sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Mormonismo, ardiloso eco satânico

 
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Por Prof. Pedro M. da Cruz.
 
 
 
 
“Errais, não compreendendo as escrituras nem o poder de Deus”[1]
“Esse é o Anticristo, que nega o Pai e o Filho”[2]
“Meu povo não tem entendimento.”[3]
 
 
A fé na existência dum “Ser absoluto” é de importância central para a Teologia. Partindo da idéia de “Divindade”[4], temos, qual fonte, a base para a conclusão de todas as verdades cristãs.[5] Aqui, surge grande e imprescindível necessidade de possuirmos a visão mais clara que nos for possível sobre Deus[6]. Caso contrário, perder-nos-emos num labirinto de contradições e incoerências...
Lúcifer, o pai da mentira, tem como um dos objetivos centrais de sua obra, a desfiguração da verdade. Assim, destruindo as bases do edifício teológico, pretende, num ato contínuo, jogar por terra todo o resto que lhe estava subordinado. Por este motivo, escrevia-nos Cefas, o príncipe dos apóstolos: “Resisti-lhe fortes na fé!”[7],enquanto São Paulo, por sua vez, seguindo o mesmo raciocínio, completava em outra parte: “Sede firmes! Sede homens! Sede vigorosos![8]
Seguindo a lógica luciferina, seitas multiplicam-se pelo mundo.
Cada uma com doutrinas mais extravagantes que a outra.
Parecem mesmo concorrer pelo título de maior iniquidade.
Porém, o mormonismo[9] é um dos grupos que mais se destacam em certos aspectos. Junto a muitas outras seitas, tem chamado atenção a particularidade exótica de suas crenças estranhas, esquisitas.
Quem é Deus para os Mórmons? O que dizem sobre Ele? Quando conferirmos, um pouco que seja, o pensamento deste grupo nocivo sobre o assunto, veremos que o mesmo está tão distante do cristianismo, quanto seu fundador do equilíbrio, ou, quiçá, da honestidade...
Pois bem, segundo Joseph Smith, Deus “já foi um homem como nós (...) o próprio Deus, o Pai de todos nós, habitou sobre uma terra, tal como o próprio Jesus Cristo o fez.[10] Na visão mórmon, o Pai Celestial não teria chegado a ser o que é, se caso não houvesse como que galgado uma escada, começando por baixo e subindo, degrau por degrau, até possuir todo o poder. Essa foi, supostamente, a maneira como ele se tornou deus.[11]
Já havíamos demonstrado, rapidamente, este modo de pensar do mormonismo num artigo anterior. De fato, no mesmo livro do qual retiramos as citações precedentes, pode-se ler:
“‘Caso o véu se rompesse hoje, e o grande Deus que mantém este mundo em sua órbita (...) se fizesse visível – digo, se vós pudésseis vislumbrá-lo hoje, ve-Lo-íeis em forma de homem.’ Deus é um homem glorificado e perfeito, um personagem de carne e ossos[12]. Dentro de Seu corpo tangível, existe um espírito eterno.”[13]
Quereis uma doutrina mais estranha ao cristianismo que esta? Vemos aqui, um modo de pensar totalmente alheio a tudo o que se tem ensinado desde o princípio. Eles, porém, vão mais além... confiramos uma letra cantada em suas assembléias:
 
Ó Meu Pai[14]
 
“Há somente um Pai Celeste? Não, pois temos mãe também. Essa verdade tão sublime nós recebemos do além.”
“Quando deixar a humana vida, este frágil corpo mortal, Pai e mãe verei contente, na mansão celestial.”
É isso mesmo, caro leitor, agora, além do “pai celestial” haveria, também, a “mãe celestial”. E, não pensemos que se trate, talvez, da Virgem Maria; não, pois esta “mãe celestial” seria um ser misterioso, unida a Deus por uma espécie de casamento eterno...
Perguntemo-nos: será possível destoar, ainda mais, do cristianismo tradicional? Veremos!
Para o mormonismo, nós tivemos uma “vida pré-mortal” (primeiro estado). Então, de acordo com Joseph Smith, o próprio Deus, vendo-se em meio a espíritos de glória, porque era mais inteligente, teria achado por bem instituir leis para que os demais pudessem ter o privilégio de progredir como Ele, e quiçá, tornarem-se deuses.[15] Sendo assim, (explica-nos Marion G. Romney, um dos líderes da Igreja) viemos para a terra a fim de cumprirmos os propósitos do Senhor, dentre os quais, o primeiro, a saber: “...obter corpo físico de carne e ossos na semelhança de nosso Pai Celestial...[16] Este, a propósito, seria nosso “segundo estado”, um tempo de mortalidade.
Continuando, assim, nosso caminho, (prossegue o ensinamento mórmon), caso consigamos ser fiéis ao suposto “Plano de salvação” traçado por Deus, poderemos alcansar a “Exaltação” no reino celestial, tornando-nos semelhantes a Ele, com todo poder e glória. Sim! Por meio dum apetitoso “Plano de Salvação” os mórmons nos juram que poderemos tornar-nos como o próprio Deus. “...e passarão pelos anjos e pelos deuses ali colocados, rumo à sua exaltação e glória em todas as coisas (...) serão Deuses, porque terão todo o poder e os anjos lhes serão sujeitos.[17]
Ora, Deus é pai de filhos espirituais, além de ser, claro, um criador; seguindo, portanto, a lógica mórmom, poderemos “...tornar-nos como o Pai Celestial, e isso é exaltação.”[18] Vejamos algumas bênçãos prometidas àqueles que alcançarem este onírico estado megalomaníaco:
- Tornar-se-ão deuses. (Como, aliás, já nos havia prometido o próprio Lúcifer[19])
- Serão capazes de gerar filhos espirituais. Esses filhos espirituais terão o mesmo relacionamento com eles que nós temos com o Pai Celestial e serão uma família eterna.
- Terão tudo o que o Pai Celestial e Jesus possuem, todo poder, toda glória, domínio e conhecimento.
Eis a promessa da chamada “Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias”: dar aos membros da sua seita uma vida de júbilo, glória e progresso eterno, rumo à divinização.[20] Isso, claro, repitamos em alto e bom som, se forem fiéis aos ensinamentos do mormonismo, pagando o dízimo e dando ofertas para a obra, como está escrito nas “Exigências para a Exaltação”.[21] Bem que sentíamos falta de algo nessa estória toda... o dinheiro.
Os ensinamentos de Joseph Smith são, com toda certeza, o eco das palavras sedutoras de Lúcifer, no paraíso: “Sereis como deuses, conhecedores do bem e do mal.
Pensamos que o exposto seja o bastante, para convencer os leitores deste Blog sobre a periculosidade da seita mórmon. Ao reduzirem o Senhor Deus à idéia de “homem evoluído”, Cristo à categoria de mero “irmão mais velho”, tirando-lhe toda a grandeza da Cristologia católica, só demonstram a origem satânica de sua doutrina. No entanto, vejamos ainda,Jesus Christ, Mormon Temple, Salt Lake City, Utah uma última citação dos mesmos sobre a pessoa de Nosso Senhor, retirada de seus escritos: “Cremos absolutamente que Jesus Cristo é o filho de Deus (...) da mesma forma como vocês e eu somos filhos de nossos respectivos pais terrenos.[22] Nas entrelinhas desta afirmação, encontra-se agachada, quase que às escondidas, toda a doutrina exposta de modo explícito nos parágrafos acima. Em frases simples, muitas vezes, bonitas, dadas seu teor poético, inúmeros cristãos inocentes, para não dizermos ignorantes, são, infelizmente, laçados pelo inimigo; e, deste modo, correm o risco de serem arrastados ao inferno...
Possa a Virgem de Guadalupe, proteger-nos da terrível sedução maligna e conceder-nos força no combate às seitas que, guiadas pelo Demônio, pretendem solapar o edifício da verdade. Amém.
 
✠ ✠ ✠
 

[1] Mat. 22, 29
[2] I Jo. 2,22
[3] Isa. 1,3
[4] Desprezamos para este termo, obviamente, todo sentido difuso e contraditório, próprio de ideologias esotéricas e anticristãs.
[5] Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, n. 36.
[6] AQUINO, S. Tomás de. Exposição Sobre o Credo. Trad. D. Odilão Moura, OSB. São Paulo: edições Loyola, 1981; p. 23-31
[7] I Pdr. 5, 9
[8] I Cor. 16, 13
[9] A auto-intitulada “Igreja de J. Cristo dos Santos dos Últimos Dias
[10] Princípios do Evangelho. Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias; 1995, p. 305
[11] Idem. 305
[12] D&C 130:22 (citação retirada do corpo do texto, a fim de facilitar a leitura)
[13] Princípios do Evangelho... n. 9
[14] Letra: Eliza R. Snow, 1804-1887; Música: James McGranahan, 1840-1907Conf.: Princípios do Evangelho. Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias; 1995, p. 350-351
[15] Vinde a Mim. Guia de Estudo Pessoal da Sociedade de Socorro 3. A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, p.30
[16] A Liahona, agosto de 1976, p.74
[17] D&C 132: 19-20
[18] Princípios do Evangelho... p. 302.
[19] Gen. 3,5
[20] Ensinamentos dos Presidentes da Igreja. Heber J. Grant. Publicado por: A igreja de Jesus Cristo dos Santos Últimos Dias. Salt Lake City, Utah, 2003, p. 225
[21] Princípios do Evangelho... p. 303.
[22] Ensinamentos dos Presidentes da Igreja. Heber J. Grant. Publicado por: A igreja de Jesus Cristo dos Santos Últimos Dias. Salt Lake City, Utah, 2003, p. 221

3 comentários:

João Paulo disse...

O texto está extraordinariamente convincente.Parabéns aos blogueiros.Tenho sido um frequentador assiduo deste espaço e não tenho me decepcionado.

maria rodrigues disse...

Quanta especulação contem este texto. Cheio de escrituras que em nada justifica o que estão propondo, muitas invenções e mentiras, interpretações escabrosas, julgamentos com fundamentos pessoais, sem aprofundamento. Só mostra a ignorância de muitos, de quem nada entendem sobre a igreja restaurada, nem se preocupam em buscar na íntegra, investigando profundamente todas as coisas referentes as doutrinas, princípios, convenies e ordenanças que voltaram nesta ultima dispensação. Lamentável.Me envergonho de saber que tem pessoas com a mente tão cega, e ainda insisgem em dizer que nós é que somos cego.

Anônimo disse...

Que triste! Nâo sou Mórmon e nem Católica mas tenho uma vida inteira pesquisado, amado e respeito diferenças de crenças religiosas. Não é convincente. É mal informado, parcial, distorcido,tendencioso, preconceituoso. Católicos e Mórmons precisam aprender a respeitar mutuamente suas diferenças religiosa.