quarta-feira, 28 de abril de 2010

Crisol Gnóstico-panteísta dos Rosacruz


 
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Por Prof. Pedro M. da Cruz.
 
“Todo aquele que caminha sem rumo e não permanece na doutrina de Cristo, não tem Deus.”[1]
“Haverá entre vós falsos doutores, que introduzirão disfarçadamente seitas perniciosas.”[2]
“...Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna.”[3]
 
 
A Igreja Católica, apresenta uma doutrina diametralmente oposta ao pensamento ocultista Rosacruz[4]. E, não pensem os leitores deste Blog que esta seja um mera implicação de nossa parte. Os próprios líderes desta fraternidade esotérica reconhecem-no abertamente. Poderemos confirmar nas várias citações abaixo, retiradas dos escritos de Cecil A. Poole, F.R.C[5], a aberta contradição existente entre a Igreja de Cristo e este grupo secreto. Cecil A. Poole, oriundo que era do protestantismo[6] (Assim como o primeiro Imperador da AMORC[7] para as Américas do Norte e do Sul, Dr. H. Spencer Lewis), conhecia bem as bases fundamentais do cristianismo a que estava renegando.
Ao defender abertamente o Panteísmo, coloca-se em evidente oposição à Tradição cristã. Referindo-se aos pensadores católicos, não se furta a reconhecer o que se segue:
...demonstram, de forma iniludível, seu desprezo pelo panteísmo, que sempre foi considerado como heresia. Este desprezo se origina nos princípios teístas que afirmam a existência de um Deus pessoal, enquanto o panteísmo sustenta o Absoluto impessoal.” (C.A. Poole, pg. 99)
Aqui, é interessante observarmos a semelhança existente entre o nebuloso pensamento Rosacruz e a Maçonaria. Segundo ela também, Deus seria um “Ser” neutro, indefinido e impessoal, aberto a toda compreensão possível, menos a cristã; o que mina o conceito teológico do catolicismo.[8] Inclusive, para muitos, a própria matriz na qual se teria derramado e modelado a moderna Maçonaria teria sido, com toda certeza, a Ordem Rosacruz.[9]
Poole, deixa transparecer sua simpatia por Eckhart (em tantos pontos, propenso ao gnosticismo); nega o valor da Redenção; critica o teísmo católico; supervaloriza a experiência individual, a ponto de neutralizar toda e qualquer abordagem racional sobre o fato[10]... enfim, nos dá um show de relativismo, indiferentismo estratégico, e superficialidade. Muitas vezes, transita de um panteísmo vago para certo tipo de gnosticismo, sem as devidas distinções; demonstra não reconhecer (deliberadamente?) os limites destas duas cosmovisões, tão próximas quanto distantes entre si. Em sua especulação, Gnose e Panteísmo, se fundem e confundem de forma hermética e difusa, temperados com suave teor deísta[11]. Acusa, deste modo, o verniz e as peculiaridades que tomam tais conceitos na fraternidade esotérica a que pertence.[12]
As citações abaixo, foram retiradas do livro “Misticismo, A Suprema Experiência”.
Que Nossa Senhora do Bom Conselho seja nosso auxílio na luta contra o erro.
 
Capitulo Nove

Teísmo e Panteísmo no Misticismo[13]

“No mundo ocidental, de forma especial, há duas visões gerais quanto ao relacionamento de Deus com o mundo. Essas duas posições são conhecidas como teísmo e panteísmo. Hoje em dia, as duas teorias, influenciadas pela força da ciência sobre a teologia, sintonizam-se mais no que se refere a certas doutrinas. Entretanto, as duas correntes ainda apresentam distinções de grande importância. O panteísmo enfatiza a doutrina da inerência. Deus é a substância original e tudo o que existe é uma manifestação dessa substância. Já o teísmo sustenta a tese da causalidade. Deus é a causa de todas as coisas, embora não seja inerente a elas.[14]
 
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Segundo a doutrina panteísta, Deus é a soma de tudo quanto existe
 
De acordo com o panteísmo, todas as coisas vivas, os acontecimentos ou objetos inanimados participam da natureza de Deus.”
No panteísmo, Deus e o universo são idênticos e Deus é impessoal. No teísmo, Deus é reconhecido como uma personalidade.
As três religiões mais importantes do mundo ocidental, o judaísmo, o cristianismo e o islamismo, são, fundamentalmente, teístas. As três tiveram seu crescimento entrelaçado, pois uma nasce a partir da outra, e todas adotam o princípio monoteísmo do judaísmo, considerando Deus uma força, ou poder, que se auto-expressa individualmente. Para muitos fiéis, sobretudo entre os adeptos destas três religiões, Deus é uma pessoa, um pai celestial a quem dirigem súplicas e orações.”
“Os que aceitam o panteísmo descrevem a relação entre Deus e o universo como uma condição de simples identidade. Deus e o universo são uma só coisa. O universo é considerado criação do absoluto, e não o resultado da expressão de uma entidade individual, como ocorre no teísmo. O panteísmo assegura que o universo é uma extensão, como de fato é, da força absoluta de Deus.
Nas religiões orientais este conceito aparece claramente expresso. Em muitos trechos dos ‘Upanishads’ descobrimos que, ao falar em termos que não sejam abstrações filosóficas, eles compartilham a mesma idéia que fazemos de Deus, como sendo uma expressão encontrada em todas as coisas e não limitada a um ser individual ou uma personalidade. O conceito religioso dos Vedas sustenta, definitivamente, a idéia do panteísmo.
No pensamento ocidental, um dos maiores defensores do panteísmo foi Spinoza, que sustentou ser Deus uma manifestação e não apenas uma causa primeira. Eis a sua famosa afirmação: ‘Sustento que Deus é a causa imanente e não estranha de todas as coisas.’ Esta afirmativa liga, definitivamente, Deus à manifestação do universo.
No misticismo cristão, encontramos a valorização do teísmo. A religião cristã é teísta; logo, é de esperar-se que os místicos cristãos aceitem o credo teísta. Assim, por exemplo, Meister Eckhart, em seus escritos e sermões, faz inúmeras afirmativas que o levam a ser acusado pelas autoridades eclesiásticas, de aproximação ao panteísmo, quando o desejável seria uma adesão mais estreita à doutrina teísta da Igreja. São suas palavras: ‘Em união com Deus, descobri que Deus e eu somos um só. Sou o movimento imóvel que move todas as coisas. Deus é, também, idêntico ao espírito.’ Uma de suas mais expressivas afirmações diz: ‘ O Olho com o qual vejo a Deus é o mesmo pelo qual Deus me vê. Meu olho e o olho de Deus são um só e o mesmo ao ver, conhecer e amar.’
Estes são alguns exemplos dos conceitos religiosos de Eckhart que lhe trouxeram dificuldades junto à Igreja. Na verdade ele foi acusado de heresia (...) Eckhart negou a heresia; apesar de afirmar, repetidas vezes, que seu relacionamento com Deus era um relacionamento de identificação, nunca confessou ser panteísta. Pelo contrário, afirmou sempre estar de acordo com os princípios da Igreja e, portanto, com os princípios básicos do teísmo. (...) Nas três religiões teístas, judaísmo, cristianismo e islamismo, o culto baseia-se fundamentalmente na crença em um Deus personalizado. O culto cristão está ligado à oração direta a um Deus pessoal. Em suas orações, o cristão pede perdão, saúde e graça. É evidente que, à luz deste princípio que fortalece a crença em Deus, não seria possível aceitar o panteísmo, na medida que um teísta não poderia dirigir suas orações ao universo.
O teísmo afirma que o panteísmo não pode lidar com o problema do mal. Se tudo o que existe tem uma natureza divina, é uma expressão do bem, como explicar o mal como sendo também divino? Indo mais além, de acordo com o teísmo o homem é considerado inferior a Deus, não ultrapassando a condição de pó e cinzas, um pecador que precisa ser redimido, o que leva à necessidade do estabelecimento de uma relação pessoal. O panteísmo não cogita de uma relação dessa natureza.
Para muitos místicos, o conceito de identidade, ou seja, de unidade com Deus, tal como afirmado pelo panteísmo, é extremamente atraente. Muitos místicos cristãos, como Eckhart, inclinaram-se para a idéia de identidade com Deus, o que os levou a se desviarem do teísmo puro.”
“Para o místico, a única coisa que importa é a sua experiência. Ele afirma – e nele acreditamos – que passou por uma experiência que o pôs em contato com uma força maior que a dele. A natureza desta força, ou pelo menos uma explicação sobre sua natureza, torna-se secundária na experiência. O misticismo interessa-se, acima de tudo, pela busca do Absoluto, ou Ser Universal, que está por trás de todas as outras manifestações. O misticismo preocupa-se mais com a experiência que liga o indivíduo à fonte fundamental do que com qualquer especulação filosófica ou religiosa sobre a natureza e origem desta fonte.”
Referência Bibliográfica:
POOLE, Cecil A. Misticismo, A Suprema Experiência. Biblioteca Rosacruz. Volume XXXV. Rio de Janeiro: Renes, 1983. 150 pg.

[1] Conf. II Jo.1,9
[2] Conf. II Pdr.2,1
[3] Conf. I Jo.5,20
[4] Aqui, falamos mui especificamente sobre a auto-intitulada Antiga e Mística Ordem Rosa Cruz, porém, sabemos que todo esoterismo é sempre oposto ao catolicismo em suas bases fundamentais.
[5] Antigo vice-presidente da AMORC para a Jurisdição Internacional das Américas, Comunidade Britânica de Nações, França, Alemanha, Holanda, Suíça, Suécia e África
[6] Aliás, mais uma das teorias vigentes é de que, mui provavelmente, os verdadeiros fundadores dos Rosa Cruz tenham sido protestantes.
[7] AMORC – Antiga e Mística Ordem Rosacruz.
[8] TERRA, João Evangelista Martins. Maçonaria e Igreja Católica. São Paulo: Editora Santuario,1996. Pg. 97
[9] SCHNOEBELEN, William. Maçonaria, Do Outro Lado da Luz. Trad. Lucian Benigno. 2ª Edição. Curitiba: Luz e Vida, 1997.pg. 173-190.
[10]Não agir com a razão é agir contra a natureza de Deus.” Conf.: Fé e Razão no ocidente. A proposta de Bento XVI. Pe. Elílio de Faria Matos Júnior. Revista: Filosofia. Conhecimento Prático. Número 18; escala educacional.
[11] Em outro escrito afirmam sem rodeios: “Todo escrito está longe de ser claro, pois, a linguagem oculta mais do que revela.”. Conf. Sabedoria dos Mestres. E a Inspiração dos Illuminati. Nono Grau – Discurso Confidencial. Número Sete. AMORC.
[12] Tem-se observado que é muito comum nestas sociedade secretas o fato de as mesmas tomarem muitos dos conceitos filosóficos comumente aceitos e darem aos mesmos toda uma roupagem diferente só compreensível aos iniciados ou àqueles que lêem nas entrelinhas suas divagações. No mais, todas se julgam, orgulhosamente, na posse do verdadeiro significado de tais expressões.
[13] O negrito das citações é nosso.
[14] Nota do Blog: A Igreja não nega um certo tipo de imanência por parte de Deus.

3 comentários:

Samuel disse...

Para mim os Rosacruzes são um grupo satanísta. Temos que orar para que Deus nos livre dessas teoria malditas.Atualmente tem tanta gente gostando disso que parece que é coisa de Deus , mas não é porque Deus não ensina coisas do Diabo.

Thiago disse...

Já vi em minha cidade um tanto de casa da rosacruz e eles são mesmo secretos porque agente nunca sabe o quye eles fazem, são muito escondidos e agora possa saber que eles não são cristãos, tem gente que frequenta por curiosidade e agente acaba tendo curiosidade mais o melhos e seguir a igreja.

Ramon disse...

Atualmente tem se espalhado um grande número de grupos satanístas. qUE dEUS NOS PROTEJA.