Por Prof. Pedro M. da Cruz.
“Eles foram, sem demora, para lá e encontraram Maria, José e o menino deitado numa Manjedoura.” (Luc. 2,16)
Era noite quando a Luz nasceu em Belém. Não tão densa como, talvez, se encontre a escuridão de nossas almas... José e Maria, prostrados na mais profunda reverência, achavam-se absortos na contemplação do grande mistério que estava para realizar-se.
“De repente, um improviso esplendor ilumina a mísera choupana, mais do que se fosse iluminada por uma centena de sóis; enche-a uma melodia toda celestial; a tenebrosa caverna é transformada em um Paraíso ao aparecimento do Sol da Justiça. Nasceu o Salvador do mundo!” (RAVINA, Tarcísio M. São José. Recife: Paulinas, 1954. P. 56).
Ali, sem dor, no gozo dum êxtase celestial, Maria, sempre Vírgem, dera a luz ao Divino infante. Os anjos exultaram de alegria, e, determinado momento, toda a criação fizera um grande silêncio. Um toque sobrenatural, um frêmito, tomara a alma de todo ser humano. Uma espécie de doce arrepio os fizera exclamar: “Mas, o que é isso? Algo muito especial aconteceu...” De fato, a criação não poderia ficar indiferente à magnificência daquele acontecimento singular.
Avisados por celeste mensageiro, pastores acorreram “sem demora”, mesmo que de noite, à gruta de Belém. Haviam deixado seus rebanhos para trás... Hoje, tantos séculos após esses fatos gloriosos, tememos que os homens estejam, por demais, apegados aos seus “rebanhos”, afogados na escuridão de suas “noites”, aquecendo com ilusões o “frio” de suas vidas... Não escutam mais as vozes dos celestes mensageiros... E, com isso, não conseguem desfrutar as graças do Natal.
Cristo continua nascendo, apesar de nosso desprezo. Indiferentes ao seu gesto de amor definharemos, dia após dia, no abismo das frustrações. Longe de “Maria, José e o Menino” não há verdadeira noite de Natal.
Aos amigos deste blog um Feliz Natal! E que a Santíssima Virgem Maria e São José, seu castíssimo esposo, possam alcançar de Deus toda sorte de bênçãos para o ano que se aproxima. Amém.
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