sábado, 23 de fevereiro de 2013

Uma misteriosa renúncia Papal

Por Prof. Helmer E. Silva Souza e Prof. Pedro M. da cruz




“Não é a ti que eles rejeitam, mas a mim, pois já não querem que eu reine sobre eles”.(I Sam. 8,7)

Tomei a decisão (...) pelo bem da Igreja, após ter orado extensamente e após examinar minha consciência diante de Deus”.(S.S. Bento XVI)

11 de fevereiro de 2013, um dia histórico para a Igreja e consequentemente para toda a humanidade. O papa Bento XVI[1] causou perplexidade a milhões de cristãos no mundo inteiro com sua inesperada declaração de renúncia. O que pensar a respeito desse súbito acontecimento? Quais suas causas e conseqüências? Haverá algo misterioso por detrás de tudo isso: conspirações, conchavos, jogos de interesse? Talvez essas e muitas outras interrogações permaneçam sem respostas até o dia em que tudo será descoberto pelo Divino Redentor.

Cabem a nós aqui singelos comentários baseadas naquilo que temos visto e ouvido em meios de comunicação; além dos pronunciamentos de pessoas abalizadas.

A muitos chamou a atenção afirmações como as do jornalista argentino Eduardo Febbro, que ligou a decisão de Bento XVI à constatação de "Corrupção, finanças obscuras, guerras fratricidas pelo poder, roubo massivo de documentos secretos, luta entre facções, lavagem de dinheiro" [2], tudo isso, segundo ele, presente num suposto sub-mundo Vaticano. Porões estes que na mente de certos opinadores parece ter se insinuado em vazamentos intitulados pela mídia como “Vatileaks”.
 
Para alguns, essas informações do jornalista (e não estamos aqui para julgar suas crenças ou intencionalidade) poderiam parecer exageradas por referir-se ao centro do catolicismo mundial, entretanto recordemos as palavras de Nossa Senhora em La Sallete (Séc. XIX) que afirmara a perda de fé e desvio moral de muitos sacerdotes e mestres do povo de Deus.

Alguns comentadores não se esquivaram em relacionar as novas mudanças ocorridas na presidência da IOR – Instituto para as obras de religião - com essas supostas negociatas que se arrastariam à revelia da vontade papal forçando-o a agir, muitas vezes, de modo obscuro para salvaguardar o nome da Igreja. Nem mesmo as explicações do porta-voz do Vaticano, Pe.  Frederico Lombardi,[3] explicando que o fato de o novo presidente do  IOR[4] haver trabalhado na Blohm+Voss Group de Hamburgo (que construía navios de guerra), não atrapalha em nada a legitimidade de sua escolha para o cargo, bastaram para acalmar os ânimos dos mais desconfiados.


Seja como for, Bento XVI, forçado ou não, deixou boquiabertos os mais diferentes tipos do catolicismo: o pseudo-teólogo Jon Sobrino, o poeta e sacerdote Ernesto Cardenal, o escritor Leonardo Boff, entre tantos outros, que manifestaram sua alegria pela abdicação do Romano Pontífice[5]. Este último, um “ex-padre”, chegou a defender audaciosamente que o Papa carregaria 

um fardo negativo muito grande na história da teologia cristã. Entrará para a história como um Papa inimigo da inteligência dos pobres e de seus aliados".

Ora, tais palavras são compreensíveis na pena de autores criticáveis como é o caso de Boff, uma vez que o Santo Padre, desde sua época como Cardeal, sempre se apresentou como opositor declarado desses autores. Com efeito Bento XVI nunca escondeu ser abertamente contrario à malfadada Teologia da Libertação.

Está claro no meio midiático que, inumeráveis formadores de opinião, satisfeitos com a renúncia papal, tido por eles como retrógrado e “atrasado” esperam ansiosos pelo surgimento de um pontífice liberal. Este cumpriria, segundo crêem, a agenda de progressistas e modernistas do mundo inteiro apoiando, entre outras coisas, desde o aborto até a ordenação de mulheres e o fim do celibato clerical.

Foi o que afirmou Walcyr Carrasco que chegou a declarar por exemplo o que se segue: “(...) A eleição de um papa mais liberal também seria importante para um dos grandes impasses da Igreja hoje em dia: a questão homossexual” [6]. A instituição católica, segundo ele, é fortemente pressionada para assumir atitudes nessa direção...

Poderíamos continuar citando parágrafos após parágrafos inumeráveis outros testemunhos de pessoas que vêem das formas mais díspares o acontecimento de 11 de Fevereiro de 2013 (festa de Nossa Senhora de Lourdes). Porém, sabemos que outros o farão de forma menos incipiente explorando com maestria o que, por exemplo, apareceu a muitos como um sinal misterioso de Deus: o raio que atingiu a cúpula da Basílica de São Pedro, no Vaticano horas depois de o Papa Bento XVI ter anunciado, em uma reunião de cardeais, que iria renunciar ao pontificado em 28 de fevereiro.

O fato é que as portas do inferno jamais prevalecerão contra a única e verdadeira Igreja de Nosso Senhor. Todo e qualquer acontecimento, por mais obscuro que pareça, jamais impedirá o triunfo do Corpo Místico de Cristo. Algumas batalhas podem causar baixas consideráveis e estragos tão colossais que aos mais fracos significariam a ruína inevitável da Igreja Católica. Todavia, se é relativa nossa participação na gloriosa vitória final, repitamos, é inevitável o triunfo do Cordeiro.

O Papa Bento XVI deu passos louváveis rumo à restauração na Igreja de Cristo. Seu apoio à missa Tridentina (Motu Proprio Summorum Pontificum) será para todos um sinal glorioso da robusta contra-ofensiva dos amantes da Tradição. Seu posicionamento firme na defesa da fé imutável da Igreja é um legado de indelével memória. Sua austeridade perante o mundo neopagão que afronta a Barca de Pedro é consolo e fortaleza para os que lutam na retaguarda.E haveria tantas coisas para citarmos... 



Finalmente, não nos deixemos desanimar perante uma aparente crise que talvez possa significar a renuncia do Pontífice; mas sim, roguemos a Nossa Senhora, para que diante de tais fatos acima relacionados, possamos ser auxiliados por ela seguindo com esperança e fé no triunfo do seu Imaculado Coração (Fátima -1917).

Mãe do Bom Conselho, ora pro nobis!




[1] Bento XVI foi o 265º papa da Igreja Católica Apostólica Romana. Ele foi batizado com o nome de Joseph Alois Ratzinger, em 16 de Abril de 1927, em Marktl am Inn, Baviera, Alemanha. Foi eleito papa em 19 de Abril de 2005, entronizado em 24 de Abril de 2005.
[4] O advogado alemão Ernst Von Freyberg (membro da Ordem de Malta)

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Para descontrair - o circo juvenil esquerdizado

Paulistanos protestam contra a cubana Yoani Sánches, 21/02/2013.

SÃO PAULO, 21 Fev (Reuters) - A dissidente cubana Yoani Sánchez precisou encerrar um debate na noite desta quinta-feira após ser interrompida por dezenas de manifestantes pró-Cuba durante um evento em uma livraria na região central de São Paulo. Notícia completa aqui.

Nota (por João S. de O. Jr):


É cômico ver estas mocinhas e mocinnhos, da classe média, surrados pela lavagem cerebral ideológica de nossas Universidades, irem protestar contra uma "dissidente" da ditadura cubana. Não tão dissidente assim, na verdade, nem um pouco, pois, os verdadeiros dissidentes cubanos não fazem viagens internacionais, não se hospedam em hotéis caros, nem têm contato com agentes do governo Castro como é o caso da famosa blogueira; os verdadeiros dissidentes cubanos estão encarcerados e morrendo de fome nas celas. Entendam sobre Yoani Sànches e a desinformatzia cubana). 
Como podemos ver, um show de desinformação.

Mas voltando aos estudantes da matéria, levam seu protesto ontológico, onde qualquer suposta oposição ao sonho comunista cubano é maquinação dos Yankes norte americanos. Levam cartazes impressos à Epson T1110 A3 depois de terem marcado uma reunião pelo Ipod após saída do shopping-center. Bem provável que trocaram mensagens pelo chat após a manifestação e postarão suas fotos preferidas daquela, escolhidas livremente, com máquinas digitais da Sony no facebook.

Depois disto, recordei de um produto que parece estar sendo muito vendido para nossos juvenis universitários, conheçam também:


Misére nobis.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Bento XVI, o Papa dos sonhos de Dom Bosco?

Por Pe. Marcelo Tenori
 
O mundo se surpreendeu nessa última segunda-feira, 11 de fevereiro, pela renúncia do Santo Padre o papa Bento XVI.
Muito se tem falando sobre esse gesto do papa que, embora já tenha ocorrido por três vezes na história bimilenar da Igreja e também  previsto pelo Código de Direito Canônico, não deixa de ser para nós algo “ novo”, inusitado, visto que  a enorme  maioria dos Pontífices envelheceram,  foram amparados em suas enfermidades e morreram no Trono de S. Pedro.
Segundo a Lei da Igreja, um papa pode renunciar, e para isso apenas basta manifestar o seu desejo publicamente e de forma inteiramente livre. Essa renúncia não pode ser aceita por nenhum dos cardeais, visto que a única autoridade acima do Vigário de Cristo é o próprio Cristo.
No canon nº 332, par. 2,, encontramos: “Se acontecer que o Romano Pontífice renuncie a seu múnus, para a validade se requer que a renúncia seja feita livremente e devidamente manifestada, mas não que seja aceita por alguem”.

E foi assim que Bento XVI procedeu, deixando claro que tem plena consciência de seu ato e com pleno uso de sua liberdade, renuncia ao Trono de S. Pedro, “ para o bem da Igreja”

O envelhecimento e o sumir das forças do Santo Padre é visível a todos , e  justamente é esta explicação que o Sumo Pontífice coloca para justificar o seu ato.
Em seu comunicado aos cardeais e à cúria, determina o dia e a hora que a Sé de Pedro deve ser considerada vacante: dia 28 de fevereiro, às  20h ( horário Vaticano).
Sabemos, sem ingenuidades, que muitos lhe faziam oposição, inclusive dentro do próprio Vaticano: disputas, intrigas, escândalos e outras coisas lhe cercaram de perto, todavia sou de plena opinião que nada faria o Papa renunciar, nenhuma pressão; nem de um lado nem do outro. Embora de certa timidez, Bento XVI é incisivo naquilo que deseja realizar. Ficaria, sim, até o martírio se fosse necessário.
Mas enfim, o que o levou à renuncia?
 Após a morte de João Paulo II, era da intenção de Ratzinger o recolhimento para descanso e sobretudo  vida de oração.
De grande perspicácia , o Papa nada fazia que não falasse alto em gestos, desde o primeiro, na basílica de S. Pedro, quando, de forma diferente saudou os fiéis. Nenhum papa, que eu saiba, até hoje, fez aquele gesto: gesto de quem sai da batalha, ganhando a vitória e, claro, não era ele o vencedor, mas a Santa Igreja. Outro que deve nos falar muito é antes de tudo, a escolha de seu nome: Bento , com clara referência a S. Bento, patrono da Europa, fundador da “Escola do serviço do Senhor”. Aliás, Bento XVI, no inicio de seu reinado se colocou como um “humilde trabalhador na vinha do Senhor.”
Não! O papa não renunciou por fuga, deixando suas ovelhas à mercê dos lobos. Aliás no início ele nos pediu oração para  que “ não sucumbisse diante dos lobos”.
 Tenho a convicção que esse gesto do Santo Padre, mais que humano é sobrenatural. Nossa Senhora, nas bodas de Caná,  antecipa a hora da Graça. Bento XVI, com sua renuncia, antecipa todas as coisas na Igreja. Como Moisés  que conduziu o povo, mas não entrou na terra da promessa, necessitando de um novo líder, assim Bento XVI quer entregar o leme da Igreja àquele que já viria por vontade divina.
Nas aparições de Fátima, Jacinta assim exclama em relação à sua visão:
“Não sei como foi, eu vi o Santo Padre numa casa muito grande, de joelhos diante de uma mesa, com as mãos no rosto a chorar; fora da casa estava muita gente e uns atiravam-lhe pedras, outros rogavam-lhe pragas e diziam-lhe muitas palavras feias. Coitadinho do Santo Padre, temos que pedir muito por ele!”
Aqui Lúcia a repreende dizendo que se ela continuar a falar poderá revelar o segredo.
Na época das aparições era Vigário de Cristo o papa Bento XV e, não nos consta que a profecia de Jacinta tenha se cumprido nos papas posteriores, a não ser no papa Bento XVI que foi o papa mais odiado pelo mundo inteiro, após Fátima. E claro, essa visão de Jacinta está diretamente ligada ao Segredo, visto que Lúcia lhe proíbe de continuar para não terminar revelando o segredo.
Muito se tem falado no Segredo de Fátima. É verdade que por ocasião da beatificação de Francisco e Jacinta houve uma “ revelação” do que seria o Segredo, mas acredita-se e, com muita propriedade que, tratou-se de uma revelação parcial, não total do Segredo.
Outro fato também importante e que não pode  ficar de lado é o sonho de D. Bosco, vejamos, vale a pena ler na integralidade:
Destaque de alguns fatos do sonho:
(Méritos ao site da Monfort)
a)    O navio majestoso é a Barca de Pedro onde está o Papa e as barcas menores, que recebem comandos são as igrejas particulares.
b)   As duas colunas são uma clara alusão à Santíssima Eucaristia, cento de nossa fé e à Virgem Imaculada, a onipotência suplicante que sempre teve, na história da Igreja um papel extremamente importante através de suas  poderosas intervenções.
c)    A primeira conferência convocada pelo comandante supremo e logo interrompida pelos ataques dos inimigos, é claro tratar-se do Concílio Vaticano I, interrompido pela guerra e a segunda reunião convocada pelo papa é o Concílio Vaticano II.
O Papa, inesperadamente, é atingido e cai:
“De súbito, o Papa cai gravemente ferido. Imediatamente, os que estão com ele o ajudam e o levantam”. Percebam que o papa não morre aqui. É apenas ferido e logo ajudado a levantar-se. Seria  João Paulo II no atentado de 13 de maio de 1980?
Continua o sonho:
“Uma segunda vez, o Papa é atingido; ele cai de novo e morre. Um grito de júbilo e vitória irrompe dentre os inimigos; de seus navios eleva-se uma indizível zombaria. Mas assim que o Pontífice cai, um outro assume  seu lugar. Os pilotos, tendo-se reunido, elegeram outro tão prontamente que, com a notícia da morte do anterior já se apresentam as boas novas da eleição do sucessor. “
Nessa última parte vemos um papa que é atingido “cai” e “ morre”. Primeiro cai, depois é que morre. A renúncia de um papa não poderia ser visto também como uma queda? A morte acontece logo depois da “queda”, mas tão rapidamente é eleito o seu sucessor que a notícia da morte do ultimo se mistura com a da eleição do novo.
Ora mas me dirão que no sonho de Dom Bosco são dois os papas que aparecem e aqui, em nosso pensamento aparecem três: o que cai ferido, o que cai ferido e morre e o que coloca a Barca em seu devido lugar. O próprio D. Bosco, retrucando a quem dizia diferente, exclama que eram três os papas do sonho, confira:
É um sonho tremendo e que não pode ser  desprezado.
Toda essa luta dos papas era para recolocar a barca de Pedro em segurança, presa às duas colunas.
 Ora, todos  sabemos os esforços que Bento XVI travou pela pureza do culto, sobretudo da Missa. Seu trabalho  incansável pela restauração litúrgica, favorecendo a Missa antiga, como bem explicou em seu Motu Proprio “ Summorum Pontificum”, como também a correção dos desvios provocados pelo o que ele chamou de “espírito de ruptura”.

Isso não seria a busca urgente de atracar a Barca na coluna da Eucaristia?
E o que dizer do culto à Nossa Senhora, tão precioso para a Igreja e que chegou ao ápice no reinado de Pio XII?
Não precisa fazer análises delongadas para se constatar que o culto à Nossa Senhora, após o Concílio, sofreu uma baixa enorme. Já na época  de Pacelli houve várias oposições à proclamação dogmática da Assunção, devido aos protestantes, todas ignoradas pelo Papa que queria e fez tal proclamação.
Era do desejo de Bento XVI a proclamação do dogma da Mediação Universal. Eu mesmo li a consulta que o papa enviou a todos os bispos do mundo inteiro sobre isso. Em Castel Gandolfo, conversando com um monsenhor da Cúria sobre o desejo do papa, ele se colocou desfavorável, devido ao diálogo ecumênico. Para esse monsenhor, bastava a Mediação Universal ficar nas litanias.
Eu guardava muita esperança que o papa tomasse a decisão de proclamar Nossa Senhora Medianeira de todas as Graças, mas infelizmente não aconteceu. Entretanto o seu desejo em realizar tal ato sinaliza que esse papa não estava longe de fazer a barca ser amarrada, também, na coluna da Virgem. E, se ele não estava longe…logo podemos acreditar, de alguma maneira, que o sonho de D. Bosco está chegando à sua plena realização.
No dia 28 de fevereiro, Bento XVI vai se retirar do Trono e a Sé ficará vacante. Quais os reais motivos de seu afastamento? Com a “queda” do papa também cai toda a Cúria Romana ou pelo menos, os cargos chefes.
Tive a oportunidade de  no verão de 2010, entregar ao Santo Padre um belo quadro pintado por um artista de Campo Grande, Moacir Queiroz, no qual ele retratou o “Sonho de D. Bosco”. O pintor colocou no papa timoneiro o rosto de Bento XVI. Quando ele avistou o quadro, exclamou, olhando a figura do papa: “ Sou Eu!”…O “ Sou Eu” do papa fez-me lembrar a resposta de Deus a Moisés. Não sei se o papa estava dizendo isso porque se achou parecido com o  do quadro, ou porque mesmo se identificou com o sonho. Nesse momento disse-lhe: “ O senhor é o Papa do sonho de D. Bosco”!
Bento XVI demorou-se, em silêncio, com seu dedo indicador percorrendo as duas colunas: primeiro, a da Eucaristia, segundo a de Nossa Senhora. O silêncio  e a demora do papa foi notada  não só por mim, mas por outras pessoas que comigo estavam.
Em que pensava o Santo Padre? Qual a razão de sua demora sobre a tela?…..Não saberei dizer. Só sei que em Bento XVI repousa um mistério, não humano, mais divino que silenciosamente avança….
Nota do Blog SA.: 
Evidente, estas colocações são só especulações e análises de conjunturas mas que não deixam de ter seus méritos e coerência. A certeza é: Rezemos pela Igreja, façamos jejuns e mortificações, a quaresma é um tempo propício. Que Deus ilumine o nosso então Papa Bento XVI e seu Sucessor, rezemos pelo conclave.
Salve Maria Santíssima! 

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Sobre a renúncia de S. S. Papa Bento XVI

Por João S. de O. Junior

 
 
Devido a notícia da  renúncia do Papa Bento XVI ao seu pontificado e certamente a avalanche de notícias, um tanto especulativas e oportunistas, para o sensacionalismo e progressismo de uma mídia saturada de anticlericalismo. Dado também a compreensível perplexidade dos católicos que amam a Igreja, amam o Papa e certamente preocupam com o por vir, iremos postar ou indicar textos e notícias mais ponderados e mesmo mais esclarecedores, seja quanto aos acontecimentos recentes ou quanto ao papado, instituído por nosso Senhor Jesus Cristo.
Não tenhais medo, em meio às tempestades a que passa a barca de Pedro, o Senhor sempre estará nela, e com ela. "...as portas do Inferno não prevalecerão contra ela"(Mat.16,18). 
Fica também a recordação da histórica mensagem de Nossa Senhora de Fátima:
"Por fim o meu imaculado coração triunfará".

A começar, indico:
 
Rezemos pela Igreja de Cristo, rezemos pelo Papa Bento XVI e pelo conclave que trará seu futuro sucessor. Se o futuro próximo é incerto e nebuloso, a Glória de Cristo é certa e eterna. Batalhemos junto à sua Cruz, pela sua Santa Igreja.
Mãe do Bom Conselho, rogai por nós!

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Carnaval: Crucificar novamente a Jesus Cristo

Por João S. de O. Jr 

A semana mal terminou e já se fala tanto no malfadado Carnaval, na mídia, nas ruas, nas músicas. Mas não é uma festa popular brasileira? Não, é uma festa pagã e em prol do paganismo. Não que esperaríamos coisa diferente do mundão, só que, "se calarmos, as pedras falarão". Infelizmente, é um tempo de pecados e ofensas contra Nosso Senhor, e o pior, sob aspecto de "normalidade" numa suposta "alegria" sem causa, tudo pela satifação da carne, como se nos outros dias já não sofressemos de natureza corrompida pelo Pecado Original. Não julgamos que todas as pessoas que vão para o carnaval, o façam por malícia conscientemente. Mas é inegavel o quão ofensivo para as almas é este tempo de embriagues coletiva. Pedimos que quem for fazer um Retiro Espiritual, não deixe de fazer ou ofertar uma oração em desagravo ao Nosso Senhor por tantos ultrages e indiferenças dos homens. Segue, também, uma publicação anterior do blog mas sempre atual para refletirmos neste tempo.
Virgem Santíssima, rogai por nós.

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Tendo em vista que muitas pessoas - entre eles, vários cristãos - usam dos dias de carnaval como pretexto para darem vazão à prática de uma infinidade de pecados, achamos por bem publicarmos aqui uma pequena coletânea sobre este tempo nefasto, tirada de relatos e escritos da vida de santos e de pessoas piedosas. Intentamos assim levar os verdadeiros católicos a se dedicarem de maneira especial a nesses dias, reparar de alguma forma as ofensas cometidas contra Deus, que já está por demais ofendido pelos pecados do mundo. Que seja para nós o tempo do carnaval um período de oração e sacrifício. E que usemos todo o nosso tempo, ainda que dispendido em ocupações que não sejam propriamente a oração, em oferecermo-nos -juntamente com o que temos, somos e fazemos -, em reparação pela conversão dos pecadores.
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“Numa outra vez, no tempo de carnaval, apresentou-me (Jesus), após a santa comunhão, sob a forma de Ecce Homo, carregando a cruz, todo coberto de chagas e ferimentos. O Sangue adorável corria de toda parte, dizendo com voz dolorosamente triste: Não haverá ninguém que tenha piedade de mim e queira compadecer-se e tomar parte na minha dor no lastimoso estado em que me põem os pecadores, sobretudo, agora?” (Santa Margarida Maria Alacoque, Escritos Espirituais).
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São Francisco de Sales dizia: “O carnaval: tempo de minhas dores e aflições”.
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São Vicente Ferrer dizia: “O carnaval é um tempo infelicíssimo, no qual os cristãos cometem pecados sobre pecados, e correm à rédea solta para a perdição”.
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Santa Catarina de Sena, referindo-se ao carnaval, exclamava entre soluços: “Oh! Que tempo diabólico!"
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Santo Afonso Maria de Ligório escreve: “Não é sem razão mística que a Igreja propõe hoje à nossa meditação, Jesus Cristo predizendo a sua dolorosa Paixão. Deseja a nossa boa Mãe que nós, seus filhos, nos unamos a ela na compaixão de seu divino Esposo, e o consolemos com os nossos obséquios; porquanto, os pecadores, nestes dias mais do que em outros tempos, lhe renovam os ultrajes descritos no Evangelho. Nestes tristes dias os cristãos, e quiçá entre eles alguns dos mais favorecidos, trairão, como Judas, o seu divino Mestre e o entregarão nas mãos do demônio. Eles o trairão, já não às ocultas, senão nas praças e vias públicas, fazendo ostentação de sua traição! Eles o trairão, não por trinta dinheiros, mas por coisas mais vis ainda: pela satisfação de uma paixão, por um torpe prazer e por um divertimento momentâneo. Uma das baixezas mais infames que Jesus Cristo sofreu em sua Paixão, foi que os soldados lhe vendaram os olhos e, como se ele nada visse, o cobriram de escarros, e lhe deram bofetadas, dizendo: Profetiza agora, Cristo, quem te bateu? Ah, meu Senhor! Quantas vezes esses mesmos ignominiosos tormentos não Vos são de novo infligidos nestes dias de extravagância diabólica? Pessoas que se cobrem o rosto com uma máscara, como se Deus assim não pudesse reconhecê-las, não têm vergonha de vomitar em qualquer parte palavras obscenas, cantigas licenciosas, até blasfêmias execráveis contra o Santo Nome de Deus. Sim, pois se, segundo a palavra do Apóstolo, cada pecado é uma renovação da crucifixão do Filho de Deus. Nestes dias Jesus será crucificado centenas e milhares de vezes” (Meditações).
 
São Pedro Claver e o carnaval
Um oficial espanhol viu um dia São Pedro Claver com um grande saco às costas.
— Padre, aonde vai com esse saco?
— Vou fazer carnaval; pois não é tempo de folgança?
O oficial quer ver o que acontece: acompanha-o.
O Santo entra num hospital. Os doentes alvoroçam-se e fazem-lhe festa; muitos o rodeiam, porque o Santo, passando com eles uma hora alegre, lhes reparte presentes e regalos até esvaziar completamente o saco.
— E agora? – pergunta o oficial.
— Agora venha comigo; vamos à igreja rezar por esses infelizes que, lá fora, julgam que têm o direito de ofender a Deus livremente por ser tempo de carnaval.
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Crucifixo
Santo Afonso Maria de Ligório e o carnaval
“ Jesus Cristo, (...) especialmente nestes dias de carnaval é deixado sozinho pelos homens ingratos e como que reduzido à extrema penúria. Se um só pecado, como dizem as Escrituras, já desonra a Deus, o injuria e o despreza, imagina quanto o divino Redentor deve ficar aflito neste tempo em que são cometidos milhares de pecados de toda a espécie, por toda a condição de pessoas, e quiçá por pessoas que lhe estão consagradas. Jesus Cristo não é mais suscetível de dor; mas, se ainda pudesse sofrer, havia de morrer nestes dias desgraçados e havia de morrer tantas vezes quantas são as ofensas que lhe são feitas.
É por isso que os santos, a fim de desagravarem o Senhor de tantos ultrajes, aplicavam-se no tempo de carnaval, de modo especial, ao recolhimento, à penitência, à oração, e multiplicavam os atos de amor, de adoração e de louvor para com o seu Bem-Amado. No tempo do carnaval, Santa Maria Madalena de Pazzi passava as noites inteiras diante do Santíssimo Sacramento, oferecendo a Deus o sangue de Jesus Cristo pelos pobres pecadores. O Bem-aventurado Henrique Suso guardava um jejum rigoroso a fim de expiar as intemperanças cometidas. São Carlos Borromeu castigava o seu corpo com disciplinas e penitências extraordinárias. São Filipe Néri convocava o povo para visitar com ele os santuários e realizar exercícios de devoção. O mesmo praticava São Francisco de Sales, que, não contente com a vida mais recolhida que então levava, pregava ainda na igreja diante de um auditório numerosíssimo. Tendo conhecimento que algumas pessoas por ele dirigidas, que se relaxavam um pouco nos dias de carnaval, repreendia-as com brandura e exortava-as à comunhão frequente.
Numa palavra, todos os santos, porque amaram a Jesus Cristo, esforçaram-se por santificar o mais possível o tempo de carnaval. Meu irmão, se amas também este Redentor amabilíssimo, imita os santos. Se não podes fazer mais, procura ao menos ficar, mais do que em outros tempos, na presença de Jesus Sacramentado ou bem recolhido em tua casa, aos pés de Jesus crucificado, para chorar as muitas ofensas que lhe são feitas.
O meio para adquirires um tesouro imenso de méritos e obteres do céu as graças mais assinaladas, é seres fiel a Jesus Cristo em sua pobreza e fazer-lhe companhia neste tempo em que é mais abandonado pelo mundo. Como Jesus agradece e retribui as orações e os obséquios que nestes dias de carnaval lhe são oferecidos pelas suas almas prediletas!” (Meditações).


domingo, 3 de fevereiro de 2013

Quantas vezes à Santa Missa?

Por São Leonardo de Porto Maurício

Narra São Gregório que uma pobre mulher encomendava a celebração de Santas Missas, todas as segundas-feiras, em ação de graças, para o seu marido, que ela julgava morto, pois ele caíra nas mãos dos bárbaros. Estava vivo, porém, e durante o tempo em que se celebravam essas Santas Missas, a cadeias se lhe soltavam dos pés e das mãos e lhe caíam as algemas, e ele ficava livre e desembaraçado, como, ao libertar-se da escravidão, pôde contar a sua mulher. Quanto mais devemos crer na eficácia deste Sacrifício para desatar os laços espirituais, isto é, os pecados veniais, que de certo modo mantém cativa a alma, impedindo-a de agir com a liberdade e o fervor que ela teria, não fossem esses entraves.

Ó bem-aventurada Santa Missa, que nos restitui a liberdade de filhos de DEUS, e satisfaz todas as penas devidas por nossos pecados!

Mas então, me direis, basta assistir ou encomendar uma única Santa Missa para pagar as maiores dívidas com DEUS, em vista de tantos pecados cometidos, pois, sendo infinito o seu valor, com ela daremos a DEUS uma satisfação infinita. – Devagar! Eu vos peço. Realmente, se bem que o valor do Santo Sacrifício seja infinito, deveis saber entretanto, que DEUS o aceita numa medida limitada e finita, mais ou menos, conforme a devoção maior ou menor de quem o celebra, manda celebrar, ou a ele assiste.

Quorum tibi fides cógnita est et nota devotio, diz a Santa Igreja no Cânon da Santa Missa, e, por esta linguagem, danos a entender o que ensinam expressamente os Doutores, e é, que a maior ou menor satisfação proporcionada pela Santa Missa, quanto à pena devida por nossos pecados, depende da disposição de quem a celebra ou a ela assiste.

Note-se aqui o erro daqueles que preferem as missas mais curtas e menos devotas, ou, o que é pior, que a elas assistem com pouca ou nenhuma devoção. É verdade que todas as Missas são iguais do ponto de vista do Sacramento, como ensina São Tomás; não o são, porém, quanto aos efeitos que delas provêm. Quanto maior a piedade atual ou habitual do celebrante, maior será o fruto de seu sacrifício. Assim, não fazer diferença entre um padre mais fervoroso e outro menos, seria o mesmo que, para pescar, lançar mão indiferentemente de uma rede de malhas pequenas ou grandes.

Diga-se o mesmo dos que assistem à Santa Missa. E ainda que eu vos exorte, o mais que posso, a assistir muitas vezes à Santa Missa, advirto-vos de procurar, sobretudo assistir a cinqüenta, mais glória dais a DEUS com aquela única Missa, e retirais mais fruto, mesmo desse que chamamos ex opere operato, do que o outro há de tirar de cinqüenta, apesar do número considerável.


“Na satisfação, olha-se mais a piedade do oferente que a quantidade da oblação”. “In satisfactione magis attenditur affectus offrentis quam quantitas oblationis”, diz São Tomás.

Pode acontecer, sem dúvida, (como afirma um sério autor) que, com uma única Missa, assistida com extraordinária devoção, se dê satisfação à Justiça de DEUS, por todos os pecados ainda do maior pecador, conforme se depreende do Santo concílio de Trento, que diz: “Graças à oferenda deste santo Sacrifício, DEUS concede o dom da verdadeira penitência, e por ela o perdão dos pecados, ainda os mais graves”.

No entanto, visto que conhecermos claramente a disposição interior com que assistimos à Santa Missa, nem a satisfação correspondente devemos ter o cuidado em assistir a muitas, o mais que pudermos, e assistir com todo o amor e devoção possíveis. Felizes de vós se depositardes uma grande confiança em DEUS, que tão admiravelmente exerce Seu Amor neste Divino Sacrifício, e se assistirdes com fé, fervor e reverência, a todas as Santas Missas que puderdes!

Afirmo-vos que podeis alimentar a doce esperança de alcançar diretamente o Paraíso, sem passar pelo Purgatório.

À Santa Missa, portanto, à Santa Missa! E que jamais se ouça de vossos lábios esta palavra escandalosa: “Uma missa a mais, uma missa a menos não tem importância”.

Livro: As Excelências da Santa Missa, 1737.

Autor: São Leonardo Maurício de Porto, OFM, págs. 22 a 24, das Vantagens da Santa Missa.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

O Canto Segundo São João Batista de La Salle


O canto é uma diversão que não somente é permitida, mas e muito honesta e que pode contribuir muito para recriar o espírito de maneira agradável e inocente ao mesmo tempo.
Contudo, a boa educação bem como a religião querem que um cristão não se entregue a cantar toda sorte de canções e que tome cuidado especialmente para não cantar canções desonestas, nem alguma cujo texto fosse livre demais ou ambíguo. Numa palavra, é muito inconveniente para um cristão cantar melodias que levam à impiedade ou em que se exalta o excesso na comida ou cujas expressões e cujos termos dão a idéia de prestar homenagem e que revelam que se encontra prazer nos excessos do vinho; pois além de ser muito sem graça usar tais palavras, elas poderiam contribuir muito a levar a tais ações ruins, mesmo que atualmente não se as esteja fazendo, visto que as canções muito mais facilmente inspiram ao espírito o que elas contêm, do que as palavras em si.
São Paulo nos indica precisamente em dois textos diferentes de suas cartas 1, que os cristãos devem cantar Salmos, hinos e cânticos espirituais, e devem cantá-los do fundo de seus corações e com afeição, porque contêm os louvores de Deus. Com efeito, estes são os cantos que se deveriam ouvir nas casas dos cristãos em que o vício e tudo o que leva a ele não é menos contrário à boa educação do que contra as regras do Evangelho e em que não se deve ouvir qualquer canção que não seja de louvor a Deus e que não leve à prática do bem e ao exercício da virtude.
Esta também era a prática dos antigos Patriarcas que só compunham cânticos quer para louvar a Deus quer para agradecer algum benefício recebido dele.
Davi, que compôs um grande número deles, os compôs em louvor a Deus. A Igreja que se os apropriou, os canta todos os dias e os coloca na boca dos cristãos nos dias em que se reúnem solenemente para prestar seus deveres a Deus, parece convidar a todos a cantá-los
também e repeti-los em particular e aos pais e às mães a ensiná-los a seus filhos.
Como estes santos cânticos foram traduzidos para o vernáculo e receberam uma melodia, qualquer pessoa tem facilidade para os poder cantar, bem como para os ouvir e se encher o espírito e o coração com santas aspirações de que estão repletos. Louvar e bendizer muitas vezes a Deus de coração também deveria ser uma grande satisfação e uma verdadeira diversão para os cristãos.

O que a cortesia pede dos cantores ou tocadores de instrumentos é que nunca demonstrem e nunca dêem sinais e nunca falem disso para conquistar a estima por esse meio; mas se vier ao conhecimento do público e se em certas ocasiões uma pessoa a quem se deve respeito ou deferência, pedir se que toque ou cante uma canção, quer para mostrar o que se sabe, quer para divertir as pessoas reunidas, pode-se gentilmente pedir escusas de o fazer e, em geral, convém fazê-lo; mas, se essa pessoa insiste e insta, seria não conhecer o mundo hesitar em cantar ou em tocar o instrumento que se pede tocar. Pois, se acontecesse que não se cantasse perfeitamente bem ou não se fosse hábil em tocar o instrumento, as pessoas presentes depois teriam motivo de dizer que não valeu a pena fazer-se de rogado; em vez disso, aquiescer de maneira delicada e sem muita demora, deixa a salvo de todas as censuras ou pelo menos não oferece ocasião para elas.
Quando alguém se vê obrigado assim a cantar num grupo, deve evitar o tossir e cuspir e louvar a si mesmo: por exemplo dizer:
"Esta é uma parte muito bonita, e este outro também mais bonito ainda, cuidado com esta descida, etc". Isto manifesta demais a vaidade e a estima própria, e é sinal de que se procura aumentálas.
Não é cortês fazer certos gestos que mostram prazer pessoal; o mesmo se deve fazer também quando alguém toca um instrumento.
Quando se é assim convidado a cantar ou a tocar algum instrumento, não se deve fazer nem um nem outro por longo tempo, porque se deve evitar o tornar-se enfadonho; antes se deve acabar mais cedo para não dar a ninguém motivo de dizer ou de pensar que já basta.
Seria uma falta de educação dizê-lo, caso a pessoa que canta merece alguma consideração; também é grave falta interromper uma pessoa que está cantando.
Deve-se também tomar muito cuidado de nunca cantar só e entre os dentes. Isto é muito descortês em qualquer ocasião que seja. Não o é menos contrafazer uma pessoa que se ouviu cantar, quer porque canta pelo nariz, quer ela tenha inflexões de voz ou maneiras que são inconvenientes e desagradáveis; isto é jeito de palhaço e farsante de teatro. Também assenta muito mal ter maneiras de cantar que são grosseiras, afetadas ou estranhas.
O modo de cantar bem e agradavelmente é fazê-lo de maneira absolutamente natural.

1 Ef 5, 19; Cl 3, 16

São João Batistas De la Salle
Livro: As Regras de Cortesia e de Civilidade Cristã
Capitulo V, das Diversões
Artigo IV, Do Canto.
Páginas 127-130.