e irreparavelmente contra a transcendência e a personalidade do Deus cristão-católico. Para o catolicismo, Deus existe nos seres, mas nem os seres são Deus, nem Deus é os seres. Deus existe na natureza: mas nem a natureza é Deus, nem Deus é a natureza. Deus existe no homem: mas nem o homem é Deus, nem Deus é o homem. Para o catolicismo, Deus, Ser, Espírito, Pessoa, Razão, Amor, criou o universo do nada. Nenhum, absolutamente nenhum vestígio de um tal Deus se encontra no materialismo histórico-dialético.
Além disso, negada a imortalidade da alma, aquele paraíso católico “que só tem por limites amor e luz, converte-se num grotesco paraíso terrestre, povoado por homens reduzidos à condição de térmites. Quanto a paródia da Igreja sem Deus (idem pág. 187), essa fala por si bastante eloquente.
A pessoa humana: No marxismo – [apenas como a realidade humana: o corpo social, por outro lado, o indivíduo não tem realidade alguma em si ou para si. Para Marx o indivíduo separado do coletivo social tem a mesma serventia que um dente fora de uma roda metálica, que separado dela, se lança com desinteresse para outras coisas inúteis.] O aniquilamento total da pessoa humana” no corpo social choca, não menos inexoravelmente, com a granítica afirmação do catolicismo, para quem essa pessoa é o fulcro de toda a atividade espiritual prática. [Para o catolicismo] No além, salva-se ou condena-se, não uma classe, não uma raça, não uma elite, mas sim a pessoa individual, e essa somente.
O mesmo trágico choque se verifica quando o marxismo afirma que o Catolicismo “justifica todas as infâmias e prega todas as qualidades da canalha”(Marx)[irônico e sínico]. Com tudo, isto há entre nós quem recentemente tenha declarado, com inefável candura, que o Comunismo “possui tudo o que de justiça, humanidade e espirito cristão existe ainda sobre a terra”. [O que dizer da história de um país durante um governo comunista?]
Domínio cultural: São superestruturas destinadas a desaparecer a arte, a ciência, a filosofia e, numa palavra, todas as mais altas atividades do espírito. Apenas poderão “ser salvas” se se tornarem partidária, isto é, instrumentos do partido, vítimas dóceis e destinadas ao suicídio. A intransponível distância entre o comunismo e o catolicismo pode ser facilmente observada ao confrontar-se o atual neoclassicismo da arquitetura soviética, mistura de estilo 1900 e de folclore russo, com nossas catedrais; ou o realismo pictórico e escultural da Rússia hodierna com toda a nossa milenar tradição sagrada e profana nas duas artes. O mesmo se verifica quanto às restantes superestruturas.
No domínio prático (moral e social): A luta de classes é claramente condenada pelo catolicismo. Em lugar é estatuído o princípio de que as divergências sociais devem ser resolvidas mediante uma obra legislativa e jurídica. Meta final: a concórdia e a colaboração das classes, depois de rejeitado, como manifestamente absurdo e radicalmente anticristão, o postulado de uma infalibilidade racional, e a superioridade radical de qualquer classes sobre as outras.
Trabalho: “Quem não trabalha não come”. Esta grande advertência de S. Paulo (2 Tess.,10) é introduzida na Primeira Constituição Soviética (art. 18), certamente sem a mínima consciência da sua origem cristã. São ainda diametralmente opostos os conceitos, embora sejam idênticas as palavras. Para o Comunismo, o trabalho é o homem, todo o homem (Panlaborismo). Trabalho, logo existo. Trata-se de trabalho material, é claro, já que todo o trabalho meramente espiritual é superestrutura, ídolo, fetiche.
Para o catolicismo, o trabalho é meio necessário e, por isso mesmo, nobilíssimo, da subsistência do indivíduo e da daqueles por quem é responsável. É considerado como instrumento de purificação, de elevação e de aperfeiçoamento moral. Trata-se, sem dúvida, de um primado do espírito, mas que não tira nada ao valor intrínseco do mais humilde e material dos trabalhos. Muito pelo contrário, fundamenta e unifica os dois tipos de trabalho num equilíbrio harmônico e num recíproco apoio.
Propriedade: No comunismo é praticamente destruída. Com efeito, uma propriedade sobre o que o indivíduo tem apenas um puro direito abstrato, sendo-lhe rigorosamente negado todo o uso e gozo pessoal, é uma paródia de propriedade e um escárnio cruel.
No catolicismo, porém, a propriedade privada é claramente prescrita como direito natural e característica da dignidade humana, como dom ou recompensa de Deus. O proprietário deve reconhecer-se devedor dela a Deus, e usá-la retamente para vantagem da comunidade. O desejo constante do catolicismo, embora se não divise ainda a sua realização, é que “todos sejam proprietários”. É essa a única solução digna e radical do pauperismo. A meta do comunismo, ao contrário, por infelicidade rapidamente alcançada, é estourada: “nenhum proprietário”. Consequência inevitável: uma pequena minoria riquíssima, bem alimentada, viciada, luxuosa, de altos jerarcas (políticos, diplomatas, funcionários, técnicos, escritores e artistas de partido, etc.), embora com o espectro de uma destituição imprevista sempre diante dos olhos, com a consequente confissão, arrependimento, trabalhos forçados, ou tiros de pistola na nuca; e uma maioria enorme de pobres párias, tiranizados, ludibriados, esfomeados e embrutecidos.
A este propósito, duas importantes observações se impõem. Primeira: todas as comunidades cristãs que puseram como fundamento da sua doutrina social a negação da propriedade privada _ joaquimitas, albigenses, valdenses, cátaros, anabaptistas, etc._incorreram, por esta ou outras razões, na condenação forma da Igreja católica. Segunda: a aproximação feita por tantos espíritos, que entre a comunhão de bens nos primitivos cristãos de Jerusalém, quer entre a doutrina e prática das ordens mendicantes ou de outras ordens religiosas católicas, e a doutrina e prática comunista, de modo nenhum é defensável. Num e noutro caso, tratou-se e trata-se, com efeito, de renúncia espontânea a uma propriedade particular completamente legítima, e de uma oferta da própria renúncia a Cristo _ Deus transcendente_ em espírito de caridade e de fraternidade no mesmo Cristo e no mesmo Deus; numa palavra, trata-se de um sacrifício e de um dom recíproco. O comunismo, pelo contrário, sob a pressão de uma lei inexorável e por uma imposição violenta da autoridade, que se afirma intérprete infalível desta lei, não só destrói a propriedade privada, mas constrói uma sociedade mecanizada, que nada tem de humana.
Na realidade, como se não pode servir a dois senhores, assim também se não pode admitir compromisso algum entre o ateísmo integral e a fé católica, nem entre as respectivas morais que daí resultam. Foi isto mesmo que sempre testemunharam os mártires e ainda hoje testemunham, nestes nossos tempos tão negros. A Igreja recolheu esse testemunho heroico, selando-o com o seu magistério. Aqueles que encontram “pontos de contato entre o Comunismo e o Catolicismo, no que se refere a uma maior justiça social” (Oh! Humana e cristã “justiça social” aplicada aos pobres da União Soviética!), e não veriam com maus olhos “compromissos práticos” entre duas partes, não diversos dos atualmente existentes na U.R.S.S. (isto é, um cigalho de vigiadíssima liberdade de culto, não apostolado nem de educação, pago com as mais baixas adulações ao Ditador e com o desfile do Chefe Supremo da Igreja diante de sua pessoa, juntamente com outras autoridades soviéticas, na Praça Vermelha), esses deveriam, a meu ver, antes de tomarem posições tão ligeiras sobre problemas de tal complexidade e gravidade, procurar-se uma preparação algo mais sólida. Deveriam ler, estudar e meditar as obras, ensaios e discursos de Marx, Engels, Lenine e Estaline, que evidentemente ainda não conhecem, a não ser por qualquer fragmento em segunda ou terceira mão; e tomar consciência (que evidentemente lhes falta) das Constituições, dos Códigos, dos decretos, das providências efetivas do regime soviético, dos textos oficias por ele mesmo regularmente enviados às revistas do partido espalhadas por todo o mundo, inclusive na Itália.
Então, o seu espírito, já não ofuscado por uma propaganda conscientemente mentirosa ou por uma capciosa sofística, se abriria em franca, plena e imperiosa adesão às palavras inequívocas da Divine Redemptoris: O Comunismo é intrinsecamente perverso. Não se pode admitir, em nenhum campo, a colaboração com ele, se se deseja salvar a civilização cristã. E se alguns, induzidos em erro, colaborem na vitória do Comunismo em seus países, cairão entre as primeiras vítimas do seu erro. Quanto mais as regiões, onde o Comunismo consegue penetrar, se distinguem pela antiguidade e grandeza da sua civilização cristã, tanto mais devastador aí se manifestará o ódio dos “sem Deus”.

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Tirado do Livro: Heresias de nosso tempo – Capítulo: Marxismo e Catolicismo, páginas 194 a 199.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Sob o pêndulo, um mistério...



Kadafi e Lula


 Por Prof. Pedro Maria da Cruz.


“Por que conspiram as nações e tramam planos vãos?” (Sal. 2)



No meio islâmico, atentados contra supostas conspirações do ocidente. Na Europa, focos de protestos contra extremismos e complôs orientais.  Anders Behring Breivik, Noruega, foi mais um exemplo desta preocupante realidade, porém de modo condenável.

Vimos chover por noticiários declarações contraditórias de ditadores como Bem Ali, Tunísia, Mubarak, Egito, e agora Kadafi, na Líbia, afirmando haver diabólicos conchavos de potências cristãs (Sic) inimigas veladas da soberania de seus povos. Quem não se recordaria do entusiasmo “binladiano” do Al Qaeda ao denunciar tramas do capitalismo liberal norte-americano? Ações ultra-secretas no Paquistão prometeram afogar tais acusações, sem prévio julgamento... Igualmente, cordas desejaram sufocar o mal estar de revoltosos na pele de Saddam Hussein...

Quem estará com a razão? Conjecturas surgem aos montes.

E mais, haveria somente esses dois lados da questão? E, se não quisermos nos colocar totalmente ao lado de um ou de outro? Posso não estar com a ideologia islâmica sem cair automaticamente nos “planos” do ocidente pseudo-cristão e liberal democrático, entre outras coisas mais? Qual a Terceira Via?

A nós cabe o catolicismo, baseado na Tradição e seus desdobramentos orgânicos e necessários. Não preciso estar ao lado de Anders Behring Breivik, maçom, com seu falso cristianismo fundamentalista de extrema direita (mesmo que pró-europa e maquiagem conservadora), e, nem mesmo, ao lado de extremistas orientais que vêem confusamente manobras de organizações secretas gnóstico-panteístas num ocidente moribundo e pretensamente cristão.

A mídia anticlerical, progressista e liberal insiste em apresentar (conscientemente?) a realidade numa perspectiva pendular malsã. Ora, não é verdade que esta prática tem deixado inúmeros católicos confusos e desnorteados? No afã de manter sua fidelidade ao evangelho, sentem-se forçados a defender maçons extremistas como Anders B. Breivik, uma vez que, o contrário, supostamente, seria militar nas hostes inimigas do relativismo. Ledo engano...

O mesmo se dá no tocante a outras questões: capitalismo liberal norte-americano, versus socialismo comunista; ou mesmo, CEB’s versus RCC. Ao acessar os vários instrumentos midiáticos, somos quase convencidos de que, por exemplo, ao contrariar projetos de leis como a da “homofobia”, nos tornamos monstros horrendos e desprezíveis, inimigos cegos dos Direitos Humanos...
CEBs e RCC
Nesta traiçoeira lógica pendular se alguém não for da RCC, será, necessariamente, das CEB’s. Se não estiver ao lado do capitalismo liberal, será, automaticamente, um comunista. Caso não apóie determinadas ações ocidentais estará, consequentemente, ao lado de extremistas do Islã. Porém, onde estariam aqueles que vêem erros tanto nas CEB’s quanto na RCC, como é o caso do Magistério eclesiástico e, portanto, de nosso Blog? Onde estariam os que pretendem um sistema de coisas baseado no evangelho – Cristandade – e não os excessos do comunismo, ou mesmo, do capitalismo atual? Porque não falar das propostas genuinamente cristãs para uma Europa ideal, em vez de fitar tão acentuadamente duas visões, ambas malsãs e cruentas, para forjar o futuro da humanidade?  

Rezemos pela conversão dos homens. Apoiemos todos aqueles que labutam pela conscientização das “massas”. Armemo-nos contra estas mídias que, ao que tudo indica, seguem uma cartilha pré-determinada, falam a linguagem dos poderosos e conspiram por certa “New World Order” de origem esotérica e ocultista. Nesses meios, o que dita o passo é o Capital. Muitos, “inocentes úteis” nas mãos de maquinadores, promovem verdadeiras desordens nas mentes pelo lucro e bem estar pessoal que “forças ocultas” lhes conferem.

Possa a Santíssima Virgem Maria nos guiar nas trevas da atualidade. Sua Intercessão seja fonte de ânimo nas lutas contra os erros e complôs dos inimigos da Cruz de Cristo.  


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sexta-feira, 22 de julho de 2011

SOBRE O CONHECIMENTO NA PERSPECTIVA KANTIANA E INFLUÊNCIA DE DESCARTES


Immanuel Kant


Por Fr. R. G. dos Santos

INTRODUÇÃO
O presente texto tem como objetivo instaurar uma compreensão acerca do modo Kantiano de conceber a possibilidade do conhecimento. Para isso, iremos nos deter no que se convencionou chamar “revolução copernicana na filosofia”. Nela, iremos perceber a valorização da noção de sujeito na aventura epistemológica e chegar a uma explicação plausível da realidade. Nessa perspectiva, vamos estabelecer uma relação entre a proposta kantiana e aquela forjada por Descartes, percebendo, então, como foi a influência do pensador do “cogito”, na reflexão do ilustre prussiano”.
Ao final, teremos instaurado uma compreensão acerca da proposta kantiana do processo de conhecimento que marcará profundamente o pensamento hodierno.
REVOLUÇÃO COPERNICANA E SUA TRANSPOSIÇÃO PARA A FILOSOFIA
Para entendermos o que foi a revolução copernicana na filosofia, faz-se mister remetermo-nos ao que foi, pelo menos em seus aspectos gerais, a “originária” revolução copernicana.
Copérnico, ao analisar os fenômenos da realidade física e propor uma explicação adequada para eles, propôs uma inversão radical na dinâmica da relação entre a terra e o sol. Ao contrário do aceito naquele tempo, ele considerou que o sol era fixo no cosmos, enquanto a terra gira ao seu redor. Tal concepção “desalojou”, por assim, dizer, as teorias de cunho geocêntrico que eram então tidas como certas.
Analogamente, a “revolução copernicana na filosofia” vai produzir um efeito de semelhantes proporções. Como? “Desalojando” uma noção de conhecimento que até então se erguia como factual: o sujeito deve adequar-se ao objeto no processo epistêmico. Tal noção, que toma vigor em Aristóteles e é assumida no medievo, começa a ser abalada já em fins da Idade Média.
No início da Idade Moderna, com Descartes, há sinais mais evidentes de abalo no “equilíbrio” da relação sujeito e objeto. Embora não demonstre em suas reflexões um menosprezo tácito pela possibilidade de o objeto evidenciar-se a, Descartes acentua com alguma ênfase, a importância do sujeito para a percepção da realidade como algo concreto. Afinal, é a partir do “cogito” realizado pelo sujeito que se passa à consideração das demais coisas.
Em Kant, a idéia de sujeito, já levantada por Descartes, embora não aprofundada por ele bem como sua importância, é redimensionada e quiçá, radicalizada. Ele chega à conclusão de que o sujeito é a instância norteadora no processo de conhecimento. Em outros termos, propõe que não é o homem que deve se deixar conduzir pelo que o objeto é em si. Ao contrário, são os objetos que devem subordinar-se às determinações e intuições do sujeito.
Dito de outra forma, os objetos aqui passam a ser regulados pela natureza da prerrogativa intuitiva do homem, que possui categorias à priori do entendimento e da sensibilidade, por exemplo, para dar cabo à aventura cognitiva.
Eis mostrada, grosso modo, o que seja a revolução copernicana na filosofia. A relação entre sujeito e objeto é, como vimos, “re-feita” em seus aspectos essenciais. O acento no sujeito cognoscente é evidente. Mais do que isso, há claro acento na noção de subjetividade, ou dito de outra forma, naquilo que seja o homem de fato, entendido,  sobretudo, como autonomia e liberdade.
A esse respeito, surge o questionamento. Até que ponto podemos perceber, nesse processo de “intervenção cognitiva” desenvolvido por Kant, uma influência de Descartes? Vemos que há aqui duas notações de relevância a serem feitas.
Em primeiro lugar, é nítido que Kant parte da idéia cartesiana relativa ao sujeito enquanto instância capaz de conhecer. Afinal, foi o ilustre e controvertido filósofo francês que abriu à filosofia essa perspectiva com certa ênfase. Entrementes, Kant irá desenvolver e radicalizar a noção de sujeito e até de subjetividade. 
René Descartes
Desse modo, se em Descartes a idéia de sujeito enquanto ser pensante parece estar posta em função de comprovar a realidade dos objetos, em Kant ela tem status de determinante dos mesmos, pelo menos em seus delineamentos essenciais.
Aqui, o sujeito que se define como, autoconsciência e liberdade, passa a tematizar as coisas. É, portanto, um acento radical no mesmo (sujeito) que supera em larga medida a proposta cartesiana embora dela seja como que uma conseqüência lógica.
CONCLUSÃO
São estas, portanto, as considerações a serem feitas a respeito da reviravolta kantiana na filosofia, sob a égide da questão do sujeito e de seu papel no processo de conhecimento. Há aí uma ênfase no “eu” que produzirá marcas profundas no pensar filosófico que se seguirá até a contemporaneidade.
OBRAS CONSULTADAS
DESCARTES, René. Meditações Metafísicas. Trad. J. Gunsburg e Bento Jr. São Paulo: Abril Cultural, 1973.
KANT.  Immanuel. Crítica da razão pura. Trad. Valério Rodhen e Udo Moosburguer. São Paulo: Abril Cultural, 1980
REALE,Giovanni, ANTISSERI, Dário. História da Filosofia- vol. 4 de Espinosa a Kant. São Paulo: Paullus, 2004.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

O CASO EMBÚ DAS ARTES: AMOSTRA DE UMA CONSPIRAÇÃO?


Por Fr. R.G. dos Santos


     O fato novo de Embu das Artes, na grande São Paulo, choca. O material com conteúdo altamente imoral e pornográfico sendo posto ante os olhos ainda inocentes de crianças entre nove e dez anos de uma escola municipal na cidade supracitada revolta. E aos poucos conscientes desse contexto doentio em que vivemos, faz também pensar... em escala micro e macro.
Comecemos pelo pensamento em “escala micro”. Tal situação na região metropolitana da capital paulista nos remete como que num “estalo de figueira” a alguns ditos pontuais de Nosso Senhor. Em primeiro lugar elas, as crianças, são bem quistas pelo Redentor. Ele as acolhia com puro e são afeto, próprios de um homem perfeito, conforme podemos conferir em certas passagens do evangelho (1).
Em outra parte do texto bíblico, o Senhor é ainda mais assertivo. Referindo-se a lastimável realidade do escândalo no seio da comunidade de fé, o Filho de Deus Encarnado diz o seguinte: “(...) todo aquele que levar ao pecado um destes pequeninos que crêem teria melhor sorte se lhe amarrassem uma grande pedra ao pescoço e o jogassem no mar” (2).
Partindo dessa realidade do escândalo (que pelo menos ainda “desconserta” a alguns... graças a Deus), que infelizmente está para além do caso abordado acima, pode ser levantada uma questão lapidar: há em nossa realidade hodierna uma conspiração anti cristã organizada? Em outros termos, existe uma “estrutura habilmente forjada” que legitime tais ações (como no caso de Embu das Artes e também no das profanações da “gaystapo” aos ícones católicos, dentre outras...)?
A julgar pela configuração política atual em escala nacional e global, sim. Afinal, desde que assumiram o governo brasileiro, por exemplo, os “PTralhas” labutam no intuito de rascunhar um “novo homem tupiniquim”. E muitos governos estaduais e municipais seguem sua nefasta linha, mesmo não sendo petistas (3).
Este novo homem, na concepção da corja “marcuseano-habermasiana”, deve ser “democrático”, “maleável”, aberto às diferenças (mesmo que sejam negativas, erradas, antinaturais, “inconstitucionais” e quiçá pecaminosas), aberto também aos desejos e pulsões, além de  manobrável. Dialógico, para fazermos jus ao “habermasiano” da expressão. Por isso não vemos grandes manifestações das massas defendendo a moralidade na política e nas ações governamentais de escala sobretudo nacional.
 Já profetizando os perigos que uma maioria trouxa e “rasa”  oferece, diz-nos (1991, p. 24) que “nada é pior que escutar a fala da sociedade – considerando justo o que a maioria aprova, e imitar o modelo do comportamento da massa, vivendo não segundo a razão, mas pelo conformismo”.
Como tem valência ainda o dito do ilustre estóico que, já fato aceito mesmo para a história eclesiástica, era amigo de São Paulo. E Não queremos evocar aqui apenas a letargia do vulgo quanto ao caos do material pornográfico nas mãos de nossas crianças. Há o desperdício do dinheiro público tácito nesses materiais e campanhas errôneas.
Mais. Há uma indústria que, ao fim e ao cabo, advertida e/ou inadvertidamente, ganha com isso. Referimo-nos aqui àquelas que fabricam preservativos e anticoncepcionais, além daquelas que produzem a pornografia para um público já conscientizado e amaciado pelas campanhas “educativas” referentes à “naturalidade” da vida sexual ativa” tomada de qualquer forma.
Para além da legitimação da imoralidade sexual, temos ainda outros fatos - os quais gostaríamos de aprofundar-  mas que por aqui não nos é possível, referentes à conspiração claramente existente em favor de uma ordem de coisas anti cristã, direita e/ou indiretamente.
Porque ninguém para pra pensar seriamente, por exemplo, na razão pela qual a “tradicional” coroa britânica financia o MST, grupo esquerdista que leva o terror no campo com seus conhecidos saques(4)? Porque o The New York Times fez e continua a fazer apologia ao criminoso regime de ditadura castrista, opressor do povo cubano há décadas e inimigo político do país ao qual pertencem?
Che, tomando uma Coca-Cola.
Porque o mesmo jornal, a exemplo do Washingthom Post e de muitos outros, propagandeia e “apologiza” o cândido assassino e covarde Che Guevara(5), o homem que deu as linhas mestras em 1961 para que, quarenta anos mais tarde, as torres gêmeas fossem sucumbidas matando milhares de pessoas? E porque muitos intelectualoides da chamada esquerda católica entronizam esta escória da humanidade (6)?
Ao que parece, produzimos uma salada mista de informações aparentemente desconexas nestas linhas que acabamos de escrever. Entrementes se em meio a esta “zuada” (7) de informações conseguirmos filtrar a essência das desordens reinantes e entendermos um pouco do estado de coisas em que vivemos, nos daremos por satisfeitos.


 NOTAS
(1)  Cf. Mt 19, 13 e SS
(2) Cf. Mc 9, 42
(3) Por “ironia do destino” descobrimos que, por mera casualidade, a cidade de Embu das Artes é governada por um petista. Mero acaso?
(4) Cf. http://comunismoassassino.wordpress.com/2009/11/22/comunismo-x-capitalismo/ - Apresenta boas informações fundamentadas a respeito do fato e de outros mais.
(5) A respeito da verdadeira manipulação midiática que fizeram de Ernesto Guevara, vale a leitura do excelente texto de Humberto Fontova, listado ao final deste texto.
(6) http://www.youtube.com/watch?v=m1Qgi65bLnk Vale a pena assistir a este micro documentário a respeito do verdadeiro Che, assassino cruel e inveterado. O título: Guevara: Anatomia de um mito.
(7) Expressão tipicamente piauiense que significa bagunça, desordem.

REFERÊNCIAS
FONTOVA, Humberto. O verdadeiro Che Guevara e os idiotas úteis que o idolatram. Trad. Érico Nogueira. São Paulo: É realizações, 2009.
SÊNECA.  A vida Feliz. Trad. André Bartholomeu. Campinas: Pontes Editores, 1991.