domingo, 27 de junho de 2010

Santo, Intolerante e Radical!

[#Beginning of Shooting Data Section]
Nikon D1H

2002/11/23 14:23:13.1

RAW (12-bit) 

Image Size:  2000 x 1312

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Lens: 28mm f/1.4

Focal Length: 28mm

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[#End of Shooting Data Section]  
                          Santo Inácio e São Pedro Canísio
 
 
Por Prof. Pedro M. da Cruz.
 
 
 
“A espada material, entretanto, deve esgrimir-se a favor da Igreja: a espada espiritual, pela Igreja mesma.”
(Bonifácio VIII, Bula Unam Sanctam, 1302)
“...a autoridade temporal se submeta à autoridade espiritual...”
(Unam Sanctam)
 
 
Vivemos num tempo de revoltas. Tudo parece conspirar contra o Cristo e sua Igreja. Líderes mundiais pautam suas decisões em mil argumentos, menos no Evangelho. Professores, editores, e, inclusive sacerdotes, preferem as novidades filosóficas à multissecular doutrina Católica, segundo eles, ultrapassada e ineficaz. Outrora, já se perguntava o Salvador: “Quando vier o Filho do homem, acaso encontrará fé sobre a terra?” [1]
Ao lado dessas discrepâncias, quantos são os “falsos profetas” que vivem a nos assediar! Invadem nossos lares por processos midiáticos; batem à nossa porta promovendo a mentira; dia e noite trabalham sem cessar... Escrevera-nos São Mateus: “Seduzirão a muitos. E, ante o progresso crescente da iniquidade, a caridade de muitos se esfriará. Entretanto, aquele que perseverar até o fim será salvo.” [2]
Santo Inácio de Loyola, em carta a São Pedro Canísio (datada em treze de Agosto de 1554[3]) revela-nos um espírito esquecido por inúmeros católicos. Seus conselhos baseiam-se na visão de um mundo consciente da verdade revelada. Este escrito, com toda certeza, escandalizará a muitos que ainda não tenham assimilado devidamente a Doutrina Cristã. Porém, isso é compreensível, dada a triste situação do mundo atual...
A nível de reflexão, poderíamos indagar sobre o estado em que se encontra a realidade brasileira. Caso seguíssemos os conselhos deste santo, será que o PT ainda estaria no poder? Perante a bagunça ideológica que embebeda nossas universidades, quais seriam os sentimentos do fundador da Companhia de Jesus? Reconheçamos: um mundo que honra abortistas e ditadores comunistas está, evidentemente, contrário ao Evangelho. Possa a Virgem Maria interceder por nós em hora tão dramática.
 
Carta de Santo Inácio à São Pedro Canísio
 
“Primeiramente, se a Majestade do Rei se confessasse não somente Católica, como sempre o fez, mas se pronunciasse abertamente contrária e inimiga das heresias, e declarasse guerra a todos os erros heréticos, parece que seria, entre os remédios humanos, o maior e mais eficaz.
Aproveitaria imensamente também não permitir a permanência no governo, sobretudo no governo supremo de alguma província ou lugar, nem em cargos de justiça nem em dignidades, ninguém que seja contaminado de heresia.
Finalmente, oxalá ficasse assentado e fosse a todos manifesto o seguinte: Não deve ser agraciado com honrarias e riquezas alguém que se convença ou caia em grave suspeita de heresia. Antes, deve ser destituído destes bens! E se aplicassem alguns corretivos, castigando a alguns com a pena da vida, ou com perda dos bens e do desterro. Tudo isso para mostrar que o negócio da religião deve ser tomado a sério. Este seria um remédio mais eficaz.
Quanto aos professores da Universidade de Viena e de outras universidades ou quem nelas exerça cargos de governo, observe-se o seguinte: se em coisas referêntes à religião católica não gozam de boa fama, devem, ao nosso ver, ser destituídos do cargo. O mesmo pensamos a respeito dos reitores, diretores e professores de colégios privados, para evitar que corrompam os jovens. Os mestres de escola e educadores deveriam entender e provar, de fato, com a experiência, que não haveria para eles lugar nos domínios do Rei, caso não fossem católicos e dessem publicamente provas de sê-lo.
Seria conveniente que, após diligente pesquisa, os livros heréticos encontrados em poder dos livreiros e de particulares fossem queimados, ou levados para fora das províncias do reino. Igualmente diga-se dos livros dos hereges, mesmo quando não heréticos, como os que versam sobre gramática, sobre a retórica, sobre a dialética, de Melanchton etc. Do mesmo modo seria de grande proveito proibir, sob graves penas, que nenhum livreiro imprimisse algum dos livros citados.
Não se deveria tolerar curas ou confessores suspeitos de heresia. Deveriam ser despojados imediatamente de todas as rendas eclesiásticas todos os que fossem declarados heréticos; pois é melhor uma grei sem pastor do que ter um lobo por pastor.
Todos os que fossem tidos como heréticos seriam infames e inábeis para todas as honras; e ainda que parecesse possível, talvez fosse prudente conselho penalizá-los com o desterro ou com cárcere, e alguma vez até com a morte.”[4]
 
✠ ✠ ✠
 

[1] Conf. S. Luc. 18, 8
[2] Conf. S. Mat. 24,11-12
[3] VIGIL, José Maria. Vivendo o Concílio. Trad. J. Alves. São Paulo: Paulinas, 1987.
[4] Claro que, em determinadas situações, cabe, por parte da Igreja, certa postura mais estratégica em vista do bem comum. “...estas liberdades, se existem causas justas, podem ser toleradas, porém, dentro de certos limites para que não se degenerem em uma insolente desordem. Onde estas liberdades se acham vigentes, usem delas os cidadãos para o bem, porém pensem sobre elas o mesmo que a Igreja pensa. Uma liberdade não deve ser considerada legítima mais do que quando supõe um aumento na facilidade para viver de acordo coma virtude. Fora desse caso, jamais.” (Leão XIII, Libertas praestantissimum, 1888)

Um comentário:

Joel disse...

Precisamos de mais santos assim.