terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Pe. Pianzola: “... um maço de cigarros”

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Por Prof. Pedro M. da Cruz
 
 
“O testemunho vale mais do que a renúncia.”
 

O Bem–Aventurado Padre Francisco Pianzola[1](1881-1943) foi uma mensagem de Cristo para os tempos modernos. Com efeito, é próprio de Deus, Nosso Senhor, falar e agir através de seus discípulos.
Nascido em meio à crise que castiga a Igreja na atualidade, deixou-se conduzir pelos apelos da graça divina e realizou, na medida de suas forças, a vontade do Redentor. “Esta é minha prece e minha aspiração: Jesus, amar-te e depois morrer.” Escrevera em seu diário.
Profundamente tocado pela pobreza espiritual que o cercava, geradora, como se sabe, de toda crise cultural, econômica e social de nosso meio, Padre Pianzola foi consumido de ardor contra as injustiças e pôs-se ativamente na luta em favor do Evangelho.
Afirma uma de suas biografias: “Foi para a Igreja que viveu e morreu.” Que belo exemplo para os homens de hoje! Pois, de fato, não há causa mais grandiosa que esta; lutar pela Igreja é lutar pelo próprio Cristo!
Propomos hoje aos leitores do blog um interessante fato da vida deste sacerdote. Que ele sirva tanto para a validação de nossos posicionamentos quanto para o entretenimento dos amigos que nos acessam:
 
“Dê uma boa tragada pela minha saúde”
 
Após ter sido atendido em confissão pelo Bem-Aventurado Francisco Pianzola, um camponês da cidade de Garlasco colocou nas mãos do Padre uma pequena doação de duas moedas; pretendia, deste modo, ajudá-lo em seu apostolado.
_ Pegue, Padre. Estou muito contente e quero dar-lhe este presente.
_ Não posso aceitar, meu bom homem, mas é como se eu tivesse pegado...
O camponês ficou um pouco confuso.
_ Ah! É porque é pouca coisa... mas tenho só isto.
_ Sim? Pois bem, se é assim eu pego – afirmou o Padre - mas você deve fazer aquilo que lhe digo.
_ Está bem, o senhor me deu felicidade, portanto tem o direito de pedir-me algo.
_Este dinheiro é meu, posso fazer aquilo que eu quiser?
_Mas é claro, Padre!
_ Muito bem, vai comprar um maço de cigarros e dê uma boa tragada pela minha saúde.
 
***
 

Como podemos imaginar, o Padre Francisco Pianzola seria barbaramente criticado pelos “arautos da saúde”, ou mesmo, pelos “puritanos” de nossos dias, entre outros... (Quiçá, pela “Pastoral da Sobriedade”).
Todavia, alguns poderão objetar que se tratava de um  período histórico em que “não se conheciam os malefícios do tabaco”. Bom, concordamos que certos malefícios poderiam ainda não ser conhecidos, porém, alguns benefícios sim, e, com toda certeza, o afirmamos; tanto é que o uso do cigarro fora aconselhado pelo próprio sacerdote e fundador por nós apresentado.
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Monge ortodoxo fumando
 
Terminemos com mais algumas pérolas desse sacerdote católico:
 
“A meditação é a fonte de todo apostolado”
“Nunca pensar naquilo que você fez ou naquilo que você deu, mas pense sempre naquilo que você deve fazer.”
“Com o sorriso chamem os corações, fechem o inferno, pintem de alegria a piedade e povoem os céus.”
“Eu vi o Pe. Pianzola chorar, não por problemas seus, mas porque estava falando de Maria.”
(Testemunho de uma irmã)
“Chama-me de ingrato, vil, impostor, estúpido, ó Coração de Jesus, no dia em que eu deixar de dizer-te, diante do teu tabernáculo: Oh, Amor, eu te amo ou pelo menos te quero amar.”
Maria, Mãe da sobriedade, rogai por nós!
 


Referência bibliográfica:

Coleção Campeões. N. 26. MORERO, Vittorio. Francisco Pianzola, para uma Igreja jovem. 4 Edição. São Paulo: Editora Salesiana.

[1] Fundador das Irmãs Missionárias da Imaculada Rainha da Paz, assim como, dos Padres Oblatos diocesanos da Imaculada.

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